A FÁBRICA

Setembro 05 2006

Se fosse vivo, Freddie Mercury faria 60 anos hoje. Líder incontestado dos lendários Queen, Freddie Mercury, continua a ser uma figura incontornável e inesquecível, da cena musical mundial. Possuidor de um forte carisma, que punha na sua música, especialmente nas suas actuações ao vivo, arrastava multidões que o idolatravam.
Freddie Mercury nasceu a 5 de Setembro de 1946 em Zanzibar, actual Tanzânia, foi baptizado com o nome Farookh Bulsara. Os seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram britânicos. Foi educado na St. Peter Boarding School, na Índia, onde começou a tocar piano aos oito anos. Foi na escola que ele começou a ser chamado "Freddie"; com o tempo até os seus pais o passaram a chamar assim. Aos onze anos, foi campeão de ténis de mesa e ganhou o prémio de aluno com mais capacidades artísticas. Em 1964, a família Bulsara muda-se para Inglaterra, devido a uma revolução sangrenta na Tanzânia. Matricula-se no Ealing College Of Art em Londres, onde se forma em artes gráficas em 1969. Freddie dotado de uma enorme sensibilidade artística, começa-se a interessar pela música Pop. Fez as suas primeiras composições em grupos como Sour Milk Sea e Wreckage.
Freddie teve como colega no Ealing College, Tim Staffel, um baixista que tinha uma banda chamada Smile. Um dia Tim leva Freddie a um dos ensaios dos Smile, e conhece Brian May e Roger Taylor. Brian May e Roger Taylor andavam insatisfeitos e queriam abandonar o projecto Smile. Nessa altura Freddie Mercury virou-se para Brian May e Roger Taylor e disse-lhes "Porque é que vocês perdem tempo a fazer isto? Vocês são capazes de coisas bem mais originais. Aliás, se eu fosse o vocalista da vossa banda , era o que eu estaria a fazer". Predispuseram-se a formar uma banda com Freddie Mercury. Durante o ano de 1970 ensaiaram e compuseram. A necessidade de encontrarem um baixista que se adaptasse ao grupo levou-os a experimentarem seis baixistas num curto período de tempo, até que conseguiram dar com John Deacon . A banda estava formada, Freddie dá-lhe o nome de Queen. Os primeiros dois álbuns da banda, “Queen I” e “Queen II”, passaram praticamente despercebidos do grande público. Só em 1973 o mundo conhece os Queen com “Killer Queen”. Em 1975, editam aquele que é um dos mais carismáticos singles da banda “Bohemian Rhapsody”, retirado do álbum “ A Night at The Opera”, tema que pela sua diferente estrutura, um misto de rock e ópera, e longa duração já mais estaria destinado a single não fosse a sua teimosia. O certo é que “Bohemian Rhapsody” chegou aos 1ºs lugares dos Tops de Inglaterra e por lá ficou durante 9 semanas. A partir deste momento foi um somar de grandes êxitos mundiais sem interrupções, desde o fundamental “We Are The Champions”, hino dos vencedores em todas as competições desportivas, passando pelo rock duro de “We Will Rock You” ou ainda “Another One Bites The Dust”. Os Queen atingem o sucesso em vários estilos musicais.
Em 1979, uma canção escrita por ele triunfa em todo o mundo, tornando-se num estrondoso êxito. Estamos a falar de “Crazy Little Thing Called Love”. Em 1981, os Queen editam “Greatest Hits I”, que se mantém nos Top's ingleses durante 165 semanas. No mesmo ano, fazem a primeira digressão na América do Sul, onde dão concertos nos maiores estádios de futebol. No palco, Freddie dava tudo de si, "Eu sou tão poderoso no palco que parece que criei um monstro. Quando estou no palco, sou extrovertido, mas lá por dentro sou um gajo completamente diferente" e como tal, os espectáculos dos Queen eram sempre um acontecimento. Eles foram conhecidos como os percursores dos concertos de estádio, um desses momentos inesquecíveis foi o concerto que deram em S. Paulo no Brasil, para 231.000 pessoas. Um recorde mundial naquela altura. Foram eles também a chave para a inovação nos videoclips com duração de 3 minutos. Os videoclips tornaram-se cada vez mais aventureiros no estilo, tamanho e conteúdos. O sucesso estrondoso dos Queen continua através dos anos 80 e atinge o auge com a estrondosa actuação no Live Aid em 1985. Mas Freddie nunca parava, as ideias fervilhavam na sua mente e por isso e a par dos Queen começa a concentrar-se na sua carreira a solo, é assim que em 1985 edita o álbum Mr Bad Guy.
Os Queen fazem a última digressão em 1986 promovendo o álbum “A Kind Of Magic”. Foram a primeira grande banda de rock a actuarem para lá da Cortina de Ferro, com um monumental concerto na capital húngara, Budapeste, porém esta digressão atinge o auge mais tarde, com o mítico concerto no estádio do Wembley, onde Mercury arrasa e faz a sua última grande actuação, recusando o epíteto de mito com que um jornalista da BBC o rotulou: “Sou apenas uma prostituta musical, querido”. Em 1988, torna-se realidade um dos seus maiores sonhos, fazer um dueto com a grande diva Monserrat Caballé, e assim nasce o clássico e inesquecível Barcelona, que viria a ser o tema oficial dos Jogos Olímpicos de 1992.
Nestes anos Freddie raramente aparece publicamente, correm os primeiros rumores que pode estar a sofrer de uma doença grave. É lançado “The Miracle” em 1989 e “Innuendo”, em 1991, último álbum a ser editado durante a vida de Freddie. Nos videoclips deste período Freddie aparece extremamente magro e debilitado. Despede-se dos fãs em “Thease Are The Days Of Our Lives” que é a sua última aparição em vídeo. Freddie Mercury era exuberante e dado a excessos, "Gosto de levar uma vida de extremos, é a minha natureza. Ninguém me diz o que eu devo fazer ou deixar de fazer", e esses excessos, fizeram com que ele partisse prematuramente. A 23 de Novembro de 1991, anuncia que sofre de SIDA: "Bem, resolvi confirmar ao público as suspeitas que a imprensa vem levantando há algumas semanas: Tenho SIDA e venho lutando contra essa doença há alguns anos. Espero que daqui para a frente todos se consciencializem e se unam para enfrentar esse terrível mal".
A 24 de Novembro de 1991, a morte apareceu, precisamente 24 horas após ter comunicado oficialmente que era seropositivo.
Em 1995 é editado “Made In Heaven” álbum que reúne os últimos registos musicais de Freddie Mercury.
Freddie Mercury, continua vivo na memória de todos os que gostam do fenómeno rock, e as suas palavras, aos outros membros dos Queen em 1970 vieram a dar-lhe razão: "Não serei famoso. Serei uma lenda".
publicado por armando ésse às 06:58
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Setembro 05 2006

Se fosse vivo, Freddie Mercury faria 60 anos hoje. Líder incontestado dos lendários Queen, Freddie Mercury, continua a ser uma figura incontornável e inesquecível, da cena musical mundial. Possuidor de um forte carisma, que punha na sua música, especialmente nas suas actuações ao vivo, arrastava multidões que o idolatravam.
Freddie Mercury nasceu a 5 de Setembro de 1946 em Zanzibar, actual Tanzânia, foi baptizado com o nome Farookh Bulsara. Os seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram britânicos. Foi educado na St. Peter Boarding School, na Índia, onde começou a tocar piano aos oito anos. Foi na escola que ele começou a ser chamado "Freddie"; com o tempo até os seus pais o passaram a chamar assim. Aos onze anos, foi campeão de ténis de mesa e ganhou o prémio de aluno com mais capacidades artísticas. Em 1964, a família Bulsara muda-se para Inglaterra, devido a uma revolução sangrenta na Tanzânia. Matricula-se no Ealing College Of Art em Londres, onde se forma em artes gráficas em 1969. Freddie dotado de uma enorme sensibilidade artística, começa-se a interessar pela música Pop. Fez as suas primeiras composições em grupos como Sour Milk Sea e Wreckage.
Freddie teve como colega no Ealing College, Tim Staffel, um baixista que tinha uma banda chamada Smile. Um dia Tim leva Freddie a um dos ensaios dos Smile, e conhece Brian May e Roger Taylor. Brian May e Roger Taylor andavam insatisfeitos e queriam abandonar o projecto Smile. Nessa altura Freddie Mercury virou-se para Brian May e Roger Taylor e disse-lhes "Porque é que vocês perdem tempo a fazer isto? Vocês são capazes de coisas bem mais originais. Aliás, se eu fosse o vocalista da vossa banda , era o que eu estaria a fazer". Predispuseram-se a formar uma banda com Freddie Mercury. Durante o ano de 1970 ensaiaram e compuseram. A necessidade de encontrarem um baixista que se adaptasse ao grupo levou-os a experimentarem seis baixistas num curto período de tempo, até que conseguiram dar com John Deacon . A banda estava formada, Freddie dá-lhe o nome de Queen. Os primeiros dois álbuns da banda, “Queen I” e “Queen II”, passaram praticamente despercebidos do grande público. Só em 1973 o mundo conhece os Queen com “Killer Queen”. Em 1975, editam aquele que é um dos mais carismáticos singles da banda “Bohemian Rhapsody”, retirado do álbum “ A Night at The Opera”, tema que pela sua diferente estrutura, um misto de rock e ópera, e longa duração já mais estaria destinado a single não fosse a sua teimosia. O certo é que “Bohemian Rhapsody” chegou aos 1ºs lugares dos Tops de Inglaterra e por lá ficou durante 9 semanas. A partir deste momento foi um somar de grandes êxitos mundiais sem interrupções, desde o fundamental “We Are The Champions”, hino dos vencedores em todas as competições desportivas, passando pelo rock duro de “We Will Rock You” ou ainda “Another One Bites The Dust”. Os Queen atingem o sucesso em vários estilos musicais.
Em 1979, uma canção escrita por ele triunfa em todo o mundo, tornando-se num estrondoso êxito. Estamos a falar de “Crazy Little Thing Called Love”. Em 1981, os Queen editam “Greatest Hits I”, que se mantém nos Top's ingleses durante 165 semanas. No mesmo ano, fazem a primeira digressão na América do Sul, onde dão concertos nos maiores estádios de futebol. No palco, Freddie dava tudo de si, "Eu sou tão poderoso no palco que parece que criei um monstro. Quando estou no palco, sou extrovertido, mas lá por dentro sou um gajo completamente diferente" e como tal, os espectáculos dos Queen eram sempre um acontecimento. Eles foram conhecidos como os percursores dos concertos de estádio, um desses momentos inesquecíveis foi o concerto que deram em S. Paulo no Brasil, para 231.000 pessoas. Um recorde mundial naquela altura. Foram eles também a chave para a inovação nos videoclips com duração de 3 minutos. Os videoclips tornaram-se cada vez mais aventureiros no estilo, tamanho e conteúdos. O sucesso estrondoso dos Queen continua através dos anos 80 e atinge o auge com a estrondosa actuação no Live Aid em 1985. Mas Freddie nunca parava, as ideias fervilhavam na sua mente e por isso e a par dos Queen começa a concentrar-se na sua carreira a solo, é assim que em 1985 edita o álbum Mr Bad Guy.
Os Queen fazem a última digressão em 1986 promovendo o álbum “A Kind Of Magic”. Foram a primeira grande banda de rock a actuarem para lá da Cortina de Ferro, com um monumental concerto na capital húngara, Budapeste, porém esta digressão atinge o auge mais tarde, com o mítico concerto no estádio do Wembley, onde Mercury arrasa e faz a sua última grande actuação, recusando o epíteto de mito com que um jornalista da BBC o rotulou: “Sou apenas uma prostituta musical, querido”. Em 1988, torna-se realidade um dos seus maiores sonhos, fazer um dueto com a grande diva Monserrat Caballé, e assim nasce o clássico e inesquecível Barcelona, que viria a ser o tema oficial dos Jogos Olímpicos de 1992.
Nestes anos Freddie raramente aparece publicamente, correm os primeiros rumores que pode estar a sofrer de uma doença grave. É lançado “The Miracle” em 1989 e “Innuendo”, em 1991, último álbum a ser editado durante a vida de Freddie. Nos videoclips deste período Freddie aparece extremamente magro e debilitado. Despede-se dos fãs em “Thease Are The Days Of Our Lives” que é a sua última aparição em vídeo. Freddie Mercury era exuberante e dado a excessos, "Gosto de levar uma vida de extremos, é a minha natureza. Ninguém me diz o que eu devo fazer ou deixar de fazer", e esses excessos, fizeram com que ele partisse prematuramente. A 23 de Novembro de 1991, anuncia que sofre de SIDA: "Bem, resolvi confirmar ao público as suspeitas que a imprensa vem levantando há algumas semanas: Tenho SIDA e venho lutando contra essa doença há alguns anos. Espero que daqui para a frente todos se consciencializem e se unam para enfrentar esse terrível mal".
A 24 de Novembro de 1991, a morte apareceu, precisamente 24 horas após ter comunicado oficialmente que era seropositivo.
Em 1995 é editado “Made In Heaven” álbum que reúne os últimos registos musicais de Freddie Mercury.
Freddie Mercury, continua vivo na memória de todos os que gostam do fenómeno rock, e as suas palavras, aos outros membros dos Queen em 1970 vieram a dar-lhe razão: "Não serei famoso. Serei uma lenda".
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