A FÁBRICA

Março 20 2008

Faz hoje cinco anos que, à revelia do Direito Internacional e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, se iniciou uma nova forma de fazer guerra – a guerra preventiva -, para quem não está de acordo com as decisões arbitrárias americanas. A justificação para o começo da Guerra eram, provas forjadas pela CIA, que o regime de Saddam Hussein, possuía armas de destruição massiva, e dava cobertura a Al-Qaeda mas na realidade escondia a ambição americana, de ocupar os campos petrolíferos iraquianos, as segundas maiores reservas de “ouro negro” mundiais. A prová-lo está o facto de, durante a operação “Liberdade Iraquiana”, os americanos se preocuparem principalmente com os poços de petróleo, para os controlarem e para evitarem que os iraquianos os incendiassem.
Quatro dias após a “Cimeira da Guerra”, realizada nos Açores, a guerra chega a Bagdad ao amanhecer, às 05h35 (menos três horas em Lisboa), com três vagas de bombardeamentos – aéreos e com mísseis disparados de navios – alegadamente dirigidos a locais onde se encontrariam altos dirigentes do regime, nomeadamente, o próprio Saddam Hussein. Momentos depois, uma televisão iraquiana mostrava Saddam a falar ao país, reagindo ao ataque, e a prometer uma vitória sobre os americanos.
Por seu lado o presidente americano, George W. Bush, confirmava na Sala Oval da Casa Branca: "as forças da coligação começaram a atacar alvos de importância militar". O objectivo, assegurava Bush, era claro: "o povo dos Estados Unidos, os seus amigos e os seus aliados não viverão à mercê de um regime fora-da-lei que ameaça a paz com armas de destruição massiva".
A guerra no Iraque, que marca profundamente os dois mandatos de George W. Bush e da sua Administração, à frente dos destinos dos EUA e terá custado, segundo o Professor Joseph Stiglitz, Premio Nobel da Economia (2001) e ex-economista chefe do Banco Mundial, cerca de três biliões de dólares aos cofres de Washington. No seu livro The Three Trillion Dollar War”, afirma que o custa da Guerra do Golfo, poderá superar o custo da II Guerra Mundial se forem contados os gastos médicos e com pensões para soldados feridos. O Pentágono desmente estes números, calculando que foram gastos 500 mil milhões de dólares, apesar de o Congresso americano já ter disponibilizado directamente mais de 850 mil milhões de dólares.
A Guerra do Golfo, também tem elevados custos humanos, cem mil mortos confirmados e entre 500 mil e um milhão estimados, do lado iraquiano e perto de quatro mil baixas entre as forças norte-americanas e 30.000 feridos em combate..
A violência sectária, que durante 2006 ameaçou arrastar o país para uma guerra civil, diminui, principalmente em Bagdad mas a capital é ainda palco de atentados, que deixam dezenas de vítimas civis a cada ataque. O Exército norte-americano, que mantém um contingente de cerca de 160.000 soldados é frequentemente alvo de ataques audazes.
A relativa calma é atribuída ao envio de reforços norte-americanos em Fevereiro de 2007, e a uma estratégia de mobilização, por meio de financiamento, de grupos de insurgentes sunitas e a uma trégua unilateral da principal milícia xiita. A estabilidade é frágil e o número de civis iraquianos mortos, voltou a subir no início de 2008, após uma queda acentuada no final de 2007.
Mas, se a guerra pôs fim a 23 anos de uma brutal ditadura com a eliminação de Saddam Hussein, as promessas de estabilidade e prosperidade feitas aos iraquianos continuam longe de ser cumpridas. A economia, preocupação principal para os 25 milhões de iraquianos depois da segurança, não existe, excepto a produção e exportação de petróleo. O desemprego, atinge 65% da população activa. Os serviços públicos básicos, como o fornecimento de água e electricidade não foram restabelecidos, bairros inteiros de Bagdad continuam totalmente às escuras. Quanto à democracia, que os americanos queriam instaurar no Iraque, é demasiado cedo para podermos escrever, o que quer que seja, com o mínimo de certeza.
A guerra que o Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, falava que duraria de «seis dias a seis semanas», está ao fim de cinco anos, muito longe do seu fim.
publicado por armando ésse às 08:41

Março 20 2008

Faz hoje cinco anos que, à revelia do Direito Internacional e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, se iniciou uma nova forma de fazer guerra – a guerra preventiva -, para quem não está de acordo com as decisões arbitrárias americanas. A justificação para o começo da Guerra eram, provas forjadas pela CIA, que o regime de Saddam Hussein, possuía armas de destruição massiva, e dava cobertura a Al-Qaeda mas na realidade escondia a ambição americana, de ocupar os campos petrolíferos iraquianos, as segundas maiores reservas de “ouro negro” mundiais. A prová-lo está o facto de, durante a operação “Liberdade Iraquiana”, os americanos se preocuparem principalmente com os poços de petróleo, para os controlarem e para evitarem que os iraquianos os incendiassem.
Quatro dias após a “Cimeira da Guerra”, realizada nos Açores, a guerra chega a Bagdad ao amanhecer, às 05h35 (menos três horas em Lisboa), com três vagas de bombardeamentos – aéreos e com mísseis disparados de navios – alegadamente dirigidos a locais onde se encontrariam altos dirigentes do regime, nomeadamente, o próprio Saddam Hussein. Momentos depois, uma televisão iraquiana mostrava Saddam a falar ao país, reagindo ao ataque, e a prometer uma vitória sobre os americanos.
Por seu lado o presidente americano, George W. Bush, confirmava na Sala Oval da Casa Branca: "as forças da coligação começaram a atacar alvos de importância militar". O objectivo, assegurava Bush, era claro: "o povo dos Estados Unidos, os seus amigos e os seus aliados não viverão à mercê de um regime fora-da-lei que ameaça a paz com armas de destruição massiva".
A guerra no Iraque, que marca profundamente os dois mandatos de George W. Bush e da sua Administração, à frente dos destinos dos EUA e terá custado, segundo o Professor Joseph Stiglitz, Premio Nobel da Economia (2001) e ex-economista chefe do Banco Mundial, cerca de três biliões de dólares aos cofres de Washington. No seu livro The Three Trillion Dollar War”, afirma que o custa da Guerra do Golfo, poderá superar o custo da II Guerra Mundial se forem contados os gastos médicos e com pensões para soldados feridos. O Pentágono desmente estes números, calculando que foram gastos 500 mil milhões de dólares, apesar de o Congresso americano já ter disponibilizado directamente mais de 850 mil milhões de dólares.
A Guerra do Golfo, também tem elevados custos humanos, cem mil mortos confirmados e entre 500 mil e um milhão estimados, do lado iraquiano e perto de quatro mil baixas entre as forças norte-americanas e 30.000 feridos em combate..
A violência sectária, que durante 2006 ameaçou arrastar o país para uma guerra civil, diminui, principalmente em Bagdad mas a capital é ainda palco de atentados, que deixam dezenas de vítimas civis a cada ataque. O Exército norte-americano, que mantém um contingente de cerca de 160.000 soldados é frequentemente alvo de ataques audazes.
A relativa calma é atribuída ao envio de reforços norte-americanos em Fevereiro de 2007, e a uma estratégia de mobilização, por meio de financiamento, de grupos de insurgentes sunitas e a uma trégua unilateral da principal milícia xiita. A estabilidade é frágil e o número de civis iraquianos mortos, voltou a subir no início de 2008, após uma queda acentuada no final de 2007.
Mas, se a guerra pôs fim a 23 anos de uma brutal ditadura com a eliminação de Saddam Hussein, as promessas de estabilidade e prosperidade feitas aos iraquianos continuam longe de ser cumpridas. A economia, preocupação principal para os 25 milhões de iraquianos depois da segurança, não existe, excepto a produção e exportação de petróleo. O desemprego, atinge 65% da população activa. Os serviços públicos básicos, como o fornecimento de água e electricidade não foram restabelecidos, bairros inteiros de Bagdad continuam totalmente às escuras. Quanto à democracia, que os americanos queriam instaurar no Iraque, é demasiado cedo para podermos escrever, o que quer que seja, com o mínimo de certeza.
A guerra que o Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, falava que duraria de «seis dias a seis semanas», está ao fim de cinco anos, muito longe do seu fim.
publicado por armando ésse às 08:41

Março 20 2008
Advertising Agency: FCB Cape Town, South Africa
Creative Director: Francois de Villiers
Art Director: Anthony de Klerk
Copywriter: Marius van Rensburg
Photographer: Chad Henning
publicado por armando ésse às 07:32

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Março 20 2008

Novembro 26, 2001 – O presidente norte-americano, George W. Bush, fala em recurso à força, se o Iraque persistir em não autorizar o regresso dos inspectores de armamento da ONU.
Janeiro 29, 2002 – Bush afirma que o Iraque, o Irão e a Coreia do Norte formam um "eixo do mal" contra o qual promete agir.
Março 19 – O director da CIA, George Tenet, declara que Bagdad manteve contactos com a rede Al-Qaeda e que não se pode excluir que o Iraque ou o Irão tenham apoiado os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Junho 20 – Quatro mortos e 10 feridos durante ataques aéreos de aviões norte-americanos e britânicos no sul do Iraque. Estes ataques quase semanais redobram de intensidade no final de 2002, início de 2003.
Julho 08 – Washington utilizará «todos os meios» para derrubar Saddam Hussein, declara Bush.
Julho 12/14 – Oficiais iraquianos no exílio e representantes da oposição constituem em Londres um "Conselho Militar" para derrubar Saddam Hussein.
Agosto 01 – Washington renova por um ano o embargo económico e financeiro a Bagdad.
Agosto 02 – O Iraque convida o chefe dos inspectores da ONU, Hans Blix, a ir a Bagdad, para discutir o retomar das inspecções interrompidas desde 1998.
Agosto 29 – O presidente francês, Jacques Chirac, condena perante a conferência de embaixadores qualquer acção militar "unilateral e preventiva" dos Estados Unidos contra o Iraque, afirmando que esta decisão pertence ao Conselho de Segurança da ONU se Bagdad recusar o regresso "sem condições" dos inspectores em desarmamento.
Setembro 09 – Numa entrevista ao New York Times, Chirac evoca o princípio da dupla resolução: uma recordando a Bagdad as suas obrigações em termos de desarmamento, a segunda encarando o recurso à força se o Iraque não respeitar a vontade internacional.
Setembro 10 – O Iraque apela aos árabes para agirem contra "os interesses materiais e humanos" norte-americanos em todo o mundo em caso de ataque dos Estados Unidos.
Setembro 12 – Na 57.ª Assembleia-geral da ONU, Bush intima o Iraque a desarmar-se «imediatamente». Na mesma ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Dominique de Villepin, alerta para os riscos de desestabilização do Médio Oriente.
Setembro 16 – O Iraque aceita o regresso sem condições dos inspectores de armamento da ONU.
Outubro 02 – Washington desbloqueia uma ajuda de oito milhões de dólares para a oposição iraquiana.
Outubro 11 – Transferência para o Kuwait dos quartéis-generais do 5º Corpo do Exército dos Estados Unidos na Europa e da 1ª Força Expedicionária dos Fuzileiros, sedeada na Califórnia (1.000 homens).
Outubro 21 – Os Estados Unidos apresentam ao Conselho de Segurança da ONU um projecto "revisto" da resolução sobre o desarmamento iraquiano.
Novembro 02 – O porta-aviões USS Constellation e seis outros navios são preparados em San Diego (Califórnia) para partir para o Golfo.
Novembro 08 – O Conselho de Segurança da ONU adopta por unanimidade a resolução 1441 sobre o desarmamento do Iraque. Apresentada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, a resolução foi "retocada" por diversas vezes sob pressão de Paris e Moscovo. A resolução 1441 é aceite no dia 13 por Bagdad.
Novembro 25 – Os Estados Unidos bloqueiam a renovação do programa «Petróleo por Alimentos», que é posteriormente prolongado por nove dias.
Dezembro 04 – Aprovação da resolução 1447, que renova aquele programa por seis meses.
Dezembro 07 – O Iraque entrega aos inspectores, um dia antes do prazo limite, o relatório sobre o seu arsenal, com 11.807 páginas.
Dezembro 09 – George W. Bush pede ao Pentágono para atribuir a grupos de opositores iraquianos 92 milhões de dólares em treino e equipamento militar.
Janeiro 01 2003 – Envio de uma divisão de infantaria norte-americana com 17 mil homens para a região do Golfo.
Janeiro 06 – Anunciada a mobilização de cerca de 20 mil reservistas norte – americanos.
Janeiro 07 – O presidente francês, Jacques Chirac, numa mensagem às forças armadas francesas, pede aos militares para que «estejam prontos para qualquer eventualidade», na perspectiva de uma eventual guerra contra o Iraque, continuando a insistir no papel da ONU.
Janeiro 09 – Blix informa o Conselho de Segurança de que o relatório do Iraque deixa muitas perguntas sem resposta.
Janeiro 10 – Ordem de destacamento de 35 mil militares norte-americanos para a região do Golfo.
Janeiro 15 – Os Estados Unidos pedem o eventual apoio da Aliança Atlântica em caso de conflito com o Iraque.
Janeiro 16 – Os inspectores da ONU no Iraque encontram 11 cabeças de mísseis vazias em «excelente» estado num bunker construído nos anos 90.
Janeiro 20 – O Iraque recusa o sobrevoo do seu território por aviões espiões norte-americanos U2, que operam sob mandato da ONU.
Janeiro 21 – O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, afirma em Nova Iorque que o seu país manterá «até ao fim» a sua oposição à guerra e evoca o direito de veto.
Janeiro 22 – Irritado com as tomadas de posição francesas e alemãs contra uma intervenção militar a curto prazo no Iraque, o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, critica «a velha Europa».
Janeiro 26 – O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, faz, em Davos, Suíça, novas acusações de «ligações claras com grupos terroristas, nomeadamente a Al Qaeda».
Janeiro 29 – O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, desmente «categoricamente» qualquer relação iraquiana com a Al Qaeda. O Pentágono admite a presença de militares norte-americanos no norte do Iraque.
Janeiro 30 – Os Estados Unidos ficariam contentes se Saddam Hussein aceitasse exilar-se, declara o presidente Bush. As forças norte-americanas terão acesso ao território de 21 países para uma intervenção militar no Iraque e estão autorizados a atravessar o espaço aéreo de 20 deles, indica o secretário de Estado adjunto, Richard Armitage. Oito dirigentes europeus, de Portugal, Espanha, Grã-Bretanha, Itália, Polónia, Dinamarca, Hungria e República Checa assinam uma carta, elaborada por iniciativa de Madrid, apelando à unidade com os Estados Unidos.
Janeiro 31 – Numa carta a Kofi Annan, Naji Sabri (ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano) pede «ao Governo norte-americano para entregar imediatamente, através do secretário-geral da ONU, todas as provas que diz possuir à UNMOVIC (Comissão de Controlo, Verificação e Inspecções da ONU) e à AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica)». «Se as Nações Unidas decidissem adoptar uma segunda resolução, isso seria bem-vindo, se for um novo sinal de que temos a intenção de desarmar Saddam Hussein», declarou Bush, no final de um encontro com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
Fevereiro 02 – Os Estados Unidos controlarão o Iraque durante "algum tempo" após a sua «libertação», posteriormente «trabalharão no sentido de se instaurar uma administração civil iraquiana», declara Condoleezza Rice, conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush.
Fevereiro 04 – Washington não conseguirá transformar o Conselho de Segurança da ONU num «conselho de guerra», afirma Bagdad, prenunciando a «queda» do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.
Fevereiro 05 – Powell apresenta no Conselho de Segurança «provas» de que o Iraque possui armas de destruição maciça e mantém laços com a rede terrorista Al-Qaeda. Diplomatas europeus deixam a capital iraquiana, incluindo os três diplomatas polacos que dirigiam a secção de interesses norte-americana.
Fevereiro 06 – Exército norte-americano reforça a presença no Kuwait, aumentando para 51 mil o número de homens no emirado. No total, são 110 mil os militares norte-americanos colocados na região.
Fevereiro 07 – Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, fala numa guerra de «seis dias a seis semanas» no Iraque.
Fevereiro 08 – Chefe dos inspectores de armamento da ONU, Hans Blix, e director da AIEA, Mohamed ElBaradei, fazem visita «crucial» a Bagdad. A imprensa alemã revela a existência de um plano franco-alemão prevendo o reforço dos inspectores da ONU e o envio de capacetes azuis europeus, irritando Washington.
Fevereiro 09 – Os Estados Unidos reservam-se o direito de agir em autodefesa contra a ameaça iraquiana, mesmo sem o aval da ONU, diz Condoleezza Rice.
Fevereiro 10 – A França, a Alemanha e a Bélgica declaram-se contra a satisfação do pedido norte-americano de apoio da NATO à Turquia, em caso de conflito no Iraque, recusando entrar numa «lógica de guerra».
Fevereiro 11 – O presidente russo, Vladimir Putin, em visita a França, apoia oficialmente Paris e Berlim no «dossier» iraquiano, sem excluir a utilização do direito de veto no Conselho de Segurança. A cadeia televisiva Al-Jazira divulga uma gravação de som atribuída a Usama bin Laden, em que este afirma que uma guerra contra o Iraque diz respeito a todos os muçulmanos. Para Washington, trata-se de uma «aliança do terror».
Fevereiro 13 – O exército norte-americano ficará no Iraque o tempo que for necessário após uma guerra, segundo Rumsfeld.
Fevereiro 14 – Novo relatório sobre inspecções apresentado por Blix e ElBaradei na ONU indica que não foram encontradas armas de destruição maciça no Iraque. Dominique de Villepin, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, afirma na ocasião que «o uso da força não se justifica neste momento», sendo aplaudido, enquanto a posição dos Estados Unidos fica em minoria. No Vaticano, o Vice-primeiro-ministro Tarek Aziz assegura ao Papa a vontade de cooperação do Iraque.
Fevereiro 15 – Centenas de milhar de pessoas manifestaram-se nas principais cidades norte-americanas contra a guerra no Iraque. Manifestações mobilizam em todo o mundo, sobretudo na Europa, 10 milhões de pessoas. O cardeal Roger Etchegaray, enviado especial do Papa a Bagdad, declara, após um encontro com Saddam Hussein, ter a impressão de que o líder iraquiano «deseja evitar a guerra».
Fevereiro 22 – Hans Blix envia carta ao Iraque a exigir a destruição dos mísseis Al-Samud 2 e dá prazo até 1 de Março para Bagdad começar a destrui-los. O Pentágono anuncia a presença de 210 mil militares a postos para a guerra na região do Golfo.
Fevereiro 24 – Washington apresenta na ONU um novo projecto de resolução sobre o Iraque, subscrito pelo Reino Unido e Espanha. A França, apoiada pela Rússia e a Alemanha, avança com um memorando, indicando que a opção militar é «último recurso». Entrevistado pelo jornalista Dan Rather, da estação de televisão norte-americana CBS, Saddam Hussein nega que o país tenha mísseis proibidos, rejeita a hipótese de exílio e desafia o presidente norte-americano para um frente-a-frente televisivo.
Fevereiro 25 – Só um «desarmamento completo» do Iraque pode evitar a guerra. A adopção de uma nova resolução seria «útil», mas não indispensável, diz Bush.
Fevereiro 26 – Os Estados Unidos não querem governar o Iraque, garante representante do presidente Bush à oposição iraquiana, reunida no norte do Iraque. Bush divulga plano político para o Iraque, considerando que um novo regime democrático seria um exemplo para os outros países da região.
Fevereiro 28 – O chefe dos inspectores da ONU, Hans Blix, entrega ao Conselho de Segurança relatório trimestral sobre desarmamento iraquiano, constatando resultados modestos.
Março 01 – Número dois do regime iraquiano, Ezzat Ibrahim, garante que o seu país fará tudo para evitar a guerra, mas está preparado para «combater os invasores». Bagdad procede à destruição de primeiro míssil Al-Samud 2, cujo alcance é superior ao permitido pela ONU. Bagdad sempre negara que os mísseis tivessem alcance superior a 150 quilómetros e recusara a sua destruição. Cimeira da Liga Árabe repudia em absoluto ataque contra o Iraque, mas o seu envolvimento na crise fica aquém dos desejos de Bagdad.
Março 02 – Iraque destrói seis mísseis Al-Samud 2 (10 em dois dias), mas ameaça parar se o conflito se tornar inevitável.
Março 03 – Seis iraquianos foram mortos e 15 ficaram feridos num bombardeamento de aviões norte-americanos e britânicos a Bassorá, no sul do Iraque, segundo um porta-voz militar em Bagdad.
Março 07 – Sessão pública no Conselho de Segurança: Hans Blix e Mohamed ElBaradei apresentam relatório encorajando as inspecções no Iraque e Colin Powell conclui que Bagdad continua a não facultar a cooperação «imediata, activa e incondicional» que lhe é pedida pela ONU. Rejeitando qualquer ideia de ultimato, Villepin propõe o voto da segunda resolução ao nível dos chefes de Estado e de Governo.
Março 09 – Washington indica que «o tempo está praticamente esgotado», numa alusão à data-limite para o desarmamento, 17 de Março, incluída no projecto de resolução anglo-hispano-americano. Bagdad acusa os Estados Unidos de estarem determinados a avançar com a guerra apesar dos esforços iraquianos de desarmamento.
Março 10 – Rússia anuncia veto a uma resolução que autorize o recurso à força no Iraque, Casa Branca declara-se decepcionada se tal vier a acontecer, acreditando ainda que tanto Moscovo como Paris poderão mudar de opinião. Ofensivas diplomáticas britânicas e francesa junto dos três países africanos com assento no Conselho de Segurança da ONU e classificados de «indecisos» (Angola, Camarões e Guiné).
Março 16 – Cimeira das Lajes, nos Açores, reúne presidente norte- americano, George W. Bush, e primeiros-ministros britânico, Tony Blair, espanhol, José María Aznar, e português, José Manuel Durão Barroso. Dela sai um duplo ultimato de 24 horas: ao Iraque, para que se desarme, e ao Conselho de Segurança, para que chegue a um consenso sobre a crise iraquiana na sua reunião de 17 de Março, dia a que Bush chamou «o momento da verdade».
Março 17 – O presidente norte-americano recomenda aos inspectores em desarmamento da ONU que abandonem o Iraque. Estados Unidos, Grã-Bretanha e Espanha retiram o projecto de resolução para a luz verde do Conselho de Segurança a uma ofensiva militar visando derrubar o regime de Saddam Hussein, evocando o veto prometido por Paris. Bush faz um ultimato ao Presidente iraquiano, intimando Saddam Hussein e os seus filhos a abandonarem o país em 48 horas, ou a enfrentarem uma ofensiva militar dos Estados Unidos e dos seus aliados, principalmente o Reino Unido.
Março 18 – Saddam Hussein rejeita o ultimato de Bush e promete uma derrota às tropas norte-americanas.
Março 19 – Acentua-se a movimentação de tropas dos EUA e da coligação no norte do Kuwait, junto à fronteira com o Iraque. Forças norte-americanas e britânicas dirigem-se para a zona desmilitarizada criada na fronteira entre o Kuwait e o Iraque depois da guerra do Golfo, em 1991, que atravessarão assim que for dada a ordem para a invasão. O exército norte-americano anuncia que 18 soldados iraquianos depuseram as armas e atravessaram a fronteira para se renderem às forças da coligação no norte do Kuwait. Os Estados Unidos têm na região do Golfo 255 mil homens, apoiados por mais de 700 aviões, além de helicópteros, navios e blindados.
Março 20 – A guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido contra o Iraque começa ás 05h35, com três vagas de bombardeamentos, aéreos e com mísseis disparados de navios.
publicado por armando ésse às 07:29

Março 20 2008

Novembro 26, 2001 – O presidente norte-americano, George W. Bush, fala em recurso à força, se o Iraque persistir em não autorizar o regresso dos inspectores de armamento da ONU.
Janeiro 29, 2002 – Bush afirma que o Iraque, o Irão e a Coreia do Norte formam um "eixo do mal" contra o qual promete agir.
Março 19 – O director da CIA, George Tenet, declara que Bagdad manteve contactos com a rede Al-Qaeda e que não se pode excluir que o Iraque ou o Irão tenham apoiado os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Junho 20 – Quatro mortos e 10 feridos durante ataques aéreos de aviões norte-americanos e britânicos no sul do Iraque. Estes ataques quase semanais redobram de intensidade no final de 2002, início de 2003.
Julho 08 – Washington utilizará «todos os meios» para derrubar Saddam Hussein, declara Bush.
Julho 12/14 – Oficiais iraquianos no exílio e representantes da oposição constituem em Londres um "Conselho Militar" para derrubar Saddam Hussein.
Agosto 01 – Washington renova por um ano o embargo económico e financeiro a Bagdad.
Agosto 02 – O Iraque convida o chefe dos inspectores da ONU, Hans Blix, a ir a Bagdad, para discutir o retomar das inspecções interrompidas desde 1998.
Agosto 29 – O presidente francês, Jacques Chirac, condena perante a conferência de embaixadores qualquer acção militar "unilateral e preventiva" dos Estados Unidos contra o Iraque, afirmando que esta decisão pertence ao Conselho de Segurança da ONU se Bagdad recusar o regresso "sem condições" dos inspectores em desarmamento.
Setembro 09 – Numa entrevista ao New York Times, Chirac evoca o princípio da dupla resolução: uma recordando a Bagdad as suas obrigações em termos de desarmamento, a segunda encarando o recurso à força se o Iraque não respeitar a vontade internacional.
Setembro 10 – O Iraque apela aos árabes para agirem contra "os interesses materiais e humanos" norte-americanos em todo o mundo em caso de ataque dos Estados Unidos.
Setembro 12 – Na 57.ª Assembleia-geral da ONU, Bush intima o Iraque a desarmar-se «imediatamente». Na mesma ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Dominique de Villepin, alerta para os riscos de desestabilização do Médio Oriente.
Setembro 16 – O Iraque aceita o regresso sem condições dos inspectores de armamento da ONU.
Outubro 02 – Washington desbloqueia uma ajuda de oito milhões de dólares para a oposição iraquiana.
Outubro 11 – Transferência para o Kuwait dos quartéis-generais do 5º Corpo do Exército dos Estados Unidos na Europa e da 1ª Força Expedicionária dos Fuzileiros, sedeada na Califórnia (1.000 homens).
Outubro 21 – Os Estados Unidos apresentam ao Conselho de Segurança da ONU um projecto "revisto" da resolução sobre o desarmamento iraquiano.
Novembro 02 – O porta-aviões USS Constellation e seis outros navios são preparados em San Diego (Califórnia) para partir para o Golfo.
Novembro 08 – O Conselho de Segurança da ONU adopta por unanimidade a resolução 1441 sobre o desarmamento do Iraque. Apresentada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, a resolução foi "retocada" por diversas vezes sob pressão de Paris e Moscovo. A resolução 1441 é aceite no dia 13 por Bagdad.
Novembro 25 – Os Estados Unidos bloqueiam a renovação do programa «Petróleo por Alimentos», que é posteriormente prolongado por nove dias.
Dezembro 04 – Aprovação da resolução 1447, que renova aquele programa por seis meses.
Dezembro 07 – O Iraque entrega aos inspectores, um dia antes do prazo limite, o relatório sobre o seu arsenal, com 11.807 páginas.
Dezembro 09 – George W. Bush pede ao Pentágono para atribuir a grupos de opositores iraquianos 92 milhões de dólares em treino e equipamento militar.
Janeiro 01 2003 – Envio de uma divisão de infantaria norte-americana com 17 mil homens para a região do Golfo.
Janeiro 06 – Anunciada a mobilização de cerca de 20 mil reservistas norte – americanos.
Janeiro 07 – O presidente francês, Jacques Chirac, numa mensagem às forças armadas francesas, pede aos militares para que «estejam prontos para qualquer eventualidade», na perspectiva de uma eventual guerra contra o Iraque, continuando a insistir no papel da ONU.
Janeiro 09 – Blix informa o Conselho de Segurança de que o relatório do Iraque deixa muitas perguntas sem resposta.
Janeiro 10 – Ordem de destacamento de 35 mil militares norte-americanos para a região do Golfo.
Janeiro 15 – Os Estados Unidos pedem o eventual apoio da Aliança Atlântica em caso de conflito com o Iraque.
Janeiro 16 – Os inspectores da ONU no Iraque encontram 11 cabeças de mísseis vazias em «excelente» estado num bunker construído nos anos 90.
Janeiro 20 – O Iraque recusa o sobrevoo do seu território por aviões espiões norte-americanos U2, que operam sob mandato da ONU.
Janeiro 21 – O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Dominique de Villepin, afirma em Nova Iorque que o seu país manterá «até ao fim» a sua oposição à guerra e evoca o direito de veto.
Janeiro 22 – Irritado com as tomadas de posição francesas e alemãs contra uma intervenção militar a curto prazo no Iraque, o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, critica «a velha Europa».
Janeiro 26 – O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, faz, em Davos, Suíça, novas acusações de «ligações claras com grupos terroristas, nomeadamente a Al Qaeda».
Janeiro 29 – O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, desmente «categoricamente» qualquer relação iraquiana com a Al Qaeda. O Pentágono admite a presença de militares norte-americanos no norte do Iraque.
Janeiro 30 – Os Estados Unidos ficariam contentes se Saddam Hussein aceitasse exilar-se, declara o presidente Bush. As forças norte-americanas terão acesso ao território de 21 países para uma intervenção militar no Iraque e estão autorizados a atravessar o espaço aéreo de 20 deles, indica o secretário de Estado adjunto, Richard Armitage. Oito dirigentes europeus, de Portugal, Espanha, Grã-Bretanha, Itália, Polónia, Dinamarca, Hungria e República Checa assinam uma carta, elaborada por iniciativa de Madrid, apelando à unidade com os Estados Unidos.
Janeiro 31 – Numa carta a Kofi Annan, Naji Sabri (ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano) pede «ao Governo norte-americano para entregar imediatamente, através do secretário-geral da ONU, todas as provas que diz possuir à UNMOVIC (Comissão de Controlo, Verificação e Inspecções da ONU) e à AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica)». «Se as Nações Unidas decidissem adoptar uma segunda resolução, isso seria bem-vindo, se for um novo sinal de que temos a intenção de desarmar Saddam Hussein», declarou Bush, no final de um encontro com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.
Fevereiro 02 – Os Estados Unidos controlarão o Iraque durante "algum tempo" após a sua «libertação», posteriormente «trabalharão no sentido de se instaurar uma administração civil iraquiana», declara Condoleezza Rice, conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush.
Fevereiro 04 – Washington não conseguirá transformar o Conselho de Segurança da ONU num «conselho de guerra», afirma Bagdad, prenunciando a «queda» do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell.
Fevereiro 05 – Powell apresenta no Conselho de Segurança «provas» de que o Iraque possui armas de destruição maciça e mantém laços com a rede terrorista Al-Qaeda. Diplomatas europeus deixam a capital iraquiana, incluindo os três diplomatas polacos que dirigiam a secção de interesses norte-americana.
Fevereiro 06 – Exército norte-americano reforça a presença no Kuwait, aumentando para 51 mil o número de homens no emirado. No total, são 110 mil os militares norte-americanos colocados na região.
Fevereiro 07 – Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, fala numa guerra de «seis dias a seis semanas» no Iraque.
Fevereiro 08 – Chefe dos inspectores de armamento da ONU, Hans Blix, e director da AIEA, Mohamed ElBaradei, fazem visita «crucial» a Bagdad. A imprensa alemã revela a existência de um plano franco-alemão prevendo o reforço dos inspectores da ONU e o envio de capacetes azuis europeus, irritando Washington.
Fevereiro 09 – Os Estados Unidos reservam-se o direito de agir em autodefesa contra a ameaça iraquiana, mesmo sem o aval da ONU, diz Condoleezza Rice.
Fevereiro 10 – A França, a Alemanha e a Bélgica declaram-se contra a satisfação do pedido norte-americano de apoio da NATO à Turquia, em caso de conflito no Iraque, recusando entrar numa «lógica de guerra».
Fevereiro 11 – O presidente russo, Vladimir Putin, em visita a França, apoia oficialmente Paris e Berlim no «dossier» iraquiano, sem excluir a utilização do direito de veto no Conselho de Segurança. A cadeia televisiva Al-Jazira divulga uma gravação de som atribuída a Usama bin Laden, em que este afirma que uma guerra contra o Iraque diz respeito a todos os muçulmanos. Para Washington, trata-se de uma «aliança do terror».
Fevereiro 13 – O exército norte-americano ficará no Iraque o tempo que for necessário após uma guerra, segundo Rumsfeld.
Fevereiro 14 – Novo relatório sobre inspecções apresentado por Blix e ElBaradei na ONU indica que não foram encontradas armas de destruição maciça no Iraque. Dominique de Villepin, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, afirma na ocasião que «o uso da força não se justifica neste momento», sendo aplaudido, enquanto a posição dos Estados Unidos fica em minoria. No Vaticano, o Vice-primeiro-ministro Tarek Aziz assegura ao Papa a vontade de cooperação do Iraque.
Fevereiro 15 – Centenas de milhar de pessoas manifestaram-se nas principais cidades norte-americanas contra a guerra no Iraque. Manifestações mobilizam em todo o mundo, sobretudo na Europa, 10 milhões de pessoas. O cardeal Roger Etchegaray, enviado especial do Papa a Bagdad, declara, após um encontro com Saddam Hussein, ter a impressão de que o líder iraquiano «deseja evitar a guerra».
Fevereiro 22 – Hans Blix envia carta ao Iraque a exigir a destruição dos mísseis Al-Samud 2 e dá prazo até 1 de Março para Bagdad começar a destrui-los. O Pentágono anuncia a presença de 210 mil militares a postos para a guerra na região do Golfo.
Fevereiro 24 – Washington apresenta na ONU um novo projecto de resolução sobre o Iraque, subscrito pelo Reino Unido e Espanha. A França, apoiada pela Rússia e a Alemanha, avança com um memorando, indicando que a opção militar é «último recurso». Entrevistado pelo jornalista Dan Rather, da estação de televisão norte-americana CBS, Saddam Hussein nega que o país tenha mísseis proibidos, rejeita a hipótese de exílio e desafia o presidente norte-americano para um frente-a-frente televisivo.
Fevereiro 25 – Só um «desarmamento completo» do Iraque pode evitar a guerra. A adopção de uma nova resolução seria «útil», mas não indispensável, diz Bush.
Fevereiro 26 – Os Estados Unidos não querem governar o Iraque, garante representante do presidente Bush à oposição iraquiana, reunida no norte do Iraque. Bush divulga plano político para o Iraque, considerando que um novo regime democrático seria um exemplo para os outros países da região.
Fevereiro 28 – O chefe dos inspectores da ONU, Hans Blix, entrega ao Conselho de Segurança relatório trimestral sobre desarmamento iraquiano, constatando resultados modestos.
Março 01 – Número dois do regime iraquiano, Ezzat Ibrahim, garante que o seu país fará tudo para evitar a guerra, mas está preparado para «combater os invasores». Bagdad procede à destruição de primeiro míssil Al-Samud 2, cujo alcance é superior ao permitido pela ONU. Bagdad sempre negara que os mísseis tivessem alcance superior a 150 quilómetros e recusara a sua destruição. Cimeira da Liga Árabe repudia em absoluto ataque contra o Iraque, mas o seu envolvimento na crise fica aquém dos desejos de Bagdad.
Março 02 – Iraque destrói seis mísseis Al-Samud 2 (10 em dois dias), mas ameaça parar se o conflito se tornar inevitável.
Março 03 – Seis iraquianos foram mortos e 15 ficaram feridos num bombardeamento de aviões norte-americanos e britânicos a Bassorá, no sul do Iraque, segundo um porta-voz militar em Bagdad.
Março 07 – Sessão pública no Conselho de Segurança: Hans Blix e Mohamed ElBaradei apresentam relatório encorajando as inspecções no Iraque e Colin Powell conclui que Bagdad continua a não facultar a cooperação «imediata, activa e incondicional» que lhe é pedida pela ONU. Rejeitando qualquer ideia de ultimato, Villepin propõe o voto da segunda resolução ao nível dos chefes de Estado e de Governo.
Março 09 – Washington indica que «o tempo está praticamente esgotado», numa alusão à data-limite para o desarmamento, 17 de Março, incluída no projecto de resolução anglo-hispano-americano. Bagdad acusa os Estados Unidos de estarem determinados a avançar com a guerra apesar dos esforços iraquianos de desarmamento.
Março 10 – Rússia anuncia veto a uma resolução que autorize o recurso à força no Iraque, Casa Branca declara-se decepcionada se tal vier a acontecer, acreditando ainda que tanto Moscovo como Paris poderão mudar de opinião. Ofensivas diplomáticas britânicas e francesa junto dos três países africanos com assento no Conselho de Segurança da ONU e classificados de «indecisos» (Angola, Camarões e Guiné).
Março 16 – Cimeira das Lajes, nos Açores, reúne presidente norte- americano, George W. Bush, e primeiros-ministros britânico, Tony Blair, espanhol, José María Aznar, e português, José Manuel Durão Barroso. Dela sai um duplo ultimato de 24 horas: ao Iraque, para que se desarme, e ao Conselho de Segurança, para que chegue a um consenso sobre a crise iraquiana na sua reunião de 17 de Março, dia a que Bush chamou «o momento da verdade».
Março 17 – O presidente norte-americano recomenda aos inspectores em desarmamento da ONU que abandonem o Iraque. Estados Unidos, Grã-Bretanha e Espanha retiram o projecto de resolução para a luz verde do Conselho de Segurança a uma ofensiva militar visando derrubar o regime de Saddam Hussein, evocando o veto prometido por Paris. Bush faz um ultimato ao Presidente iraquiano, intimando Saddam Hussein e os seus filhos a abandonarem o país em 48 horas, ou a enfrentarem uma ofensiva militar dos Estados Unidos e dos seus aliados, principalmente o Reino Unido.
Março 18 – Saddam Hussein rejeita o ultimato de Bush e promete uma derrota às tropas norte-americanas.
Março 19 – Acentua-se a movimentação de tropas dos EUA e da coligação no norte do Kuwait, junto à fronteira com o Iraque. Forças norte-americanas e britânicas dirigem-se para a zona desmilitarizada criada na fronteira entre o Kuwait e o Iraque depois da guerra do Golfo, em 1991, que atravessarão assim que for dada a ordem para a invasão. O exército norte-americano anuncia que 18 soldados iraquianos depuseram as armas e atravessaram a fronteira para se renderem às forças da coligação no norte do Kuwait. Os Estados Unidos têm na região do Golfo 255 mil homens, apoiados por mais de 700 aviões, além de helicópteros, navios e blindados.
Março 20 – A guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido contra o Iraque começa ás 05h35, com três vagas de bombardeamentos, aéreos e com mísseis disparados de navios.
publicado por armando ésse às 07:29

Março 20 2008

O actor britânico Paul Scofield, galardoado em 1966 com um Óscar pela sua interpretação de Thomas More no filme “Um Homem Para a Eternidade”, faleceu ontem, 19 de Março, aos 86 anos, anunciou hoje a sua agente, Rosalind Chatto. Scofield, que sofria de leucemia, morreu num hospital próximo da sua casa no condado de Sussex, precisou a agente.
David Paul Scofield, nascido a 21 de Janeiro de 1922, em Hurstpierpoint, no Sussex, era considerado um dos maiores actores de cinema e de teatro da sua geração. Obteve vários prémios “Bafta” da Academia do Cinema Britânico. Começou a sua carreira em 1940 e rapidamente se tornou conhecido pelas interpretações de personagens de Shakespeare, entre as quais o Rei Lear, na encenação famosa de Peter Brook (1962).
Fez também de Rei Lear no cinema em 1972 e encarnou o soberano francês na versão cinematográfica de “Henrique V”, de Shakespeare, sob a direcção de Kenneth Branagh en 1989.
Actor de extraordinária versatilidade, com o mesmo à-vontade e talento podia encarnar personagens dos grandes dramas isabelinos como participar em filmes de registo muito mais ligeiro, como o musical “Expresso Bongo”.
Foram pontos altos na sua carreira as interpretações de “Volpone” na produção Peter Hall para o Royal National Theatre (1977), de Antonio Salieri, o compositor contemporâneo e supostamente rival de Mozart, na produção original para o teatro de “Amadeus”, de Peter Shaffer, e de Thomas More em “Um Homem Para a Eternidade”, de Fred Zinnemann.
Entre as películas que fez para o cinema e a televisão figuram “That Lady”, “The Train”, “Bartleby”, “Scorpio”, “Summer Lighning”, “Hamlet”, “The Crucible” e”Martin Chuzzlewit”.
publicado por armando ésse às 03:32
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Março 20 2008

O actor britânico Paul Scofield, galardoado em 1966 com um Óscar pela sua interpretação de Thomas More no filme “Um Homem Para a Eternidade”, faleceu ontem, 19 de Março, aos 86 anos, anunciou hoje a sua agente, Rosalind Chatto. Scofield, que sofria de leucemia, morreu num hospital próximo da sua casa no condado de Sussex, precisou a agente.
David Paul Scofield, nascido a 21 de Janeiro de 1922, em Hurstpierpoint, no Sussex, era considerado um dos maiores actores de cinema e de teatro da sua geração. Obteve vários prémios “Bafta” da Academia do Cinema Britânico. Começou a sua carreira em 1940 e rapidamente se tornou conhecido pelas interpretações de personagens de Shakespeare, entre as quais o Rei Lear, na encenação famosa de Peter Brook (1962).
Fez também de Rei Lear no cinema em 1972 e encarnou o soberano francês na versão cinematográfica de “Henrique V”, de Shakespeare, sob a direcção de Kenneth Branagh en 1989.
Actor de extraordinária versatilidade, com o mesmo à-vontade e talento podia encarnar personagens dos grandes dramas isabelinos como participar em filmes de registo muito mais ligeiro, como o musical “Expresso Bongo”.
Foram pontos altos na sua carreira as interpretações de “Volpone” na produção Peter Hall para o Royal National Theatre (1977), de Antonio Salieri, o compositor contemporâneo e supostamente rival de Mozart, na produção original para o teatro de “Amadeus”, de Peter Shaffer, e de Thomas More em “Um Homem Para a Eternidade”, de Fred Zinnemann.
Entre as películas que fez para o cinema e a televisão figuram “That Lady”, “The Train”, “Bartleby”, “Scorpio”, “Summer Lighning”, “Hamlet”, “The Crucible” e”Martin Chuzzlewit”.
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Março 20 2008

Cristiano Ronaldo marcou os dois golos com que Manchester United venceu o Bolton, em Old Trafford, tornando-se o extremo mais concretizador de sempre dos red devils numa época. O recorde anterior de 32 golos, era do mítico George Best, desde da longínqua época de 1967/68.
Ronaldo que envergou a braçadeira de capitão, inaugurou o marcador, aos nove minutos, com um remate na zona de grande penalidade igualando o registo de 32 golos do falecido George Best.
Aos 19 minutos, Ronaldo entra para a história do futebol inglês marcando, ao apontar, de livre directo, - um grande golo - o seu 33.º golo da época ultrapassando Best.
Com este dois golos, Cristiano Ronaldo consolidou também o comando dos melhores marcadores do campeonato inglês, com 24 golos, e destacando-se do brasileiro Luiz Fabiano (22), do Sevilha, na luta pela Bota de Ouro. com a Lusa
publicado por armando ésse às 00:49
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Março 20 2008

Cristiano Ronaldo marcou os dois golos com que Manchester United venceu o Bolton, em Old Trafford, tornando-se o extremo mais concretizador de sempre dos red devils numa época. O recorde anterior de 32 golos, era do mítico George Best, desde da longínqua época de 1967/68.
Ronaldo que envergou a braçadeira de capitão, inaugurou o marcador, aos nove minutos, com um remate na zona de grande penalidade igualando o registo de 32 golos do falecido George Best.
Aos 19 minutos, Ronaldo entra para a história do futebol inglês marcando, ao apontar, de livre directo, - um grande golo - o seu 33.º golo da época ultrapassando Best.
Com este dois golos, Cristiano Ronaldo consolidou também o comando dos melhores marcadores do campeonato inglês, com 24 golos, e destacando-se do brasileiro Luiz Fabiano (22), do Sevilha, na luta pela Bota de Ouro. com a Lusa
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