O jornalista canadiano Bob Hunter, co-fundador da organização ecologista internacional Greenpeace, morreu ontem aos 63 anos, vítima de doença prolongada.
Hunter era colunista de um jornal quando em 15 de Setembro de 1971, ele e um grupo de activistas de Vancouver decidiram viajar num velho barco de pesca, ao qual chamaram “The Greenpeace”, para Amchitka (Alasca), local onde os Estados Unidos estavam a realizar testes nucleares. A embarcação foi detida pelas autoridades norte-americanas mesmo antes de chegar a Amchitka mas a tentativa de deter os testes ganhou ampla atenção dos media, gerando protestos no Canadá e Estados Unidos.
Hunter contribuiu com a criatividade e a compreensão da imprensa pelas quais a Greenpeace se tornou conhecido, como a paixão pelo meio ambiente. Foi o criador do termo “Rainbow Warriors” para os activistas do Greenpeace e a expressão “Explosão de mentes” para descrever os efeitos dos protestos do Greenpeace.
Hunter fez campanhas pela Greenpeace para salvar as baleias, proteger as focas e impedir testes nucleares. Em 1973, tornou-se o primeiro presidente da Greenpeace e guiou a entidade através da sua transformação em uma organização internacional. Hoje, a Greenpeace está presente em 40 países, com mais de 2,5 milhões de membros em todo o mundo.
Bob Hunter deixou a presidência da Greenpeace em 1977, especializando-se em jornalismo ambiental e escrevendo vários livros, mas mantendo sempre um activo envolvimento com a Greenpeace.
Morreu a 2 de Maio, emToronto, rodeado da mulher e dos quatro filhos.
Até sempre.