A FÁBRICA

Fevereiro 07 2006

O jornal mais vendido do Irão, o Hamshahri, lançou um concurso internacional para encontrar a melhor caricatura sobre o Holocausto e os crimes dos Estados Unidos, sob o título "Onde está o limite da liberdade do Ocidente?".
O jornal faz este concurso, num gesto de retaliação pela publicação em jornais europeus das caricaturas do profeta Maomé.
O diário Hamshahri disse que o concurso foi pensado para testar os limites da liberdade de expressão—motivo dado por muitos jornais europeus para publicar as caricaturas de Maomé.Reuters.
O presidente iraniano (na foto), Mahmoud Ahmadinejad, foi condenado internacionalmente no ano passado, quando declarou que o Holocausto era um “mito” e que Israel deveria ser “riscado do mapa”.
Tenho a certeza que ninguém na Europa vai queimar bandeiras iranianas, nem fazer manifestações contra a caricatura vencedora.


Reacção da presidência austríaca da UE:

O presidente em exercício da União Europeia criticou hoje a "espiral de provocações" traduzida no lançamento de um concurso e na publicação de caricaturas sobre o Holocausto em resposta à publicação das caricaturas de Maomé na Europa."Essas caricaturas (sobre o Holocausto) põem em causa factos que até agora nunca foram contestados pela maioria do mundo islâmico.

Peço a todos os envolvidos que ponham fim à espiral de provocações e insultos recíprocos", afirmou o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, num comunicado hoje divulgado pela presidência austríaca."
A publicação de caricaturas depreciativas de Maomé e a negação ou a troça do Holocausto não têm lugar num mundo em que as culturas e as religiões devem viver lado a lado num espírito de respeito mútuo", acrescenta o texto.Schuessel referia-se à publicação na página Internet da Liga Árabe Europeia - uma organização muçulmana de acompanhamento dos imigrantes com sede em Antuérpia (Bélgica) - de uma caricatura mostrando Hitler na cama com Anne Frank e outra em que "especialistas" se interrogam sobre o número e a confissão dos mortos de Auschwitz.
O chanceler austríaco referia-se também ao lançamento, segunda- feira, pelo jornal Hamshahri, o mais importante diário iraniano, de um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto dos judeus pelo regime nazi na II Guerra Mundial.
Na terça-feira, a presidência austríaca da União Europeia pediu ao Alto Representante da UE para a Política Externa, Javier Solana, que medeie o conflito gerado pelas caricaturas de Maomé junto da Organização da Conferência Islâmica, OCI.
Segundo um comunicado oficial, a ministra dos Negócios Estrangeiros austríaca, Ursula Plassnik, pediu a Solana que viaje para Jeddah, na Arábia Saudita, para conduzir o diálogo com a OCI sobre medidas a tomar para reduzir as tensões suscitadas pelas caricaturas.
Segundo a ministra, Ekmeleddin Ihsanoglu, o secretário-geral da OCI, uma organização que reúne 57 países islâmicos, manifestou claramente o seu descontentamento com os recentes ataques contra representações diplomáticas europeias em países muçulmanos e considerou que actos de violência desse género "ultrapassam os limites dos protestos legítimos", pelo que "não devem repetir-se".
Plassnik sublinhou que, numa situação delicada como esta, é mais importante do que nunca chegar a "um consenso internacional contra a violência" e encorajar todas as partes moderadas a dialogarem.
O presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, pediu por seu lado aos 'media' europeus que exerçam "com responsabilidade" o direito à liberdade de expressão e evitem uma escalada da tensão.Lusa.
publicado por armando ésse às 13:51

Fevereiro 07 2006

O jornal mais vendido do Irão, o Hamshahri, lançou um concurso internacional para encontrar a melhor caricatura sobre o Holocausto e os crimes dos Estados Unidos, sob o título "Onde está o limite da liberdade do Ocidente?".
O jornal faz este concurso, num gesto de retaliação pela publicação em jornais europeus das caricaturas do profeta Maomé.
O diário Hamshahri disse que o concurso foi pensado para testar os limites da liberdade de expressão—motivo dado por muitos jornais europeus para publicar as caricaturas de Maomé.Reuters.
O presidente iraniano (na foto), Mahmoud Ahmadinejad, foi condenado internacionalmente no ano passado, quando declarou que o Holocausto era um “mito” e que Israel deveria ser “riscado do mapa”.
Tenho a certeza que ninguém na Europa vai queimar bandeiras iranianas, nem fazer manifestações contra a caricatura vencedora.


Reacção da presidência austríaca da UE:

O presidente em exercício da União Europeia criticou hoje a "espiral de provocações" traduzida no lançamento de um concurso e na publicação de caricaturas sobre o Holocausto em resposta à publicação das caricaturas de Maomé na Europa."Essas caricaturas (sobre o Holocausto) põem em causa factos que até agora nunca foram contestados pela maioria do mundo islâmico.

Peço a todos os envolvidos que ponham fim à espiral de provocações e insultos recíprocos", afirmou o chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, num comunicado hoje divulgado pela presidência austríaca."
A publicação de caricaturas depreciativas de Maomé e a negação ou a troça do Holocausto não têm lugar num mundo em que as culturas e as religiões devem viver lado a lado num espírito de respeito mútuo", acrescenta o texto.Schuessel referia-se à publicação na página Internet da Liga Árabe Europeia - uma organização muçulmana de acompanhamento dos imigrantes com sede em Antuérpia (Bélgica) - de uma caricatura mostrando Hitler na cama com Anne Frank e outra em que "especialistas" se interrogam sobre o número e a confissão dos mortos de Auschwitz.
O chanceler austríaco referia-se também ao lançamento, segunda- feira, pelo jornal Hamshahri, o mais importante diário iraniano, de um concurso internacional de caricaturas sobre o Holocausto dos judeus pelo regime nazi na II Guerra Mundial.
Na terça-feira, a presidência austríaca da União Europeia pediu ao Alto Representante da UE para a Política Externa, Javier Solana, que medeie o conflito gerado pelas caricaturas de Maomé junto da Organização da Conferência Islâmica, OCI.
Segundo um comunicado oficial, a ministra dos Negócios Estrangeiros austríaca, Ursula Plassnik, pediu a Solana que viaje para Jeddah, na Arábia Saudita, para conduzir o diálogo com a OCI sobre medidas a tomar para reduzir as tensões suscitadas pelas caricaturas.
Segundo a ministra, Ekmeleddin Ihsanoglu, o secretário-geral da OCI, uma organização que reúne 57 países islâmicos, manifestou claramente o seu descontentamento com os recentes ataques contra representações diplomáticas europeias em países muçulmanos e considerou que actos de violência desse género "ultrapassam os limites dos protestos legítimos", pelo que "não devem repetir-se".
Plassnik sublinhou que, numa situação delicada como esta, é mais importante do que nunca chegar a "um consenso internacional contra a violência" e encorajar todas as partes moderadas a dialogarem.
O presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, pediu por seu lado aos 'media' europeus que exerçam "com responsabilidade" o direito à liberdade de expressão e evitem uma escalada da tensão.Lusa.
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