A FÁBRICA

Março 10 2005
Anjos e Demónios anunciado como o novo romance de Dan Brown, mas cronologicamente anterior, editado em 2000, a "Código da Vinci", foi um dos livros que me acompanhou nesta forçada ausência. Livro ideal para umas onze longas horas passadas dentro de um avião. O enredo começa com o brutal assassínio do cientista do CERN, Leonardo Vetra, que tinha recentemente descoberto a antimatéria. O director-geral do CERN, o Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, Maximilian Kohler chama o professor de Simbiologia Religiosa da Universidade de Harvard, Robert Langdon para identificar o estranho símbolo gravado no peito do cientista assassinado. A sua conclusão é avassaladora: a marca é de uma antiga irmandade chamada Illuminatti, supostamente extinta há séculos e inimiga da Igreja Católica. Quando Robert Langdon chega a Roma, acompanhado de Vittoria Vetra, filha do cientista assassindado e co-investigadora na descoberta da antimatéria, o Conclave prepara-se para reunir na Capela Sistina, para eleger um novo Papa, pois o anterior Papa tinha sido assssinado quinze dias antes.Entretanto, os quatro cardeais favoritos à eleição para Papa, são raptados e professor Langdon é o único que têm as pistas para os descobrir, antes de serem assassinados. Tarefa que não vai conseguir levar a bom porto e ao mesmo tempo que os cardeais são raptados a Guarda Suiça, responsável pela segurança da Cidade do Vaticano é informada de que uma perigosa arma de antimatéria, que tinha sido roubada do CERN, está na Cidade do Vaticano com o propósito de a arrasar.Robert Langdon procura desesperadamente a arma de antimatéria no meio de intricadas pistas deixadas pelos Illuminatti, tendo apenas doze horas para salvar o Vaticano.
Como seria de esperar o final é feliz, ao estilo dos filmes de Indiana Jones, acabando mesmo a heroína nos braços do professor.
Uma história que se lê à velocidade em que decorre a própria aventura de menos de 24 horas.
Nunca aconselho livros.
publicado por armando ésse às 13:30

Março 10 2005
Anjos e Demónios anunciado como o novo romance de Dan Brown, mas cronologicamente anterior, editado em 2000, a "Código da Vinci", foi um dos livros que me acompanhou nesta forçada ausência. Livro ideal para umas onze longas horas passadas dentro de um avião. O enredo começa com o brutal assassínio do cientista do CERN, Leonardo Vetra, que tinha recentemente descoberto a antimatéria. O director-geral do CERN, o Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, Maximilian Kohler chama o professor de Simbiologia Religiosa da Universidade de Harvard, Robert Langdon para identificar o estranho símbolo gravado no peito do cientista assassinado. A sua conclusão é avassaladora: a marca é de uma antiga irmandade chamada Illuminatti, supostamente extinta há séculos e inimiga da Igreja Católica. Quando Robert Langdon chega a Roma, acompanhado de Vittoria Vetra, filha do cientista assassindado e co-investigadora na descoberta da antimatéria, o Conclave prepara-se para reunir na Capela Sistina, para eleger um novo Papa, pois o anterior Papa tinha sido assssinado quinze dias antes.Entretanto, os quatro cardeais favoritos à eleição para Papa, são raptados e professor Langdon é o único que têm as pistas para os descobrir, antes de serem assassinados. Tarefa que não vai conseguir levar a bom porto e ao mesmo tempo que os cardeais são raptados a Guarda Suiça, responsável pela segurança da Cidade do Vaticano é informada de que uma perigosa arma de antimatéria, que tinha sido roubada do CERN, está na Cidade do Vaticano com o propósito de a arrasar.Robert Langdon procura desesperadamente a arma de antimatéria no meio de intricadas pistas deixadas pelos Illuminatti, tendo apenas doze horas para salvar o Vaticano.
Como seria de esperar o final é feliz, ao estilo dos filmes de Indiana Jones, acabando mesmo a heroína nos braços do professor.
Uma história que se lê à velocidade em que decorre a própria aventura de menos de 24 horas.
Nunca aconselho livros.
publicado por armando ésse às 13:30

Março 02 2005

Com o fim da Segunda Guerra Mundial acabou a hegemonia da Europa no mundo. Duas potências dividiram a herança: Estados Unidos da América e União Soviética.
Tendo como base a disputa pela hegemonia mundial entre as duas potências, a guerra fria estenderar-se-á por mais de 40 anos. Com sistemas sociais e políticos opostos, armas nucleares e políticas de conquista da hegemonia mundial, Estados Unidos e União Soviética mantêm o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear.
Ameaça nuclear
Após a explosão da primeira bomba atómica em 1945, os Estados Unidos fazem testes de novas armas nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e criam a Comissão de Energia Atómica para a expansão de seu poderio nuclear. Em 1949 a União Soviética explode seu primeiro artefacto atómico no deserto do Kazaquistão, entrando na corrida nuclear. O mundo ingressa assim na era do terror atómico, na qual cada uma das super potências se esforça por conseguir uma bomba mais potente que a experimentada pela outra. Em 1952 os Estados Unidos explodem a primeira bomba de hidrogénio, com potência de 15 milhões de TNT (750 vezes mais potente que a primeira bomba atómica). Em 1955 a União Soviética lança sua bomba de hidrogénio de um avião, considerado um importante avanço técnico sobre os norte-americanos. Essa corrida coloca o mundo diante do perigo da destruição. Mas outros países, como Reino Unido, França, China, Paquistão e Índia, entram no rol de países que têm armas nucleares. Israel é suspeito de ter arnas nucleares. Em 1963 é assinado o primeiro acordo de limitação de actividades nucleares, proibindo testes na atmosfera.
Reconstrução da Europa Ocidental
Missão gigantesca diante da destruição causada pela guerra. Só em perdas humanas a URSS teve 17 milhões; a Alemanha, 5,5 milhões; a Polónia, 4 milhões; a Jugoslávia, 1,6 milhão; a França, 535 mil; a Itália, 450 mil; os Estados Unidos, 410 mil; e o Reino Unido, 396 mil.
Plano Marshall
O Programa de Reconstrução da Europa (ERP) é elaborado em 1947 pelo Secretário de Estado norte-americano George C. Marshall (1880-1959), com base na Doutrina Truman. Os Estados Unidos decidem abandonar a colaboração com a URSS e investir maciçamente na Europa ocidental para barrar a expansão comunista e assegurar sua própria hegemonia política na região. Washington fornece matérias-primas, produtos e capital, na forma de créditos e doações. Em contrapartida, o mercado europeu evita impor qualquer restrição à actividade das empresas norte-americanas. Entre 1948 e 1952, o Plano Marshall fornece 14 biliões de dólares para a reconstrução europeia.
Hegemonia dos EUA
Conquistada em virtude do fortalecimento dos Estados Unidos durante a guerra, concomitante ao enfraquecimento relativo das potências europeias. A economia norte-americana se expande internacionalmente. Suas Forças Armadas detêm o monopólio da bomba atómica e disseminam bases pelo mundo. Washington dita a política no Ocidente e disputa a hegemonia no resto do planeta. A supremacia económica é alcançada com a exportação de capitais, empresas, produtos industriais e agrícolas e tecnologia. As empresas norte-americanas tornam-se multinacionais, com filiais espalhadas por todo o mundo. Exercem influência sobre as economias nacionais e determinam seu rumo. A busca da hegemonia política tem por base a Doutrina Truman.
Doutrina Truman
Estabelecida em 1947. Determina que os Estados Unidos prestem ajuda militar e económica a todos os países e regimes que se oponham à expansão comunista. Em 1949 o presidente Harry S. Truman proclama a responsabilidade mundial dos Estados Unidos.
NATO
A Organização do Tratado do Atlântico Norte é fundada em 1949, em Washington, para a defesa colectiva dos regimes democráticos, por meio de uma estreita colaboração política, económica e militar entre os países anticomunistas. Possui um comité de chefes de Estado-Maior e vários comandos regionais.
Política interna
A aplicação da política externa de confronto com a URSS, estabelecido pela Doutrina Truman, reflecte-se internamente na adopção de políticas repressivas. Em 1947 o Congresso norte-americano aprova a Lei Taft-Hartley, declarando ilegais certas formas de greve, limitando a representação dos sindicatos e concedendo ao presidente o direito de suspender greves.
Anticomunismo
Intensifica-se a partir de 1950, com a aprovação da Lei MacCarran-Nixon, exigindo o registro de todas as organizações ou simpatizantes da ideologia comunista. Essa lei é a base imediata do desencadeamento do macarthismo nos Estados Unidos e de sua disseminação mundial, estimulando restrições às actividades socialistas e comunistas na maioria dos países sob influência norte-americana, inclusive na Europa.
Macarthismo
Movimento iniciado pelo senador Joseph McCarthy, em 1951, com a organização de comissões de investigação que acusam de actividades anti americanas qualquer pessoa suspeita de ligação com movimentos ou organizações consideradas comunistas. Realiza uma caça às bruxas na área cultural, atingindo artistas, directores e argumentistas que durante a guerra manifestam-se a favor da aliança com a União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. Charlie Chaplin é o mais famoso entre os artistas perseguidos pelo macarthismo. Sindicalistas, cientistas, diplomatas, políticos e jornalistas também são alvo de perseguições. Em 1960 o Senado reconhece que as actividades das comissões dirigidas por McCarthy colocam em risco a acção do governo.
Organização sindical
Durante o macarthismo, uma comissão investigadora demonstra o domínio de vários sindicatos pelo gangsterismo. Em virtude disso, em 1954 a Associação dos Operários Portuários, dos Agentes de Transportes e Camionistas (Teamsters), a dos Padeiros e a dos Trabalhadores em Lavandarias são excluídas da American Federation of Labor (AFL). Em 1955 há a fusão da AFL com o Congress of Industrial Organizations (CIO), resultando na AFL-CIO.
Intervencionismo
Como decorrência da Doutrina Truman, os Estados Unidos intervêm em todas as partes do mundo que consideram ameaçadas pela expansão comunista. Na América Latina, a coordenação das acções militares é realizada em Washington, no Colégio Inter-americano de Defesa, criado em 1950, e na Zona do Canal do Panamá, na Escola das Américas, criada em 1961 pelas Forças Armadas dos EUA. Na Ásia, a coordenação é realizada através dos tratados e organizações internacionais de defesa, enquanto na Europa e África é feita pela OTAN.
Corrida espacial
As primeiras experiências com foguetes datam de 1935. São realizadas simultaneamente na Alemanha e Estados Unidos e estão directamente vinculadas às pesquisas sobre novos armamentos. Durante a 2a Guerra Mundial, o governo alemão usa os princípios de propulsão de foguetes para construir as primeiras bombas voadoras, a V-1 e a V-2, num programa coordenado por Wernher von Braun. É com essa tecnologia capturada dos alemães que Estados Unidos e União Soviética dão início à chamada corrida espacial: a luta pela primazia na conquista do espaço. Cada passo dessa corrida traduz-se em avanços tecnológicos: novos materiais, aperfeiçoamento de motores, armamentos, satélites meteorológicos e de comunicação.
Pioneirismo soviético
A União Soviética é a primeira a obter sucesso no lançamento de satélites artificiais e sondas espaciais. Em 1957 lança o Sputnik, o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra. No mesmo ano, com o Sputinik 2, mandam o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. São pioneiros também em ultrapassar o campo de gravidade da Terra com a sonda Lunik 1, que sobrevoa a Lua em 3 de Janeiro de 1959, e a atingir outro planeta, com a sonda Venera, que atinge Vénus em 12 de Fevereiro de 1961. A sua grande vitória, no entanto, é mandar o primeiro homem ao espaço: em 12 de Abril de 1961 o astronauta Yuri Gagarine permanece em órbita por 1h48min. Vencem, assim, a primeira etapa da corrida espacial.
O homem na Lua
A primazia dos soviéticos leva aos Estados Unidos a ânsia de chegar à Lua, primeiro que os soviéticos. Aperfeiçoam foguetes de lançamento e naves, realizam missões de longa duração, treinam manobras de encontro e acoplamento de naves no espaço. O programa espacial soviético sofre várias interrupções e os norte-americanos tomam a dianteira. Dia 16 de Julho de 1969 o foguete Saturno 5 leva a nave Apollo 11 até a órbita da Terra. Quatro dias depois, dia 20 de Julho, às 20h17 , o módulo lunar Eagle pousa na Lua. O astronauta Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar num outro corpo celeste. Os Estados Unidos vencem a segunda fase da corrida espacial.
Satélites de comunicação
Em 1960 os Estados Unidos começam as experiências com satélites meteorológicos e de comunicação. Em Julho de 1962 inauguram o sistema de transmissão intercontinental de imagens de televisão com o satélite Telstar. Os satélites de comunicação evoluem rapidamente e transformam-se em um grande negócio. Nos anos 70, Japão e China lançam satélites com tecnologia própria. Em 1978 a Agência Espacial Europeia entra na corrida espacial com os foguetes lançadores Ariane. A França passa a controlar sozinha o projecto Ariane em 1984 e, actualmente, detém cerca de 50% do mercado mundial de lançamento de satélites.
Laboratórios espaciais
Depois de chegarem à Lua em 1969, os norte-americanos prometem mandar um homem a Marte até 1985, mas seu programa espacial é desacelerado. Surgem novas prioridades: as pesquisas de novos materiais, medicamentos, armamentos, com grande participação de capitais privados. Os soviéticos lançam em 1971 a primeira estação espacial, a Salyut, um laboratório espacial. Os norte-americanos constroem a estação Skylab em 1973 e os soviéticos lançam a primeira estação orbital permanente, a Mir, em 1986. Com as estações espaciais, surge um novo tipo de nave: os vaivéns espaciais.
Observações astronómicas
Desde os anos 60, soviéticos e norte-americanos vêm lançando sondas espaciais exploratórias. Até o início da década de 90, todos os planetas do Sistema Solar, excepto Plutão, são visitados, fotografados e mapeados por sondas. Em 1990 os Estados Unidos lançam o telescópio orbital Hubble com capacidade de observar eventos a mais de 10 biliões de anos-luz da Terra.
Expansão soviética
Apesar das perdas humanas e materiais, a URSS sai da guerra como grande potência económica e militar. Aumenta a centralização política, a pretexto de uma rápida recuperação económica e do perigo de uma nova guerra, desta vez contra as potências ocidentais, tendo os Estados Unidos à frente. Estaline centraliza em 1946 as funções de secretário-geral do Partido Comunista, primeiro-ministro e ministro da Defesa. Reorganiza os organismos de repressão política e intensifica a perseguição aos opositores. A economia é restaurada através da planificação centralizada, com prioridade para a indústria pesada. Em 1950 a produção industrial e agrícola atinge os níveis anteriores à guerra. As regiões industriais no oeste do país são reconstruídas e tem início a exploração da Sibéria. Intensifica-se a mecanização agrícola e as áreas de cultivo são ampliadas. Entra em execução um plano de massificação do ensino básico e técnico e tem início o rearmamento. O V Plano Quinquenal, entre 1951 e 1955, é voltado para a realização de obras energéticas e de irrigação e transporte fluvial. São executados projectos de armas modernas, centradas em artefactos nucleares e foguetes, e começa a pesquisa espacial.
Cortina de ferro
Baseada em seu poderio militar, na presença de tropas soviéticas na Europa oriental e no extremo oriente e no renascimento dos partidos comunistas e socialistas em muitos países, a União Soviética passa a desenvolver uma política de hegemonia para fazer frente à ascensão dos Estados Unidos no Ocidente e na Ásia. Realiza a centralização política da Europa oriental por meio de tratados de paz, reparações de guerra, ocupações militares e apoio à formação de governos comunistas.
Pacto de Varsóvia
Firmado na capital polaca, em 1955, para ajuda mútua em caso de agressões armadas aos países do bloco soviético na Europa, é o principal instrumento da hegemonia militar da União Soviética.
publicado por armando ésse às 08:14

Março 02 2005

Com o fim da Segunda Guerra Mundial acabou a hegemonia da Europa no mundo. Duas potências dividiram a herança: Estados Unidos da América e União Soviética.
Tendo como base a disputa pela hegemonia mundial entre as duas potências, a guerra fria estenderar-se-á por mais de 40 anos. Com sistemas sociais e políticos opostos, armas nucleares e políticas de conquista da hegemonia mundial, Estados Unidos e União Soviética mantêm o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear.
Ameaça nuclear
Após a explosão da primeira bomba atómica em 1945, os Estados Unidos fazem testes de novas armas nucleares no atol de Bikini, no Pacífico, e criam a Comissão de Energia Atómica para a expansão de seu poderio nuclear. Em 1949 a União Soviética explode seu primeiro artefacto atómico no deserto do Kazaquistão, entrando na corrida nuclear. O mundo ingressa assim na era do terror atómico, na qual cada uma das super potências se esforça por conseguir uma bomba mais potente que a experimentada pela outra. Em 1952 os Estados Unidos explodem a primeira bomba de hidrogénio, com potência de 15 milhões de TNT (750 vezes mais potente que a primeira bomba atómica). Em 1955 a União Soviética lança sua bomba de hidrogénio de um avião, considerado um importante avanço técnico sobre os norte-americanos. Essa corrida coloca o mundo diante do perigo da destruição. Mas outros países, como Reino Unido, França, China, Paquistão e Índia, entram no rol de países que têm armas nucleares. Israel é suspeito de ter arnas nucleares. Em 1963 é assinado o primeiro acordo de limitação de actividades nucleares, proibindo testes na atmosfera.
Reconstrução da Europa Ocidental
Missão gigantesca diante da destruição causada pela guerra. Só em perdas humanas a URSS teve 17 milhões; a Alemanha, 5,5 milhões; a Polónia, 4 milhões; a Jugoslávia, 1,6 milhão; a França, 535 mil; a Itália, 450 mil; os Estados Unidos, 410 mil; e o Reino Unido, 396 mil.
Plano Marshall
O Programa de Reconstrução da Europa (ERP) é elaborado em 1947 pelo Secretário de Estado norte-americano George C. Marshall (1880-1959), com base na Doutrina Truman. Os Estados Unidos decidem abandonar a colaboração com a URSS e investir maciçamente na Europa ocidental para barrar a expansão comunista e assegurar sua própria hegemonia política na região. Washington fornece matérias-primas, produtos e capital, na forma de créditos e doações. Em contrapartida, o mercado europeu evita impor qualquer restrição à actividade das empresas norte-americanas. Entre 1948 e 1952, o Plano Marshall fornece 14 biliões de dólares para a reconstrução europeia.
Hegemonia dos EUA
Conquistada em virtude do fortalecimento dos Estados Unidos durante a guerra, concomitante ao enfraquecimento relativo das potências europeias. A economia norte-americana se expande internacionalmente. Suas Forças Armadas detêm o monopólio da bomba atómica e disseminam bases pelo mundo. Washington dita a política no Ocidente e disputa a hegemonia no resto do planeta. A supremacia económica é alcançada com a exportação de capitais, empresas, produtos industriais e agrícolas e tecnologia. As empresas norte-americanas tornam-se multinacionais, com filiais espalhadas por todo o mundo. Exercem influência sobre as economias nacionais e determinam seu rumo. A busca da hegemonia política tem por base a Doutrina Truman.
Doutrina Truman
Estabelecida em 1947. Determina que os Estados Unidos prestem ajuda militar e económica a todos os países e regimes que se oponham à expansão comunista. Em 1949 o presidente Harry S. Truman proclama a responsabilidade mundial dos Estados Unidos.
NATO
A Organização do Tratado do Atlântico Norte é fundada em 1949, em Washington, para a defesa colectiva dos regimes democráticos, por meio de uma estreita colaboração política, económica e militar entre os países anticomunistas. Possui um comité de chefes de Estado-Maior e vários comandos regionais.
Política interna
A aplicação da política externa de confronto com a URSS, estabelecido pela Doutrina Truman, reflecte-se internamente na adopção de políticas repressivas. Em 1947 o Congresso norte-americano aprova a Lei Taft-Hartley, declarando ilegais certas formas de greve, limitando a representação dos sindicatos e concedendo ao presidente o direito de suspender greves.
Anticomunismo
Intensifica-se a partir de 1950, com a aprovação da Lei MacCarran-Nixon, exigindo o registro de todas as organizações ou simpatizantes da ideologia comunista. Essa lei é a base imediata do desencadeamento do macarthismo nos Estados Unidos e de sua disseminação mundial, estimulando restrições às actividades socialistas e comunistas na maioria dos países sob influência norte-americana, inclusive na Europa.
Macarthismo
Movimento iniciado pelo senador Joseph McCarthy, em 1951, com a organização de comissões de investigação que acusam de actividades anti americanas qualquer pessoa suspeita de ligação com movimentos ou organizações consideradas comunistas. Realiza uma caça às bruxas na área cultural, atingindo artistas, directores e argumentistas que durante a guerra manifestam-se a favor da aliança com a União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. Charlie Chaplin é o mais famoso entre os artistas perseguidos pelo macarthismo. Sindicalistas, cientistas, diplomatas, políticos e jornalistas também são alvo de perseguições. Em 1960 o Senado reconhece que as actividades das comissões dirigidas por McCarthy colocam em risco a acção do governo.
Organização sindical
Durante o macarthismo, uma comissão investigadora demonstra o domínio de vários sindicatos pelo gangsterismo. Em virtude disso, em 1954 a Associação dos Operários Portuários, dos Agentes de Transportes e Camionistas (Teamsters), a dos Padeiros e a dos Trabalhadores em Lavandarias são excluídas da American Federation of Labor (AFL). Em 1955 há a fusão da AFL com o Congress of Industrial Organizations (CIO), resultando na AFL-CIO.
Intervencionismo
Como decorrência da Doutrina Truman, os Estados Unidos intervêm em todas as partes do mundo que consideram ameaçadas pela expansão comunista. Na América Latina, a coordenação das acções militares é realizada em Washington, no Colégio Inter-americano de Defesa, criado em 1950, e na Zona do Canal do Panamá, na Escola das Américas, criada em 1961 pelas Forças Armadas dos EUA. Na Ásia, a coordenação é realizada através dos tratados e organizações internacionais de defesa, enquanto na Europa e África é feita pela OTAN.
Corrida espacial
As primeiras experiências com foguetes datam de 1935. São realizadas simultaneamente na Alemanha e Estados Unidos e estão directamente vinculadas às pesquisas sobre novos armamentos. Durante a 2a Guerra Mundial, o governo alemão usa os princípios de propulsão de foguetes para construir as primeiras bombas voadoras, a V-1 e a V-2, num programa coordenado por Wernher von Braun. É com essa tecnologia capturada dos alemães que Estados Unidos e União Soviética dão início à chamada corrida espacial: a luta pela primazia na conquista do espaço. Cada passo dessa corrida traduz-se em avanços tecnológicos: novos materiais, aperfeiçoamento de motores, armamentos, satélites meteorológicos e de comunicação.
Pioneirismo soviético
A União Soviética é a primeira a obter sucesso no lançamento de satélites artificiais e sondas espaciais. Em 1957 lança o Sputnik, o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra. No mesmo ano, com o Sputinik 2, mandam o primeiro ser vivo ao espaço, a cadela Laika. São pioneiros também em ultrapassar o campo de gravidade da Terra com a sonda Lunik 1, que sobrevoa a Lua em 3 de Janeiro de 1959, e a atingir outro planeta, com a sonda Venera, que atinge Vénus em 12 de Fevereiro de 1961. A sua grande vitória, no entanto, é mandar o primeiro homem ao espaço: em 12 de Abril de 1961 o astronauta Yuri Gagarine permanece em órbita por 1h48min. Vencem, assim, a primeira etapa da corrida espacial.
O homem na Lua
A primazia dos soviéticos leva aos Estados Unidos a ânsia de chegar à Lua, primeiro que os soviéticos. Aperfeiçoam foguetes de lançamento e naves, realizam missões de longa duração, treinam manobras de encontro e acoplamento de naves no espaço. O programa espacial soviético sofre várias interrupções e os norte-americanos tomam a dianteira. Dia 16 de Julho de 1969 o foguete Saturno 5 leva a nave Apollo 11 até a órbita da Terra. Quatro dias depois, dia 20 de Julho, às 20h17 , o módulo lunar Eagle pousa na Lua. O astronauta Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar num outro corpo celeste. Os Estados Unidos vencem a segunda fase da corrida espacial.
Satélites de comunicação
Em 1960 os Estados Unidos começam as experiências com satélites meteorológicos e de comunicação. Em Julho de 1962 inauguram o sistema de transmissão intercontinental de imagens de televisão com o satélite Telstar. Os satélites de comunicação evoluem rapidamente e transformam-se em um grande negócio. Nos anos 70, Japão e China lançam satélites com tecnologia própria. Em 1978 a Agência Espacial Europeia entra na corrida espacial com os foguetes lançadores Ariane. A França passa a controlar sozinha o projecto Ariane em 1984 e, actualmente, detém cerca de 50% do mercado mundial de lançamento de satélites.
Laboratórios espaciais
Depois de chegarem à Lua em 1969, os norte-americanos prometem mandar um homem a Marte até 1985, mas seu programa espacial é desacelerado. Surgem novas prioridades: as pesquisas de novos materiais, medicamentos, armamentos, com grande participação de capitais privados. Os soviéticos lançam em 1971 a primeira estação espacial, a Salyut, um laboratório espacial. Os norte-americanos constroem a estação Skylab em 1973 e os soviéticos lançam a primeira estação orbital permanente, a Mir, em 1986. Com as estações espaciais, surge um novo tipo de nave: os vaivéns espaciais.
Observações astronómicas
Desde os anos 60, soviéticos e norte-americanos vêm lançando sondas espaciais exploratórias. Até o início da década de 90, todos os planetas do Sistema Solar, excepto Plutão, são visitados, fotografados e mapeados por sondas. Em 1990 os Estados Unidos lançam o telescópio orbital Hubble com capacidade de observar eventos a mais de 10 biliões de anos-luz da Terra.
Expansão soviética
Apesar das perdas humanas e materiais, a URSS sai da guerra como grande potência económica e militar. Aumenta a centralização política, a pretexto de uma rápida recuperação económica e do perigo de uma nova guerra, desta vez contra as potências ocidentais, tendo os Estados Unidos à frente. Estaline centraliza em 1946 as funções de secretário-geral do Partido Comunista, primeiro-ministro e ministro da Defesa. Reorganiza os organismos de repressão política e intensifica a perseguição aos opositores. A economia é restaurada através da planificação centralizada, com prioridade para a indústria pesada. Em 1950 a produção industrial e agrícola atinge os níveis anteriores à guerra. As regiões industriais no oeste do país são reconstruídas e tem início a exploração da Sibéria. Intensifica-se a mecanização agrícola e as áreas de cultivo são ampliadas. Entra em execução um plano de massificação do ensino básico e técnico e tem início o rearmamento. O V Plano Quinquenal, entre 1951 e 1955, é voltado para a realização de obras energéticas e de irrigação e transporte fluvial. São executados projectos de armas modernas, centradas em artefactos nucleares e foguetes, e começa a pesquisa espacial.
Cortina de ferro
Baseada em seu poderio militar, na presença de tropas soviéticas na Europa oriental e no extremo oriente e no renascimento dos partidos comunistas e socialistas em muitos países, a União Soviética passa a desenvolver uma política de hegemonia para fazer frente à ascensão dos Estados Unidos no Ocidente e na Ásia. Realiza a centralização política da Europa oriental por meio de tratados de paz, reparações de guerra, ocupações militares e apoio à formação de governos comunistas.
Pacto de Varsóvia
Firmado na capital polaca, em 1955, para ajuda mútua em caso de agressões armadas aos países do bloco soviético na Europa, é o principal instrumento da hegemonia militar da União Soviética.
publicado por armando ésse às 08:14

Março 02 2005

Começo da Guerra Fria
Entre 4 e 11 de Fevereiro de 1945, o líder da União Soviética, José Estaline, o Presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt e o primeiro ministro britânico, Winston Churchill, envolveram-se numa maratona negocial que decorreu em Yalta, uma estância balnear do mar Negro, Ucrânia. Este encontro ficou conhecido com a conferência de Yalta, onde os "big three", resolveram como haveríamos de viver durante mais de meio século. No final da conferência em 11 de Fevereiro de 1945, o futuro mapa da Europa ficava traçado por áreas de influência e URSS, EUA e Grã-Bretanha arrogavam-se o direito de moldar a realidade mundial para as décadas seguintes.Para uns, a Conferência de Yalta deve ser recordada como o momento em que Roosevelt aceitou legitimar a expansão do comunisto para o Leste europeu e para a Ásia. Churchill afirmou que Roosevelt escreveu, num guardanapo, quais os países que Estaline poderia dominar e que o ditador soviético guardou o guardanapo. Para outros, a Conferência não é só o começo da guerra fria mas também o triunfo da "realpolitik".
publicado por armando ésse às 08:00

Março 02 2005

Começo da Guerra Fria
Entre 4 e 11 de Fevereiro de 1945, o líder da União Soviética, José Estaline, o Presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt e o primeiro ministro britânico, Winston Churchill, envolveram-se numa maratona negocial que decorreu em Yalta, uma estância balnear do mar Negro, Ucrânia. Este encontro ficou conhecido com a conferência de Yalta, onde os "big three", resolveram como haveríamos de viver durante mais de meio século. No final da conferência em 11 de Fevereiro de 1945, o futuro mapa da Europa ficava traçado por áreas de influência e URSS, EUA e Grã-Bretanha arrogavam-se o direito de moldar a realidade mundial para as décadas seguintes.Para uns, a Conferência de Yalta deve ser recordada como o momento em que Roosevelt aceitou legitimar a expansão do comunisto para o Leste europeu e para a Ásia. Churchill afirmou que Roosevelt escreveu, num guardanapo, quais os países que Estaline poderia dominar e que o ditador soviético guardou o guardanapo. Para outros, a Conferência não é só o começo da guerra fria mas também o triunfo da "realpolitik".
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