A FÁBRICA

Junho 30 2005

Migrant Mother, 1936, Dorothea Lange

Dorothea Margaretta Nutzhorn, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA, foi vítima da paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Dorothea Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho. Encorajada pelo fotógrafo Arnold Genthe, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidacta e mais tarde estudou fotografia na Columbia University. Profissionalmente, começou como freelancer, montando o seu próprio estúdio em 1919, em Berkeley, na Califórnia. Depois de mais de uma década fazendo retratos de estúdio, Dorothea Lange entra ao serviço da Farm Security Administration, (FSA), onde juntamente com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos Trinta, vinte e dois estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Lange é a autora da fotografiado post, conhecida como a "Mãe Migrante".
Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e de uma das mais reproduzidas da história da fotografia. A fotografia retrata uma mulher e os seus filhos. A mãe, com um bebé adormecido ao colo, contempla o vazio; as crianças, com o cabelo desgrenhado e as roupas sujas, escondem o rosto por detrás dos seus ombros. A família vivia num acampamento de colhedores de ervilhas no Vale do Nipomo, na Califórnia, alimentando-se dos pássaros que caçavam e dos vegetais que colhiam nos campos. A mulher tinha acabado de vender os pneus do seu carro para comprar comida.
Até hoje as suas fotografias são consideradas um fiel retrato dos EUA durante o período da Grande Depressão. O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redireccionamento na sua carreira. Trabalhando para a War Relocation Agency e para o Office of War Information, entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia. Uma fase não menos importante de sua obra, mas convenientemente esquecida pelos seus compatriotas. Problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras a seguir à guerra, e só voltou à actividade no meio dos anos cinquenta, quando entrou para a equipa da prestigiada revista Life. Até sua morte em 11 de Outubro de 1965, viajou pelo mundo na companhia do marido, fotografando principalmente a América do Sul, a Ásia e o Oriente Médio.
publicado por armando ésse às 08:13

Junho 30 2005

Migrant Mother, 1936, Dorothea Lange

Dorothea Margaretta Nutzhorn, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA, foi vítima da paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Dorothea Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho. Encorajada pelo fotógrafo Arnold Genthe, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidacta e mais tarde estudou fotografia na Columbia University. Profissionalmente, começou como freelancer, montando o seu próprio estúdio em 1919, em Berkeley, na Califórnia. Depois de mais de uma década fazendo retratos de estúdio, Dorothea Lange entra ao serviço da Farm Security Administration, (FSA), onde juntamente com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos Trinta, vinte e dois estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Lange é a autora da fotografiado post, conhecida como a "Mãe Migrante".
Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e de uma das mais reproduzidas da história da fotografia. A fotografia retrata uma mulher e os seus filhos. A mãe, com um bebé adormecido ao colo, contempla o vazio; as crianças, com o cabelo desgrenhado e as roupas sujas, escondem o rosto por detrás dos seus ombros. A família vivia num acampamento de colhedores de ervilhas no Vale do Nipomo, na Califórnia, alimentando-se dos pássaros que caçavam e dos vegetais que colhiam nos campos. A mulher tinha acabado de vender os pneus do seu carro para comprar comida.
Até hoje as suas fotografias são consideradas um fiel retrato dos EUA durante o período da Grande Depressão. O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redireccionamento na sua carreira. Trabalhando para a War Relocation Agency e para o Office of War Information, entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia. Uma fase não menos importante de sua obra, mas convenientemente esquecida pelos seus compatriotas. Problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras a seguir à guerra, e só voltou à actividade no meio dos anos cinquenta, quando entrou para a equipa da prestigiada revista Life. Até sua morte em 11 de Outubro de 1965, viajou pelo mundo na companhia do marido, fotografando principalmente a América do Sul, a Ásia e o Oriente Médio.
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Junho 28 2005

Rue Moufetarde, Paris, 1954

Henri Cartier-Bresson nasceu a 22 de Agosto de 1908, em Chanteloup, França, no seio de uma família abastada da indústria têxtil. Contrariando a pressão dos pais que ansiavam por ver o filho à frente dos negócios da família, Bresson optou por seguir o rumo do seu espírito aventureiro e artístico. Durante a juventude frequentou aulas particulares de pintura com o mestre cubista Andre Lhote. Esta experiência foi essencial para desenvolver em Bresson os conceitos visuais que serviram mais tarde de referência para a sua carreira como fotógrafo.
Cartier-Bresson foi crescendo no seio de uma elite cultural que o expôs às correntes intelectuais do seu tempo. Através dos seus mestres conheceu artistas, escritores, poetas e pintores como Salvador Dali, Jean Cocteau e Max Ernest.Estudou pintura e filosofia na Universidade de Cambridge, onde sofreu a influencia da Escola Surrealista. Sentiu-se desde sempre marcado não só pela pintura Surrealista, mas também pelos conceitos de André Breton que admirava pelo modo de «expressão espontâneo, pela intuição e, sobretudo, pela atitude de revolta».
Influenciado por estas correntes culturais que surgiram após a I Guerra Mundial, Bresson «aprendeu» a desdenhar o espírito pequeno -burguês e os preconceitos tradicionais de moral. Henri Cartier-Bresson começa a sua carreira como fotógrafo em 1931, aos vinte e dois anos, após ter participado numa expedição etnográfica ao México, onde começa a trabalhar como fotógrafo independente. Em 1932 faz a sua primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy. Em 1935 familiarizou-se com a fotografia cinematográfica, trabalhando como assistente de câmara, tendo realizado filmes documentários em Espanha.
Quando a II Guerra Mundial começou, Cartier-Bresson alistou-se no exército. Contudo, pouco tempo depois, foi capturado pelos alemães. Durante os dois anos e meio que esteve preso, tentou fugir três vezes mas só há terceira alcançou a liberdade e regressou a França. De regresso a Paris colaborou com a Resistência Francesa até ao fim da Guerra, só voltando à fotografia em 1945, altura em que produz muitos livros ilustrados com as suas fotografias, contando entre eles “O momento decisivo”, “China em mudança” e “ O mundo de Cartier-Bresson”.
Em 1946 partiu para os EUA e percorreu a América do Norte enquanto exibia as suas obras no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque. Mas a pouco e pouco a América tornou-se pequena e Bresson voltou a vagabundar pela Ásia. Índia, Birmânia, China e Indonésia foram algumas das paragens que, ao longo de duas décadas, couberam na sua máquina. Este fotógrafo trabalhou para quase todos os grandes jornais e revistas internacionais. Juntamente com Robert Capa, David “Chim” Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência “Magnum”. Em 1970, casa-se com a fotógrafa Martine Franck.
Em 1973 o fotojornalista pôs de lado a Leica e abraçou o gosto pela pintura que tantos anos tinha ficado adormecido. Morreu em Paris, aos 95 anos no dia 3 de Agosto de 2004.
publicado por armando ésse às 12:36

Junho 28 2005

Rue Moufetarde, Paris, 1954

Henri Cartier-Bresson nasceu a 22 de Agosto de 1908, em Chanteloup, França, no seio de uma família abastada da indústria têxtil. Contrariando a pressão dos pais que ansiavam por ver o filho à frente dos negócios da família, Bresson optou por seguir o rumo do seu espírito aventureiro e artístico. Durante a juventude frequentou aulas particulares de pintura com o mestre cubista Andre Lhote. Esta experiência foi essencial para desenvolver em Bresson os conceitos visuais que serviram mais tarde de referência para a sua carreira como fotógrafo.
Cartier-Bresson foi crescendo no seio de uma elite cultural que o expôs às correntes intelectuais do seu tempo. Através dos seus mestres conheceu artistas, escritores, poetas e pintores como Salvador Dali, Jean Cocteau e Max Ernest.Estudou pintura e filosofia na Universidade de Cambridge, onde sofreu a influencia da Escola Surrealista. Sentiu-se desde sempre marcado não só pela pintura Surrealista, mas também pelos conceitos de André Breton que admirava pelo modo de «expressão espontâneo, pela intuição e, sobretudo, pela atitude de revolta».
Influenciado por estas correntes culturais que surgiram após a I Guerra Mundial, Bresson «aprendeu» a desdenhar o espírito pequeno -burguês e os preconceitos tradicionais de moral. Henri Cartier-Bresson começa a sua carreira como fotógrafo em 1931, aos vinte e dois anos, após ter participado numa expedição etnográfica ao México, onde começa a trabalhar como fotógrafo independente. Em 1932 faz a sua primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy. Em 1935 familiarizou-se com a fotografia cinematográfica, trabalhando como assistente de câmara, tendo realizado filmes documentários em Espanha.
Quando a II Guerra Mundial começou, Cartier-Bresson alistou-se no exército. Contudo, pouco tempo depois, foi capturado pelos alemães. Durante os dois anos e meio que esteve preso, tentou fugir três vezes mas só há terceira alcançou a liberdade e regressou a França. De regresso a Paris colaborou com a Resistência Francesa até ao fim da Guerra, só voltando à fotografia em 1945, altura em que produz muitos livros ilustrados com as suas fotografias, contando entre eles “O momento decisivo”, “China em mudança” e “ O mundo de Cartier-Bresson”.
Em 1946 partiu para os EUA e percorreu a América do Norte enquanto exibia as suas obras no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque. Mas a pouco e pouco a América tornou-se pequena e Bresson voltou a vagabundar pela Ásia. Índia, Birmânia, China e Indonésia foram algumas das paragens que, ao longo de duas décadas, couberam na sua máquina. Este fotógrafo trabalhou para quase todos os grandes jornais e revistas internacionais. Juntamente com Robert Capa, David “Chim” Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência “Magnum”. Em 1970, casa-se com a fotógrafa Martine Franck.
Em 1973 o fotojornalista pôs de lado a Leica e abraçou o gosto pela pintura que tantos anos tinha ficado adormecido. Morreu em Paris, aos 95 anos no dia 3 de Agosto de 2004.
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Junho 23 2005

O Barão de Coubertin, de seu nome Pierre Frédy nasceu em Paris em 1 de Janeiro de 1863. Pierre de Coubertin, cujo o pai era artista e a mãe musica, foi criado e educado num meio aristocrata. Esteve sempre muito ligado às grandes questões de educação. Para ele a educação era a chave do futuro da sociedade. Aos 24 anos Coubertin decidiu o rumo da sua vida: recuperar o nobre espirito francês de educação, reformando-o. Pierre de Coubertin era um desportista muito activo, praticava boxe, esgrima, hipismo e remo. Ele acreditava que o desporto era a ponte para a força moral e defendia arduamente a sua ideia. E foram estas as razões que o levaram, aos 31 anos de idade, a querer reviver os Jogos Olímpicos. Anunciou a sua ideia durante o encontro do sindicato francês das sociedades de desporto atlético, do qual ele era secretário geral. No entanto, ninguém aclamou ou sequer acreditou na sua ideia, que foi recebida com muito pouco entusiasmo.Em 23 de Junho de 1894, o barão Pierre de Coubertin, promoveu um congresso em Paris, na Universidade de Sorbonne, do qual resultou a fundação do Comité Olímpico Internacional (COI) e a revitalização dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, cuja primeira edição teve lugar em Atenas, em 1896, com a participação de 14 países, representados por 245 atletas em 13 modalidades. No Congresso de Paris o grego Demetrius Vikelas tornou-se o primeiro presidente do COI. Dois anos depois, Pierre de Coubertin torna-se presidente do Comité Olímpico Internacional, cargo que manteve até1925. Devido à primeira guerra mundial, Coubertin pediu que a sede do COI passasse a ser sediada em Lausanne, Suíça, pois este era um país neutro. Em 1922, o quartel olímpico mudou-se Lausanne, onde permanece até hoje.Pierre Coubertin retirou-se do COI e do movimento olímpico em 1925 para se dedicar ao seu trabalho pedagógico. Aos 69 anos de idade, em 1931, Coubertin publicou as suas memórias olímpicas, no qual ele enfatiza a natureza intelectual e filosófica empreendida, assim como a sua vontade de fazer do COI mais do que uma simples associação desportiva. Pierrre Coubertin morre repentinamente de ataque cardíaco, a 2 de setembro de 1937, num parque em Genebra.
publicado por armando ésse às 13:36
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Junho 23 2005

O Barão de Coubertin, de seu nome Pierre Frédy nasceu em Paris em 1 de Janeiro de 1863. Pierre de Coubertin, cujo o pai era artista e a mãe musica, foi criado e educado num meio aristocrata. Esteve sempre muito ligado às grandes questões de educação. Para ele a educação era a chave do futuro da sociedade. Aos 24 anos Coubertin decidiu o rumo da sua vida: recuperar o nobre espirito francês de educação, reformando-o. Pierre de Coubertin era um desportista muito activo, praticava boxe, esgrima, hipismo e remo. Ele acreditava que o desporto era a ponte para a força moral e defendia arduamente a sua ideia. E foram estas as razões que o levaram, aos 31 anos de idade, a querer reviver os Jogos Olímpicos. Anunciou a sua ideia durante o encontro do sindicato francês das sociedades de desporto atlético, do qual ele era secretário geral. No entanto, ninguém aclamou ou sequer acreditou na sua ideia, que foi recebida com muito pouco entusiasmo.Em 23 de Junho de 1894, o barão Pierre de Coubertin, promoveu um congresso em Paris, na Universidade de Sorbonne, do qual resultou a fundação do Comité Olímpico Internacional (COI) e a revitalização dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, cuja primeira edição teve lugar em Atenas, em 1896, com a participação de 14 países, representados por 245 atletas em 13 modalidades. No Congresso de Paris o grego Demetrius Vikelas tornou-se o primeiro presidente do COI. Dois anos depois, Pierre de Coubertin torna-se presidente do Comité Olímpico Internacional, cargo que manteve até1925. Devido à primeira guerra mundial, Coubertin pediu que a sede do COI passasse a ser sediada em Lausanne, Suíça, pois este era um país neutro. Em 1922, o quartel olímpico mudou-se Lausanne, onde permanece até hoje.Pierre Coubertin retirou-se do COI e do movimento olímpico em 1925 para se dedicar ao seu trabalho pedagógico. Aos 69 anos de idade, em 1931, Coubertin publicou as suas memórias olímpicas, no qual ele enfatiza a natureza intelectual e filosófica empreendida, assim como a sua vontade de fazer do COI mais do que uma simples associação desportiva. Pierrre Coubertin morre repentinamente de ataque cardíaco, a 2 de setembro de 1937, num parque em Genebra.
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Junho 21 2005

Jean Paul Sartre nasceu em Paris a 21 de Junho de 1905 . Seu pai, oficial da marinha, morre quando Sartre tem um ano de idade. A mãe, Anne-Marie, leva Sartre a viver com o avô materno, nos arredores de Paris. Desde criança que Jean-Paul escreve contos de aventuras cavalheirescas e de heroísmo e se auto-denomina génio. Quando ele tem doze anos, a mãe casa com Joseph Mancy, um homem rico, burguês e autoritário. Sartre possui uma mente excepcional, embora isso não se revele nos resultados escolares. Com 15 anos volta a viver com o avô e torna-se aluno interno do Liceu Henrique IV. Em 1924 entra na École Normale Supérieur. Aqui estudavam os melhores cérebros da época, nomeadamente Simone de Beauvoir que se tornaria sua companheira para a vida. Em 1931 é nomeado professor de filosofia no Havre. Em 1934, o filósofo escreve a “A Náusea” um romance filosófico que transformou Sartre numa das mais promissoras figuras literárias. Em 1939 é chamado a servir numa estação meteorológica, era o início da II Guerra Mundial. Em 1940, após a invasão da França por Hitler, Jean Paul Sartre é feito prisioneiro e encerrado no campo de concentração de Trier, na Alemanha ocidental. Continua o seu diário de guerra, mas, graças a um atestado médico falso, é libertado em Março de 1941. Em 1943, edita O Ser e o Nada, um “hino à consciência e à liberdade” que o coloca no topo da pirâmide existencialista. Entretanto, com Simone Beauvoir, funda a revista Temps Modernes. Adere ao marxismo em 1952. Em 1964, escreve “As Palavras”, uma análise da sua própria infância e é-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura, que recusa porque “o escritor deve recusar a deixar-se transformar por instituições”.A década de 70 é marcada pelos problemas de saúde, após anos de excessos de álcool e tabaco e por uma ou outra intervenção pública, como a visita a Portugal no “Verão Quente de 75” apesar do seu prestígio estar em queda. Quase cego, vive os derradeiros anos incapaz de escrever. Morreu a 15 de Abril de 1980, aos 74 anos, vítima de um edema pulmonar. O seu funeral transformou-se numa manifestação pública, com um cortejo de mais de 25 mil seguidores.
Mais informação em: geocities.com/sartresite.
publicado por armando ésse às 16:23

Junho 21 2005

Jean Paul Sartre nasceu em Paris a 21 de Junho de 1905 . Seu pai, oficial da marinha, morre quando Sartre tem um ano de idade. A mãe, Anne-Marie, leva Sartre a viver com o avô materno, nos arredores de Paris. Desde criança que Jean-Paul escreve contos de aventuras cavalheirescas e de heroísmo e se auto-denomina génio. Quando ele tem doze anos, a mãe casa com Joseph Mancy, um homem rico, burguês e autoritário. Sartre possui uma mente excepcional, embora isso não se revele nos resultados escolares. Com 15 anos volta a viver com o avô e torna-se aluno interno do Liceu Henrique IV. Em 1924 entra na École Normale Supérieur. Aqui estudavam os melhores cérebros da época, nomeadamente Simone de Beauvoir que se tornaria sua companheira para a vida. Em 1931 é nomeado professor de filosofia no Havre. Em 1934, o filósofo escreve a “A Náusea” um romance filosófico que transformou Sartre numa das mais promissoras figuras literárias. Em 1939 é chamado a servir numa estação meteorológica, era o início da II Guerra Mundial. Em 1940, após a invasão da França por Hitler, Jean Paul Sartre é feito prisioneiro e encerrado no campo de concentração de Trier, na Alemanha ocidental. Continua o seu diário de guerra, mas, graças a um atestado médico falso, é libertado em Março de 1941. Em 1943, edita O Ser e o Nada, um “hino à consciência e à liberdade” que o coloca no topo da pirâmide existencialista. Entretanto, com Simone Beauvoir, funda a revista Temps Modernes. Adere ao marxismo em 1952. Em 1964, escreve “As Palavras”, uma análise da sua própria infância e é-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura, que recusa porque “o escritor deve recusar a deixar-se transformar por instituições”.A década de 70 é marcada pelos problemas de saúde, após anos de excessos de álcool e tabaco e por uma ou outra intervenção pública, como a visita a Portugal no “Verão Quente de 75” apesar do seu prestígio estar em queda. Quase cego, vive os derradeiros anos incapaz de escrever. Morreu a 15 de Abril de 1980, aos 74 anos, vítima de um edema pulmonar. O seu funeral transformou-se numa manifestação pública, com um cortejo de mais de 25 mil seguidores.
Mais informação em: geocities.com/sartresite.
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Junho 17 2005

Quem disser o seu nome junto de um militar corre o risco de ser imediatamente preso, sem sequer passar pelo tribunal. A Dama de bambu, a líder do principal partido de oposiçao na Birmânia, a Liga Nacional para a Democracia, é uma espinha atravessada na garganta dos generais que comandam o país. A "senhora", o "monstro" ou o "fenómeno" -nomes de código utilizados pelo povo_ está em prisão domiciliária desde de Maio de 2003. O número 54 da University Road, em Rangun, é a casa mais vigiada do país, quem tentar fotografar a sua vivenda é preso. Com a aproximação do sexagésimo aniversário de Aung San Suu Kyi no próximo Domingo, a junta militar birmanesa no poder, aumentou nos últimos dias o controle e detenção de opositores políticos e militantes dos direitos humanos.
Aung San Suu Kyi nasceu em Rangun a 19 de Junho de 1945. O pai de Suu Kyi, o general Aung San, foi o pai-fundador do país. Nascido na aristocracia rural, tornar-se-ia líder estudantil e nacionalista convicto. Sonhava expulsar os Britânicos da sua terra colonizada no século XIX e, para tal, viria a comandar o Exército de Independência da Birmânia, treinado secretamente pelos Japoneses. Entraria na Birmânia à sua frente em princípio de 1942, para vir a mudar de lado em 1945, ajudando os Britânicos a pôr fim à ocupação japonesa. Mas esse serviço ao povo birmanês foi ceifado cedo: um rival político mandou abatê-lo em 1947, apenas 6 meses antes de a Birmânia declarar a independência. Tinha 32 anos. Suu Kyi tinha 2.
Suu Kyi estudou na Índia e na Universidade de Oxford (Reino Unido) a partir de 1960, tendo posteriormente trabalhado nas Nações Unidas e passado a viver no Reino Unido. Quando regressou do Reino Unido, em 1988, fundou o movimento de oposição Liga Nacional para a Democracia, como protesto contra as violações dos direitos humanos e contra a brutal repressão da discordância na Birmânia e para lutar por reformas democráticas. Em Abril de 1989, escapou por pouco a uma tentativa de assassinato por parte de uma unidade militar birmanesa. Os militares tinham recebido ordens para matar a activista numa das muitas manifestações que encabeçava. Foi salva por uma contra-ordem de um oficial.
Em Julho de 1989, o regime militar determinou a prisão domiciliária da activista pro-democracia. Suu Kyi foi colocada sob a lei marcial, que possibilitava a sua detenção sem acusação formada nem julgamento por um período de três anos. A activista birmanesa entrou em greve de fome para proteger os estudantes que haviam sido levados da sua casa para o Centro de Interrogação do regime. Foi reconhecida como objectora de consciência pela Amnistia Internacional.
Apesar da detenção da sua presidente, em Maio de 1990 a Liga Nacional para a Democracia obteve um resultado extraordinário nas eleições gerais, tendo conseguido 82% dos votos. No entanto, a Junta Militar recusou-se a reconhecer os resultados das eleições. Em Outubro do mesmo ano, Suu Kyi foi galardoada com o Prémio Rafto para os Direitos Humanos e, em Julho de 1991, com o Prémio Sakharov (prémio para os Direitos Humanos do Parlamento Europeu). Em Agosto de 1991, o regime militar decidiu alterar a lei sob a qual Suu Kyi estava detida e aumentar para cinco anos o período de prisão sem acusação formada nem julgamento. Dois meses depois, a actividade pró-democracia da activista foi reconhecida com o Prémio Nobel da Paz, prémio esse que foi utilizado num fundo de saúde e educação para o povo birmanês criado por Suu Kyi.
Em Janeiro de 1994, a Junta Militar voltou a alterar a lei marcial, adicionando-lhe mais uma ano de detenção. Suu Kyi foi posta em liberdade em Julho de 1995. Nunca deixando de parte os seus ideais, Suu Kyi prosseguiu na sua luta. Em Março de 2000, recebeu a condecoração irlandesa Freedom of the City, atrbuída pelo reconhecimento do seu activismo. Foi o seu filho, Kim Aris, que se deslocou a Dublin para receber o prémio. Em Setembro de 2000, Suu Kyi desafiou as autoridades militares birmanesas e anunciou que iria sair da capital do país. Em resposta, os militares montaram um verdadeiro cerco em volta dela e voltaram a colocá-la em prisão domiciliária, juntamente com outros líderes do partido. Em Dezembro de 2000, o reconhecimento pelo seu activismo chegou dos EUA. O então presidente Bill Clinton conferiu-lhe a maior condecoração civil do país - a Medalha Presidencial da Liberdade. Durante a prisão domiciliária, Suu Kyi recebeu a visita de uma delegação da União Europeia, de diplomatas norte-americanos e de representantes das Nações Unidas. Em Maio de 2002, depois de 19 meses em prisão domiciliária, Aung San Suu Kyi foi libertada. Desde Outubro de 2000 que Suu Kyi mantinha conversações secretas com uma delegação da Junta Militar.
Suu Kyi continuou a defender a plena democracia e o desmantelamento do poder militar. No entanto os militares têm alegado que o país não se encontra preparado para a democracia. Suu Kyi conta com o apoio do Ocidente e da maioria das nações asiáticas. Foi novamente presa em fim de Maio de 2003 e ainda se encontra em prisão domiciliária. Tem recusado o fim da prisão domiciliária enquanto não forem libertados todos e cada um dos seus apoiantes. Aung San Suu Kyi transformou-se num símbolo da luta a favor da democracia na Birmânia, (Myanmar).

publicado por armando ésse às 06:48

Junho 17 2005

Quem disser o seu nome junto de um militar corre o risco de ser imediatamente preso, sem sequer passar pelo tribunal. A Dama de bambu, a líder do principal partido de oposiçao na Birmânia, a Liga Nacional para a Democracia, é uma espinha atravessada na garganta dos generais que comandam o país. A "senhora", o "monstro" ou o "fenómeno" -nomes de código utilizados pelo povo_ está em prisão domiciliária desde de Maio de 2003. O número 54 da University Road, em Rangun, é a casa mais vigiada do país, quem tentar fotografar a sua vivenda é preso. Com a aproximação do sexagésimo aniversário de Aung San Suu Kyi no próximo Domingo, a junta militar birmanesa no poder, aumentou nos últimos dias o controle e detenção de opositores políticos e militantes dos direitos humanos.
Aung San Suu Kyi nasceu em Rangun a 19 de Junho de 1945. O pai de Suu Kyi, o general Aung San, foi o pai-fundador do país. Nascido na aristocracia rural, tornar-se-ia líder estudantil e nacionalista convicto. Sonhava expulsar os Britânicos da sua terra colonizada no século XIX e, para tal, viria a comandar o Exército de Independência da Birmânia, treinado secretamente pelos Japoneses. Entraria na Birmânia à sua frente em princípio de 1942, para vir a mudar de lado em 1945, ajudando os Britânicos a pôr fim à ocupação japonesa. Mas esse serviço ao povo birmanês foi ceifado cedo: um rival político mandou abatê-lo em 1947, apenas 6 meses antes de a Birmânia declarar a independência. Tinha 32 anos. Suu Kyi tinha 2.
Suu Kyi estudou na Índia e na Universidade de Oxford (Reino Unido) a partir de 1960, tendo posteriormente trabalhado nas Nações Unidas e passado a viver no Reino Unido. Quando regressou do Reino Unido, em 1988, fundou o movimento de oposição Liga Nacional para a Democracia, como protesto contra as violações dos direitos humanos e contra a brutal repressão da discordância na Birmânia e para lutar por reformas democráticas. Em Abril de 1989, escapou por pouco a uma tentativa de assassinato por parte de uma unidade militar birmanesa. Os militares tinham recebido ordens para matar a activista numa das muitas manifestações que encabeçava. Foi salva por uma contra-ordem de um oficial.
Em Julho de 1989, o regime militar determinou a prisão domiciliária da activista pro-democracia. Suu Kyi foi colocada sob a lei marcial, que possibilitava a sua detenção sem acusação formada nem julgamento por um período de três anos. A activista birmanesa entrou em greve de fome para proteger os estudantes que haviam sido levados da sua casa para o Centro de Interrogação do regime. Foi reconhecida como objectora de consciência pela Amnistia Internacional.
Apesar da detenção da sua presidente, em Maio de 1990 a Liga Nacional para a Democracia obteve um resultado extraordinário nas eleições gerais, tendo conseguido 82% dos votos. No entanto, a Junta Militar recusou-se a reconhecer os resultados das eleições. Em Outubro do mesmo ano, Suu Kyi foi galardoada com o Prémio Rafto para os Direitos Humanos e, em Julho de 1991, com o Prémio Sakharov (prémio para os Direitos Humanos do Parlamento Europeu). Em Agosto de 1991, o regime militar decidiu alterar a lei sob a qual Suu Kyi estava detida e aumentar para cinco anos o período de prisão sem acusação formada nem julgamento. Dois meses depois, a actividade pró-democracia da activista foi reconhecida com o Prémio Nobel da Paz, prémio esse que foi utilizado num fundo de saúde e educação para o povo birmanês criado por Suu Kyi.
Em Janeiro de 1994, a Junta Militar voltou a alterar a lei marcial, adicionando-lhe mais uma ano de detenção. Suu Kyi foi posta em liberdade em Julho de 1995. Nunca deixando de parte os seus ideais, Suu Kyi prosseguiu na sua luta. Em Março de 2000, recebeu a condecoração irlandesa Freedom of the City, atrbuída pelo reconhecimento do seu activismo. Foi o seu filho, Kim Aris, que se deslocou a Dublin para receber o prémio. Em Setembro de 2000, Suu Kyi desafiou as autoridades militares birmanesas e anunciou que iria sair da capital do país. Em resposta, os militares montaram um verdadeiro cerco em volta dela e voltaram a colocá-la em prisão domiciliária, juntamente com outros líderes do partido. Em Dezembro de 2000, o reconhecimento pelo seu activismo chegou dos EUA. O então presidente Bill Clinton conferiu-lhe a maior condecoração civil do país - a Medalha Presidencial da Liberdade. Durante a prisão domiciliária, Suu Kyi recebeu a visita de uma delegação da União Europeia, de diplomatas norte-americanos e de representantes das Nações Unidas. Em Maio de 2002, depois de 19 meses em prisão domiciliária, Aung San Suu Kyi foi libertada. Desde Outubro de 2000 que Suu Kyi mantinha conversações secretas com uma delegação da Junta Militar.
Suu Kyi continuou a defender a plena democracia e o desmantelamento do poder militar. No entanto os militares têm alegado que o país não se encontra preparado para a democracia. Suu Kyi conta com o apoio do Ocidente e da maioria das nações asiáticas. Foi novamente presa em fim de Maio de 2003 e ainda se encontra em prisão domiciliária. Tem recusado o fim da prisão domiciliária enquanto não forem libertados todos e cada um dos seus apoiantes. Aung San Suu Kyi transformou-se num símbolo da luta a favor da democracia na Birmânia, (Myanmar).

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