A FÁBRICA

Outubro 26 2005

A Guerra Fria atingiu o seu clímax, com a crise dos mísseis cubanos, que começou no dia 16 de Outubro de 1962,quando um avião espião U-2 norte-americano, descobriu bases de mísseis soviéticos instalados em Cuba.
Dois dias depois por ordem directa do Presidente Kennedy, ao largo da ilha de Vieques, perto de Porto Rico, a Marinha, a Força Aérea e os fuzileiros navais deram início a uma das maiores manobras conjuntas já realizadas. Na Casa Branca, o tempo passava sem qualquer tipo de explicação para tamanhas manobras.
No dia 22 de Outubro de 1962, num dos mais duros discursos de seu mandato, John Kennedy deu ao país a explicação aguardada. O presidente disse que a União Soviética havia quebrado a sua promessa: mentira aos Estados Unidos e começaram a construir bases de mísseis ofensivos em Cuba. A declaração soviética de que as bases serviam apenas para defesa era falsa, disse Kennedy. O presidente afirmou que algumas das instalações tinham sido construídas para acomodar armas de alcance médio que poderiam arrasar "a maioria das grandes cidades da América".
Dizendo que a construção das bases era "uma ameaça clandestina, irresponsável e provocativa à paz mundial", Kennedy anunciou que imporia a Cuba um bloqueio naval e aéreo, a fim de impedir o embarque de mais equipamento militar. Exigiu a retirada de todas as armas ofensivas da ilha. E ameaçou a União Soviética de retaliação, se Cuba lançasse mísseis contra qualquer país das Américas. Algumas horas depois do discurso de Kennedy, pela rádio e televisão, o Presidente Fidel Castro anunciou a mobilização de milhares de militares cubanos. Um comentador da televisão de Havana negou que houvesse mísseis balísticos soviéticos de alcance médio em Cuba, e disse que o bloqueio de Kennedy era um acto de guerra.

No dia 23 de Outubro de 1962, Kennedy recebeu uma carta de Kruschev, mas o seu conteúdo não foi revelado. No dia 24 de Outubro, logo depois de iniciado o bloqueio, Kruschev propôs uma reunião pessoal com Kennedy para diminuir o risco de uma guerra nuclear. Em carta a Bertrand Russel, pacifista britânico, o Líder soviético também ameaçou os Estados Unidos de retaliação por causa do bloqueio. No entanto, do Atlântico veio a notícia de que diversos navios do bloco soviético que estavam rumando para Cuba mudaram de curso para evitar um confronto com a Marinha dos Estados Unidos.
No dia 25 de Outubro, Kruschev concordou com a proposta das Nações Unidas para interromper o envio de mísseis para Cuba se os Estados Unidos terminassem o seu bloqueio. A proposta foi feita pelo secretário-geral da ONU, U-Thant. Kennedy concordou apenas em permitir que representantes norte-americanos conversassem com U-Thant. A 26 de Outubro a tensão aumentou muito.
A Casa Branca tornou público um relato dos serviços secretos mostrando que as obras nas bases cubanas de mísseis estavam sendo aceleradas para torná-las operacionais "o mais depressa possível". Os funcionários do governo norte-americano reuniram-se para programar o próximo passo da crise.
No dia 27 de Outubro o Pentágono revelou que um avião espião U-2 tinha desaparecido sobre Cuba. Diversos aviões foram alvejados e os oficiais do departamento de Defesa advertiram que os EUA estavam prontos para retaliar os ataques. Mais de 14 mil reservistas da Força aérea foram convocados. Kennedy afirmou que Kruschev tinha feito uma proposta para pôr fim à crise, mas continuou a resistir, vinculando a destruição dos mísseis em Cuba à remoção de armas norte-americanas da Turquia.
No dia 28 de Outubro de 1962, foi anunciado finalmente um acordo entre Kennedy e Kruschev, aparentemente, o pacto atende a todas as exigências de Kennedy. Este acordo entre o presidente Kennedy e o líder soviético Kruschev rompeu a imensa tensão que tomou conta do mundo durante sete dias e acalmou os Estados Unidos e a União Soviética, que estavam à beira de um desastre nuclear. Depois de uma semana de negociações diplomáticas complicadas, Kruschev cedeu. Concordou em parar as obras das bases de mísseis em Cuba e levar de volta para a União Soviética todas as armas. Em troca, Kennedy concordou em não invadir Cuba e pôr fim ao bloqueio norte-americano à ilha.
Na realidade o bloqueio ainda está em vigor, 43 anos depois!
publicado por armando ésse às 07:26

Outubro 26 2005

A Guerra Fria atingiu o seu clímax, com a crise dos mísseis cubanos, que começou no dia 16 de Outubro de 1962,quando um avião espião U-2 norte-americano, descobriu bases de mísseis soviéticos instalados em Cuba.
Dois dias depois por ordem directa do Presidente Kennedy, ao largo da ilha de Vieques, perto de Porto Rico, a Marinha, a Força Aérea e os fuzileiros navais deram início a uma das maiores manobras conjuntas já realizadas. Na Casa Branca, o tempo passava sem qualquer tipo de explicação para tamanhas manobras.
No dia 22 de Outubro de 1962, num dos mais duros discursos de seu mandato, John Kennedy deu ao país a explicação aguardada. O presidente disse que a União Soviética havia quebrado a sua promessa: mentira aos Estados Unidos e começaram a construir bases de mísseis ofensivos em Cuba. A declaração soviética de que as bases serviam apenas para defesa era falsa, disse Kennedy. O presidente afirmou que algumas das instalações tinham sido construídas para acomodar armas de alcance médio que poderiam arrasar "a maioria das grandes cidades da América".
Dizendo que a construção das bases era "uma ameaça clandestina, irresponsável e provocativa à paz mundial", Kennedy anunciou que imporia a Cuba um bloqueio naval e aéreo, a fim de impedir o embarque de mais equipamento militar. Exigiu a retirada de todas as armas ofensivas da ilha. E ameaçou a União Soviética de retaliação, se Cuba lançasse mísseis contra qualquer país das Américas. Algumas horas depois do discurso de Kennedy, pela rádio e televisão, o Presidente Fidel Castro anunciou a mobilização de milhares de militares cubanos. Um comentador da televisão de Havana negou que houvesse mísseis balísticos soviéticos de alcance médio em Cuba, e disse que o bloqueio de Kennedy era um acto de guerra.

No dia 23 de Outubro de 1962, Kennedy recebeu uma carta de Kruschev, mas o seu conteúdo não foi revelado. No dia 24 de Outubro, logo depois de iniciado o bloqueio, Kruschev propôs uma reunião pessoal com Kennedy para diminuir o risco de uma guerra nuclear. Em carta a Bertrand Russel, pacifista britânico, o Líder soviético também ameaçou os Estados Unidos de retaliação por causa do bloqueio. No entanto, do Atlântico veio a notícia de que diversos navios do bloco soviético que estavam rumando para Cuba mudaram de curso para evitar um confronto com a Marinha dos Estados Unidos.
No dia 25 de Outubro, Kruschev concordou com a proposta das Nações Unidas para interromper o envio de mísseis para Cuba se os Estados Unidos terminassem o seu bloqueio. A proposta foi feita pelo secretário-geral da ONU, U-Thant. Kennedy concordou apenas em permitir que representantes norte-americanos conversassem com U-Thant. A 26 de Outubro a tensão aumentou muito.
A Casa Branca tornou público um relato dos serviços secretos mostrando que as obras nas bases cubanas de mísseis estavam sendo aceleradas para torná-las operacionais "o mais depressa possível". Os funcionários do governo norte-americano reuniram-se para programar o próximo passo da crise.
No dia 27 de Outubro o Pentágono revelou que um avião espião U-2 tinha desaparecido sobre Cuba. Diversos aviões foram alvejados e os oficiais do departamento de Defesa advertiram que os EUA estavam prontos para retaliar os ataques. Mais de 14 mil reservistas da Força aérea foram convocados. Kennedy afirmou que Kruschev tinha feito uma proposta para pôr fim à crise, mas continuou a resistir, vinculando a destruição dos mísseis em Cuba à remoção de armas norte-americanas da Turquia.
No dia 28 de Outubro de 1962, foi anunciado finalmente um acordo entre Kennedy e Kruschev, aparentemente, o pacto atende a todas as exigências de Kennedy. Este acordo entre o presidente Kennedy e o líder soviético Kruschev rompeu a imensa tensão que tomou conta do mundo durante sete dias e acalmou os Estados Unidos e a União Soviética, que estavam à beira de um desastre nuclear. Depois de uma semana de negociações diplomáticas complicadas, Kruschev cedeu. Concordou em parar as obras das bases de mísseis em Cuba e levar de volta para a União Soviética todas as armas. Em troca, Kennedy concordou em não invadir Cuba e pôr fim ao bloqueio norte-americano à ilha.
Na realidade o bloqueio ainda está em vigor, 43 anos depois!
publicado por armando ésse às 07:26

Outubro 26 2005

José Saramago apoia campanha do Greenpeace e lança primeiro livro com certificação florestal no Brasil. O Prémio Nobel de Literatura de 1998, promove a adopção de padrões sustentáveis pela indústria editorial para proteger as florestas do mundo. A campanha para salvar as últimas florestas primárias do planeta acaba de ganhar uma contribuição de peso.
José Saramago aderiu à campanha da Greenpeace e pediu pessoalmente às suas editoras em todo o mundo que seguissem as normas ambientalmente adequadas para produzir a sua nova obra. Pela primeira vez no Brasil, um livro é impresso em papel e gráfica certificados pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal). O lançamento mundial da nova obra de José Saramago, “As Intermitências da Morte”, acontece amanhã no Brasil.
“Apesar do grande estímulo cultural que nos presta, a indústria editorial consome avidamente papel cuja produção estimula a destruição das florestas”, disse Rebeca Lerer, uma das coordenadoras da campanha de Florestas do Greenpeace.
“Isso representa uma perda irreparável para o mundo. O desaparecimento das florestas ameaça a biodiversidade – indispensável para garantir a manutenção das espécies e das culturas tradicionais que dependem destes ecossistemas para sobreviver. Iniciativas como a de José Saramago são provas de respeito, não apenas ao meio ambiente, como a todos nós”.
A Companhia das Letras, editora de Saramago no Brasil, cumpriu todas as recomendações do FSC, desde o cuidado com a escolha do papel até a gráfica certificada onde a obra foi impressa.
“O lançamento deste primeiro livro com o selo FSC é uma evolução muito importante para o mercado editorial brasileiro. Pretendemos fazer mais lançamentos certificados e acredito que outras editoras farão o mesmo”, afirmou Elisa Braga, directora de produção da Companhia das Letras.
O FSC é o único sistema de certificação independente que adopta padrões socio -ambientais internacionalmente aceites, incorporando de maneira equilibrada os interesses de grupos sociais, ambientais e económicos.
Actualmente, o FSC oferece a melhor garantia de que a actividade madeireira ocorre de maneira legal e não acarreta a destruição das florestas primárias como a Amazónia.
O Greenpeace encoraja a indústria editorial em diversos países a deixar de usar papel cuja a produção acarreta a destruição das florestas e a adoptar práticas social e ambientalmente adequadas na utilização de produtos florestais, como o uso de papel reciclado ou certificado pelo FSC.

Fonte: Greenpeace
publicado por armando ésse às 05:36

Outubro 26 2005

José Saramago apoia campanha do Greenpeace e lança primeiro livro com certificação florestal no Brasil. O Prémio Nobel de Literatura de 1998, promove a adopção de padrões sustentáveis pela indústria editorial para proteger as florestas do mundo. A campanha para salvar as últimas florestas primárias do planeta acaba de ganhar uma contribuição de peso.
José Saramago aderiu à campanha da Greenpeace e pediu pessoalmente às suas editoras em todo o mundo que seguissem as normas ambientalmente adequadas para produzir a sua nova obra. Pela primeira vez no Brasil, um livro é impresso em papel e gráfica certificados pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal). O lançamento mundial da nova obra de José Saramago, “As Intermitências da Morte”, acontece amanhã no Brasil.
“Apesar do grande estímulo cultural que nos presta, a indústria editorial consome avidamente papel cuja produção estimula a destruição das florestas”, disse Rebeca Lerer, uma das coordenadoras da campanha de Florestas do Greenpeace.
“Isso representa uma perda irreparável para o mundo. O desaparecimento das florestas ameaça a biodiversidade – indispensável para garantir a manutenção das espécies e das culturas tradicionais que dependem destes ecossistemas para sobreviver. Iniciativas como a de José Saramago são provas de respeito, não apenas ao meio ambiente, como a todos nós”.
A Companhia das Letras, editora de Saramago no Brasil, cumpriu todas as recomendações do FSC, desde o cuidado com a escolha do papel até a gráfica certificada onde a obra foi impressa.
“O lançamento deste primeiro livro com o selo FSC é uma evolução muito importante para o mercado editorial brasileiro. Pretendemos fazer mais lançamentos certificados e acredito que outras editoras farão o mesmo”, afirmou Elisa Braga, directora de produção da Companhia das Letras.
O FSC é o único sistema de certificação independente que adopta padrões socio -ambientais internacionalmente aceites, incorporando de maneira equilibrada os interesses de grupos sociais, ambientais e económicos.
Actualmente, o FSC oferece a melhor garantia de que a actividade madeireira ocorre de maneira legal e não acarreta a destruição das florestas primárias como a Amazónia.
O Greenpeace encoraja a indústria editorial em diversos países a deixar de usar papel cuja a produção acarreta a destruição das florestas e a adoptar práticas social e ambientalmente adequadas na utilização de produtos florestais, como o uso de papel reciclado ou certificado pelo FSC.

Fonte: Greenpeace
publicado por armando ésse às 05:36

Outubro 25 2005

Considerada um dos ícones do movimento dos direitos civis dos negros, nos Estados Unidos, Rosa Parks morreu esta madrugada, em Detroit.
Tinha 92 anos.
Rosa Louise Parks era uma costureira de 42 anos, nascida a 04 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama, quando entrou para a História Americana.

No dia 1º de Dezembro de 1955 ela ia num autocarro na cidade de Montgomery, Alabama, quando um homem branco exigiu que ela se retirasse do banco onde estava, para ele se poder sentar.
Rosa Parks recusou-se, desafiando as regras vigentes, que exigiam que os negros cedessem os seus lugares nos transportes públicos às pessoas brancas. Com este acto, Parks foi presa e multada em US$ 14. A prisão da costureira desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de transportes públicos, organizado Martin Luther King Jr. Em 1957, depois de ter perdido o emprego e recebido ameaças de morte, Rosa Parks e o seu marido, Raymond, mudaram-se para Detroit, onde trabalhou como assistente no escritório de um congressista democrata.
“A verdadeira razão de eu não ter cedido o meu banco no autocarro foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Aguentamos aquele tipo de tratamento por muito tempo”, disse Rosa Parks em 1992 a respeito da sua atitude em 1955.
Adepta da não-violência, a percursora do movimento dos direitos civis nos EUA conseguiu, com a sua acção, que um tribunal acabasse por decretar o fim da política segregacionista nos transportes públicos, primeiro, em Montgmery, e posteriormente, com a adopção da Acta dos Direitos Civis, em 1964, no resto do país.
Em 1996 recebeu a Medalha Presidencial pela Liberdade, e, em 1999, a Medalha de Ouro do Congresso americano, a mais alta honraria civil.
publicado por armando ésse às 08:32
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Outubro 25 2005

Considerada um dos ícones do movimento dos direitos civis dos negros, nos Estados Unidos, Rosa Parks morreu esta madrugada, em Detroit.
Tinha 92 anos.
Rosa Louise Parks era uma costureira de 42 anos, nascida a 04 de fevereiro de 1913 em Tuskegee, Alabama, quando entrou para a História Americana.

No dia 1º de Dezembro de 1955 ela ia num autocarro na cidade de Montgomery, Alabama, quando um homem branco exigiu que ela se retirasse do banco onde estava, para ele se poder sentar.
Rosa Parks recusou-se, desafiando as regras vigentes, que exigiam que os negros cedessem os seus lugares nos transportes públicos às pessoas brancas. Com este acto, Parks foi presa e multada em US$ 14. A prisão da costureira desencadeou um boicote de 381 dias ao sistema de transportes públicos, organizado Martin Luther King Jr. Em 1957, depois de ter perdido o emprego e recebido ameaças de morte, Rosa Parks e o seu marido, Raymond, mudaram-se para Detroit, onde trabalhou como assistente no escritório de um congressista democrata.
“A verdadeira razão de eu não ter cedido o meu banco no autocarro foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Aguentamos aquele tipo de tratamento por muito tempo”, disse Rosa Parks em 1992 a respeito da sua atitude em 1955.
Adepta da não-violência, a percursora do movimento dos direitos civis nos EUA conseguiu, com a sua acção, que um tribunal acabasse por decretar o fim da política segregacionista nos transportes públicos, primeiro, em Montgmery, e posteriormente, com a adopção da Acta dos Direitos Civis, em 1964, no resto do país.
Em 1996 recebeu a Medalha Presidencial pela Liberdade, e, em 1999, a Medalha de Ouro do Congresso americano, a mais alta honraria civil.
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Outubro 25 2005

Pablo Ruiz Picasso, nasceu em Málaga, Espanha, em 25 de Outubro de 1881.O seu nome completo era: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remedios Cipriano de la Santissima Trinidad Ruiz y Picasso. Artista multifacetado, foi único e genial em todas as actividades que exerceu: inventor de formas, criador de técnicas e de estilos, artista gráfico e escultor.
O génio de Picasso manifestou-se desde muito cedo: aos 10 anos de idade, fez suas primeiras pinturas e, aos 15, passou com brilhantismo nos exames para a Escola de Belas Artes de Barcelona, com a grande tela Ciência e Caridade (1897), ainda em moldes académicos.
Entre 1900 e 1902 fez três viagens a Paris, onde se estabeleceu finalmente, em 1904. Os temas das obras de Edgar Degas e de Henri Marie de Toulouse-Lautrec, bem como o estilo deste último, exerceram grande influência em Picasso. A Casa Azul (1901) demonstra sua evolução para o período azul, assim chamado pelo predomínio dos tons dessa cor nas obras realizadas nessa época.
Pouco depois de se estabelecer em Paris, nos anos de 1904 e 1905, iniciou o chamado período rosa, concentrando sua temática no mundo do circo e criando obras como Família de Arlequins (1905).
No verão de 1906, durante uma estada em Gosol, Andorra, sua obra entrou em uma nova fase, marcada pela influência das artes gregas, ibérica e africana. O célebre retrato de Gertrude Stein (1905-1906) revela um tratamento do rosto em forma de máscara. A obra chave desse período é Les Demoiselles d’Avignon (1907), em que rompe a profundidade espacial e a forma de representação ideal do nu feminino, reestruturando-o por meio de linhas e planos cortantes e angulosos.

"Les Demoiselles d'Avignon", nesta obra Pablo Picasso subverte por completo os moldes tradicioanis de representação da figura humana. Para isso, defendem os especialistas, submete cinco figuras femininas a uma geometrização rigorosa que acaba por levar a uma deformação radical.Os corpos em "Les Demoiselles d'Avingnon", datado de 1907, são angulosos e desproporcionais, transformando-se num sinónimo da revolta do artista contra toda a arte ocidental desde o Renascimento.Esta obra, que para muitos é a fundadora do cubismo, está no Museum of Modern Art (MoMa), em Nova Iorque.

Entre 1908 e 1911, Picasso e Georges Braque, inspirados no tratamento volumétrico das formas pictóricas de Paul Cézanne, trabalharam em estreita colaboração, desenvolvendo juntos a primeira fase do cubismo, hoje conhecida como cubismo analítico. Nela se destaca Daniel Henry Kahnweiler (1910). Em 1912, Picasso realizou sua primeira colagem, Natureza morta com cadeira de palha. Esta técnica assinala a transição para o cubismo sintético.
O busto em bronze de Fernande Olivier (também conhecido como Cabeça de Mulher, 1909) mostra a consumada habilidade técnica de Picasso no tratamento das formas tridimensionais. Compôs ainda grupos como Bandolim e Clarinete (1914), constituídos por fragmentos de madeira, metal, papel e outros materiais.
Em estilo realista figurativo são: Pablo Vestido de Arlequim (1924), Três Mulheres na Fonte (1921), As Flautas de Pã (1923), Mulher Dormindo na Poltrona (1927) e Banhista Sentada (1930).
Vários quadros cubistas do início da década de 1930, em que predominam a harmonia das linhas, o traço curvilíneo e um certo erotismo subjacente, reflectem o prazer e a paixão de Picasso por seu novo amor, Marie Thérèse Walter, como se observa em Moça Diante do Espelho (1932).
Em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil espanhola, a aviação alemã, por ordem de Francisco Franco, bombardeou o povoado basco de Guernica. Poucas semanas depois Picasso começou a pintar o enorme mural conhecido como Guernica, em que conseguiu um esmagador impacto como retrato-denúncia dos horrores da guerra.

"Guernica", a obra "política" mais famosa do século XX foi motivada pelo bombardeamento da cidade do mesmo nome, centro da tradição cultural basca. O quadro é o reflexo da leitura subjectiva que Pablo Picasso faz da Guerra Civil de Espanha e vem provar que o tema da batalha também pode ser tratado pelos artistas modernos. O quadro foi pintado para a Exposição Mundial de Paris, em 1937. Está hoje no Museu Rainha Sofia, em Madrid.

A deflagração e o posterior desenvolvimento da II Guerra Mundial contribuíram para que a paleta de Picasso se obscurecesse e a morte se tornasse o tema mais frequente da maior parte de suas obras. É o que se vê em Restaurante com Caveira de Boi e em O Ossário (1945).
Nos anos 60, dedica-se à recriação de quadros célebres, como O AlmoçoSobre a Relva (1961), de Edouard Manet, ou As Meninas, de Diego Velázquez. Em 1964, realizou a maquete de Cabeça de mulher, monumental escultura em aço soldado, erigida em 1966, no Centro Cívico de Chicago.
Em 1968, aos 87 anos, produziu em sete meses uma série de 347 gravuras recuperando os temas da juventude: o circo, as touradas, o teatro, as situações eróticas.
Em 1970 após, uma operação da próstata e da vesícula, põe fim às suas actividades como criador. Em 1971, o seu 90ª aniversário, é comemorado com uma exposição na grande galeria do Museu do Louvre. Torna-se o primeiro artista vivo a expor os seus trabalhos no famoso museu francês. Pablo Picasso morreu a 8 de Abril de 1973 em Mougins, França com 91 anos de idade.

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Outubro 25 2005

Pablo Ruiz Picasso, nasceu em Málaga, Espanha, em 25 de Outubro de 1881.O seu nome completo era: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remedios Cipriano de la Santissima Trinidad Ruiz y Picasso. Artista multifacetado, foi único e genial em todas as actividades que exerceu: inventor de formas, criador de técnicas e de estilos, artista gráfico e escultor.
O génio de Picasso manifestou-se desde muito cedo: aos 10 anos de idade, fez suas primeiras pinturas e, aos 15, passou com brilhantismo nos exames para a Escola de Belas Artes de Barcelona, com a grande tela Ciência e Caridade (1897), ainda em moldes académicos.
Entre 1900 e 1902 fez três viagens a Paris, onde se estabeleceu finalmente, em 1904. Os temas das obras de Edgar Degas e de Henri Marie de Toulouse-Lautrec, bem como o estilo deste último, exerceram grande influência em Picasso. A Casa Azul (1901) demonstra sua evolução para o período azul, assim chamado pelo predomínio dos tons dessa cor nas obras realizadas nessa época.
Pouco depois de se estabelecer em Paris, nos anos de 1904 e 1905, iniciou o chamado período rosa, concentrando sua temática no mundo do circo e criando obras como Família de Arlequins (1905).
No verão de 1906, durante uma estada em Gosol, Andorra, sua obra entrou em uma nova fase, marcada pela influência das artes gregas, ibérica e africana. O célebre retrato de Gertrude Stein (1905-1906) revela um tratamento do rosto em forma de máscara. A obra chave desse período é Les Demoiselles d’Avignon (1907), em que rompe a profundidade espacial e a forma de representação ideal do nu feminino, reestruturando-o por meio de linhas e planos cortantes e angulosos.

"Les Demoiselles d'Avignon", nesta obra Pablo Picasso subverte por completo os moldes tradicioanis de representação da figura humana. Para isso, defendem os especialistas, submete cinco figuras femininas a uma geometrização rigorosa que acaba por levar a uma deformação radical.Os corpos em "Les Demoiselles d'Avingnon", datado de 1907, são angulosos e desproporcionais, transformando-se num sinónimo da revolta do artista contra toda a arte ocidental desde o Renascimento.Esta obra, que para muitos é a fundadora do cubismo, está no Museum of Modern Art (MoMa), em Nova Iorque.

Entre 1908 e 1911, Picasso e Georges Braque, inspirados no tratamento volumétrico das formas pictóricas de Paul Cézanne, trabalharam em estreita colaboração, desenvolvendo juntos a primeira fase do cubismo, hoje conhecida como cubismo analítico. Nela se destaca Daniel Henry Kahnweiler (1910). Em 1912, Picasso realizou sua primeira colagem, Natureza morta com cadeira de palha. Esta técnica assinala a transição para o cubismo sintético.
O busto em bronze de Fernande Olivier (também conhecido como Cabeça de Mulher, 1909) mostra a consumada habilidade técnica de Picasso no tratamento das formas tridimensionais. Compôs ainda grupos como Bandolim e Clarinete (1914), constituídos por fragmentos de madeira, metal, papel e outros materiais.
Em estilo realista figurativo são: Pablo Vestido de Arlequim (1924), Três Mulheres na Fonte (1921), As Flautas de Pã (1923), Mulher Dormindo na Poltrona (1927) e Banhista Sentada (1930).
Vários quadros cubistas do início da década de 1930, em que predominam a harmonia das linhas, o traço curvilíneo e um certo erotismo subjacente, reflectem o prazer e a paixão de Picasso por seu novo amor, Marie Thérèse Walter, como se observa em Moça Diante do Espelho (1932).
Em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil espanhola, a aviação alemã, por ordem de Francisco Franco, bombardeou o povoado basco de Guernica. Poucas semanas depois Picasso começou a pintar o enorme mural conhecido como Guernica, em que conseguiu um esmagador impacto como retrato-denúncia dos horrores da guerra.

"Guernica", a obra "política" mais famosa do século XX foi motivada pelo bombardeamento da cidade do mesmo nome, centro da tradição cultural basca. O quadro é o reflexo da leitura subjectiva que Pablo Picasso faz da Guerra Civil de Espanha e vem provar que o tema da batalha também pode ser tratado pelos artistas modernos. O quadro foi pintado para a Exposição Mundial de Paris, em 1937. Está hoje no Museu Rainha Sofia, em Madrid.

A deflagração e o posterior desenvolvimento da II Guerra Mundial contribuíram para que a paleta de Picasso se obscurecesse e a morte se tornasse o tema mais frequente da maior parte de suas obras. É o que se vê em Restaurante com Caveira de Boi e em O Ossário (1945).
Nos anos 60, dedica-se à recriação de quadros célebres, como O AlmoçoSobre a Relva (1961), de Edouard Manet, ou As Meninas, de Diego Velázquez. Em 1964, realizou a maquete de Cabeça de mulher, monumental escultura em aço soldado, erigida em 1966, no Centro Cívico de Chicago.
Em 1968, aos 87 anos, produziu em sete meses uma série de 347 gravuras recuperando os temas da juventude: o circo, as touradas, o teatro, as situações eróticas.
Em 1970 após, uma operação da próstata e da vesícula, põe fim às suas actividades como criador. Em 1971, o seu 90ª aniversário, é comemorado com uma exposição na grande galeria do Museu do Louvre. Torna-se o primeiro artista vivo a expor os seus trabalhos no famoso museu francês. Pablo Picasso morreu a 8 de Abril de 1973 em Mougins, França com 91 anos de idade.

publicado por armando ésse às 07:40
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Outubro 24 2005

Confúcio, nome latinizado de Kong Tze, nasceu por volta de 551 A.C., proveniente de uma família fidalga mas pobre, recebeu uma boa educação e ocupou diversos cargos públicos.
Desde os 22 anos viu-se rodeado de jovens que vinham junto dele procurar ensinamentos. Teve mais tardar de se exilar, viajando de estado em estado acompanhado por um pequeno grupo de discípulos.
Quando pôde voltar à pátria, tinha perto de 70 anos. Até à sua morte, em 479 A. C., votou-se à instrução dos discípulos e à divulgação das obras da literatura clássica chinesa.
Interpretando o princípio fundamental do pensamento chinês, quer dizer, a existência de uma ordem do Universo com a qual as acções humanas devem harmonizar-se, estabeleceu um sistema ao mesmo tempo moral, político e religioso: o confucionismo.
A origem de todas as coisas é tida como uma união de yin e yang, o princípio passivo e o princípio activo, respectivamente. Segundo o confucionismo, as relações humanas devem seguir um modelo patriarcal.
Durante mais de 2000 anos, a política governamental, a organização social e a conduta individual chinesas foram modeladas segundo os princípios confucionistas. Só em 1912 a filosofia confucionista foi abandonada como orientação de base para a governação.
Os escritos que fundamentam o confucionismo compreendem as ideias defendidas num conjunto tradicional de livros editados e escritos por Confúcio como, por exemplo, os Analectos e o I Ching, que também se inclui entre os textos básicos do confucionismo.
Até 1912, o imperador da China era considerado o pai do seu povo, designado pelo céu para governar; o Homem Superior constituía o modelo humano ideal e a piedade filial era considerada a principal virtude. Seguir uma existência pautada por padrões de elevada moralidade era uma forma de prestar culto aos antepassados.
No tempo em que reinava o imperador, eram oferecidos sacrifícios ao céu e à terra, aos corpos celestes, aos antepassados imperiais, a vários deuses da natureza e ao próprio Confúcio. Esta prática foi abolida com a revolução republicana de 1912, mas o culto dos antepassados, expresso através da reverência às suas memórias, continuou uma prática regular doméstica.

Com o regime comunista, o confucionismo manteve-se, embora o dirigente comunista Mao Zedong tenha incentivado uma campanha contra Confúcio, durante os anos de 1974 a 1976, este movimento não foi prosseguido pelos seus sucessores.
publicado por armando ésse às 19:30

Outubro 24 2005

Confúcio, nome latinizado de Kong Tze, nasceu por volta de 551 A.C., proveniente de uma família fidalga mas pobre, recebeu uma boa educação e ocupou diversos cargos públicos.
Desde os 22 anos viu-se rodeado de jovens que vinham junto dele procurar ensinamentos. Teve mais tardar de se exilar, viajando de estado em estado acompanhado por um pequeno grupo de discípulos.
Quando pôde voltar à pátria, tinha perto de 70 anos. Até à sua morte, em 479 A. C., votou-se à instrução dos discípulos e à divulgação das obras da literatura clássica chinesa.
Interpretando o princípio fundamental do pensamento chinês, quer dizer, a existência de uma ordem do Universo com a qual as acções humanas devem harmonizar-se, estabeleceu um sistema ao mesmo tempo moral, político e religioso: o confucionismo.
A origem de todas as coisas é tida como uma união de yin e yang, o princípio passivo e o princípio activo, respectivamente. Segundo o confucionismo, as relações humanas devem seguir um modelo patriarcal.
Durante mais de 2000 anos, a política governamental, a organização social e a conduta individual chinesas foram modeladas segundo os princípios confucionistas. Só em 1912 a filosofia confucionista foi abandonada como orientação de base para a governação.
Os escritos que fundamentam o confucionismo compreendem as ideias defendidas num conjunto tradicional de livros editados e escritos por Confúcio como, por exemplo, os Analectos e o I Ching, que também se inclui entre os textos básicos do confucionismo.
Até 1912, o imperador da China era considerado o pai do seu povo, designado pelo céu para governar; o Homem Superior constituía o modelo humano ideal e a piedade filial era considerada a principal virtude. Seguir uma existência pautada por padrões de elevada moralidade era uma forma de prestar culto aos antepassados.
No tempo em que reinava o imperador, eram oferecidos sacrifícios ao céu e à terra, aos corpos celestes, aos antepassados imperiais, a vários deuses da natureza e ao próprio Confúcio. Esta prática foi abolida com a revolução republicana de 1912, mas o culto dos antepassados, expresso através da reverência às suas memórias, continuou uma prática regular doméstica.

Com o regime comunista, o confucionismo manteve-se, embora o dirigente comunista Mao Zedong tenha incentivado uma campanha contra Confúcio, durante os anos de 1974 a 1976, este movimento não foi prosseguido pelos seus sucessores.
publicado por armando ésse às 19:30

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