A decisão foi tomada por uma comissão de especialistas, criada no Festival de Cinema de Veneza e apoiada pelo ministério da Cultura italiano, que hoje apresentou a lista dos filmes na Casa do Cinema, em Roma.
As 100 películas foram seleccionadas do período entre 1942 e 1978, ou seja, desde o princípio do "neo-realismo" italiano, surgido na Segunda Guerra Mundial, aos chamados "anos de chumbo", na década de 70, quando o país sofreu graves atentados de carácter político.
O realizador que se destaca do conjunto é Fellini, que conta com sete filmes na lista, entre os quais "La Strada" (1954), "La Dolce Vita" (1960), "Oito e Meio" (1963) e "Amarcord" (1974).
Segue-se-lhe Luchino Visconti, com seis filmes, desde "Obsessão" (1943) até "O Leopardo" (1963) e, logo atrás, Vittorio di Sica, com cinco, incluindo "Ladrões de Bicicletas" (1948). Rosi também tem cinco filmes, destacando-se "Salvatore Giuliano" de 1962.
Bernardo Bertolucci, tem dois filmes nesta lista, "Il Conformista" (1970 e "Novecento" (1976), tantos como Ettore Scola, "C'eravamo tanto amati" (1974) e "Una giornata particolare" (1977) e como Pier Paolo Pasolini, "Comizi d'amore" (1965) e "Uccellacci e uccellini" (1966).
Também constam da lista "Europa 51" e "Roma, Cidade Aberta" (1951), de Roberto Rossellini, e "Polícias e Ladrões" (1951), de Mário Monicelli.
Juntamente com os filmes destes e outros cineastas, também ficarão preservados os rostos de actores e actrizes como Vittorio Gassman, Marcelo Mastroianni, Toto, Alberto Sordi, Silvana Mangano, Anna Magnani, Gina Lollobrigida e Sophia Loren.