A FÁBRICA

Outubro 24 2005

A Segunda Guerra Mundial, com o seu rasto de mortes e destruição, foi a mola propulsora para a criação de uma organização mundial, após o fracasso da primeira tentativa, a Sociedade das Nações, fundada depois do primeiro conflito mundial. A ideia de criar uma comunidade de países surgiu ainda durante a Segunda Guerra Mundial e foi defendida pelo presidente norte-americano, Franklin Roosevelt, e pelo primeiro-ministro inglês, Winston Churchill.
O objectivo era uma aliança para garantir a paz, e prevenir futuros conflitos.
O nome “Nações Unidas”, concebido pelo presidente Roosevelt, foi empregado pela primeira vez na “Declaração das Nações Unidas”, em 1 de Janeiro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, os representantes de 26 países estabeleceram um compromisso em nome dos seus governos de prosseguir em conjunto a luta contra as potências do Eixo.
A Carta das Nações Unidas foi redigida pelos representantes de 50 governos, reunidos em São Francisco, nos EUA, entre 25 de Abril e 26 de Junho de 1945, na Conferência das Nações Unidas sobre a Organização Internacional. Os delegados basearam os seus trabalhos nas propostas formuladas pelos representantes da China, Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética, em Dumbarton Oaks, entre Agosto e Outubro de 1944.
A Carta das Nações Unidas foi assinada, por 50 países, a 26 de Junho de 1945, no encerramento da Conferência de São Francisco, fixando os estatutos da comunidade das nações. Oficialmente, o Dia das Nações Unidas é comemorado a 24 de Outubro. Nesta data, em 1945, a Carta entrou oficialmente em vigor. A China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética obtiveram uma representação permanente e o direito de veto no Conselho de Segurança. Dos 193 países que existem no mundo, apenas dois países não fazem parte da Organização das Nações Unidas: o Vaticano e o Taiwan.
O feito mais notável da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.
publicado por armando ésse às 07:36

Outubro 24 2005

A Segunda Guerra Mundial, com o seu rasto de mortes e destruição, foi a mola propulsora para a criação de uma organização mundial, após o fracasso da primeira tentativa, a Sociedade das Nações, fundada depois do primeiro conflito mundial. A ideia de criar uma comunidade de países surgiu ainda durante a Segunda Guerra Mundial e foi defendida pelo presidente norte-americano, Franklin Roosevelt, e pelo primeiro-ministro inglês, Winston Churchill.
O objectivo era uma aliança para garantir a paz, e prevenir futuros conflitos.
O nome “Nações Unidas”, concebido pelo presidente Roosevelt, foi empregado pela primeira vez na “Declaração das Nações Unidas”, em 1 de Janeiro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, os representantes de 26 países estabeleceram um compromisso em nome dos seus governos de prosseguir em conjunto a luta contra as potências do Eixo.
A Carta das Nações Unidas foi redigida pelos representantes de 50 governos, reunidos em São Francisco, nos EUA, entre 25 de Abril e 26 de Junho de 1945, na Conferência das Nações Unidas sobre a Organização Internacional. Os delegados basearam os seus trabalhos nas propostas formuladas pelos representantes da China, Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética, em Dumbarton Oaks, entre Agosto e Outubro de 1944.
A Carta das Nações Unidas foi assinada, por 50 países, a 26 de Junho de 1945, no encerramento da Conferência de São Francisco, fixando os estatutos da comunidade das nações. Oficialmente, o Dia das Nações Unidas é comemorado a 24 de Outubro. Nesta data, em 1945, a Carta entrou oficialmente em vigor. A China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética obtiveram uma representação permanente e o direito de veto no Conselho de Segurança. Dos 193 países que existem no mundo, apenas dois países não fazem parte da Organização das Nações Unidas: o Vaticano e o Taiwan.
O feito mais notável da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.
publicado por armando ésse às 07:36

Outubro 21 2005

Manuel Alegre nasceu a 12 de Maio de 1936, em Águeda, onde fez a instrução primária. Durante os estudos secundários, no liceu Alexandre Herculano, no Porto, fundou, com José Augusto Seabra, o jornal “Prelúdio”.
Enquanto estudante universitário, em Coimbra, foi membro da Comissão da Academia que apoiou a candidatura do General Humberto Delgado, fundador do CITAC - Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC - Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, atleta internacional da AAC na modalidade de natação, director do Jornal Académico “A Briosa”, membro da redacção da revista “Vértice”, colaborador da “Via Latina” e um dos mais destacados dirigentes do movimento estudantil.
Mobilizado para Angola em 1962, organiza aí uma primeira tentativa de revolta militar contra o regime e a guerra colonial. Preso pela PIDE durante 6 meses na prisão de S. Paulo de Luanda, aí conheceu os escritores angolanos Luandim Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Passado à disponibilidade e colocado com residência fixa em Coimbra. Sai para o exílio no verão de 1964, para não ser de novo preso.
Eleito em Outubro de 1964 membro dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida pelo General Humberto Delgado. Passa 10 anos no exílio em Argel, sendo o principal responsável e locutor da emissora de resistência “A Voz da Liberdade”. Durante o exílio estabeleceu relações de amizade com dirigentes africanos, especialmente Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Proferiu conferências em numerosos países, em representação da oposição democrática portuguesa.
Regressa a Portugal a 2 de Maio de 1974. Eleito membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do PS no 1.º Congresso realizado na legalidade, em Dezembro de 1974. Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra em todas as eleições legislativas. Secretário de Estado da Comunicação Social e Porta Voz do 1.º Governo Constitucional, Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro para os Assuntos Políticos. Várias vezes Presidente e Vice-Presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa. Foi Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar e do Grupo Socialista do Conselho da Europa. Várias vezes Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do Partido Socialista. Depois da crise política no PS desencadeada no Verão de 2004 com a demissão de Ferro Rodrigues da liderança do Partido Socialista, na sequência da recusa do presidente da República, Jorge Sampaio, em convocar eleições antecipadas depois da saída de Durão Barroso do governo, Manuel Alegre decidiu candidatar-se ao lugar de secretário-geral do PS. No entanto, a contagem dos votos, em Setembro de 2004, deu uma vitória a José Sócrates, deixando a Manuel Alegre o segundo lugar na corrida, com 20% dos votos. Actualmente é: Vice-Presidente da Assembleia da República e candidato independente à Presidência da República.
No campo literário teve a sua primeira publicação em 1965, com Praça da Canção. Destacou-se na geração do Cancioneiro Vértice (Coimbra, 1963-1965), que publicou colectivos de poesia intitulados Poemas Livres. A sua poesia define-se pelo esforço de contestação e luta, pelas memórias do exílio e pela temática da guerra colonial. Outros exemplos de obras suas são O Canto e as Armas (1967), Um Barco Para Ítaca (1971), Letras (1974), Coisas Amar (Coisas do Mar) (1976), Nova do Achamento (1979), Atlântico (1981), Babilónia (1983), Chegar Aqui (1984), Aicha Conticha (1984), Jornada de África (1989), O Homem do País Azul (1989), Rua de Baixo (1990), Com que Pena: Vinte Poemas para Camões (1992), Sonetos do Obscuro Quê (1992), Coimbra Nunca Vista (1995), 30 Anos de Poesia (1995), Alentejo e Ninguém (1996), As Naus de Verde Pinho (1997), foi distinguido com o Prémio António Botto 97 de Literatura Infantil. Seguiu-se Poema de Che (1997), Senhora das Tempestades (1998). Muitos dos seus poemas foram musicados e cantados por figuras da música portuguesa, com destaque para Trova do Vento que Passa, que se tornou o hino da resistência anti-fascista da juventude portuguesa. Manuel Alegre tem publicado ainda obras em prosa, como os romances Alma (1995) e A Terceira Rosa (1998). No mesmo ano lançou a obra Senhora das Tempestades, com a qual foi galardoado com o Prémio da Crítica e o Prémio de Poesia APE/CTT, ambos de 1998. Em 1999, foi reeditada a colectânea Obra Poética. Em Novembro do mesmo ano, Manuel Alegre foi distinguido em Veneza com a medalha da cidade e no mês seguinte recebeu o Prémio Pessoa 99, o maior prémio nacional destinado à área da ciência e da cultura. Ainda em 1999, foi galardoado com o Prémio Fernando Namora pela obra A Terceira Rosa, prémio esse que recebeu das mãos do presidente da República, Jorge Sampaio, em 2000. Em Fevereiro de 2001, Alegre lançou o Livro do Português Errante, uma obra que manifesta o inconformismo e a luta por ideais que dignifiquem o ser. Em 2002, publicou a novela Cão Como Nós, em forma de ode a um animal e, em 2004, editou Rafael. Entre várias distinções e prémios, Manuel Alegre foi também condecorado por Mário Soares com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, com a comenda da Ordem de Isabel a Católica e foi o primeiro a receber o Diploma de Membro Honorário do Conselho da Europa.
publicado por armando ésse às 09:45
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Outubro 21 2005

Manuel Alegre nasceu a 12 de Maio de 1936, em Águeda, onde fez a instrução primária. Durante os estudos secundários, no liceu Alexandre Herculano, no Porto, fundou, com José Augusto Seabra, o jornal “Prelúdio”.
Enquanto estudante universitário, em Coimbra, foi membro da Comissão da Academia que apoiou a candidatura do General Humberto Delgado, fundador do CITAC - Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC - Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, atleta internacional da AAC na modalidade de natação, director do Jornal Académico “A Briosa”, membro da redacção da revista “Vértice”, colaborador da “Via Latina” e um dos mais destacados dirigentes do movimento estudantil.
Mobilizado para Angola em 1962, organiza aí uma primeira tentativa de revolta militar contra o regime e a guerra colonial. Preso pela PIDE durante 6 meses na prisão de S. Paulo de Luanda, aí conheceu os escritores angolanos Luandim Vieira, António Jacinto e António Cardoso. Passado à disponibilidade e colocado com residência fixa em Coimbra. Sai para o exílio no verão de 1964, para não ser de novo preso.
Eleito em Outubro de 1964 membro dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida pelo General Humberto Delgado. Passa 10 anos no exílio em Argel, sendo o principal responsável e locutor da emissora de resistência “A Voz da Liberdade”. Durante o exílio estabeleceu relações de amizade com dirigentes africanos, especialmente Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança. Proferiu conferências em numerosos países, em representação da oposição democrática portuguesa.
Regressa a Portugal a 2 de Maio de 1974. Eleito membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do PS no 1.º Congresso realizado na legalidade, em Dezembro de 1974. Deputado eleito pelo círculo eleitoral de Coimbra em todas as eleições legislativas. Secretário de Estado da Comunicação Social e Porta Voz do 1.º Governo Constitucional, Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro para os Assuntos Políticos. Várias vezes Presidente e Vice-Presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa. Foi Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar e do Grupo Socialista do Conselho da Europa. Várias vezes Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Membro da Comissão Nacional e do Secretariado Nacional do Partido Socialista. Depois da crise política no PS desencadeada no Verão de 2004 com a demissão de Ferro Rodrigues da liderança do Partido Socialista, na sequência da recusa do presidente da República, Jorge Sampaio, em convocar eleições antecipadas depois da saída de Durão Barroso do governo, Manuel Alegre decidiu candidatar-se ao lugar de secretário-geral do PS. No entanto, a contagem dos votos, em Setembro de 2004, deu uma vitória a José Sócrates, deixando a Manuel Alegre o segundo lugar na corrida, com 20% dos votos. Actualmente é: Vice-Presidente da Assembleia da República e candidato independente à Presidência da República.
No campo literário teve a sua primeira publicação em 1965, com Praça da Canção. Destacou-se na geração do Cancioneiro Vértice (Coimbra, 1963-1965), que publicou colectivos de poesia intitulados Poemas Livres. A sua poesia define-se pelo esforço de contestação e luta, pelas memórias do exílio e pela temática da guerra colonial. Outros exemplos de obras suas são O Canto e as Armas (1967), Um Barco Para Ítaca (1971), Letras (1974), Coisas Amar (Coisas do Mar) (1976), Nova do Achamento (1979), Atlântico (1981), Babilónia (1983), Chegar Aqui (1984), Aicha Conticha (1984), Jornada de África (1989), O Homem do País Azul (1989), Rua de Baixo (1990), Com que Pena: Vinte Poemas para Camões (1992), Sonetos do Obscuro Quê (1992), Coimbra Nunca Vista (1995), 30 Anos de Poesia (1995), Alentejo e Ninguém (1996), As Naus de Verde Pinho (1997), foi distinguido com o Prémio António Botto 97 de Literatura Infantil. Seguiu-se Poema de Che (1997), Senhora das Tempestades (1998). Muitos dos seus poemas foram musicados e cantados por figuras da música portuguesa, com destaque para Trova do Vento que Passa, que se tornou o hino da resistência anti-fascista da juventude portuguesa. Manuel Alegre tem publicado ainda obras em prosa, como os romances Alma (1995) e A Terceira Rosa (1998). No mesmo ano lançou a obra Senhora das Tempestades, com a qual foi galardoado com o Prémio da Crítica e o Prémio de Poesia APE/CTT, ambos de 1998. Em 1999, foi reeditada a colectânea Obra Poética. Em Novembro do mesmo ano, Manuel Alegre foi distinguido em Veneza com a medalha da cidade e no mês seguinte recebeu o Prémio Pessoa 99, o maior prémio nacional destinado à área da ciência e da cultura. Ainda em 1999, foi galardoado com o Prémio Fernando Namora pela obra A Terceira Rosa, prémio esse que recebeu das mãos do presidente da República, Jorge Sampaio, em 2000. Em Fevereiro de 2001, Alegre lançou o Livro do Português Errante, uma obra que manifesta o inconformismo e a luta por ideais que dignifiquem o ser. Em 2002, publicou a novela Cão Como Nós, em forma de ode a um animal e, em 2004, editou Rafael. Entre várias distinções e prémios, Manuel Alegre foi também condecorado por Mário Soares com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, com a comenda da Ordem de Isabel a Católica e foi o primeiro a receber o Diploma de Membro Honorário do Conselho da Europa.
publicado por armando ésse às 09:45
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Outubro 20 2005

Noam Chomsky declarado o maior intelectual do mundo
O linguista americano e crítico da política externa americana Noam Chomsky foi declarado o maior intelectual público do mundo, segundo uma consulta publicada pela revista britânica Prospect Magazine.
Mais conhecido pelas suas críticas contundentes à Guerra do Vietname, à Guerra do Golfo e à Invasão do Iraque e de uma maneira geral, à política externa americana nos últimos 40 anos, Chomsky, de 76 anos, derrotou o romancista e académico italiano Umberto Eco, o segundo classificado, e o professor da Universidade de Oxford Richard Dawkins, que ficou em terceiro.
Noam Chomsky nasceu em 7 de Dezembro de 1928, em Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos. Estudou Linguística, Matemática e Filosofia na Universidade da Pensilvânia, onde recebeu o doutoramento em Linguística, em 1955. Entre 1951 e 1955, foi membro da Society of Fellows da Universidade de Harvard e completou a tese de doutoramento, intitulada "Análise Transformacional". Aos 27 anos, em 1955, tornou-se professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Professor emérito de Linguística no MIT, Chomsky primeiro ficou conhecido pela sua teoria sobre gramática desenvolvida no mesmo MIT nos anos cinquenta, segundo a qual a habilidade de formar a língua estruturada é inata da mente humana.
Posteriormente, tornou-se activista político e publicou a sua primeira colecção de escritos políticos em 1969. Até hoje, escreveu mais de 40 livros sobre teoria linguística, política dos Estados Unidos, crítica social e sobre os media. Ao mesmo tempo em que é chamado para fazer palestras sobre teoria linguística, Chomsky expõe questões sociais.
Ataca o neoliberalismo, os meios de comunicação, o estado e os intelectuais. Ao fazer uma análise político-social, não se intimida em incluir as irregularidades do governo americano nos depoimentos contra o neoliberalismo.
Dos 20.000 votantes da pesquisa Prospect/Foreign Policy, publicada na revista Prospect magazine, 4.800 votaram em Chomsky e 2.500 em Umberto Eco.
Vaclav Havel, o dramaturgo e ex-presidente checo que liderou a “Revolução de Veludo” de 1989 na Checoslováquia, que derrubou o comunismo, ficou em quarto.
Ao saber do prémio, Noam Chomsky brincou com a situação afirmando que "isto era, provavelmente, obra de alguns amigos seus", para depois acrescentar num tom mais sério, que estas consultas eram algo ao qual ele não presta muita atenção.
Link:prospectmagazine.
publicado por armando ésse às 08:35
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Outubro 20 2005

Noam Chomsky declarado o maior intelectual do mundo
O linguista americano e crítico da política externa americana Noam Chomsky foi declarado o maior intelectual público do mundo, segundo uma consulta publicada pela revista britânica Prospect Magazine.
Mais conhecido pelas suas críticas contundentes à Guerra do Vietname, à Guerra do Golfo e à Invasão do Iraque e de uma maneira geral, à política externa americana nos últimos 40 anos, Chomsky, de 76 anos, derrotou o romancista e académico italiano Umberto Eco, o segundo classificado, e o professor da Universidade de Oxford Richard Dawkins, que ficou em terceiro.
Noam Chomsky nasceu em 7 de Dezembro de 1928, em Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos. Estudou Linguística, Matemática e Filosofia na Universidade da Pensilvânia, onde recebeu o doutoramento em Linguística, em 1955. Entre 1951 e 1955, foi membro da Society of Fellows da Universidade de Harvard e completou a tese de doutoramento, intitulada "Análise Transformacional". Aos 27 anos, em 1955, tornou-se professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Professor emérito de Linguística no MIT, Chomsky primeiro ficou conhecido pela sua teoria sobre gramática desenvolvida no mesmo MIT nos anos cinquenta, segundo a qual a habilidade de formar a língua estruturada é inata da mente humana.
Posteriormente, tornou-se activista político e publicou a sua primeira colecção de escritos políticos em 1969. Até hoje, escreveu mais de 40 livros sobre teoria linguística, política dos Estados Unidos, crítica social e sobre os media. Ao mesmo tempo em que é chamado para fazer palestras sobre teoria linguística, Chomsky expõe questões sociais.
Ataca o neoliberalismo, os meios de comunicação, o estado e os intelectuais. Ao fazer uma análise político-social, não se intimida em incluir as irregularidades do governo americano nos depoimentos contra o neoliberalismo.
Dos 20.000 votantes da pesquisa Prospect/Foreign Policy, publicada na revista Prospect magazine, 4.800 votaram em Chomsky e 2.500 em Umberto Eco.
Vaclav Havel, o dramaturgo e ex-presidente checo que liderou a “Revolução de Veludo” de 1989 na Checoslováquia, que derrubou o comunismo, ficou em quarto.
Ao saber do prémio, Noam Chomsky brincou com a situação afirmando que "isto era, provavelmente, obra de alguns amigos seus", para depois acrescentar num tom mais sério, que estas consultas eram algo ao qual ele não presta muita atenção.
Link:prospectmagazine.
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Outubro 19 2005

Saddam Hussein, capturado a 13 de Dezembro de 2003, oito meses após a queda do seu regime, comparecerá perante cinco juízes, numa audiência rodeada de medidas de segurança excepcionais.
Saddam Hussein e sete dos seus colaboradores sentam-se, hoje, no banco dos réus do Tribunal Especial Iraquiano, em Bagdade, acusados de um único crime, cujo processo foi concluído pela instrução o massacre de mais de uma centena de xiitas, em 1982.
Os oito acusados pela “execução de 143 aldeões, o sequestro de 399 famílias, a destruição das suas casas e terras” agrícolas na aldeia de Dujail, situada 60 quilómetros a norte de Bagdade, correm o risco de condenação à pena de morte.
Após disparos contra a coluna automóvel em que seguia Saddam, os aldeões de Dujail morreram na retaliação efectuada pelos serviços de segurança. Muitas propriedades foram destruídas, quintas e pomares saqueados e os sobreviventes condenados ao exílio interno durante quatro anos.
Além do caso pelo qual Saddam Hussein começa hoje a ser julgado, há instrução de mais 12 contra o ex-presidente iraquiano.
Saddam Hussein é suspeito por crimes contra a humanidade e crimes de guerra em vários casos a operação de Al-Anfal contra os curdos, em 1988, que fez 180.000 mortos; o gaseamento de cerca de 5.000 curdos em Halabja, no mesmo ano; a repressão dos xiitas, em 1991, com milhares de mortos; a invasão do Kuwait, um ano antes; o massacre de 8000 membros da tribo dos Barzani (um clã curdo), em 1983, e o assassínio de líderes de partidos políticos e de dignitários religiosos xiitas entre 1980 e 1999. Aliás, o Irão também quer julgar Saddam, tendo as autoridades de Teerão enviado, ontem, às homólogas iraquianas, uma acusação própria contra o ex-ditador.

Saddam Hussein nasceu a 28 de Abril de 1937 em Ouija, uma aldeia próxima de Tikrit, 170 quilómetros a Norte de Bagdad. O seu pai, um camponês pobre, morreu pouco tempo antes do filho nascer, e a sua mãe, Subna al-Tulfah, voltou a casar-se com Ibrahim al-Hassan.
Saddam não se dava bem com o padrasto. A sua biografia oficial relata uma infância difícil, com Ibrahim a obrigá-lo a acordar de madrugada para ir tratar dos rebanhos. Ele queria estudar e – contrariando a família – um dia pôs-se a caminho da escola sozinho. Devido ao mau relacionamento com o padrasto, quando Saddam tinha dez anos, Subna decidiu enviá-lo para Bagdad para viver com o tio Khairallah Tulfa, oficial do Exército e militante antibritânico (o tio era também o futuro sogro de Saddam, que aos cinco anos já tinha sido prometido em casamento à sua prima Sajida).
Foi aos 18 anos que Saddam se filiou no Partido Baas, aderindo aos seus ideais laicos e nacionalistas. Mas foi também nesse ano que viu rejeitada a sua candidatura à Academia Militar, por falta de habilitações. Os biógrafos apontam 1958 como a data do seu primeiro assassínio político – a vítima foi um militante comunista, morto em Tikrit com um tiro na cabeça. Terá sido esta acção – pela qual passou alguns meses na prisão – que chamou a atenção dos dirigentes do Baas para o jovem militante.
Saddam foi então incluído num comando de dez homens com a missão de assassinar o primeiro-ministro Abdel Karim Qassem. O atentado falha, Saddam é ferido numa perna e foge, a pé e a cavalo, para a Síria, depois de ter retirado, ele próprio, a bala com uma faca. Este é, provavelmente, um dos episódios de que o líder iraquiano mais se orgulha, a ponto de ter mandado fazer um livro e um filme (de seis horas) que relatam a história – com o título “The Long Days”. Durante os três anos seguintes, Saddam viveu em Damasco e no Cairo, onde estudou Direito.
O regresso a Bagdad dá-se depois de o Baas ter, finalmente, conseguido derrubar Qassem, num golpe dirigido pelo coronel Ahmad Hassan al-Bakr, que era também seu tio. O cristão Michel Aflak, ideólogo do Baas, convida-o para a direcção do partido. Saddam é “investigador”, o que significa que é o responsável pelos interrogatórios.
Pela mão de Al-Bakr foi subindo a escada do poder. Primeiro é vice-secretário-geral adjunto do Conselho do Comando da Revolução, depois vice-presidente, depois comandante do Exército. Em 1979, afasta Al-Bakr do poder e, com 42 anos, chega à chefia do Estado.
Pouco tempo após ter conquistado o poder, implementou uma violenta purga que levou à morte dezenas de membros do governo suspeitos de falta de lealdade. No inicio dos anos 80, utilizou armas químicas para pôr termo à rebelião Curda no norte do Iraque. A fome de poder de Saddam Hussein espalhou- se muito para além das fronteiras do Iraque; apostado em subjugar o mundo Islamico, atacou os países vizinhos. Em 1980 invadiu o Irão, iniciando um guerra de oito anos que não venceu. Em Agosto de 1990 invadiu o Kuwait, país rico em petróleo, que proclamou como a 19º província do Iraque.
Desafiou as Nações Unidas ao não cumprir as directivas que o obrigavam a retirar do Kuwait, provocando a que chamou “Mãe de Todas as Batalhas”, a Guerra do Golfo. O breve conflito dizimou as forças militares de Saddam, mas o ditador conseguiu reconstruir a sua república e a sua base de poder, a começar pela tenebrosa polícia secreta e manteve-se no poder mais 12 anos.

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Outubro 19 2005

Saddam Hussein, capturado a 13 de Dezembro de 2003, oito meses após a queda do seu regime, comparecerá perante cinco juízes, numa audiência rodeada de medidas de segurança excepcionais.
Saddam Hussein e sete dos seus colaboradores sentam-se, hoje, no banco dos réus do Tribunal Especial Iraquiano, em Bagdade, acusados de um único crime, cujo processo foi concluído pela instrução o massacre de mais de uma centena de xiitas, em 1982.
Os oito acusados pela “execução de 143 aldeões, o sequestro de 399 famílias, a destruição das suas casas e terras” agrícolas na aldeia de Dujail, situada 60 quilómetros a norte de Bagdade, correm o risco de condenação à pena de morte.
Após disparos contra a coluna automóvel em que seguia Saddam, os aldeões de Dujail morreram na retaliação efectuada pelos serviços de segurança. Muitas propriedades foram destruídas, quintas e pomares saqueados e os sobreviventes condenados ao exílio interno durante quatro anos.
Além do caso pelo qual Saddam Hussein começa hoje a ser julgado, há instrução de mais 12 contra o ex-presidente iraquiano.
Saddam Hussein é suspeito por crimes contra a humanidade e crimes de guerra em vários casos a operação de Al-Anfal contra os curdos, em 1988, que fez 180.000 mortos; o gaseamento de cerca de 5.000 curdos em Halabja, no mesmo ano; a repressão dos xiitas, em 1991, com milhares de mortos; a invasão do Kuwait, um ano antes; o massacre de 8000 membros da tribo dos Barzani (um clã curdo), em 1983, e o assassínio de líderes de partidos políticos e de dignitários religiosos xiitas entre 1980 e 1999. Aliás, o Irão também quer julgar Saddam, tendo as autoridades de Teerão enviado, ontem, às homólogas iraquianas, uma acusação própria contra o ex-ditador.

Saddam Hussein nasceu a 28 de Abril de 1937 em Ouija, uma aldeia próxima de Tikrit, 170 quilómetros a Norte de Bagdad. O seu pai, um camponês pobre, morreu pouco tempo antes do filho nascer, e a sua mãe, Subna al-Tulfah, voltou a casar-se com Ibrahim al-Hassan.
Saddam não se dava bem com o padrasto. A sua biografia oficial relata uma infância difícil, com Ibrahim a obrigá-lo a acordar de madrugada para ir tratar dos rebanhos. Ele queria estudar e – contrariando a família – um dia pôs-se a caminho da escola sozinho. Devido ao mau relacionamento com o padrasto, quando Saddam tinha dez anos, Subna decidiu enviá-lo para Bagdad para viver com o tio Khairallah Tulfa, oficial do Exército e militante antibritânico (o tio era também o futuro sogro de Saddam, que aos cinco anos já tinha sido prometido em casamento à sua prima Sajida).
Foi aos 18 anos que Saddam se filiou no Partido Baas, aderindo aos seus ideais laicos e nacionalistas. Mas foi também nesse ano que viu rejeitada a sua candidatura à Academia Militar, por falta de habilitações. Os biógrafos apontam 1958 como a data do seu primeiro assassínio político – a vítima foi um militante comunista, morto em Tikrit com um tiro na cabeça. Terá sido esta acção – pela qual passou alguns meses na prisão – que chamou a atenção dos dirigentes do Baas para o jovem militante.
Saddam foi então incluído num comando de dez homens com a missão de assassinar o primeiro-ministro Abdel Karim Qassem. O atentado falha, Saddam é ferido numa perna e foge, a pé e a cavalo, para a Síria, depois de ter retirado, ele próprio, a bala com uma faca. Este é, provavelmente, um dos episódios de que o líder iraquiano mais se orgulha, a ponto de ter mandado fazer um livro e um filme (de seis horas) que relatam a história – com o título “The Long Days”. Durante os três anos seguintes, Saddam viveu em Damasco e no Cairo, onde estudou Direito.
O regresso a Bagdad dá-se depois de o Baas ter, finalmente, conseguido derrubar Qassem, num golpe dirigido pelo coronel Ahmad Hassan al-Bakr, que era também seu tio. O cristão Michel Aflak, ideólogo do Baas, convida-o para a direcção do partido. Saddam é “investigador”, o que significa que é o responsável pelos interrogatórios.
Pela mão de Al-Bakr foi subindo a escada do poder. Primeiro é vice-secretário-geral adjunto do Conselho do Comando da Revolução, depois vice-presidente, depois comandante do Exército. Em 1979, afasta Al-Bakr do poder e, com 42 anos, chega à chefia do Estado.
Pouco tempo após ter conquistado o poder, implementou uma violenta purga que levou à morte dezenas de membros do governo suspeitos de falta de lealdade. No inicio dos anos 80, utilizou armas químicas para pôr termo à rebelião Curda no norte do Iraque. A fome de poder de Saddam Hussein espalhou- se muito para além das fronteiras do Iraque; apostado em subjugar o mundo Islamico, atacou os países vizinhos. Em 1980 invadiu o Irão, iniciando um guerra de oito anos que não venceu. Em Agosto de 1990 invadiu o Kuwait, país rico em petróleo, que proclamou como a 19º província do Iraque.
Desafiou as Nações Unidas ao não cumprir as directivas que o obrigavam a retirar do Kuwait, provocando a que chamou “Mãe de Todas as Batalhas”, a Guerra do Golfo. O breve conflito dizimou as forças militares de Saddam, mas o ditador conseguiu reconstruir a sua república e a sua base de poder, a começar pela tenebrosa polícia secreta e manteve-se no poder mais 12 anos.

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Outubro 17 2005

Uma das grandes religiões do mundo, surgida na Índia cerca de 500 a.C. Derivou do ensinamento de Siddhartha Gautama, considerado como um de entre os seres iluminados designados por Buda. Não tem deuses. A noção de karma constitui a pedra de toque da doutrina. Essa noção significa boas e más acções que recebem a adequada recompensa ou castigo, quer nesta vida, quer através de uma longa sucessão de vidas, por meio da reencarnação.
As principais divisões do budismo são o Teravada (ou Hinayana), no sudeste da Ásia e o Maayana, no norte da Ásia. Entre as muitas seitas Maayana, contam-se o lamaísmo no Tibete e o zen no Japão. O seu símbolo é o lótus.
O cânone dos budistas do Sri Lanka, em pali, é o único cânone completo das escrituras budistas. Embora muitas outras escolas tenham o mesmo cânone, elas encontram-se em sânscrito. As escrituras, conhecidas por pitakas (cestos), datam de entre o século II e VI. Estão divididas em três grandes grupos: vinaya (disciplina), a lista das transgressões e regras de vida; sutras (discursos), ou darma (doutrina), a exposição tradicional do budismo feita por Buda e pelos seus discípulos; e abidarma (continuação da doutrina), discussões posteriores sobre a doutrina.
O eu é considerado como impermanente, uma vez que está sujeito à transformação e ao declínio. O que causa a desilusão, o sofrimento, a ganância e a aversão, é o seu apego a coisas que são, na sua essência, impermanentes. Estes sentimentos, por sua vez, originam karma, o que reforça o sentido do eu. As acções que conduzem ao altruísmo são consideradas como “karma conhecedor” e estão no caminho que conduz à iluminação.
Nas Quatro Nobres Verdades, o Buda reconheceu a existência do sofrimento e a sua causa e indicou a via de libertação através da Nobre Óctupla Senda. O objectivo desta última é quebrar as cadeias do karma e alcançar o desprendimento do corpo através da realização do nirvana, isto é, da erradicação de todos os desejos e do aniquilamento ou dissolução do eu no infinito.
É prestada uma grande devoção e reverência ao Buda histórico (Sakyamuni, ou, quando referenciado pelo seu nome de clã, Gautama), que é visto como um elo de uma longa série de sucessivos Budas. O próximo Buda (Maitreya) é esperado para o ano 3000.
O budismo Teravada, a Escola dos Anciãos, também conhecida como Hinayana, ou Pequeno Veículo, é maioritário no sudeste da Ásia (Sri Lanka, Tailândia). Sublinha a mendicância e a vida contemplativa como via para quebrar o ciclo da samsara, ou morte e renascimento. Os seus três objectivos alternativos são: arat, o estado daquele que alcançou uma visão profunda da verdadeira natureza das coisas; paccekabuda, um iluminado que vive retirado e não se dedica ao ensino; Buda, a iluminação total. As suas escrituras estão redigidas em pali, uma língua indo-ariana com raízes no norte da Índia.
Por volta do século XIII, o budismo extinguiu-se na própria Índia, tendo sido substituído pelo hinduísmo. No entanto, existem actualmente cinco milhões de devotos.
O budismo Maayana, ou Grande Veículo, surgiu no início da era cristã. Esta tradição põe o acento tónico em Buda como princípio eterno e sem forma, essência de todas as coisas. Exorta os indivíduos a alcançar pessoalmente o nirvana, e, inclusivamente, a tornarem-se sucessores de Buda ou Bodisatva, podendo, assim, salvar os outros. Isto significa que um crente pode alcançar a iluminação através de um Bodisatva sem seguir a austeridade do Teravada, e o culto dos diversos Budas e Bodisatvas anteriores. O budismo Maayana também acentua a doutrina sunyata, ou a compreensão obtida através da experiência do fundamental vazio (leia-se não substancialidade) de todas as coisas, incluindo a doutrina budista.
O budismo Maayana é dominante na China, Coreia, Japão e Tibete. No século VI, difundiu-se na China com os ensinamentos de Bodidarma, dando origem ao Tch’an, que se radicou no Japão desde o século XII como budismo Zen. O Zen privilegia a meditação silenciosa que apenas é interrompida por súbitas intervenções de um mestre com o objectivo de encorajar o despertar da mente. No Japão também foi organizada a sociedade laica Soka Gakkai (Sociedade para a Criação do Merecimento), fundada em 1930, e que compatibiliza a fé mais profunda com os benefícios materiais imediatos. Nos anos 80 contava mais de sete milhões de chefes de família entre os seus aderentes.

Até quarta-feira.
publicado por armando ésse às 07:58

Outubro 17 2005

Uma das grandes religiões do mundo, surgida na Índia cerca de 500 a.C. Derivou do ensinamento de Siddhartha Gautama, considerado como um de entre os seres iluminados designados por Buda. Não tem deuses. A noção de karma constitui a pedra de toque da doutrina. Essa noção significa boas e más acções que recebem a adequada recompensa ou castigo, quer nesta vida, quer através de uma longa sucessão de vidas, por meio da reencarnação.
As principais divisões do budismo são o Teravada (ou Hinayana), no sudeste da Ásia e o Maayana, no norte da Ásia. Entre as muitas seitas Maayana, contam-se o lamaísmo no Tibete e o zen no Japão. O seu símbolo é o lótus.
O cânone dos budistas do Sri Lanka, em pali, é o único cânone completo das escrituras budistas. Embora muitas outras escolas tenham o mesmo cânone, elas encontram-se em sânscrito. As escrituras, conhecidas por pitakas (cestos), datam de entre o século II e VI. Estão divididas em três grandes grupos: vinaya (disciplina), a lista das transgressões e regras de vida; sutras (discursos), ou darma (doutrina), a exposição tradicional do budismo feita por Buda e pelos seus discípulos; e abidarma (continuação da doutrina), discussões posteriores sobre a doutrina.
O eu é considerado como impermanente, uma vez que está sujeito à transformação e ao declínio. O que causa a desilusão, o sofrimento, a ganância e a aversão, é o seu apego a coisas que são, na sua essência, impermanentes. Estes sentimentos, por sua vez, originam karma, o que reforça o sentido do eu. As acções que conduzem ao altruísmo são consideradas como “karma conhecedor” e estão no caminho que conduz à iluminação.
Nas Quatro Nobres Verdades, o Buda reconheceu a existência do sofrimento e a sua causa e indicou a via de libertação através da Nobre Óctupla Senda. O objectivo desta última é quebrar as cadeias do karma e alcançar o desprendimento do corpo através da realização do nirvana, isto é, da erradicação de todos os desejos e do aniquilamento ou dissolução do eu no infinito.
É prestada uma grande devoção e reverência ao Buda histórico (Sakyamuni, ou, quando referenciado pelo seu nome de clã, Gautama), que é visto como um elo de uma longa série de sucessivos Budas. O próximo Buda (Maitreya) é esperado para o ano 3000.
O budismo Teravada, a Escola dos Anciãos, também conhecida como Hinayana, ou Pequeno Veículo, é maioritário no sudeste da Ásia (Sri Lanka, Tailândia). Sublinha a mendicância e a vida contemplativa como via para quebrar o ciclo da samsara, ou morte e renascimento. Os seus três objectivos alternativos são: arat, o estado daquele que alcançou uma visão profunda da verdadeira natureza das coisas; paccekabuda, um iluminado que vive retirado e não se dedica ao ensino; Buda, a iluminação total. As suas escrituras estão redigidas em pali, uma língua indo-ariana com raízes no norte da Índia.
Por volta do século XIII, o budismo extinguiu-se na própria Índia, tendo sido substituído pelo hinduísmo. No entanto, existem actualmente cinco milhões de devotos.
O budismo Maayana, ou Grande Veículo, surgiu no início da era cristã. Esta tradição põe o acento tónico em Buda como princípio eterno e sem forma, essência de todas as coisas. Exorta os indivíduos a alcançar pessoalmente o nirvana, e, inclusivamente, a tornarem-se sucessores de Buda ou Bodisatva, podendo, assim, salvar os outros. Isto significa que um crente pode alcançar a iluminação através de um Bodisatva sem seguir a austeridade do Teravada, e o culto dos diversos Budas e Bodisatvas anteriores. O budismo Maayana também acentua a doutrina sunyata, ou a compreensão obtida através da experiência do fundamental vazio (leia-se não substancialidade) de todas as coisas, incluindo a doutrina budista.
O budismo Maayana é dominante na China, Coreia, Japão e Tibete. No século VI, difundiu-se na China com os ensinamentos de Bodidarma, dando origem ao Tch’an, que se radicou no Japão desde o século XII como budismo Zen. O Zen privilegia a meditação silenciosa que apenas é interrompida por súbitas intervenções de um mestre com o objectivo de encorajar o despertar da mente. No Japão também foi organizada a sociedade laica Soka Gakkai (Sociedade para a Criação do Merecimento), fundada em 1930, e que compatibiliza a fé mais profunda com os benefícios materiais imediatos. Nos anos 80 contava mais de sete milhões de chefes de família entre os seus aderentes.

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