A FÁBRICA

Janeiro 26 2006

Amanhã assinala-se mais um ano da libertação por parte do exército soviético do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau.
"Arbeit Macht Frei", (O trabalho liberta), lia-se provocatoriamente à entrada do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau. Este campo de extermínio situado na Polónia, foi criado pelo regime nazista em 1940, com o objectivo inicial de reunir os prisioneiros políticos polacos. Entretanto, com o decorrer da guerra, Auschwitz-Birkenau tornou-se no campo de concentração mais atroz do genocídio do povo judeu, devido às execuções em massa. Calcula-se que cerca de um milhão e quinhentos mil judeus, tenham sido dizimados neste campo. Tudo começou em fins de 1941, quando a Gestapo recebe a ordem para executar a "solução final da questão judia", ou seja exterminar a raça judia.

Esta medida foi adoptada em 20 de Janeiro de 1942 por altura da Conferência de Wannsee.As execuções em massa começaram em Maio de 1942, quando mil e duzentos judeus, são enviados para as câmaras de Gás.
A partir de Setembro de 1942, o esforço militar alemão impôs uma mudança de filosofia -"o extermínio pelo trabalho"- que se traduziu na aniquilação massiva de prisioneiros. Os primeiros beneficiados com esta alteração foram as SS, que a partir de então se transformaram nos verdadeiros patrões desta quase inesgotável mão de obra, manejando-a e utilizando-a a seu bel prazer .Deles passa a depender o recrutamento destes operários forçados, imprescindíveis para o aparelho produtivo alemão. A alimentação, de muita má qualidade e quase inexistente, surge como a principal causa de morte de várias centenas de milhar de prisioneiros, facto que, pasme-se deixou o chefe máximo das SS, Heinrich Himmler, profundamente indignado. A espiral de homicídios atingia em 1944, a espantosa cifra mensal de 30 mil mortos.

O avanço dos Aliados em duas frentes, ocidental e oriental e o colapso da economia do Reich parecem ter enlouquecido ainda mais os líderes nazis. O extermínio converteu-se nas palavras do próprio Himmler, numa "necessidade imperiosa, nos numerosos campos de concentração. Os métodos usados até então eram baseados no pressuposto de que o terror era a melhor forma de negar a personalidade do individuo e de o manipular. A partir de então com os campos em risco de cair em mãos inimigas, a morte quantitativa substitui o principio do castigo.Mais do que castigar urgia exterminar.
Em 27 de Janeiro de 1945, ( entretanto institucionalizado Dia da Memória em diversos países ocidentais) o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de três mil homens e mulheres escanzelados, pesando entre 23 e 35 kg.
Auschwitz, símbolo do Mal para todos os homens de boa vontade, têm suscitado as mais diversas paixões desde da sua libertação.


Sectores da extrema-direita pretenderam lançar o boato de que a "solução final nunca existiu".Os soviéticos ofereceram-lhes, aliás, o pretexto de bandeja, ao propagandearem que em Auschwitz tinham sido mortos "quatro milhões de antifascistas", ou seja mais que duplicaram o número e omitindo o facto de 90 por cento das vítimas serem judeus apolíticos.
É bom para a Humanidade que o complexo de Auschwitz-Birkenau , permaneça de pé.
Não como um exorcismo. Não como um símbolo do mal. Antes como um inestimável suporte para a breve memória humana. Para que não volte a repetir-se.
publicado por armando ésse às 09:01

Janeiro 26 2006

Amanhã assinala-se mais um ano da libertação por parte do exército soviético do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau.
"Arbeit Macht Frei", (O trabalho liberta), lia-se provocatoriamente à entrada do complexo da morte de Auschwitz-Birkenau. Este campo de extermínio situado na Polónia, foi criado pelo regime nazista em 1940, com o objectivo inicial de reunir os prisioneiros políticos polacos. Entretanto, com o decorrer da guerra, Auschwitz-Birkenau tornou-se no campo de concentração mais atroz do genocídio do povo judeu, devido às execuções em massa. Calcula-se que cerca de um milhão e quinhentos mil judeus, tenham sido dizimados neste campo. Tudo começou em fins de 1941, quando a Gestapo recebe a ordem para executar a "solução final da questão judia", ou seja exterminar a raça judia.

Esta medida foi adoptada em 20 de Janeiro de 1942 por altura da Conferência de Wannsee.As execuções em massa começaram em Maio de 1942, quando mil e duzentos judeus, são enviados para as câmaras de Gás.
A partir de Setembro de 1942, o esforço militar alemão impôs uma mudança de filosofia -"o extermínio pelo trabalho"- que se traduziu na aniquilação massiva de prisioneiros. Os primeiros beneficiados com esta alteração foram as SS, que a partir de então se transformaram nos verdadeiros patrões desta quase inesgotável mão de obra, manejando-a e utilizando-a a seu bel prazer .Deles passa a depender o recrutamento destes operários forçados, imprescindíveis para o aparelho produtivo alemão. A alimentação, de muita má qualidade e quase inexistente, surge como a principal causa de morte de várias centenas de milhar de prisioneiros, facto que, pasme-se deixou o chefe máximo das SS, Heinrich Himmler, profundamente indignado. A espiral de homicídios atingia em 1944, a espantosa cifra mensal de 30 mil mortos.

O avanço dos Aliados em duas frentes, ocidental e oriental e o colapso da economia do Reich parecem ter enlouquecido ainda mais os líderes nazis. O extermínio converteu-se nas palavras do próprio Himmler, numa "necessidade imperiosa, nos numerosos campos de concentração. Os métodos usados até então eram baseados no pressuposto de que o terror era a melhor forma de negar a personalidade do individuo e de o manipular. A partir de então com os campos em risco de cair em mãos inimigas, a morte quantitativa substitui o principio do castigo.Mais do que castigar urgia exterminar.
Em 27 de Janeiro de 1945, ( entretanto institucionalizado Dia da Memória em diversos países ocidentais) o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de três mil homens e mulheres escanzelados, pesando entre 23 e 35 kg.
Auschwitz, símbolo do Mal para todos os homens de boa vontade, têm suscitado as mais diversas paixões desde da sua libertação.


Sectores da extrema-direita pretenderam lançar o boato de que a "solução final nunca existiu".Os soviéticos ofereceram-lhes, aliás, o pretexto de bandeja, ao propagandearem que em Auschwitz tinham sido mortos "quatro milhões de antifascistas", ou seja mais que duplicaram o número e omitindo o facto de 90 por cento das vítimas serem judeus apolíticos.
É bom para a Humanidade que o complexo de Auschwitz-Birkenau , permaneça de pé.
Não como um exorcismo. Não como um símbolo do mal. Antes como um inestimável suporte para a breve memória humana. Para que não volte a repetir-se.
publicado por armando ésse às 09:01

Janeiro 26 2006

Adolfo Hitler tinha prometido casamento a Eva Bruan, no momento em que não tivesse um futuro político. Em 29 de Abril de 1945, dois dias antes da capitulação da Alemanha, Hitler pede em casamento Eva Braun:

Queres desposar-me?
Eva Braun julgou ter ouvido mal.
-Eva, queres desposar-me? - gritou Hitler, que berrava sempre desde que tinha os tímpanos rebentados.
Os olhos de Eva embaciaram-se; ele propunha finalmente o que ela lhe pedira cem vezes e que provocara todas as suas discussões. Caiu no solo, soluçando.
-Eva, fiz-te uma pergunta que nunca fiz a ninguém. Gostaria de ouvir uma resposta.
Eva precipitou-se para ele, para o beijar perdidamente.
-Sim, meu amor. Claro que sim. Era o meu maior sonho. Sempre to pedi.
Cobria-o de beijos, o que dava náuseas a Hitler mas, vistas as circunstâncias, limitou-se a afastá-la.
-És feliz?
-É o mais belo dia da minha vida.
-Muito bem. Nesse caso casamo-nos esta noite e suicidamo-nos amanhã.


Diálogo do livro "A Parte do Outro", de Eric-Emmanuel Schmitt.
publicado por armando ésse às 07:52

Janeiro 26 2006

Adolfo Hitler tinha prometido casamento a Eva Bruan, no momento em que não tivesse um futuro político. Em 29 de Abril de 1945, dois dias antes da capitulação da Alemanha, Hitler pede em casamento Eva Braun:

Queres desposar-me?
Eva Braun julgou ter ouvido mal.
-Eva, queres desposar-me? - gritou Hitler, que berrava sempre desde que tinha os tímpanos rebentados.
Os olhos de Eva embaciaram-se; ele propunha finalmente o que ela lhe pedira cem vezes e que provocara todas as suas discussões. Caiu no solo, soluçando.
-Eva, fiz-te uma pergunta que nunca fiz a ninguém. Gostaria de ouvir uma resposta.
Eva precipitou-se para ele, para o beijar perdidamente.
-Sim, meu amor. Claro que sim. Era o meu maior sonho. Sempre to pedi.
Cobria-o de beijos, o que dava náuseas a Hitler mas, vistas as circunstâncias, limitou-se a afastá-la.
-És feliz?
-É o mais belo dia da minha vida.
-Muito bem. Nesse caso casamo-nos esta noite e suicidamo-nos amanhã.


Diálogo do livro "A Parte do Outro", de Eric-Emmanuel Schmitt.
publicado por armando ésse às 07:52

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