A FÁBRICA

Janeiro 06 2006

Ariel Scheinermann (Sharon mais tarde) nasceu a 27 de Fevereiro de 1928, em Kfar Mahal, uma aldeia ao norte de Tel Aviv, quando a Palestina estava sob jurisdição britânica.
Oriundo de uma família de fervorosos sionistas russos que imigraram para Palestina no início do século XX, Ariel Sharon é junto com Shimon Peres, o último dos políticos que surgiram com a criação do Estado de Israel em 1948.
Em 1945 passou a integrar o Haganah, organização clandestina que precedeu o exército israelita, caracterizada inicialmente como um grupo de judeus sionistas resistentes ao domínio britânico e aos árabes. No decurso da primeira guerra Israelo-árabe, após a criação do Estado de Israel, em 1948, comandou uma companhia de infantaria.
Em 1950, liderou operações militares contra tropas do Egipto na Faixa de Gaza. Uma das manobras resultou na morte de 38 soldados egípcios.
Em 1956 Ariel Sharon foi acusado de insubordinação e desonestidade na campanha do canal de Suez durante a guerra do Sinai no Egipto. Segundo o historiador militar israelita Martim Van Cheveld, da Universidade Hebraica de Jerusalém, os soldados comandados por Ariel Sharon avançaram “da forma mais incompetente possível, resultando numa batalha totalmente desnecessária, que se tornou a mais sangrenta da guerra”. Na ocasião os seus próprios comandados acusaram-no de oportunismo desumano, no sentido de tentar construir a sua reputação à custa deles.
Em 1967 comandou uma divisão de blindados na Guerra dos Seis Dias, que conquistou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza e em 1973 liderou a captura do Terceiro Exército do Egipto, pondo fim à Guerra do Yom Kippur.
Na esfera político-partidária a trajectória de Ariel Sharon é mais recente, iniciando-se concretamente em 1973 quando foi um dos principais mentores das forças de direita que originaram o partido Likud. Apesar de se situar no espectro político à direita, Ariel Sharon tornou-se conselheiro especial de segurança do primeiro-ministro Ytzhak Rabin (Partido Trabalhista) em 1974.
Em 1977, Sharon foi eleito pela primeira vez para uma das cadeiras no Knesset, o parlamento israelita. Entre 1977 e 1981 foi Ministro da Agricultura no primeiro governo do Likud e organizou o primeiro grande movimento de colonização judaica nos territórios ocupados. Apesar de inicialmente ter se posicionado contra o acordo de paz de Camp David, entre Israel e Egipto em 1978, Ariel Sharon acabou comandando a retirada dos colonos judeus do Sinai ocupado por Israel desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
Como ministro da Defesa, em 1982, planeou a desastrada invasão do Líbano que culminou com o cerco e destruição parcial da capital Beirute pelas tropas israelitas. Sem comunicar as suas intenções ao então primeiro-ministro, Menachem Begin, Ariel Sharon comandou a invasão da capital libanesa com o pretexto de expulsar do Líbano a base da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat. A operação militar pôs mesmo fim às incursões militares da OLP em território israelita, a partir do Líbano. Mas não só - acabou também resultando no massacre de quase 2 mil palestinianos - por milicianos cristãos aliados de Israel. Entre os mortos, estavam dezenas de mulheres, idosos e crianças, todos alojados nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila, então sob supervisão israelita. Como resultado, Ariel Sharon foi destituído do cargo de ministro de Defesa em 1983, depois de ser considerado por um tribunal israelita indirectamente responsável pelo massacre. Ariel Sharon foi ainda ministro do Comércio e da Indústria entre 1984 e 1990.
No início da década de 90, como ministro da Habitação, incentivou a maior ampliação de colonatos judeus na Faixa de Gaza e na Cisjordânia desde a invasão de 1967.
Em 1996, o então primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, também do partido Likud, convidou Ariel Sharon para integrar o seu Governo. Foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. Ariel Sharon assumiu a liderança do Likud depois da derrota de Netanyahu nas eleições gerais de 1999.
Aproveitou o fracasso das negociações com os palestinianos em Camp David, em Junho de 2001, para colher dividendos políticos criticando no Parlamento a actuação do então primeiro-ministro, Ehud Barak. “Jerusalém pertence ao povo judeu e Barak não tem o direito de abrir mão do santuário do povo, negociando com os palestinianos a soberania sobre a cidade”, disse Sharon.
Em Setembro de 2000, uma inesperada e polémica visita à mesquita de al-Aqsa foi o rastilho que levou à segunda Intifada. Muita gente acredita que Ariel Sharon, planeou esta visita para provocar uma reacção violenta dos palestinianos, de forma a criar um ambiente político propício à sua ascensão ao poder. Tornou-se primeiro-ministro em Fevereiro de 2001, com a promessa de pôr fim à segunda Intifada palestiniana, iniciada depois de, Ariel Sharon, ter visitado a mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, considerada sagrada pelos muçulmanos. Em Janeiro de 2003 é reeleito e em Dezembro desse ano, anuncia a retirada total da Faixa de Gaza.
Esta sua decisão de retirar da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia, processo concluído em 18 Setembro de 2005, provocou a ira dos seus seguidores e foi rejeitada pelo seu antigo partido, o Likud. Em resposta Ariel Sharon abandonou o Likud em 21 Novembro de 2005 e fundou um novo partido, o Kadima, em 18 de Dezembro de 2005, favorito para as eleições de 28 de Março, deste ano.
No dia 4 de Janeiro, Ariel Sharon, foi hospitalizado depois de sofrer um acidente vascular cerebral, sendo submetido a uma cirurgia durante a qual, sofreu uma grave hemorragia cerebral que o colocou, no limbo entre a vida e a morte.
publicado por armando ésse às 10:28
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Janeiro 06 2006

Ariel Scheinermann (Sharon mais tarde) nasceu a 27 de Fevereiro de 1928, em Kfar Mahal, uma aldeia ao norte de Tel Aviv, quando a Palestina estava sob jurisdição britânica.
Oriundo de uma família de fervorosos sionistas russos que imigraram para Palestina no início do século XX, Ariel Sharon é junto com Shimon Peres, o último dos políticos que surgiram com a criação do Estado de Israel em 1948.
Em 1945 passou a integrar o Haganah, organização clandestina que precedeu o exército israelita, caracterizada inicialmente como um grupo de judeus sionistas resistentes ao domínio britânico e aos árabes. No decurso da primeira guerra Israelo-árabe, após a criação do Estado de Israel, em 1948, comandou uma companhia de infantaria.
Em 1950, liderou operações militares contra tropas do Egipto na Faixa de Gaza. Uma das manobras resultou na morte de 38 soldados egípcios.
Em 1956 Ariel Sharon foi acusado de insubordinação e desonestidade na campanha do canal de Suez durante a guerra do Sinai no Egipto. Segundo o historiador militar israelita Martim Van Cheveld, da Universidade Hebraica de Jerusalém, os soldados comandados por Ariel Sharon avançaram “da forma mais incompetente possível, resultando numa batalha totalmente desnecessária, que se tornou a mais sangrenta da guerra”. Na ocasião os seus próprios comandados acusaram-no de oportunismo desumano, no sentido de tentar construir a sua reputação à custa deles.
Em 1967 comandou uma divisão de blindados na Guerra dos Seis Dias, que conquistou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza e em 1973 liderou a captura do Terceiro Exército do Egipto, pondo fim à Guerra do Yom Kippur.
Na esfera político-partidária a trajectória de Ariel Sharon é mais recente, iniciando-se concretamente em 1973 quando foi um dos principais mentores das forças de direita que originaram o partido Likud. Apesar de se situar no espectro político à direita, Ariel Sharon tornou-se conselheiro especial de segurança do primeiro-ministro Ytzhak Rabin (Partido Trabalhista) em 1974.
Em 1977, Sharon foi eleito pela primeira vez para uma das cadeiras no Knesset, o parlamento israelita. Entre 1977 e 1981 foi Ministro da Agricultura no primeiro governo do Likud e organizou o primeiro grande movimento de colonização judaica nos territórios ocupados. Apesar de inicialmente ter se posicionado contra o acordo de paz de Camp David, entre Israel e Egipto em 1978, Ariel Sharon acabou comandando a retirada dos colonos judeus do Sinai ocupado por Israel desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
Como ministro da Defesa, em 1982, planeou a desastrada invasão do Líbano que culminou com o cerco e destruição parcial da capital Beirute pelas tropas israelitas. Sem comunicar as suas intenções ao então primeiro-ministro, Menachem Begin, Ariel Sharon comandou a invasão da capital libanesa com o pretexto de expulsar do Líbano a base da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat. A operação militar pôs mesmo fim às incursões militares da OLP em território israelita, a partir do Líbano. Mas não só - acabou também resultando no massacre de quase 2 mil palestinianos - por milicianos cristãos aliados de Israel. Entre os mortos, estavam dezenas de mulheres, idosos e crianças, todos alojados nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Shatila, então sob supervisão israelita. Como resultado, Ariel Sharon foi destituído do cargo de ministro de Defesa em 1983, depois de ser considerado por um tribunal israelita indirectamente responsável pelo massacre. Ariel Sharon foi ainda ministro do Comércio e da Indústria entre 1984 e 1990.
No início da década de 90, como ministro da Habitação, incentivou a maior ampliação de colonatos judeus na Faixa de Gaza e na Cisjordânia desde a invasão de 1967.
Em 1996, o então primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, também do partido Likud, convidou Ariel Sharon para integrar o seu Governo. Foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros. Ariel Sharon assumiu a liderança do Likud depois da derrota de Netanyahu nas eleições gerais de 1999.
Aproveitou o fracasso das negociações com os palestinianos em Camp David, em Junho de 2001, para colher dividendos políticos criticando no Parlamento a actuação do então primeiro-ministro, Ehud Barak. “Jerusalém pertence ao povo judeu e Barak não tem o direito de abrir mão do santuário do povo, negociando com os palestinianos a soberania sobre a cidade”, disse Sharon.
Em Setembro de 2000, uma inesperada e polémica visita à mesquita de al-Aqsa foi o rastilho que levou à segunda Intifada. Muita gente acredita que Ariel Sharon, planeou esta visita para provocar uma reacção violenta dos palestinianos, de forma a criar um ambiente político propício à sua ascensão ao poder. Tornou-se primeiro-ministro em Fevereiro de 2001, com a promessa de pôr fim à segunda Intifada palestiniana, iniciada depois de, Ariel Sharon, ter visitado a mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, considerada sagrada pelos muçulmanos. Em Janeiro de 2003 é reeleito e em Dezembro desse ano, anuncia a retirada total da Faixa de Gaza.
Esta sua decisão de retirar da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia, processo concluído em 18 Setembro de 2005, provocou a ira dos seus seguidores e foi rejeitada pelo seu antigo partido, o Likud. Em resposta Ariel Sharon abandonou o Likud em 21 Novembro de 2005 e fundou um novo partido, o Kadima, em 18 de Dezembro de 2005, favorito para as eleições de 28 de Março, deste ano.
No dia 4 de Janeiro, Ariel Sharon, foi hospitalizado depois de sofrer um acidente vascular cerebral, sendo submetido a uma cirurgia durante a qual, sofreu uma grave hemorragia cerebral que o colocou, no limbo entre a vida e a morte.
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