A FÁBRICA

Novembro 13 2007

Luís Sepúlveda, nascido a 4 de Outubro de 1949 na cidade de Ovalle, província de Limarí, é mundialmente conhecido como escritor, apesar de ser também, jornalista, activista político e realizador de cinema. Membro da Juventude Comunista a partir de 1964, licenciou-se em Santiago do Chile em encenação teatral.
Em 1969 vence o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro “Crónicas de Pedro Nadie”, e também uma bolsa de estudo de cinco anos, na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da Universidade por “atentado à moral proletária”, causado, segundo a versão oficial, por Luís Sepúlveda manter contactos com alguns dissidentes soviéticos.
De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de Setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende.
Depois do golpe de Estado, foi preso por dois anos e meio, mas a pressão da secção alemã da Amnistia Internacional conseguiu que Luís Sepúlveda deixasse a prisão de Temuco e fosse colocado em prisão domiciliária. Conseguiu escapar da prisão domiciliária e durante um ano viveu no Chile clandestinamente. Com a ajuda de um amigo formou um grupo de teatro que se converteu no primeiro foco de resistência cultural, à propaganda fascista do General Pinochet.
A polícia secreta conseguiu descobrir o paradeiro de Luís Sepúlveda levando-o novamente à prisão. Desta vez foi condenado a prisão perpétua, por traição e subversão. No entanto a pena foi imediatamente reduzida para 28 anos de prisão.
Mais uma vez a secção alemã da Amnistia Internacional o ajudou e a sentença de prisão foi convertida em 8 anos de exílio. Em 1977 a ditadura chilena autoriza a partida de Luís Sepúlveda para a Suécia, para ensinar literatura espanhola.
Na viagem para a Suécia, durante uma paragem técnica em Buenos Aires, escapou-se do avião e foi para o Uruguai. Depois de uma passagem fugaz pelo Brasil e pelo Paraguai, instalou-se em Quito, capital do Equador. Nesta cidade dirigiu o teatro da Aliança Francesa e fundou uma companhia teatral. Viveu durante sete meses no seio da comunidade dos índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO, que tinha como objectivo estudar o impacto da colonização na forma de vida deste povo.
Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
A partir de 1982 Luís Sepúlveda instalou-se em Hamburgo na Alemanha, por causa da admiração que tinha pela literatura alemã. Nesta cidade trabalhou durante algum tempo como motorista. Entretanto a revista alemã Der Spiegel contratou-o como correspondente de guerra em Angola, de onde narrou a intervenção cubana e a derrota das tropas de elite da África do Sul. Por esta altura começa também a sua ligação activa ao Greenpeace, que duraria até 1987.
Esta actividade na Greenpeace será pano de fundo de muitas das obras de Luís Sepúlveda nomeadamente o seu maior sucesso, "O Velho que Lia Romances de Amor" (1989), que Luís Sepúlveda dedica ao seu amigo Chico Mendes, o grande defensor da floresta amazónica.
Em 1996, muda de país e instala-se em Gijón, Espanha, onde vive actualmente. Nesta cidade fundou o Salão do livro ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livrarias latino-americanas com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda já vendeu mais de 15 milhões de exemplares na Europa e é um dos autores hispano-americanos mais traduzidos das últimas décadas.
À sua primeira obra narrativa, “Crónicas de Pedro Nadie” (1969) seguiu-se um longo silêncio resultante do seu empenhamento político durante o breve Governo de Salvador Allende e dos problemas com a ditadura chilena. Em 1986 publicou a colectânea de contos “Los Miedos, las Vidas, las Muertes y Outras Alucinaciones”, e a partir de então, a sua produção literária não parou de crescer.
De entre inúmeros títulos, são de mencionar O Velho Que Lia Romances de Amor 1989), O Mundo do Fim do Mundo (1989), Encontro de Amor Num País em Guerra, (1997), Nome de Toureiro (1994), Diário de um Killer Sentimental (1999), História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar (1996), Patagónia Express (1996), As Rosas de Atacama (2000), O General e o Juiz (2003), Uma História Suja (2004), O Poder dos Sonhos (2006).
Luís Sepúlveda já recebeu vários prémios, entre eles, "Prémio Gabriela Mistral de Poesia" (1976), "Prémio Rómulo Gallegos de Novela"(1978), "Primer Prémio de Novela Corta Juan Chabás" (1990), "Prix France de Culture" (1992) e "Prémio Internazionale Ennio Flaiano"(1993).
NOTA: Fiz esta biografia de Luís Sepúlveda porque precisava dela e não havia nenhuma biografia editada em língua portuguesa, que se pudesse minimamente chamar por esse nome.
Hoje andava a vaguear pela Wikipédia, deparei com partes desta biografia, totalmente copiadas, sem que pelo menos, a pessoa que o fez, fizesse uma referência a este blogue.
Esta biografia é original e é muito triste que não se saiba usar a informação. Faço o reparo, pois certamente a Wikipédia viverá, muito além da vida deste blogue e um dia destes ainda me acusam de andar a plagiar.
publicado por armando ésse às 13:58
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Novembro 13 2007

Luís Sepúlveda, nascido a 4 de Outubro de 1949 na cidade de Ovalle, província de Limarí, é mundialmente conhecido como escritor, apesar de ser também, jornalista, activista político e realizador de cinema. Membro da Juventude Comunista a partir de 1964, licenciou-se em Santiago do Chile em encenação teatral.
Em 1969 vence o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro “Crónicas de Pedro Nadie”, e também uma bolsa de estudo de cinco anos, na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto só ficaria cinco meses na capital soviética, pois foi expulso da Universidade por “atentado à moral proletária”, causado, segundo a versão oficial, por Luís Sepúlveda manter contactos com alguns dissidentes soviéticos.
De regresso ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. No golpe militar do dia 11 de Setembro de 1973, que levou ao poder o ditador general Augusto Pinochet, Luís Sepúlveda encontrava-se no Palácio de La Moneda a fazer guarda ao Presidente Allende.
Depois do golpe de Estado, foi preso por dois anos e meio, mas a pressão da secção alemã da Amnistia Internacional conseguiu que Luís Sepúlveda deixasse a prisão de Temuco e fosse colocado em prisão domiciliária. Conseguiu escapar da prisão domiciliária e durante um ano viveu no Chile clandestinamente. Com a ajuda de um amigo formou um grupo de teatro que se converteu no primeiro foco de resistência cultural, à propaganda fascista do General Pinochet.
A polícia secreta conseguiu descobrir o paradeiro de Luís Sepúlveda levando-o novamente à prisão. Desta vez foi condenado a prisão perpétua, por traição e subversão. No entanto a pena foi imediatamente reduzida para 28 anos de prisão.
Mais uma vez a secção alemã da Amnistia Internacional o ajudou e a sentença de prisão foi convertida em 8 anos de exílio. Em 1977 a ditadura chilena autoriza a partida de Luís Sepúlveda para a Suécia, para ensinar literatura espanhola.
Na viagem para a Suécia, durante uma paragem técnica em Buenos Aires, escapou-se do avião e foi para o Uruguai. Depois de uma passagem fugaz pelo Brasil e pelo Paraguai, instalou-se em Quito, capital do Equador. Nesta cidade dirigiu o teatro da Aliança Francesa e fundou uma companhia teatral. Viveu durante sete meses no seio da comunidade dos índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO, que tinha como objectivo estudar o impacto da colonização na forma de vida deste povo.
Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
A partir de 1982 Luís Sepúlveda instalou-se em Hamburgo na Alemanha, por causa da admiração que tinha pela literatura alemã. Nesta cidade trabalhou durante algum tempo como motorista. Entretanto a revista alemã Der Spiegel contratou-o como correspondente de guerra em Angola, de onde narrou a intervenção cubana e a derrota das tropas de elite da África do Sul. Por esta altura começa também a sua ligação activa ao Greenpeace, que duraria até 1987.
Esta actividade na Greenpeace será pano de fundo de muitas das obras de Luís Sepúlveda nomeadamente o seu maior sucesso, "O Velho que Lia Romances de Amor" (1989), que Luís Sepúlveda dedica ao seu amigo Chico Mendes, o grande defensor da floresta amazónica.
Em 1996, muda de país e instala-se em Gijón, Espanha, onde vive actualmente. Nesta cidade fundou o Salão do livro ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livrarias latino-americanas com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda já vendeu mais de 15 milhões de exemplares na Europa e é um dos autores hispano-americanos mais traduzidos das últimas décadas.
À sua primeira obra narrativa, “Crónicas de Pedro Nadie” (1969) seguiu-se um longo silêncio resultante do seu empenhamento político durante o breve Governo de Salvador Allende e dos problemas com a ditadura chilena. Em 1986 publicou a colectânea de contos “Los Miedos, las Vidas, las Muertes y Outras Alucinaciones”, e a partir de então, a sua produção literária não parou de crescer.
De entre inúmeros títulos, são de mencionar O Velho Que Lia Romances de Amor 1989), O Mundo do Fim do Mundo (1989), Encontro de Amor Num País em Guerra, (1997), Nome de Toureiro (1994), Diário de um Killer Sentimental (1999), História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar (1996), Patagónia Express (1996), As Rosas de Atacama (2000), O General e o Juiz (2003), Uma História Suja (2004), O Poder dos Sonhos (2006).
Luís Sepúlveda já recebeu vários prémios, entre eles, "Prémio Gabriela Mistral de Poesia" (1976), "Prémio Rómulo Gallegos de Novela"(1978), "Primer Prémio de Novela Corta Juan Chabás" (1990), "Prix France de Culture" (1992) e "Prémio Internazionale Ennio Flaiano"(1993).
NOTA: Fiz esta biografia de Luís Sepúlveda porque precisava dela e não havia nenhuma biografia editada em língua portuguesa, que se pudesse minimamente chamar por esse nome.
Hoje andava a vaguear pela Wikipédia, deparei com partes desta biografia, totalmente copiadas, sem que pelo menos, a pessoa que o fez, fizesse uma referência a este blogue.
Esta biografia é original e é muito triste que não se saiba usar a informação. Faço o reparo, pois certamente a Wikipédia viverá, muito além da vida deste blogue e um dia destes ainda me acusam de andar a plagiar.
publicado por armando ésse às 13:58
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Novembro 11 2007

O escritor norte-americano Norman Mailer, (nascido em Long Branch, Nova Jersei, a 31 de Janeiro de 1923), morreu, ontem, no Hospital de Mount Sinai, em Nova Iorque, Estados Unidos, de insuficiência renal, informou J. Michael Lennon, o seu executor literário e biógrafo oficial. Contava 84 anos.
Duas vezes vencedor do Prémio Pulitzer, Norman Mailer ganhou cedo o epíteto de "enfant terrible" da literatura norte-americana do pós-guerra.
Com opinião formada sobre quase todos os assuntos, o escritor combinou um formidável talento para a escrita com uma atitude de lutador de rua. Ligado à contracultura, autor de 11 romances e vários ensaios e peças de teatro, o autor de "Os nus e os mortos" foi um dos intelectuais mais famosos dos Estados Unidos.
Com escritores como Gore Vidal, Tom Wolfe e John Updike, fez parte de um clube único de novelistas e ensaístas que desafiaram e, muitas vezes, ultrajaram os leitores, com as suas reflexões sobre a vida, história e moralidade norte-americanas.
Co-fundador da revista alternativa nova-iorquina "Village Voice", Norman Mailer é também um dos pais do "novo jornalismo", que ajudou a divulgar a partir dos anos 60, com artigos em dezenas de jornais e revistas.
"O fantasma de Hitler" é a sua obra mais recente lançada em Portugal, onde estão também editados "Os nus e os mortos", "O canto do carrasco" (Prémio Pulitzer em 1979), "Os duros não dançam", "O exército da noite" (Prémio Pulitzer em 1968) e "Um sonho americano".
Elogiado e criticado ao mesmo tempo e com a mesma veemência, a primeira obra significativa de Norman Mailer foi o já referido "Os nus e os mortos", de 1948."Deaths for the Ladies and Other Disasters" é o livro de poesia, lançado em 1962.
Dirigiu, ainda, quatro filmes, entre 1967 e 1987 "Wild 90", "Beyond the Law", "Maidstone" e "Tough Guys Don't Dance".
No final dos anos 40, trabalhou em Hollywood como argumentista e o seu terceiro romance, "O Parque dos Veados", é sobre a corrupção dos valores naquele meio cinematográfico. Em 1973, escreveu "Marilyn", sobre a loura estrela de cinema.
Candidato independente a "mayor" de Nova Iorque em 1969, Norman Mailer foi sempre muito crítico da autoridade institucional do seu país.
Apesar de, quando atingiu a meia idade, ter abandonado muitos dos vícios que ostentava (nos quais não faltavam as drogas e o álcool), para muitos críticos, Norman Mailer permaneceu como a autêntica e ultrajante voz de toda uma geração.
"Norman Mailer revolucionou o grande jornalismo do século XX e, como consequência, o próprio romance de actualidade", declarou o jornalista e escritor Fernando Dacosta.
"De maneira muito habilidosa, Mailer parte de factos concretos, de acontecimentos e figuras reais e depois conta a história disso usando as técnicas da grande ficção". O resultado é a construção de "textos que são, ao mesmo tempo, obras-primas do jornalismo e da literatura".
Para Dacosta, chavões como objectividade empobrecem o jornalismo e Mailer "fica na história como uma figura de charneira" dessa corrente que, nos Estados Unidos, rompeu com preconceitos existentes no jornalismo, como Truman Capote e Ernest Hemingway.
Em Portugal, o escritor José Cardoso Pires, "fascinado pelo 'novo jornalismo', escreveu dentro dessa linha a 'Balada da Praia dos Cães'", disse.
Por seu lado, o também jornalista e escritor Baptista-Bastos considerou Norman Mailer um "grandessíssimo e importantíssimo escritor, que saiu da linha da grande tradição liberal norte-americana, cujos valores não são os mesmos dos actuais, e é quem mais se aproxima de Ernest Hemingway".
Acrescentou que Mailer era igualmente um "homem violentíssimo", que tinha um enorme "peso por ser judeu" e que interveio sempre de forma "extremamente violenta" na sociedade norte-americana.
Baptista-Bastos, recorda, a propósito, o livro "Os exércitos da noite", publicado em Portugal pela D. Quixote antes do 25 de Abril de 1974 e que foi "imediatamente apreendido pela PIDE"."
Apesar de ser acusado pelas feministas de ser um machista do piorio, e era-o porque até batia nas mulheres, Mailer era um escritor fenomenal", frisou.Fonte: JN.
publicado por armando ésse às 10:16
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Novembro 11 2007

O escritor norte-americano Norman Mailer, (nascido em Long Branch, Nova Jersei, a 31 de Janeiro de 1923), morreu, ontem, no Hospital de Mount Sinai, em Nova Iorque, Estados Unidos, de insuficiência renal, informou J. Michael Lennon, o seu executor literário e biógrafo oficial. Contava 84 anos.
Duas vezes vencedor do Prémio Pulitzer, Norman Mailer ganhou cedo o epíteto de "enfant terrible" da literatura norte-americana do pós-guerra.
Com opinião formada sobre quase todos os assuntos, o escritor combinou um formidável talento para a escrita com uma atitude de lutador de rua. Ligado à contracultura, autor de 11 romances e vários ensaios e peças de teatro, o autor de "Os nus e os mortos" foi um dos intelectuais mais famosos dos Estados Unidos.
Com escritores como Gore Vidal, Tom Wolfe e John Updike, fez parte de um clube único de novelistas e ensaístas que desafiaram e, muitas vezes, ultrajaram os leitores, com as suas reflexões sobre a vida, história e moralidade norte-americanas.
Co-fundador da revista alternativa nova-iorquina "Village Voice", Norman Mailer é também um dos pais do "novo jornalismo", que ajudou a divulgar a partir dos anos 60, com artigos em dezenas de jornais e revistas.
"O fantasma de Hitler" é a sua obra mais recente lançada em Portugal, onde estão também editados "Os nus e os mortos", "O canto do carrasco" (Prémio Pulitzer em 1979), "Os duros não dançam", "O exército da noite" (Prémio Pulitzer em 1968) e "Um sonho americano".
Elogiado e criticado ao mesmo tempo e com a mesma veemência, a primeira obra significativa de Norman Mailer foi o já referido "Os nus e os mortos", de 1948."Deaths for the Ladies and Other Disasters" é o livro de poesia, lançado em 1962.
Dirigiu, ainda, quatro filmes, entre 1967 e 1987 "Wild 90", "Beyond the Law", "Maidstone" e "Tough Guys Don't Dance".
No final dos anos 40, trabalhou em Hollywood como argumentista e o seu terceiro romance, "O Parque dos Veados", é sobre a corrupção dos valores naquele meio cinematográfico. Em 1973, escreveu "Marilyn", sobre a loura estrela de cinema.
Candidato independente a "mayor" de Nova Iorque em 1969, Norman Mailer foi sempre muito crítico da autoridade institucional do seu país.
Apesar de, quando atingiu a meia idade, ter abandonado muitos dos vícios que ostentava (nos quais não faltavam as drogas e o álcool), para muitos críticos, Norman Mailer permaneceu como a autêntica e ultrajante voz de toda uma geração.
"Norman Mailer revolucionou o grande jornalismo do século XX e, como consequência, o próprio romance de actualidade", declarou o jornalista e escritor Fernando Dacosta.
"De maneira muito habilidosa, Mailer parte de factos concretos, de acontecimentos e figuras reais e depois conta a história disso usando as técnicas da grande ficção". O resultado é a construção de "textos que são, ao mesmo tempo, obras-primas do jornalismo e da literatura".
Para Dacosta, chavões como objectividade empobrecem o jornalismo e Mailer "fica na história como uma figura de charneira" dessa corrente que, nos Estados Unidos, rompeu com preconceitos existentes no jornalismo, como Truman Capote e Ernest Hemingway.
Em Portugal, o escritor José Cardoso Pires, "fascinado pelo 'novo jornalismo', escreveu dentro dessa linha a 'Balada da Praia dos Cães'", disse.
Por seu lado, o também jornalista e escritor Baptista-Bastos considerou Norman Mailer um "grandessíssimo e importantíssimo escritor, que saiu da linha da grande tradição liberal norte-americana, cujos valores não são os mesmos dos actuais, e é quem mais se aproxima de Ernest Hemingway".
Acrescentou que Mailer era igualmente um "homem violentíssimo", que tinha um enorme "peso por ser judeu" e que interveio sempre de forma "extremamente violenta" na sociedade norte-americana.
Baptista-Bastos, recorda, a propósito, o livro "Os exércitos da noite", publicado em Portugal pela D. Quixote antes do 25 de Abril de 1974 e que foi "imediatamente apreendido pela PIDE"."
Apesar de ser acusado pelas feministas de ser um machista do piorio, e era-o porque até batia nas mulheres, Mailer era um escritor fenomenal", frisou.Fonte: JN.
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