A FÁBRICA

Dezembro 19 2006

“Sim, tu. Tu controlas a Idade da Informação. Bem vindo ao teu Mundo”, lê-se na capa da revista Time.
Tu, (você) que estás a ler este post és uma das pessoas, para a revista Time, que sucede a Bono Vox, Bill e Melinda Gates como a “Pessoa do Ano”.
“Por trabalhar a troco de nada e ganhar aos profissionais no seu próprio jogo, a figura do ano és tu”, é com uma frase simples, que a revista norte-americana nos presta homenagem.
A justificação para a atribuição de tão ilustre distinção, relaciona-se com o êxito dos utilizadores de blogues e outros espaços na Internet, como o YouTube e o MySpace e ainda o serviço público da Wikipédia, que colocam o cidadão comum no centro da sociedade de informação, simultaneamente como consumidor e como produtor.
É o reconhecimento da revolução, em curso, das fontes informativas!
publicado por armando ésse às 09:41
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Dezembro 19 2006

“Sim, tu. Tu controlas a Idade da Informação. Bem vindo ao teu Mundo”, lê-se na capa da revista Time.
Tu, (você) que estás a ler este post és uma das pessoas, para a revista Time, que sucede a Bono Vox, Bill e Melinda Gates como a “Pessoa do Ano”.
“Por trabalhar a troco de nada e ganhar aos profissionais no seu próprio jogo, a figura do ano és tu”, é com uma frase simples, que a revista norte-americana nos presta homenagem.
A justificação para a atribuição de tão ilustre distinção, relaciona-se com o êxito dos utilizadores de blogues e outros espaços na Internet, como o YouTube e o MySpace e ainda o serviço público da Wikipédia, que colocam o cidadão comum no centro da sociedade de informação, simultaneamente como consumidor e como produtor.
É o reconhecimento da revolução, em curso, das fontes informativas!
publicado por armando ésse às 09:41
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Dezembro 16 2006

( O Grito - Eduard Munch)

A receita já é conhecida – cria-se uma cena dramática, solicitam-se opiniões a sábios, expõem-se os objectivos, define-se o modus operandi e engana-se o povo.
Atinemos nas peripécias com a tão proclamada reforma da Administração Pública com o propósito de privatizar os serviços públicos e de como alguns grupos financeiros estão afiando os dentes à procura de aumentar os seus lucros à custa do Estado e dos utentes.
Cria-se a ideia que o País tem “Estado” a mais e faz-se recair o odioso do mau funcionamento dos Serviços da Administração Pública na existência de um regime laboral específico da Função Pública.
A partir daqui vale tudo! Proliferam e vociferam as vozes contra os trabalhadores: a improdutividade e o mau desempenho, as regalias e mordomias, seu número exagerado, a má qualidade do serviço prestado, os enormes encargos que acarretam, e tudo o mais que sirva para denegrir a imagem destes servidores. De tal modo que um pacato cidadão depois de tanto massacrado com tamanhas enormidades fica revoltado e junta a sua voz a todos que gritam abaixo o Estado! Viva a livre Iniciativa! Viva a concorrência! A economia! O mercado! Viva! Tudo o que é privado é bom! Tudo que é público é mau! Viva! Viva a estupidez! Viva! Viva! Viva!
Criado o cenário é preciso passar à fase seguinte, cortam-se as regalias, despedem-se milhares de trabalhadores, aumenta-se a idade da reforma, aumentam-se os descontos, congela-se a progressão na carreira, diminui-se a remuneração e as pensões, altera-se o estatuto do funcionário e o seu vinculo, encerram-se serviços, prometem-se muitas mais medidas que estarão a ser “paridas” a qualquer momento e tudo isto, segundo o ministro das finanças, para o bem dos trabalhadores (!).
Entretanto são criadas duas empresas públicas para gerir pessoas, finanças e compras do Estado, as denominadas GeRAP e ANCP, mais ágeis e flexíveis a gerir a coisa pública com critérios e métodos empresariais.
Mas o pacato cidadão revoltado agora ficou perplexo e parece-lhe que, com a criação destas empresas públicas, o governo estará a tirar de um lado para por no outro, com a agravante (comprovada) de que a externalização de serviços é mais onerosa para o Estado.
Mas meu caro cidadão pacato revoltado e perplexo acrescente mais um estado ao seu ânimo e fique também estupefacto com tanta esperteza do Governo. Então não é que o próprio diploma que cria as ditas empresas também prevê que os serviços do Estado podem, se bem o entenderem, recorrer a serviços privados (de acordo com a lei do mercado) e como é previsível que aquelas empresas não vão ter capacidade concorrencial (até pela aplicação do principio demonstrado de que tudo o que é público é caro e mau) este será assim apenas um meio expedito de escancarar as portas ao sector privado.
(Se não fossemos bem intencionados até poderíamos pensar que se aquelas empresas não vão afinal prestar qualquer serviço, estarão a ser criadas apenas para colocar uns amigos entretanto desocupados pela extinção de serviços).
As privatizações irão alargar-se e entrar desde logo nas áreas da educação e saúde, aplicando-se o principio do utilizador pagador (quem quer paga) mas, o governo com a sua vertente socialista não se esquecerá dos pobres e na sua vocação reformista já estará a pensar em reconverter alguns antigos asilos, hospícios, reformatórios e outras instituições de caridade para que ninguém fique de fora deste desígnio nacional.
JORGE GASPAR.
publicado por armando ésse às 10:23

Dezembro 16 2006

( O Grito - Eduard Munch)

A receita já é conhecida – cria-se uma cena dramática, solicitam-se opiniões a sábios, expõem-se os objectivos, define-se o modus operandi e engana-se o povo.
Atinemos nas peripécias com a tão proclamada reforma da Administração Pública com o propósito de privatizar os serviços públicos e de como alguns grupos financeiros estão afiando os dentes à procura de aumentar os seus lucros à custa do Estado e dos utentes.
Cria-se a ideia que o País tem “Estado” a mais e faz-se recair o odioso do mau funcionamento dos Serviços da Administração Pública na existência de um regime laboral específico da Função Pública.
A partir daqui vale tudo! Proliferam e vociferam as vozes contra os trabalhadores: a improdutividade e o mau desempenho, as regalias e mordomias, seu número exagerado, a má qualidade do serviço prestado, os enormes encargos que acarretam, e tudo o mais que sirva para denegrir a imagem destes servidores. De tal modo que um pacato cidadão depois de tanto massacrado com tamanhas enormidades fica revoltado e junta a sua voz a todos que gritam abaixo o Estado! Viva a livre Iniciativa! Viva a concorrência! A economia! O mercado! Viva! Tudo o que é privado é bom! Tudo que é público é mau! Viva! Viva a estupidez! Viva! Viva! Viva!
Criado o cenário é preciso passar à fase seguinte, cortam-se as regalias, despedem-se milhares de trabalhadores, aumenta-se a idade da reforma, aumentam-se os descontos, congela-se a progressão na carreira, diminui-se a remuneração e as pensões, altera-se o estatuto do funcionário e o seu vinculo, encerram-se serviços, prometem-se muitas mais medidas que estarão a ser “paridas” a qualquer momento e tudo isto, segundo o ministro das finanças, para o bem dos trabalhadores (!).
Entretanto são criadas duas empresas públicas para gerir pessoas, finanças e compras do Estado, as denominadas GeRAP e ANCP, mais ágeis e flexíveis a gerir a coisa pública com critérios e métodos empresariais.
Mas o pacato cidadão revoltado agora ficou perplexo e parece-lhe que, com a criação destas empresas públicas, o governo estará a tirar de um lado para por no outro, com a agravante (comprovada) de que a externalização de serviços é mais onerosa para o Estado.
Mas meu caro cidadão pacato revoltado e perplexo acrescente mais um estado ao seu ânimo e fique também estupefacto com tanta esperteza do Governo. Então não é que o próprio diploma que cria as ditas empresas também prevê que os serviços do Estado podem, se bem o entenderem, recorrer a serviços privados (de acordo com a lei do mercado) e como é previsível que aquelas empresas não vão ter capacidade concorrencial (até pela aplicação do principio demonstrado de que tudo o que é público é caro e mau) este será assim apenas um meio expedito de escancarar as portas ao sector privado.
(Se não fossemos bem intencionados até poderíamos pensar que se aquelas empresas não vão afinal prestar qualquer serviço, estarão a ser criadas apenas para colocar uns amigos entretanto desocupados pela extinção de serviços).
As privatizações irão alargar-se e entrar desde logo nas áreas da educação e saúde, aplicando-se o principio do utilizador pagador (quem quer paga) mas, o governo com a sua vertente socialista não se esquecerá dos pobres e na sua vocação reformista já estará a pensar em reconverter alguns antigos asilos, hospícios, reformatórios e outras instituições de caridade para que ninguém fique de fora deste desígnio nacional.
JORGE GASPAR.
publicado por armando ésse às 10:23

Dezembro 15 2006

Maria José Morgado foi nomeada ontem para dirigir e coordenar todos os processos relativos ao caso "Apito Dourado", tendo como objectivo "uma coordenação eficaz no sentido de imprimir dinâmica e rigor necessários à descoberta daverdade material", segundo a Procuradoria Geral da República.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República,Maria José Morgado foi escolhida para dirigir a equipa do Ministério Público para todos os inquéritos já instaurados ou a instaurar conexos com o processo "Apito Dourado", sobre corrupção no futebol.
Ao jornal Público, a procuradora-geral adjunta disse que vai começar a trabalhar desde de já e que,"Precisamos que acreditem em nós, Ministério Público, na polícia e nos tribunais. Por isso, a hora é de trabalhar e não de falar", disse Maria José Morgado.
Eu acredito.
Creio na justiça mas acima de tudo, acredito na capacidade de trabalho da procuradora-geral adjunta, o “Giovanni Falcone Português”, para que este caso não passe à história, como uma página negra da Justiça .
É de louvar a primeira grande decisão do novo Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, ao escolher a incorruptível Maria José Morgado para coordenar os processos referentes ao “Apito Dourado”.
Quis o destino, esse irónico destino, que no curto espaço de uma semana, duas mulheres tenham tomado conta do futebol português e que prometem abalar fortemente os seus alicerces.
Na semana passada o livro da "ex. Primeira-dama portista", Carolina Salgado, que teve o condão de trazer, novamente, para as primeiras páginas da imprensa portuguesa o fenómeno da corrupção desportiva e despertou a letárgica Justiça para o combate ao "polvo". Ontem, a nomeação, de Maria José Morgado, para tutelar as investigações do processo "Apito Dourado".
Com Maria José Morgado à frente das investigações do processo “Apito Dourado” renasce a esperança de um combate, justo e sem tréguas, ao fenómeno da corrupção desportiva.
Os indiciados no processo "Apito Dourado", tem uma razão extra para estarem apreensivos porque todos aqueles que têem um dedo metido no fenómeno da corrupção desportiva, certamente, Maria José Morgado levá-los-á a julgamento.
publicado por armando ésse às 09:17

Dezembro 15 2006

Maria José Morgado foi nomeada ontem para dirigir e coordenar todos os processos relativos ao caso "Apito Dourado", tendo como objectivo "uma coordenação eficaz no sentido de imprimir dinâmica e rigor necessários à descoberta daverdade material", segundo a Procuradoria Geral da República.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República,Maria José Morgado foi escolhida para dirigir a equipa do Ministério Público para todos os inquéritos já instaurados ou a instaurar conexos com o processo "Apito Dourado", sobre corrupção no futebol.
Ao jornal Público, a procuradora-geral adjunta disse que vai começar a trabalhar desde de já e que,"Precisamos que acreditem em nós, Ministério Público, na polícia e nos tribunais. Por isso, a hora é de trabalhar e não de falar", disse Maria José Morgado.
Eu acredito.
Creio na justiça mas acima de tudo, acredito na capacidade de trabalho da procuradora-geral adjunta, o “Giovanni Falcone Português”, para que este caso não passe à história, como uma página negra da Justiça .
É de louvar a primeira grande decisão do novo Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, ao escolher a incorruptível Maria José Morgado para coordenar os processos referentes ao “Apito Dourado”.
Quis o destino, esse irónico destino, que no curto espaço de uma semana, duas mulheres tenham tomado conta do futebol português e que prometem abalar fortemente os seus alicerces.
Na semana passada o livro da "ex. Primeira-dama portista", Carolina Salgado, que teve o condão de trazer, novamente, para as primeiras páginas da imprensa portuguesa o fenómeno da corrupção desportiva e despertou a letárgica Justiça para o combate ao "polvo". Ontem, a nomeação, de Maria José Morgado, para tutelar as investigações do processo "Apito Dourado".
Com Maria José Morgado à frente das investigações do processo “Apito Dourado” renasce a esperança de um combate, justo e sem tréguas, ao fenómeno da corrupção desportiva.
Os indiciados no processo "Apito Dourado", tem uma razão extra para estarem apreensivos porque todos aqueles que têem um dedo metido no fenómeno da corrupção desportiva, certamente, Maria José Morgado levá-los-á a julgamento.
publicado por armando ésse às 09:17

Dezembro 14 2006
Há umas semanas atrás, em plena "crise dos comentários", uma leitora enviou-me uma versão portuguesa do poema "IF" de Rudyard Kipling, em jeito de agradecimento pela minha postura na gestão dessa crise, modéstia à parte.
O poema "Se..." é um dos poemas da minha vida. Há muitas traduções deste poema em português, mas a que mais gosto, especialmente quando declamada por João Villaret é a versão, abaixo postada. Eis o poema, que partilho convosco:

SE...

Se podes conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar, para quem o louco és tu.
Se podes crer em ti com toda a força da alma
Quando ninguém te crê. Se vais faminto e nu
Trilhando sem revolta um rumo solitário.
Se à torpe intolerância, se à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bênçãos de perdão.
Se podes dizer bem de quem te calunia,
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
Mas sem a afectação de um santo que oficia,
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor.
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho.
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores!
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo ao amor dos teus amores.
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu!... jamais lhe deste!
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste
Voltares ao princípio para construir de novo.
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos
Só exista a vontade a comandar – Avante!
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre os reis conservas a humildade
Se inimigo ou amigo, poderoso ou pobre,
São iguais para ti à luz da eternidade.
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
De cada minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos.
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os templos, os espaços,
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho... Então serás um HOMEM!
Joseph Rudyard Kipling nasceu em Bombaim em 30 de Dezembro de 1865 e morreu en Inglaterra a 18 de Janeiro de 1936. Foi educado na Universidade United Services em Westward Ho!, na Inglaterra, que lhe proporcionou o cenário para Stalky and Co. (1899); trabalhou como jornalista na Índia, entre 1882 e 1889, escrevendo, ao longo destes anos, Plain Tales from the Hills, Soldiers Three (1890), Wee Willie Winkie (1890), e outras obras. Regressado a Londres, publicou The Light that Failed (1890) e Barrack-Room Ballads (1892), altura em que foi viver para os EUA, onde ficou até 1896; aí elaborou os dois Livros da Selva e Captains Courageous (1897).
Instalado no Sussex, no sudoeste de Inglaterra, publicou Kim, cuja acção decorre na Índia, Just So Stories, Puck of Pook’s Hill e Rewards and Fairies (1910).
Para a popularidade de Kipling contribuíram os poemas Danny Deever, Gunga Din e If, que expressam uma empatia com a experiência comum, em conjunto com um sentido intenso da «Englishness», por vezes denegrida como um género de imperialismo jingoísta.
Recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em 1907, e a sua obra tem sido cada vez mais valorizada devido à complexidade da caracterização e aos subtis pontos de vista morais.
publicado por armando ésse às 11:02
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Dezembro 14 2006
Há umas semanas atrás, em plena "crise dos comentários", uma leitora enviou-me uma versão portuguesa do poema "IF" de Rudyard Kipling, em jeito de agradecimento pela minha postura na gestão dessa crise, modéstia à parte.
O poema "Se..." é um dos poemas da minha vida. Há muitas traduções deste poema em português, mas a que mais gosto, especialmente quando declamada por João Villaret é a versão, abaixo postada. Eis o poema, que partilho convosco:

SE...

Se podes conservar o bom senso e a calma
Num mundo a delirar, para quem o louco és tu.
Se podes crer em ti com toda a força da alma
Quando ninguém te crê. Se vais faminto e nu
Trilhando sem revolta um rumo solitário.
Se à torpe intolerância, se à negra incompreensão,
Tu podes responder subindo o teu calvário
Com lágrimas de amor e bênçãos de perdão.
Se podes dizer bem de quem te calunia,
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor
Mas sem a afectação de um santo que oficia,
Nem pretensões de sábio a dar lições de amor.
Se podes esperar sem fatigar a esperança,
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho,
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho.
Se podes encarar com indiferença igual
O triunfo e a derrota, eternos impostores!
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar sorrindo ao amor dos teus amores.
Se podes resistir à raiva e à vergonha
De ver envenenar as frases que disseste
E que um velhaco emprega eivadas de peçonha
Com falsas intenções que tu!... jamais lhe deste!
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malsins, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste
Voltares ao princípio para construir de novo.
Se puderes obrigar o coração e os músculos
A renovar um esforço há muito vacilante,
Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos
Só exista a vontade a comandar – Avante!
Se vivendo entre o povo és virtuoso e nobre,
Se vivendo entre os reis conservas a humildade
Se inimigo ou amigo, poderoso ou pobre,
São iguais para ti à luz da eternidade.
Se quem conta contigo encontra mais que a conta,
Se podes empregar os sessenta segundos
De cada minuto que passa em obra de tal monta
Que o minuto se espraia em séculos fecundos.
Então, ao ser sublime o mundo inteiro é teu!
Já dominaste os reis, os templos, os espaços,
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo o infinito ao rumo dos teus passos.
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho... Então serás um HOMEM!
Joseph Rudyard Kipling nasceu em Bombaim em 30 de Dezembro de 1865 e morreu en Inglaterra a 18 de Janeiro de 1936. Foi educado na Universidade United Services em Westward Ho!, na Inglaterra, que lhe proporcionou o cenário para Stalky and Co. (1899); trabalhou como jornalista na Índia, entre 1882 e 1889, escrevendo, ao longo destes anos, Plain Tales from the Hills, Soldiers Three (1890), Wee Willie Winkie (1890), e outras obras. Regressado a Londres, publicou The Light that Failed (1890) e Barrack-Room Ballads (1892), altura em que foi viver para os EUA, onde ficou até 1896; aí elaborou os dois Livros da Selva e Captains Courageous (1897).
Instalado no Sussex, no sudoeste de Inglaterra, publicou Kim, cuja acção decorre na Índia, Just So Stories, Puck of Pook’s Hill e Rewards and Fairies (1910).
Para a popularidade de Kipling contribuíram os poemas Danny Deever, Gunga Din e If, que expressam uma empatia com a experiência comum, em conjunto com um sentido intenso da «Englishness», por vezes denegrida como um género de imperialismo jingoísta.
Recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em 1907, e a sua obra tem sido cada vez mais valorizada devido à complexidade da caracterização e aos subtis pontos de vista morais.
publicado por armando ésse às 11:02
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Dezembro 14 2006
“Dizem que Fidel Castro é comunista só porque ele é da oposição. Na realidade Fidel está mais à direita do que o General Fulgêncio Batista”

Editorial da revista The Economist (1958).

Esta citação tem um lugar de destaque no anedotário mundial.
publicado por armando ésse às 08:18

Dezembro 14 2006
“Dizem que Fidel Castro é comunista só porque ele é da oposição. Na realidade Fidel está mais à direita do que o General Fulgêncio Batista”

Editorial da revista The Economist (1958).

Esta citação tem um lugar de destaque no anedotário mundial.
publicado por armando ésse às 08:18

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