A FÁBRICA

Outubro 21 2005

Manuel Alegre nasceu a 12 de Maio de 1936, em Águeda, onde fez a instrução primária. Durante os estudos secundários, no liceu Alexandre Herculano, no Porto, fundou, com José Augusto Seabra, o jornal “Prelúdio”.
Enquanto estudante universitário, em Coimbra, foi membro da Comissão da Academia que apoiou a candidatura do General Humberto Delgado, fundador do CITAC - Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC - Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, atleta internacional da AAC na modalidade de natação, director do Jornal Académico “A Briosa”, membro da redacção da revista “Vértice”, colaborador da “Via Latina” e um dos mais destacados dirigentes do movimento estudantil.
Mobilizado para Angola em 1962, organiza aí uma primeira tentativa de revolta militar contra o regime e a guerra colonial. Preso pela PIDE durante 6 meses na prisão de S. Paulo de Luanda, aí conheceu os escritores angolanos Luandim Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Passado à disponibilidade e colocado com residência fixa em Coimbra. Sai para o exílio no verão de 1964, para não ser de novo preso.
Eleito em Outubro de 1964 membro dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida pelo General Humberto Delgado. Passa 10 anos no exílio em Argel, sendo o principal responsável e locutor da emissora de resistência “A Voz da Liberdade”. Durante o exílio estabeleceu relações de amizade com dirigentes africanos, especialmente Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Proferiu conferências em numerosos países, em representação da oposição democrática portuguesa.
Regressa a Portugal a 2 de Maio de 1974. Eleito membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do PS no 1.º Congresso realizado na legalidade, em Dezembro de 1974. Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra em todas as eleições legislativas. Secretário de Estado da Comunicação Social e Porta Voz do 1.º Governo Constitucional, Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro para os Assuntos Políticos. Várias vezes Presidente e Vice-Presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa. Foi Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar e do Grupo Socialista do Conselho da Europa. Várias vezes Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do Partido Socialista. Depois da crise política no PS desencadeada no Verão de 2004 com a demissão de Ferro Rodrigues da liderança do Partido Socialista, na sequência da recusa do presidente da República, Jorge Sampaio, em convocar eleições antecipadas depois da saída de Durão Barroso do governo, Manuel Alegre decidiu candidatar-se ao lugar de secretário-geral do PS. No entanto, a contagem dos votos, em Setembro de 2004, deu uma vitória a José Sócrates, deixando a Manuel Alegre o segundo lugar na corrida, com 20% dos votos. Actualmente é: Vice-Presidente da Assembleia da República e candidato independente à Presidência da República.
No campo literário teve a sua primeira publicação em 1965, com Praça da Canção. Destacou-se na geração do Cancioneiro Vértice (Coimbra, 1963-1965), que publicou colectivos de poesia intitulados Poemas Livres. A sua poesia define-se pelo esforço de contestação e luta, pelas memórias do exílio e pela temática da guerra colonial. Outros exemplos de obras suas são O Canto e as Armas (1967), Um Barco Para Ítaca (1971), Letras (1974), Coisas Amar (Coisas do Mar) (1976), Nova do Achamento (1979), Atlântico (1981), Babilónia (1983), Chegar Aqui (1984), Aicha Conticha (1984), Jornada de África (1989), O Homem do País Azul (1989), Rua de Baixo (1990), Com que Pena: Vinte Poemas para Camões (1992), Sonetos do Obscuro Quê (1992), Coimbra Nunca Vista (1995), 30 Anos de Poesia (1995), Alentejo e Ninguém (1996), As Naus de Verde Pinho (1997), foi distinguido com o Prémio António Botto 97 de Literatura Infantil. Seguiu-se Poema de Che (1997), Senhora das Tempestades (1998). Muitos dos seus poemas foram musicados e cantados por figuras da música portuguesa, com destaque para Trova do Vento que Passa, que se tornou o hino da resistência anti-fascista da juventude portuguesa. Manuel Alegre tem publicado ainda obras em prosa, como os romances Alma (1995) e A Terceira Rosa (1998). No mesmo ano lançou a obra Senhora das Tempestades, com a qual foi galardoado com o Prémio da Crítica e o Prémio de Poesia APE/CTT, ambos de 1998. Em 1999, foi reeditada a colectânea Obra Poética. Em Novembro do mesmo ano, Manuel Alegre foi distinguido em Veneza com a medalha da cidade e no mês seguinte recebeu o Prémio Pessoa 99, o maior prémio nacional destinado à área da ciência e da cultura. Ainda em 1999, foi galardoado com o Prémio Fernando Namora pela obra A Terceira Rosa, prémio esse que recebeu das mãos do presidente da República, Jorge Sampaio, em 2000. Em Fevereiro de 2001, Alegre lançou o Livro do Português Errante, uma obra que manifesta o inconformismo e a luta por ideais que dignifiquem o ser. Em 2002, publicou a novela Cão Como Nós, em forma de ode a um animal e, em 2004, editou Rafael. Entre várias distinções e prémios, Manuel Alegre foi também condecorado por Mário Soares com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, com a comenda da Ordem de Isabel a Católica e foi o primeiro a receber o Diploma de Membro Honorário do Conselho da Europa.
publicado por armando ésse às 09:45
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Outubro 21 2005

Manuel Alegre nasceu a 12 de Maio de 1936, em Águeda, onde fez a instrução primária. Durante os estudos secundários, no liceu Alexandre Herculano, no Porto, fundou, com José Augusto Seabra, o jornal “Prelúdio”.
Enquanto estudante universitário, em Coimbra, foi membro da Comissão da Academia que apoiou a candidatura do General Humberto Delgado, fundador do CITAC - Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC - Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, atleta internacional da AAC na modalidade de natação, director do Jornal Académico “A Briosa”, membro da redacção da revista “Vértice”, colaborador da “Via Latina” e um dos mais destacados dirigentes do movimento estudantil.
Mobilizado para Angola em 1962, organiza aí uma primeira tentativa de revolta militar contra o regime e a guerra colonial. Preso pela PIDE durante 6 meses na prisão de S. Paulo de Luanda, aí conheceu os escritores angolanos Luandim Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Passado à disponibilidade e colocado com residência fixa em Coimbra. Sai para o exílio no verão de 1964, para não ser de novo preso.
Eleito em Outubro de 1964 membro dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida pelo General Humberto Delgado. Passa 10 anos no exílio em Argel, sendo o principal responsável e locutor da emissora de resistência “A Voz da Liberdade”. Durante o exílio estabeleceu relações de amizade com dirigentes africanos, especialmente Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Proferiu conferências em numerosos países, em representação da oposição democrática portuguesa.
Regressa a Portugal a 2 de Maio de 1974. Eleito membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do PS no 1.º Congresso realizado na legalidade, em Dezembro de 1974. Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra em todas as eleições legislativas. Secretário de Estado da Comunicação Social e Porta Voz do 1.º Governo Constitucional, Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro para os Assuntos Políticos. Várias vezes Presidente e Vice-Presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa. Foi Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar e do Grupo Socialista do Conselho da Europa. Várias vezes Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do Partido Socialista. Depois da crise política no PS desencadeada no Verão de 2004 com a demissão de Ferro Rodrigues da liderança do Partido Socialista, na sequência da recusa do presidente da República, Jorge Sampaio, em convocar eleições antecipadas depois da saída de Durão Barroso do governo, Manuel Alegre decidiu candidatar-se ao lugar de secretário-geral do PS. No entanto, a contagem dos votos, em Setembro de 2004, deu uma vitória a José Sócrates, deixando a Manuel Alegre o segundo lugar na corrida, com 20% dos votos. Actualmente é: Vice-Presidente da Assembleia da República e candidato independente à Presidência da República.
No campo literário teve a sua primeira publicação em 1965, com Praça da Canção. Destacou-se na geração do Cancioneiro Vértice (Coimbra, 1963-1965), que publicou colectivos de poesia intitulados Poemas Livres. A sua poesia define-se pelo esforço de contestação e luta, pelas memórias do exílio e pela temática da guerra colonial. Outros exemplos de obras suas são O Canto e as Armas (1967), Um Barco Para Ítaca (1971), Letras (1974), Coisas Amar (Coisas do Mar) (1976), Nova do Achamento (1979), Atlântico (1981), Babilónia (1983), Chegar Aqui (1984), Aicha Conticha (1984), Jornada de África (1989), O Homem do País Azul (1989), Rua de Baixo (1990), Com que Pena: Vinte Poemas para Camões (1992), Sonetos do Obscuro Quê (1992), Coimbra Nunca Vista (1995), 30 Anos de Poesia (1995), Alentejo e Ninguém (1996), As Naus de Verde Pinho (1997), foi distinguido com o Prémio António Botto 97 de Literatura Infantil. Seguiu-se Poema de Che (1997), Senhora das Tempestades (1998). Muitos dos seus poemas foram musicados e cantados por figuras da música portuguesa, com destaque para Trova do Vento que Passa, que se tornou o hino da resistência anti-fascista da juventude portuguesa. Manuel Alegre tem publicado ainda obras em prosa, como os romances Alma (1995) e A Terceira Rosa (1998). No mesmo ano lançou a obra Senhora das Tempestades, com a qual foi galardoado com o Prémio da Crítica e o Prémio de Poesia APE/CTT, ambos de 1998. Em 1999, foi reeditada a colectânea Obra Poética. Em Novembro do mesmo ano, Manuel Alegre foi distinguido em Veneza com a medalha da cidade e no mês seguinte recebeu o Prémio Pessoa 99, o maior prémio nacional destinado à área da ciência e da cultura. Ainda em 1999, foi galardoado com o Prémio Fernando Namora pela obra A Terceira Rosa, prémio esse que recebeu das mãos do presidente da República, Jorge Sampaio, em 2000. Em Fevereiro de 2001, Alegre lançou o Livro do Português Errante, uma obra que manifesta o inconformismo e a luta por ideais que dignifiquem o ser. Em 2002, publicou a novela Cão Como Nós, em forma de ode a um animal e, em 2004, editou Rafael. Entre várias distinções e prémios, Manuel Alegre foi também condecorado por Mário Soares com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, com a comenda da Ordem de Isabel a Católica e foi o primeiro a receber o Diploma de Membro Honorário do Conselho da Europa.
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