A FÁBRICA

Março 18 2008

As recentes manifestações em Lassa, capital do Tibete, que começaram a 10 de Março, data comemorativa de uma fracassada revolta em 1959, contra a anexação por parte da China, começam a abrir brechas, na coesão do movimento olímpico.
Além de terem, segundo as autoridades chinesas, custado a vida a 13 pessoas, mas com organizações tibetanas a dizerem ser mais de uma centena, voltaram a colocar a questão da anexação do Tibete na ordem do dia e trouxeram para a mesa, a possibilidade de um boicote internacional aos Jogos Olímpicos.
Os presidentes dos Comités Olímpicos Europeus (COE), que estiveram ontem na Eslovénia, numa reunião de ministros da União Europeia, discutiram o assunto e negaram a hipótese de boicote. “O desporto não se deve misturar com a política”, defendeu Patrick Hickey, presidente do COE, que garante que nenhum Governo manifestou intenção de boicotar os Jogos Olímpicos.
No entanto, o presidente do comité suíço, Joerg Schild, disse na mesma conferência de imprensa que “não nos podemos limitar a observar e nada dizer”, e havia quem avisasse os chineses que podem “ter prejuízos financeiros e morais”.
Do lado de chinês fala-se em conspiração internacional: “Há forças anti-China no Ocidente que vêem os Jogos como uma oportunidade para forçar uma mudança política”.
Por seu lado o Dalai Lama, o líder espiritual dos tibetanos, recusa a ideia de fazer um boicote, por considerar que a China merece acolher os Jogos Olímpicos, no entanto, anunciou que poderá renunciar ao seu lugar se a situação no Tibete piorar. O Dalai Lama salientou que os chineses tratam os tibetanos como “cidadãos de segunda classe” no seu próprio território. O líder afirmou ainda que, para proteger a sua herança cultural, os tibetanos necessitam de total autonomia. Quanto ao surto de violência, disse ser “errado”.
Apesar das permanentes violações dos direitos humanos na China, a comunidade internacional deverá encontrar outras formas de pressionar o governo chinês e não boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim.
Com boicote ou sem boicote, a China continuará a ser um país autoritário, o Tibete continuará anexado, o Taiwan/R.O.C. não será reconhecido como país, pela maioria da comunidade internacional, os cidadãos estarão privados dos direitos fundamentais, os jornalistas e bloggers serão perseguidos e detidos - a liberdade de expressão, neste país, é uma metáfora - os detidos continuarão a ser espancados e torturados e a pena de morte, continuará a ser uma sentença usada frequentemente.
O boicote aos Jogos Olímpicos não levará a lado nenhum, excepto que prejudica de uma forma irreversível, os artistas do espectáculo: os atletas, como ficou demonstrado nos boicotes às Olimpíadas de 1980 em Moscovo e de 1984 em Los Angeles.
publicado por armando ésse às 10:55

Março 18 2008

As recentes manifestações em Lassa, capital do Tibete, que começaram a 10 de Março, data comemorativa de uma fracassada revolta em 1959, contra a anexação por parte da China, começam a abrir brechas, na coesão do movimento olímpico.
Além de terem, segundo as autoridades chinesas, custado a vida a 13 pessoas, mas com organizações tibetanas a dizerem ser mais de uma centena, voltaram a colocar a questão da anexação do Tibete na ordem do dia e trouxeram para a mesa, a possibilidade de um boicote internacional aos Jogos Olímpicos.
Os presidentes dos Comités Olímpicos Europeus (COE), que estiveram ontem na Eslovénia, numa reunião de ministros da União Europeia, discutiram o assunto e negaram a hipótese de boicote. “O desporto não se deve misturar com a política”, defendeu Patrick Hickey, presidente do COE, que garante que nenhum Governo manifestou intenção de boicotar os Jogos Olímpicos.
No entanto, o presidente do comité suíço, Joerg Schild, disse na mesma conferência de imprensa que “não nos podemos limitar a observar e nada dizer”, e havia quem avisasse os chineses que podem “ter prejuízos financeiros e morais”.
Do lado de chinês fala-se em conspiração internacional: “Há forças anti-China no Ocidente que vêem os Jogos como uma oportunidade para forçar uma mudança política”.
Por seu lado o Dalai Lama, o líder espiritual dos tibetanos, recusa a ideia de fazer um boicote, por considerar que a China merece acolher os Jogos Olímpicos, no entanto, anunciou que poderá renunciar ao seu lugar se a situação no Tibete piorar. O Dalai Lama salientou que os chineses tratam os tibetanos como “cidadãos de segunda classe” no seu próprio território. O líder afirmou ainda que, para proteger a sua herança cultural, os tibetanos necessitam de total autonomia. Quanto ao surto de violência, disse ser “errado”.
Apesar das permanentes violações dos direitos humanos na China, a comunidade internacional deverá encontrar outras formas de pressionar o governo chinês e não boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim.
Com boicote ou sem boicote, a China continuará a ser um país autoritário, o Tibete continuará anexado, o Taiwan/R.O.C. não será reconhecido como país, pela maioria da comunidade internacional, os cidadãos estarão privados dos direitos fundamentais, os jornalistas e bloggers serão perseguidos e detidos - a liberdade de expressão, neste país, é uma metáfora - os detidos continuarão a ser espancados e torturados e a pena de morte, continuará a ser uma sentença usada frequentemente.
O boicote aos Jogos Olímpicos não levará a lado nenhum, excepto que prejudica de uma forma irreversível, os artistas do espectáculo: os atletas, como ficou demonstrado nos boicotes às Olimpíadas de 1980 em Moscovo e de 1984 em Los Angeles.
publicado por armando ésse às 10:55

Março 18 2008

O realizador britânico Anthony Minghella, nascido na Ilha de Wight, a 6 de Janeiro de 1954, morreu hoje aos 54 anos, anunciou a sua agente, Leslee Dart.
A causa oficial da sua morte foi uma hemorragia cerebral, depois de na semana passada ter sido operado a um tumor no pescoço.
Anthony Minghella venceu o Óscar de 1996 de melhor realizador pela película “O Paciente Inglês” uma adaptação do romance de Michael Ondaatje, "O Doente Inglês", filme que conquistou nove estatuetas douradas, no total.
Em 1999 foi nomeado para o Óscar de melhor argumento adaptado por "O Talentoso Mr. Ripley". Realizou ainda “Assalto e Intromissão” (2006), “Cold Mountain” (2003) e “Um Fantasma do Coração” (1990), o seu primeiro filme.
Recentemente esteve a filmar no Botswana uma adaptação do romance “The No. 1 Ladies‘ Detective Agency”, de Alexander McCall Smith. Minghella produziu ainda vários filmes, entre os quais “Michael Clayton - uma questão de consciência” e “O Americano Aranquilo”. Em 2006 produziu a ópera “Madame Butterfly”, de Puccini, para a Ópera Metropolitana de Nova Iorque, que lhe valeu um prémio Olivier.
Foi ainda presidente do Instituto do Cinema do Reino Unido e detinha com Sidney Pollack a produtora Mirage Enterprises. Com agências.
publicado por armando ésse às 00:06
Tags:

Março 18 2008

O realizador britânico Anthony Minghella, nascido na Ilha de Wight, a 6 de Janeiro de 1954, morreu hoje aos 54 anos, anunciou a sua agente, Leslee Dart.
A causa oficial da sua morte foi uma hemorragia cerebral, depois de na semana passada ter sido operado a um tumor no pescoço.
Anthony Minghella venceu o Óscar de 1996 de melhor realizador pela película “O Paciente Inglês” uma adaptação do romance de Michael Ondaatje, "O Doente Inglês", filme que conquistou nove estatuetas douradas, no total.
Em 1999 foi nomeado para o Óscar de melhor argumento adaptado por "O Talentoso Mr. Ripley". Realizou ainda “Assalto e Intromissão” (2006), “Cold Mountain” (2003) e “Um Fantasma do Coração” (1990), o seu primeiro filme.
Recentemente esteve a filmar no Botswana uma adaptação do romance “The No. 1 Ladies‘ Detective Agency”, de Alexander McCall Smith. Minghella produziu ainda vários filmes, entre os quais “Michael Clayton - uma questão de consciência” e “O Americano Aranquilo”. Em 2006 produziu a ópera “Madame Butterfly”, de Puccini, para a Ópera Metropolitana de Nova Iorque, que lhe valeu um prémio Olivier.
Foi ainda presidente do Instituto do Cinema do Reino Unido e detinha com Sidney Pollack a produtora Mirage Enterprises. Com agências.
publicado por armando ésse às 00:06
Tags:

mais sobre mim
Março 2008
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11
14


23
29

31


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO