O senhor que se seguiu foi Michael Wilding, um actor inglês 20 anos mais velho. Desta vez o matrimónio durou cinco anos e gerou dois filhos. Liz divorciou-se de Wilding em 1957 e conseguiu estar assim durante algumas horas. Antes que o diabo esfregasse o olho, casou-se com Mike Todd, o produtor de «A Volta ao Mundo em 80 Dias». Consta que Todd foi um dos dois grandes amores da vida dela, o outro, toda a gente sabe, foi Richard Burton. Um ano e meio depois, Liz Taylor ficou viúva: o avião particular do produtor caiu no Novo México com ele a bordo.
Num desses golpes em que o destino é fértil, o melhor amigo de Mike Todd, o cantor Eddie Fisher, estava à mão de semear para a consolar. E consolou-a tão bem que acabaram por casar. Para tornar a coisa mais picante, Eddie Fisher era casado com a melhor amiga de Liz, a actriz Debbie Reynolds.
Burton morreu em 1984, mas Liz Taylor ainda tinha pelo menos mais dois casamentos para aviar: o primeiro com um senador americano e o segundo com um camionista. O senador chamava-se John Warner, e parece que redundou no matrimónio mais chato de todos, pois Liz fez a promessa de se dedicar às lides caseiras. O camionista era um tal Larry Fortensky, 22 anos mais jovem que a actriz. Passado algum tempo Liz trocou o camionista pelo milionário texano Tony Rollan, de 30 anos.
Em 1950 tem o seu primeiro grande sucesso nesta segunda fase da sua carreira no filme Father of the Bride, com Spencer Tracy. No ano seguinte divide o ecrã com Montgomery Clift em A Place in the Sun. A sua sensualidade é avassaladora e Hollywood cai imediatamente aos seus pés.
A primeira metade dos anos 50 é pouco prolífera em grandes papéis, mas em 1956 a actriz entra em The Giant, ao lado De James Dean e Rock Hudson, voltando a afirmar-se como a actriz de uma geração. No ano seguinte é nomeada ao Óscar pelo filme Raintree Country. Começa aí a brilhante sucessão de papéis de Liz Taylor que terminará apenas em 1968. Nos anos seguintes entra em Cat on a Hot Thin Roof, Suddenly Last Summer e Butterfield 8. Com este último filme, conquista o seu primeiro Óscar, à quarta nomeação. No entanto esse foi um prémio de simpatia. O seu terceiro marido, Michael Tood, tinha morrido semanas antes num desastre de aviação e a própria Taylor estava ás portas da morte. O Óscar para uma moribunda acabou por ser apenas o primeiro de uma carreira que ainda tinha muito para dar.
Elizabeth Taylor era com 36 anos a maior estrela de Hollywood. No entanto os seus insistentes problemas de saúde, acompanhados pela forte dependência do álcool, terminaram com a carreira da actriz antes dos 40 anos.