A FÁBRICA

Novembro 30 2007

Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá, Colômbia, em 25 de Dezembro de 1961.Filha do ex. Senador e ex. Embaixador colombiano, Gabriel Betancourt e de Yolanda Pulecio, ex. Miss Colômbia. Passou parte da juventude em Paris, pois o seu pai era embaixador na UNESCO. Desde criança, habituou-se a conviver com gente como Pablo Neruda, o pintor Fernando Botero e Gabriel García Márquez, amigos da família. Fez os seus estudos no Instituto de Estudo Políticos de Paris, onde se licenciou em Ciências Políticas. Nesta altura conhece Fabrice Delloye, com o qual se casa em 1981. Deste casamento nasceram os seus dois filhos, Mélanie e Lorenzo, que vivem actualmente em França.
Em 1990 divorcia-se de Fabrice e o destino fá-la regressar à Colômbia para empreender uma carreira política, baseada na luta contra a máquina de corrupção movida pelo dinheiro do narcotráfico. Na Colômbia os cartéis da droga, que movimentam milhares de milhões de dólares, compram, literalmente, Deputados, Senadores e até, o Presidente da República.
“Sabem como são poderosos, na Colômbia, os cartéis da droga, esta droga que mina a vida dos nossos jovens. Certamente que têm ouvido falar das matanças e dos escândalos políticos que eles causam. Mas, por trás destas organizações mafiosas, está o meu povo – um povo corajoso e orgulhoso que deseja libertar-se desta engrenagem infernal. É por ele que luto." (Com Raiva no Coração, Terramar, Março 2002).

Quando decidiu seguir a carreira política, dois acontecimentos, moldaram-lhe o carácter: Por um lado, o assassinato em 1989, (por ordem de Pablo Escobar, o líder do cartel de Medellín) de Luis Carlos Galan, candidato à presidência da república colombiana, amigo da sua família e que era a favor da extradição dos narcotraficantes para os Estados Unidos e por outro lado a sua luta pessoal, contra o presidente Ernesto Samper, cuja campanha presidencial foi financiada com o dinheiro do narcotráfico.
Em 1994 é eleita Deputada, com a maior votação de sempre e nesse mesmo ano, casa-se com o publicitário Juan Carlos Lecompte. Em Junho de 1996, sofreu um atentado, a mando dos narcotraficantes. O carro em que seguia recebeu uma rajada de metralhadora que por mera casualidade não a matou. Em Dezembro desse mesmo ano, recebeu no seu gabinete um mensageiro (que se tinha introduzido no Parlamento com a conivência de algum Deputado ou Senador), que lhe transmitiu secamente um aviso: ” É preciso que saiba que corre perigo, que a sua família corre perigo. Parta enquanto pode, pois as pessoas que represento já fizeram um contrato para a abater. Para ser absolutamente exacto, doutora: já pagamos aos sicários.” (Com Raiva no Coração).
Mas, Ingrid Betancourt não se deixa intimidar: “Estou consciente dos perigos, mas estes não me farão recuar. É nisso que reside a minha esperança.”
Paladina da cruzada anti corrupção, foi também conquistada pela defesa do ambiente, tendo criado em 1998, o Oxigénio, um pequeno partido ecologista, e logo de seguida consegue eleger-se Senadora, outra vez com a maior votação de sempre na eleição para o Senado.
Em 2001 candidata-se à presidência da República colombiana. Em 20 de Fevereiro de 2002, o governo rompe as negociações de paz com as FARC, próximo de San Vicente del Caguán, numa vasta zona desmilitarizada. Conduzindo uma violenta ofensiva, as forças governamentais reocupam a vila e as suas imediações. As autoridades recusam a solicitação de Betancourt que pede, enquanto candidata à presidência, para viajar de avião com os jornalistas que acompanham o Presidente Andrés Pastrana ao local. Apesar dos conselhos dos que tentam dissuadi-la, ela decide ir assim mesmo, por terra. Em 23 de Fevereiro, em companhia de sua assessora de imprensa, Clara Rojas, e de dois jornalistas, ela penetra na zona onde há combates intensos entre o exército e a organização terrorista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Foi raptada nesse dia pelas FARC, mantendo-se ainda em cativeiro.
Desde então, a sua família, com o apoio de intelectuais e políticos franceses e colombianos, tem lutado para que Ingrid Betancourt não seja esquecida e para que o governo consiga negociar a sua libertação. Ingrid Betancourt também conta com dezenas de comités de apoio na França e em outros países europeus, todos mobilizados pela sua libertação.
Ingrid Betancourt, é uma mulher de coragem, pela luta solitária que trava contra a poderosíssima força mafiosa do narcotráfico e contra a corrupção nas altas esferas da política colombiana, mas é também a voz renovadora da esperança no triunfo da democracia na Colômbia.
Ingrid Betancourt libertada.
publicado por armando ésse às 15:22

Novembro 30 2007

Ingrid Betancourt Pulecio nasceu em Bogotá, Colômbia, em 25 de Dezembro de 1961.Filha do ex. Senador e ex. Embaixador colombiano, Gabriel Betancourt e de Yolanda Pulecio, ex. Miss Colômbia. Passou parte da juventude em Paris, pois o seu pai era embaixador na UNESCO. Desde criança, habituou-se a conviver com gente como Pablo Neruda, o pintor Fernando Botero e Gabriel García Márquez, amigos da família. Fez os seus estudos no Instituto de Estudo Políticos de Paris, onde se licenciou em Ciências Políticas. Nesta altura conhece Fabrice Delloye, com o qual se casa em 1981. Deste casamento nasceram os seus dois filhos, Mélanie e Lorenzo, que vivem actualmente em França.
Em 1990 divorcia-se de Fabrice e o destino fá-la regressar à Colômbia para empreender uma carreira política, baseada na luta contra a máquina de corrupção movida pelo dinheiro do narcotráfico. Na Colômbia os cartéis da droga, que movimentam milhares de milhões de dólares, compram, literalmente, Deputados, Senadores e até, o Presidente da República.
“Sabem como são poderosos, na Colômbia, os cartéis da droga, esta droga que mina a vida dos nossos jovens. Certamente que têm ouvido falar das matanças e dos escândalos políticos que eles causam. Mas, por trás destas organizações mafiosas, está o meu povo – um povo corajoso e orgulhoso que deseja libertar-se desta engrenagem infernal. É por ele que luto." (Com Raiva no Coração, Terramar, Março 2002).

Quando decidiu seguir a carreira política, dois acontecimentos, moldaram-lhe o carácter: Por um lado, o assassinato em 1989, (por ordem de Pablo Escobar, o líder do cartel de Medellín) de Luis Carlos Galan, candidato à presidência da república colombiana, amigo da sua família e que era a favor da extradição dos narcotraficantes para os Estados Unidos e por outro lado a sua luta pessoal, contra o presidente Ernesto Samper, cuja campanha presidencial foi financiada com o dinheiro do narcotráfico.
Em 1994 é eleita Deputada, com a maior votação de sempre e nesse mesmo ano, casa-se com o publicitário Juan Carlos Lecompte. Em Junho de 1996, sofreu um atentado, a mando dos narcotraficantes. O carro em que seguia recebeu uma rajada de metralhadora que por mera casualidade não a matou. Em Dezembro desse mesmo ano, recebeu no seu gabinete um mensageiro (que se tinha introduzido no Parlamento com a conivência de algum Deputado ou Senador), que lhe transmitiu secamente um aviso: ” É preciso que saiba que corre perigo, que a sua família corre perigo. Parta enquanto pode, pois as pessoas que represento já fizeram um contrato para a abater. Para ser absolutamente exacto, doutora: já pagamos aos sicários.” (Com Raiva no Coração).
Mas, Ingrid Betancourt não se deixa intimidar: “Estou consciente dos perigos, mas estes não me farão recuar. É nisso que reside a minha esperança.”
Paladina da cruzada anti corrupção, foi também conquistada pela defesa do ambiente, tendo criado em 1998, o Oxigénio, um pequeno partido ecologista, e logo de seguida consegue eleger-se Senadora, outra vez com a maior votação de sempre na eleição para o Senado.
Em 2001 candidata-se à presidência da República colombiana. Em 20 de Fevereiro de 2002, o governo rompe as negociações de paz com as FARC, próximo de San Vicente del Caguán, numa vasta zona desmilitarizada. Conduzindo uma violenta ofensiva, as forças governamentais reocupam a vila e as suas imediações. As autoridades recusam a solicitação de Betancourt que pede, enquanto candidata à presidência, para viajar de avião com os jornalistas que acompanham o Presidente Andrés Pastrana ao local. Apesar dos conselhos dos que tentam dissuadi-la, ela decide ir assim mesmo, por terra. Em 23 de Fevereiro, em companhia de sua assessora de imprensa, Clara Rojas, e de dois jornalistas, ela penetra na zona onde há combates intensos entre o exército e a organização terrorista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Foi raptada nesse dia pelas FARC, mantendo-se ainda em cativeiro.
Desde então, a sua família, com o apoio de intelectuais e políticos franceses e colombianos, tem lutado para que Ingrid Betancourt não seja esquecida e para que o governo consiga negociar a sua libertação. Ingrid Betancourt também conta com dezenas de comités de apoio na França e em outros países europeus, todos mobilizados pela sua libertação.
Ingrid Betancourt, é uma mulher de coragem, pela luta solitária que trava contra a poderosíssima força mafiosa do narcotráfico e contra a corrupção nas altas esferas da política colombiana, mas é também a voz renovadora da esperança no triunfo da democracia na Colômbia.
Ingrid Betancourt libertada.
publicado por armando ésse às 15:22

Novembro 30 2007

Ingrid Betancourt, a candidata às eleições presidenciais da Colômbia, que foi raptada em Fevereiro de 2002 pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC), às quais várias organizações internacionais, pediam uma prova de vida, encontra-se viva, conforme anunciou hoje o governo colombiano, após a detenção de três elementos da rede urbana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em Bogotá, tendo encontrado em seu poder vídeos de Ingrid Betancourt e de outros reféns.
Nas imagens, Ingrid Betancourt aparece sentada em frente a uma pequena mesa, “bastante magra”, “com o cabelo muito comprido” e com uma mão aparentemente “acorrentada”, explicou à televisão LCI a irmã da refém, Astrid Betancourt.
Há três meses, Hugo Chávez foi encarregado pelo governo colombiano de mediar a troca de 45 reféns das FARC, entre os quais Ingrid Betancourt, por 500 guerrilheiros presos na Colômbia.
Na sua recente visita a França, Hugo Chávez disse ao Presidente francês Nicolas Sarkozy que o chefe das FARC " tinha prometido uma carta contendo uma prova de vida antes do final do ano", relacionada com Ingrid Betancourt e os outros reféns mantidos em cativeiro pela guerrilha.
Aparentemente as FARC estavam a tentar fazer chegar as provas de vida de Ingrid Betancourt ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
O Comité de Apoio a Ingrid Betancourt assinalou que as provas de vida encontradas na posse dos guerrilheiros “demonstram a eficácia” da mediação de Chávez e Piedade Córdoba.
“É inegável que os seus esforços foram coroados por um êxito. Esperamos que o seu trabalho possa ser retomado, em concertação com o governo colombiano”, refere um comunicado do Comité de Apoio a Ingrid Betancourt.
publicado por armando ésse às 14:06

Novembro 30 2007

Ingrid Betancourt, a candidata às eleições presidenciais da Colômbia, que foi raptada em Fevereiro de 2002 pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC), às quais várias organizações internacionais, pediam uma prova de vida, encontra-se viva, conforme anunciou hoje o governo colombiano, após a detenção de três elementos da rede urbana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em Bogotá, tendo encontrado em seu poder vídeos de Ingrid Betancourt e de outros reféns.
Nas imagens, Ingrid Betancourt aparece sentada em frente a uma pequena mesa, “bastante magra”, “com o cabelo muito comprido” e com uma mão aparentemente “acorrentada”, explicou à televisão LCI a irmã da refém, Astrid Betancourt.
Há três meses, Hugo Chávez foi encarregado pelo governo colombiano de mediar a troca de 45 reféns das FARC, entre os quais Ingrid Betancourt, por 500 guerrilheiros presos na Colômbia.
Na sua recente visita a França, Hugo Chávez disse ao Presidente francês Nicolas Sarkozy que o chefe das FARC " tinha prometido uma carta contendo uma prova de vida antes do final do ano", relacionada com Ingrid Betancourt e os outros reféns mantidos em cativeiro pela guerrilha.
Aparentemente as FARC estavam a tentar fazer chegar as provas de vida de Ingrid Betancourt ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
O Comité de Apoio a Ingrid Betancourt assinalou que as provas de vida encontradas na posse dos guerrilheiros “demonstram a eficácia” da mediação de Chávez e Piedade Córdoba.
“É inegável que os seus esforços foram coroados por um êxito. Esperamos que o seu trabalho possa ser retomado, em concertação com o governo colombiano”, refere um comunicado do Comité de Apoio a Ingrid Betancourt.
publicado por armando ésse às 14:06

Novembro 29 2007
O escritor americano Norman Mailer, recentemente falecido, foi o vencedor do prémio "Bad Sex in Fiction Award", pela pior descrição de um acto sexual na literatura de ficção em inglês.
Norman Mailer foi agraciado com o prémio, atribuído pela revista de literatura britânica The Literary Review por uma passagem do seu último livro, The Castle in the Forest, editado em português com o título O Fantasma de Hitler.
O objectivo do prémio, segundo a revista é “chamar a atenção para uso de trechos com descrições sexuais redundantes, de mau gosto, grosseiras e frequentemente superficiais em livros modernos”.
O trecho premiado descreve uma cena de sexo oral, entre Alois e Klara.Na edição portuguesa (Dom Quixote, 1ª edição Agosto 2007) do livro o trecho está na página setenta e dois:
“…Contudo, nessa noite quente de Verão quando tentava abrir-lhe as pernas fechadas, empurrando mais do que nunca com a força dos seus braços, houve um momento em que lhe faltou a respiração. Uma agonia assustadora! Por um instante, sentiu-se como se tivesse sido derrubado por um raio. Aquilo era o coração dele? Seria o próximo a morrer?
“Estás bem?” gritou ela quando ele se deitou a seu lado a procurar recuperar a respiração, com o fôlego a entrar e a sair num ronco que soava tão horrível como os últimos sopros dos seus filhos desaparecidos.
“Tudo bem. Sim. Não”, disse ele, e nesse momento ela pôs-se em cima dele. Não sabia se isto o ressuscitaria ou se acabaria com ele… Por isso Klara virou-se dos pés para a cabeça, e pôs a sua parte mais indecorosa no nariz e na boca dele que respiravam com dificuldade, e levou o velho aríete aos lábios. O Tio estava agora tão mole como uma rosca de excremento. Não obstante chupou-o com uma avidez que só podia ser obra do Demónio – isso ela sabia. Sabia de onde viera o impulso. Assim, agora tinham ambos as cabeças nas extremidades erradas, e o Demónio estava ali com eles. Ele nunca estivera tão próximo.
O Cão de Caça começou a ganhar vida. Ali dentro da boca dela. Isso surpreendeu-a. Alois estivera tão flácido. Mas, agora, era novamente um homem! Coma boca a espumar com os fluidos dela, virou-se e agarrou-lhe na cara com toda a paixão dos seus próprios lábios e cara, finalmente pronto a esfregar-se dentro dela com o Cão de Caça, a arremessá-lo contra a piedade dela, maldita piedade, pensou Alois - maldita mulher beata, maldita igreja! - regressara do mundo dos mortos - por alguma espécie de milagre, estava ali inteirinho, com o orgulho de uma espada. E em seguida o momento foi ainda mais longe, já que ela - a mulher mais angélica de Brannau - se entregava ao Diabo, sim ela sabia que ele estava ali, ali com Alois e com ela, todos os três soltos no géiser que saiu dele, e a seguir dela, juntos naquele momento, e eu estava lá com eles...”
Na realidade, deverá ser difícil encontrar na Literatura mundial, uma descrição tão canhestra de um simples 69.
publicado por armando ésse às 15:55

Novembro 29 2007
O escritor americano Norman Mailer, recentemente falecido, foi o vencedor do prémio "Bad Sex in Fiction Award", pela pior descrição de um acto sexual na literatura de ficção em inglês.
Norman Mailer foi agraciado com o prémio, atribuído pela revista de literatura britânica The Literary Review por uma passagem do seu último livro, The Castle in the Forest, editado em português com o título O Fantasma de Hitler.
O objectivo do prémio, segundo a revista é “chamar a atenção para uso de trechos com descrições sexuais redundantes, de mau gosto, grosseiras e frequentemente superficiais em livros modernos”.
O trecho premiado descreve uma cena de sexo oral, entre Alois e Klara.Na edição portuguesa (Dom Quixote, 1ª edição Agosto 2007) do livro o trecho está na página setenta e dois:
“…Contudo, nessa noite quente de Verão quando tentava abrir-lhe as pernas fechadas, empurrando mais do que nunca com a força dos seus braços, houve um momento em que lhe faltou a respiração. Uma agonia assustadora! Por um instante, sentiu-se como se tivesse sido derrubado por um raio. Aquilo era o coração dele? Seria o próximo a morrer?
“Estás bem?” gritou ela quando ele se deitou a seu lado a procurar recuperar a respiração, com o fôlego a entrar e a sair num ronco que soava tão horrível como os últimos sopros dos seus filhos desaparecidos.
“Tudo bem. Sim. Não”, disse ele, e nesse momento ela pôs-se em cima dele. Não sabia se isto o ressuscitaria ou se acabaria com ele… Por isso Klara virou-se dos pés para a cabeça, e pôs a sua parte mais indecorosa no nariz e na boca dele que respiravam com dificuldade, e levou o velho aríete aos lábios. O Tio estava agora tão mole como uma rosca de excremento. Não obstante chupou-o com uma avidez que só podia ser obra do Demónio – isso ela sabia. Sabia de onde viera o impulso. Assim, agora tinham ambos as cabeças nas extremidades erradas, e o Demónio estava ali com eles. Ele nunca estivera tão próximo.
O Cão de Caça começou a ganhar vida. Ali dentro da boca dela. Isso surpreendeu-a. Alois estivera tão flácido. Mas, agora, era novamente um homem! Coma boca a espumar com os fluidos dela, virou-se e agarrou-lhe na cara com toda a paixão dos seus próprios lábios e cara, finalmente pronto a esfregar-se dentro dela com o Cão de Caça, a arremessá-lo contra a piedade dela, maldita piedade, pensou Alois - maldita mulher beata, maldita igreja! - regressara do mundo dos mortos - por alguma espécie de milagre, estava ali inteirinho, com o orgulho de uma espada. E em seguida o momento foi ainda mais longe, já que ela - a mulher mais angélica de Brannau - se entregava ao Diabo, sim ela sabia que ele estava ali, ali com Alois e com ela, todos os três soltos no géiser que saiu dele, e a seguir dela, juntos naquele momento, e eu estava lá com eles...”
Na realidade, deverá ser difícil encontrar na Literatura mundial, uma descrição tão canhestra de um simples 69.
publicado por armando ésse às 15:55

Novembro 28 2007

Passam hoje cem anos do nascimento de um dos mais prestigiados escritores italianos do século XX, Alberto Moravia.
Alberto Pincherle nasceu em Roma
em 28 de Novembro de 1907. Renunciaria anos mais tarde ao apelido judaico de seu pai (Carlo Pincherle Moravia), devido ao regime fascista, que começava a incomodar todos os judeus. Adoptou o apelido da sua avó paterna, e assim ficou mundialmente conhecido: Alberto Moravia. Tendo sofrido de tuberculose durante toda a sua infância, Moravia viveu toda a sua juventude internado em sanatórios e tornou-se um verdadeiro autodidacta.
Ele próprio aponta os factos decisivos da sua biografia: “O primeiro passou-se na minha juventude, quando estive cinco anos preso à cama, atingido pela tuberculose. O segundo foi o triunfo do fascismo, ao qual me opus, e que me proibiu de publicar o que pretendia. Estes dois factores formaram o meu carácter.”
Aos 22 anos estreia-se com Os Indiferentes, uma condenação moral do cinismo da burguesia, romance muito bem recebido pela crítica e pelo público; em 1935, com a publicação de La Bella Vita e de Le Ambizioni Sbagliate, a reacção da Itália oficial à obra de Moravia torna-se mais áspera. Alberto Moravia é proibido de publicar as suas obras e começa a ser perseguido.
Face estas perseguições do regime fascista de Mussolini, resolveu expatriar-se, primeiro para os EUA e depois para a China e Índia.
Em 1941 Alberto Moravia casou-se com a escritora Elsa Morante autora do romance "La Storia", que aborda as relações sociais durante os anos da Grande Guerra.
Regressa a Itália no final da Segunda Guerra Mundial e é daí em diante que publica a parte mais importante da sua obra. Em 1947 publica A Romana, crónica social do regime fascista Mussolini.
Os seus conhecimentos do humano, de diversos ambientes, aliados à perspectiva histórica a que nunca subtrai as suas personagens, continuarão a revelar-se em, A Desobediência (1948), O Conformista (1951) O Desprezo (1954) O Tédio (1960) e A Atenção (1965) e tantos outros pontos altos da vida literária de um romancista, ensaísta e polemista notável da cultura europeia, cuja a atenção se fixa sobre o estudo e condições objectivas, para nelas explorar todas as implicações psicológico-morais e sociais.
Nos anos cinquenta do século passado, depois de ter sido perseguido pelo fascismo, arranjou um outro inimigo de peso: O Vaticano. Todas as obras editadas por Alberto Moravia neste período, são condenadas pelo Vaticano devido “à linguagem realista e às temáticas indecentes”.
A Ciociara (1957) é no entender de Carlo Salinari, um dos maiores críticos italianos, “o romance mais acabado e bem realizado de Moravia, porque nele a dialéctica “normalidade-anormalidade” coincide com a relação histórica de “paz-guerra” e, dessa forma, a normalidade transforma-se numa aspiração consciente temperada pela dor, para superar as misérias, o luto e as destruições da guerra.”
No final dos anos cinquenta, surge o reconhecimento internacional de Alberto Moravia, quando este, ocupou a presidência do Pen Club Internacional entre os anos de 1959 e 1962, e é proposto por duas vezes, ao Nobel da Literatura.
Vários livros seus foram adaptados ao cinema, de entre eles O Desprezo (1963) realizado por Jean-Luc Godard e O Conformista, do realizador Bernardo Bertolucci, em 1970. O filme de 1960 do realizador italiano Vittorio de Sica, La Ciociara (Duas Mulheres em português), baseado na obra homónima de Moravia, daria nesse ano o Óscar de melhor actriz, a Sophia Loren.
Em 1984 é eleito pelo Partido Comunista deputado ao Parlamento Europeu, cargo que ocupou até à sua morte, ocorrida em Roma , a 26 de Setembro de 1990.
.
publicado por armando ésse às 13:20
Tags:

Novembro 28 2007

Passam hoje cem anos do nascimento de um dos mais prestigiados escritores italianos do século XX, Alberto Moravia.
Alberto Pincherle nasceu em Roma
em 28 de Novembro de 1907. Renunciaria anos mais tarde ao apelido judaico de seu pai (Carlo Pincherle Moravia), devido ao regime fascista, que começava a incomodar todos os judeus. Adoptou o apelido da sua avó paterna, e assim ficou mundialmente conhecido: Alberto Moravia. Tendo sofrido de tuberculose durante toda a sua infância, Moravia viveu toda a sua juventude internado em sanatórios e tornou-se um verdadeiro autodidacta.
Ele próprio aponta os factos decisivos da sua biografia: “O primeiro passou-se na minha juventude, quando estive cinco anos preso à cama, atingido pela tuberculose. O segundo foi o triunfo do fascismo, ao qual me opus, e que me proibiu de publicar o que pretendia. Estes dois factores formaram o meu carácter.”
Aos 22 anos estreia-se com Os Indiferentes, uma condenação moral do cinismo da burguesia, romance muito bem recebido pela crítica e pelo público; em 1935, com a publicação de La Bella Vita e de Le Ambizioni Sbagliate, a reacção da Itália oficial à obra de Moravia torna-se mais áspera. Alberto Moravia é proibido de publicar as suas obras e começa a ser perseguido.
Face estas perseguições do regime fascista de Mussolini, resolveu expatriar-se, primeiro para os EUA e depois para a China e Índia.
Em 1941 Alberto Moravia casou-se com a escritora Elsa Morante autora do romance "La Storia", que aborda as relações sociais durante os anos da Grande Guerra.
Regressa a Itália no final da Segunda Guerra Mundial e é daí em diante que publica a parte mais importante da sua obra. Em 1947 publica A Romana, crónica social do regime fascista Mussolini.
Os seus conhecimentos do humano, de diversos ambientes, aliados à perspectiva histórica a que nunca subtrai as suas personagens, continuarão a revelar-se em, A Desobediência (1948), O Conformista (1951) O Desprezo (1954) O Tédio (1960) e A Atenção (1965) e tantos outros pontos altos da vida literária de um romancista, ensaísta e polemista notável da cultura europeia, cuja a atenção se fixa sobre o estudo e condições objectivas, para nelas explorar todas as implicações psicológico-morais e sociais.
Nos anos cinquenta do século passado, depois de ter sido perseguido pelo fascismo, arranjou um outro inimigo de peso: O Vaticano. Todas as obras editadas por Alberto Moravia neste período, são condenadas pelo Vaticano devido “à linguagem realista e às temáticas indecentes”.
A Ciociara (1957) é no entender de Carlo Salinari, um dos maiores críticos italianos, “o romance mais acabado e bem realizado de Moravia, porque nele a dialéctica “normalidade-anormalidade” coincide com a relação histórica de “paz-guerra” e, dessa forma, a normalidade transforma-se numa aspiração consciente temperada pela dor, para superar as misérias, o luto e as destruições da guerra.”
No final dos anos cinquenta, surge o reconhecimento internacional de Alberto Moravia, quando este, ocupou a presidência do Pen Club Internacional entre os anos de 1959 e 1962, e é proposto por duas vezes, ao Nobel da Literatura.
Vários livros seus foram adaptados ao cinema, de entre eles O Desprezo (1963) realizado por Jean-Luc Godard e O Conformista, do realizador Bernardo Bertolucci, em 1970. O filme de 1960 do realizador italiano Vittorio de Sica, La Ciociara (Duas Mulheres em português), baseado na obra homónima de Moravia, daria nesse ano o Óscar de melhor actriz, a Sophia Loren.
Em 1984 é eleito pelo Partido Comunista deputado ao Parlamento Europeu, cargo que ocupou até à sua morte, ocorrida em Roma , a 26 de Setembro de 1990.
.
publicado por armando ésse às 13:20
Tags:

Novembro 27 2007

A criação do Prémio Nobel ocorreu por um "feliz" incidente jornalístico. Dizem que a verdadeira motivação de criar o Prémio não foi a fortuna colossal do inventor da dinamite mas que se deveu ao facto de um jornal sueco publicar um longo obituário de Alfred Nobel (1833 - 1896), por engano, acreditando que foi ele a morrer, quando tinha sido o seu irmão, Ludvig. Dizia o jornal: "Morreu Alfred Nobel, o Mercador da Morte, o homem que dedicou a sua vida a encontrar maneiras de destruir e matar".
Alfred Nobel ficou horrorizado com a maneira como viria a ser recordado. Sem a Fundação Nobel e os prémios concedidos anualmente em seu nome, é muito provável que Nobel, fosse lembrado desta maneira ou ainda mais provável, seria que ninguém se lembrasse dele.
No dia 27 de Novembro de 1895 Alfred Nobel, iria esvaziar de conteúdo o obituário apressado feito pelo jornal sueco, quando no Clube Sueco em Paris, assinou o seu testamento, homologado por quatro compatriotas seus.
O documento continha legados pequenos a algumas pessoas e acrescentava: “Todo o meu património deverá ser tratado da seguinte maneira. O capital será investido pelos meus executores em títulos seguros e com os seus juros anuais, distribuídos prémios para os que trouxerem os maiores benefícios à humanidade. O dito prémio deverá ser dividido em cinco partes iguais, que deverá ser aplicado como se segue: uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta ou invenção no campo da física (Prémio Nobel da Física); uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta química ou aperfeiçoamento (Prémio Nobel da Química) ; uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta no domínio da fisiologia ou medicina (Prémio Nobel da Medicina); uma parte para a pessoa que deverá ter produzido no campo da literatura o mais impressionante trabalho de uma tendência idealista (Prémio Nobel da Literatura); e uma parte para a pessoa que deverá ter feito mais ou melhor trabalho para a fraternidade entre as nações, para a abolição ou redução de exércitos permanentes e para conservação e estímulos de congressos de paz (Prémio Nobel da Paz). O prémio para físicos e químicos deverá ser entregue pela Academia Sueca das Ciências; o de fisiologia ou trabalhos médicos pelo Instituto Caroline de Estocolmo; o de literatura pela Real Academia de Estocolmo; e para os campeões da paz, por um comité de cinco pessoas eleito pelo Parlamento Norueguês. É meu desejo expresso que quando entregarem os prémios nenhuma consideração deverá ser feita à nacionalidade dos candidatos, para que o mais qualificado receba o prémio, seja ele escandinavo ou não.” (O Prémio Nobel da Economia só seria instituído em 1969 e é financiado pelo Banco da Suécia).
Feito sem instrução jurídica, o testamento continha muitas falhas. Nobel legou a sua fortuna, mas a quem? Ele deixou escrito apenas que determinada corporação deveria distribuir o dinheiro dos juros em cinco prémios e não fez determinações sobre a administração do fundo. Ele estabeleceu apenas que as cinco instituições assumiriam a tarefa de distribuir os prémios. E o que deveria acontecer se elas recusassem?
A longa série de processos sobre o último desejo de Nobel começou com a questão sobre o lugar do seu domicílio. Seria a cidade sueca Bofors, onde ele estava registrado como habitante quando morreu? Estocolmo, onde pagava impostos? Ou em Paris, onde viveu longos anos e gozava dos direitos de cidadania local, embora tenha mantido seu passaporte sueco?
A questão era interessante não só por causa do imposto sobre herança, mas também para a validade jurídica do testamento. Por motivos formais, os tribunais franceses teriam declarado o documento inválido. Depois de processos em várias instâncias, foi decidido que o domicílio seria Bofors.
Entretanto, o Estado Sueco propôs a criação de uma fundação à luz do direito sueco para cuidar do património de Nobel. O Governo fez as reformas legais necessárias e pediu às instituições mencionadas no testamento que reconhecessem e assumissem as tarefas deixadas por Nobel.
Logo depois, três das quatro instituições deram sua resposta positiva e, ao mesmo tempo, fizeram sugestões para os estatutos da fundação e directrizes para a concessão dos prémios. A Academia Sueca de Ciências foi a única entidade que considerou essa tomada de posição inoportuna antes do fim de todos os processos.
Os testamenteiros, as instituições e parentes de Nobel negociaram durante um ano, após o que assinaram um acordo e encerraram todos os processos sobre o testamento. Só então começaram as negociações sobre os estatutos da Fundação Nobel.
Em Junho de 1900, ela foi finalmente confirmada e aprovada pelo governo sueco e no ano seguinte foram pela primeira vez concedidos os Prémios Nobel.
publicado por armando ésse às 13:10

Novembro 27 2007

A criação do Prémio Nobel ocorreu por um "feliz" incidente jornalístico. Dizem que a verdadeira motivação de criar o Prémio não foi a fortuna colossal do inventor da dinamite mas que se deveu ao facto de um jornal sueco publicar um longo obituário de Alfred Nobel (1833 - 1896), por engano, acreditando que foi ele a morrer, quando tinha sido o seu irmão, Ludvig. Dizia o jornal: "Morreu Alfred Nobel, o Mercador da Morte, o homem que dedicou a sua vida a encontrar maneiras de destruir e matar".
Alfred Nobel ficou horrorizado com a maneira como viria a ser recordado. Sem a Fundação Nobel e os prémios concedidos anualmente em seu nome, é muito provável que Nobel, fosse lembrado desta maneira ou ainda mais provável, seria que ninguém se lembrasse dele.
No dia 27 de Novembro de 1895 Alfred Nobel, iria esvaziar de conteúdo o obituário apressado feito pelo jornal sueco, quando no Clube Sueco em Paris, assinou o seu testamento, homologado por quatro compatriotas seus.
O documento continha legados pequenos a algumas pessoas e acrescentava: “Todo o meu património deverá ser tratado da seguinte maneira. O capital será investido pelos meus executores em títulos seguros e com os seus juros anuais, distribuídos prémios para os que trouxerem os maiores benefícios à humanidade. O dito prémio deverá ser dividido em cinco partes iguais, que deverá ser aplicado como se segue: uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta ou invenção no campo da física (Prémio Nobel da Física); uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta química ou aperfeiçoamento (Prémio Nobel da Química) ; uma parte para a pessoa que deverá ter feito a mais importante descoberta no domínio da fisiologia ou medicina (Prémio Nobel da Medicina); uma parte para a pessoa que deverá ter produzido no campo da literatura o mais impressionante trabalho de uma tendência idealista (Prémio Nobel da Literatura); e uma parte para a pessoa que deverá ter feito mais ou melhor trabalho para a fraternidade entre as nações, para a abolição ou redução de exércitos permanentes e para conservação e estímulos de congressos de paz (Prémio Nobel da Paz). O prémio para físicos e químicos deverá ser entregue pela Academia Sueca das Ciências; o de fisiologia ou trabalhos médicos pelo Instituto Caroline de Estocolmo; o de literatura pela Real Academia de Estocolmo; e para os campeões da paz, por um comité de cinco pessoas eleito pelo Parlamento Norueguês. É meu desejo expresso que quando entregarem os prémios nenhuma consideração deverá ser feita à nacionalidade dos candidatos, para que o mais qualificado receba o prémio, seja ele escandinavo ou não.” (O Prémio Nobel da Economia só seria instituído em 1969 e é financiado pelo Banco da Suécia).
Feito sem instrução jurídica, o testamento continha muitas falhas. Nobel legou a sua fortuna, mas a quem? Ele deixou escrito apenas que determinada corporação deveria distribuir o dinheiro dos juros em cinco prémios e não fez determinações sobre a administração do fundo. Ele estabeleceu apenas que as cinco instituições assumiriam a tarefa de distribuir os prémios. E o que deveria acontecer se elas recusassem?
A longa série de processos sobre o último desejo de Nobel começou com a questão sobre o lugar do seu domicílio. Seria a cidade sueca Bofors, onde ele estava registrado como habitante quando morreu? Estocolmo, onde pagava impostos? Ou em Paris, onde viveu longos anos e gozava dos direitos de cidadania local, embora tenha mantido seu passaporte sueco?
A questão era interessante não só por causa do imposto sobre herança, mas também para a validade jurídica do testamento. Por motivos formais, os tribunais franceses teriam declarado o documento inválido. Depois de processos em várias instâncias, foi decidido que o domicílio seria Bofors.
Entretanto, o Estado Sueco propôs a criação de uma fundação à luz do direito sueco para cuidar do património de Nobel. O Governo fez as reformas legais necessárias e pediu às instituições mencionadas no testamento que reconhecessem e assumissem as tarefas deixadas por Nobel.
Logo depois, três das quatro instituições deram sua resposta positiva e, ao mesmo tempo, fizeram sugestões para os estatutos da fundação e directrizes para a concessão dos prémios. A Academia Sueca de Ciências foi a única entidade que considerou essa tomada de posição inoportuna antes do fim de todos os processos.
Os testamenteiros, as instituições e parentes de Nobel negociaram durante um ano, após o que assinaram um acordo e encerraram todos os processos sobre o testamento. Só então começaram as negociações sobre os estatutos da Fundação Nobel.
Em Junho de 1900, ela foi finalmente confirmada e aprovada pelo governo sueco e no ano seguinte foram pela primeira vez concedidos os Prémios Nobel.
publicado por armando ésse às 13:10

mais sobre mim
Novembro 2007
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

12
15
17

18
19
23
24



pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO