Susan Sontag, morreu ontem com 71 anos de idade,vítima de leucemia.Nos últimos 30 anos, já tinha vencido um cancro de mama, Susan Sontag esteve intermitentemente sempre com problemas de cancro, o que a levou a escrever um dos seus mais famosos livros, "A Doença como Metáfora", em 1978.Ensaísta, crítica e romacista, Susan Sontag era uma das figuras mais célebres e polémicas da produção literária americana do século XX, notabilizando-se a partir dos anos 60, graças aos ensaios críticos reunidos em 1966, no volume " Contra a Interpretação".No obituário sobre a morte de Susan Sontag do "New York Times" o jornalista escreve uma frase que define por excelência toda a vida dela,"Nunca ninguém lhe chamou aborrecida".Susan Sontag, de seu nome verdadeiro Susan Rosenblatt, nasceu em 1933 em Nova Iorque e no início cresceu sem os pais, que viviam na China. Quando o pai morreu de tuberculose na China, a mãe regressou e levou-a juntamente com a irmã mais nova para Tucson, no Arizona. A mãe casou com Nathan Sontag, um veterano da II Guerra Mundial e Susan adoptou o apelido do padastro. Concluiu o liceu em Los Angeles e estudou filosofia, literatura e teologia na Universidade de Harvard e no Saint Anne's College, em Oxford.
Casou aos 17 anos com o sociólogo Philip Rieff, dez dias depois de o conhecer, teve um filho, David Rieff e divorciou-se aos 26 anos.
Actualmente vivia com a fotógrafa Annie Leibovitz em Nova Iorque. Publicou 17 livros, desde a não-ficção, a romances,peças de teatro. Realizou quatro filmes, chegou mesmo a entrar em filmes de Woody Allen e Andy Warhol e, escreveu argumentos para cinema, bem como textos para diversas publicações, mas era sobretudo reconhecida pelos seus ensaios.
Das suas obras, destacam-se," Contra a Interpretação" de 1966, "Sobre a Fotografia" de 1977, "A Doença como Metáfora" de 1978,"A Sida e as Suas Metáforas" de1989, "Na América", de 2000.
Recebeu diversos prémios como o National Book Award, pelo seu livro "Na América", em 2000 e o Prémio Jerusalém (era judia não praticante) em 2001 pelo conjunto da sua obra. De 1987 a 1989 presidiu ao Pan American Center, uma organização internacional de escritores que promove a literatura e a liberdade de expressão, envolvendo-se em várias acções que condenavam a perseguição e a detenção de escritores. Em 2003, recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias da Literatura, em Espanha. Morreu em Nova Iorque no dia 28 de Dezembro de 2004.
publicado por armando ésse às 14:22
Susan Sontag, morreu ontem com 71 anos de idade,vítima de leucemia.Nos últimos 30 anos, já tinha vencido um cancro de mama, Susan Sontag esteve intermitentemente sempre com problemas de cancro, o que a levou a escrever um dos seus mais famosos livros, "A Doença como Metáfora", em 1978.Ensaísta, crítica e romacista, Susan Sontag era uma das figuras mais célebres e polémicas da produção literária americana do século XX, notabilizando-se a partir dos anos 60, graças aos ensaios críticos reunidos em 1966, no volume " Contra a Interpretação".No obituário sobre a morte de Susan Sontag do "New York Times" o jornalista escreve uma frase que define por excelência toda a vida dela,"Nunca ninguém lhe chamou aborrecida".Susan Sontag, de seu nome verdadeiro Susan Rosenblatt, nasceu em 1933 em Nova Iorque e no início cresceu sem os pais, que viviam na China. Quando o pai morreu de tuberculose na China, a mãe regressou e levou-a juntamente com a irmã mais nova para Tucson, no Arizona. A mãe casou com Nathan Sontag, um veterano da II Guerra Mundial e Susan adoptou o apelido do padastro. Concluiu o liceu em Los Angeles e estudou filosofia, literatura e teologia na Universidade de Harvard e no Saint Anne's College, em Oxford.
Casou aos 17 anos com o sociólogo Philip Rieff, dez dias depois de o conhecer, teve um filho, David Rieff e divorciou-se aos 26 anos.
Actualmente vivia com a fotógrafa Annie Leibovitz em Nova Iorque. Publicou 17 livros, desde a não-ficção, a romances,peças de teatro. Realizou quatro filmes, chegou mesmo a entrar em filmes de Woody Allen e Andy Warhol e, escreveu argumentos para cinema, bem como textos para diversas publicações, mas era sobretudo reconhecida pelos seus ensaios.
Das suas obras, destacam-se," Contra a Interpretação" de 1966, "Sobre a Fotografia" de 1977, "A Doença como Metáfora" de 1978,"A Sida e as Suas Metáforas" de1989, "Na América", de 2000.
Recebeu diversos prémios como o National Book Award, pelo seu livro "Na América", em 2000 e o Prémio Jerusalém (era judia não praticante) em 2001 pelo conjunto da sua obra. De 1987 a 1989 presidiu ao Pan American Center, uma organização internacional de escritores que promove a literatura e a liberdade de expressão, envolvendo-se em várias acções que condenavam a perseguição e a detenção de escritores. Em 2003, recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias da Literatura, em Espanha. Morreu em Nova Iorque no dia 28 de Dezembro de 2004.
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