Migrant Mother, 1936, Dorothea LangeDorothea Margaretta Nutzhorn, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA, foi vítima da paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Dorothea Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho. Encorajada pelo fotógrafo Arnold Genthe, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidacta e mais tarde estudou fotografia na Columbia University. Profissionalmente, começou como freelancer, montando o seu próprio estúdio em 1919, em Berkeley, na Califórnia. Depois de mais de uma década fazendo retratos de estúdio, Dorothea Lange entra ao serviço da Farm Security Administration, (FSA), onde juntamente com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos Trinta, vinte e dois estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Lange é a autora da fotografiado post, conhecida como a "Mãe Migrante". Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e de uma das mais reproduzidas da história da fotografia. A fotografia retrata uma mulher e os seus filhos. A mãe, com um bebé adormecido ao colo, contempla o vazio; as crianças, com o cabelo desgrenhado e as roupas sujas, escondem o rosto por detrás dos seus ombros. A família vivia num acampamento de colhedores de ervilhas no Vale do Nipomo, na Califórnia, alimentando-se dos pássaros que caçavam e dos vegetais que colhiam nos campos. A mulher tinha acabado de vender os pneus do seu carro para comprar comida.
Até hoje as suas fotografias são consideradas um fiel retrato dos EUA durante o período da Grande Depressão. O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redireccionamento na sua carreira. Trabalhando para a War Relocation Agency e para o Office of War Information, entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia. Uma fase não menos importante de sua obra, mas convenientemente esquecida pelos seus compatriotas. Problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras a seguir à guerra, e só voltou à actividade no meio dos anos cinquenta, quando entrou para a equipa da prestigiada revista Life. Até sua morte em 11 de Outubro de 1965, viajou pelo mundo na companhia do marido, fotografando principalmente a América do Sul, a Ásia e o Oriente Médio.
publicado por armando ésse às 08:13
Migrant Mother, 1936, Dorothea LangeDorothea Margaretta Nutzhorn, nasceu em 26 de Maio de 1895, na cidade de Hoboken, New Jersey, nos EUA, foi vítima da paralisia infantil, o que a deixou com uma deficiência numa perna para o resto da vida. Mais de uma vez, Dorothea Lange afirmou que isto a deixou mais sensível em relação ao sofrimento alheio, aspecto fundamental no seu trabalho. Encorajada pelo fotógrafo Arnold Genthe, que lhe deu a primeira máquina fotográfica, Dorothea começou como autodidacta e mais tarde estudou fotografia na Columbia University. Profissionalmente, começou como freelancer, montando o seu próprio estúdio em 1919, em Berkeley, na Califórnia. Depois de mais de uma década fazendo retratos de estúdio, Dorothea Lange entra ao serviço da Farm Security Administration, (FSA), onde juntamente com seu futuro marido, Paul Taylor, percorreu durante os anos Trinta, vinte e dois estados do Sul e Oeste dos Estados Unidos, recolhendo imagens que documentam o impacto da Grande Depressão na vida dos camponeses. Lange é a autora da fotografiado post, conhecida como a "Mãe Migrante". Trata-se da mais famosa fotografia saída da FSA e de uma das mais reproduzidas da história da fotografia. A fotografia retrata uma mulher e os seus filhos. A mãe, com um bebé adormecido ao colo, contempla o vazio; as crianças, com o cabelo desgrenhado e as roupas sujas, escondem o rosto por detrás dos seus ombros. A família vivia num acampamento de colhedores de ervilhas no Vale do Nipomo, na Califórnia, alimentando-se dos pássaros que caçavam e dos vegetais que colhiam nos campos. A mulher tinha acabado de vender os pneus do seu carro para comprar comida.
Até hoje as suas fotografias são consideradas um fiel retrato dos EUA durante o período da Grande Depressão. O seu trabalho rendeu-lhe uma bolsa Guggenheim em 1941, mas a Segunda Guerra Mundial trouxe uma ruptura e um redireccionamento na sua carreira. Trabalhando para a War Relocation Agency e para o Office of War Information, entre 1942 e 1945 passou a documentar a comunidade japonesa forçada a viver em campos de concentração na Califórnia. Uma fase não menos importante de sua obra, mas convenientemente esquecida pelos seus compatriotas. Problemas de saúde mantiveram Dorothea afastada das câmaras a seguir à guerra, e só voltou à actividade no meio dos anos cinquenta, quando entrou para a equipa da prestigiada revista Life. Até sua morte em 11 de Outubro de 1965, viajou pelo mundo na companhia do marido, fotografando principalmente a América do Sul, a Ásia e o Oriente Médio.
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