
Frequentou uma escola católica que viria a abandonar aos 14 anos para trabalhar como baby-sitter e a sua infância em África viria a marcar algumas das suas obras.
Foi impiedosa nas críticas aos governos racistas na África do Sul e da Rodésia, o que lhe valeu a proibição de entrada nesse países (na África do Sul entre 1956 e 1995).
Tem três filhos de dois casamentos e depois de dois divórcios instalou-se em Londres, em 1949, com um dos filhos. Encontrou emprego como secretária, mas viria a abandonar essa tarefa depois do sucesso dos seus primeiros livros. Em 1950 publicou “A erva canta”. Em 1962 lançou a obra que lhe daria fama internacional, “The Golden Notebook”, e consolidou essa fama com uma série de títulos sobre temática africana como “African stories” (1964).
Comunista na juventude, Doris Lessing, que continuou sempre uma mulher empenhada na defesa dos seus ideais, publicou depois várias obras de ficção científica, a primeira das quais “Shikasta” (1981).
Em 1995, publicou o primeiro volume da sua autobiografia “Under My Skin”. Três anos depois publicaria o segundo volume, com o título “Walking in the Shade”.
Em 2001, ganhou o prémio Princípe das Astúrias de Letras.
Mais recentemente, criticou o regime ditatorial do presidente Robert Mugabe e foi de novo declarada indesejável no Zimbabué.
Actualmente vive nos arredores de Londres, tem-se dedicado à ficção científica e este ano publicou “The Cleft”.
AGÊNCIA LUSA.