A FÁBRICA

Setembro 14 2005

Quadro Pleasure Principle - René Magritte
Num país mal governado, em que os salários de miséria são uma regra, é, de certa forma, escandaloso ouvirmos notícias de pessoas que são nomeadas para cargos para os quais, sem nunca ter demonstrado alguma competência, auferem salários milionários. Ao longo destes seis meses, foram muitas as nomeações que indignaram de uma forma ou de outra o cidadão comum. Assim de cabeça lembro-me: Pina Moura, Fernando Gomes, Armando Vara, Oliveira Martins e ainda ontem, Maria Rui. A lista seria certamente muito mais extensa se fizesse uma pequeníssima pesquisa. Mas para o efeito estes nomes são os bastantes. Ontem estava numa pequena arrumação aos meus livros, quando me veio parar à mão o livro “A Nova Ordem Estupidológica” do psicólogo Vítor J. Rodrigues. Já há muito que não lhe punha os olhos em cima , por isso decidi folheá-lo, e encontrei este texto que quero partilhar convosco:
“…Um governo de estúpidos não se avalia realmente a si mesmo, nem fornece aos outros elementos para que o avaliem: pelo contrário, apresenta dados que convençam os outros de que é um bom governo. A fim de assegurar a perpetuação do poder, é fundamental fazer quatro coisas:
a - Consolidar o poder. Acelerar o acesso de primos, conhecidos, comparsas, colegas, enfim, estúpidos de confiança a lugares-chave .Elaborar legislação destinada a favorecer e proteger as conquistas de todos os interessados em que o político estúpido continue a governar.
b – Convencer o público de que os seus interesses estão a ser objecto de um zelo desvelado. Isto será grandemente facilitado pelo facto de uma parte destes interesses ser de natureza estúpida – o que, nos tempos que correm, é frequentemente o caso.
c – justificar cuidadosamente as decisões tomadas. O que importa é justificá-las a posteriori, razão pela qual elas podem e devem ser tomadas segundo conveniências políticas momentâneas deixando depois a técnicos esforçados o cuidado de inventarem justificações que pareçam convincentes (até mesmo científicas).Isto costuma ser especialmente interessante e útil na esfera educativa e laboral.
d – Afastar do poder as pessoas inteligentes. Este aspecto costuma ser fácil pois essas pessoas tomam frequentemente a iniciativa de se conservarem afastadas – sob o efeito do enjoo – ou, noutra variante, não têm hipóteses pois uma boa parte do mundo está nas mãos dos estúpidos…
Apesar deste texto ser ficção, e não ter nadinha a ver com o que se passa no nosso país, não resisti a partilhá-lo.
publicado por armando ésse às 11:37

Setembro 14 2005

Quadro Pleasure Principle - René Magritte
Num país mal governado, em que os salários de miséria são uma regra, é, de certa forma, escandaloso ouvirmos notícias de pessoas que são nomeadas para cargos para os quais, sem nunca ter demonstrado alguma competência, auferem salários milionários. Ao longo destes seis meses, foram muitas as nomeações que indignaram de uma forma ou de outra o cidadão comum. Assim de cabeça lembro-me: Pina Moura, Fernando Gomes, Armando Vara, Oliveira Martins e ainda ontem, Maria Rui. A lista seria certamente muito mais extensa se fizesse uma pequeníssima pesquisa. Mas para o efeito estes nomes são os bastantes. Ontem estava numa pequena arrumação aos meus livros, quando me veio parar à mão o livro “A Nova Ordem Estupidológica” do psicólogo Vítor J. Rodrigues. Já há muito que não lhe punha os olhos em cima , por isso decidi folheá-lo, e encontrei este texto que quero partilhar convosco:
“…Um governo de estúpidos não se avalia realmente a si mesmo, nem fornece aos outros elementos para que o avaliem: pelo contrário, apresenta dados que convençam os outros de que é um bom governo. A fim de assegurar a perpetuação do poder, é fundamental fazer quatro coisas:
a - Consolidar o poder. Acelerar o acesso de primos, conhecidos, comparsas, colegas, enfim, estúpidos de confiança a lugares-chave .Elaborar legislação destinada a favorecer e proteger as conquistas de todos os interessados em que o político estúpido continue a governar.
b – Convencer o público de que os seus interesses estão a ser objecto de um zelo desvelado. Isto será grandemente facilitado pelo facto de uma parte destes interesses ser de natureza estúpida – o que, nos tempos que correm, é frequentemente o caso.
c – justificar cuidadosamente as decisões tomadas. O que importa é justificá-las a posteriori, razão pela qual elas podem e devem ser tomadas segundo conveniências políticas momentâneas deixando depois a técnicos esforçados o cuidado de inventarem justificações que pareçam convincentes (até mesmo científicas).Isto costuma ser especialmente interessante e útil na esfera educativa e laboral.
d – Afastar do poder as pessoas inteligentes. Este aspecto costuma ser fácil pois essas pessoas tomam frequentemente a iniciativa de se conservarem afastadas – sob o efeito do enjoo – ou, noutra variante, não têm hipóteses pois uma boa parte do mundo está nas mãos dos estúpidos…
Apesar deste texto ser ficção, e não ter nadinha a ver com o que se passa no nosso país, não resisti a partilhá-lo.
publicado por armando ésse às 11:37

mais sobre mim
Setembro 2005
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

13
17

18
19
24

25
28
29
30


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO