A FÁBRICA

Março 22 2008

Em 22 de Março de 1968, surgia o levantamento dos estudantes da Universidade de Nanterre, que ficou conhecido pelo “Movimento 22 de Março” e foi o acontecimento embrionário do Maio de 68. Neste dia, há 40 anos atrás, uma centena e meia de estudantes, liderados por Daniel Cohn-Bendit, ocuparam os serviços administrativos da Faculdade de Letras, em protesto contra a prisão de 6 estudantes que, dias antes, se tinham manifestado contra a guerra do Vietname.Com o aumento dos protestos estudantis, o Governo francês encerra a Universidade de Nanterre no dia 2 de Maio, na tentativa de acabar com os protestos dos estudantes. Estes não contentes com a situação, ocupam no dia seguinte a Sorbonne, dando início à revolução, conhecida por Maio de 68.
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CRONOLOGIA DE UMA UTOPIA

Março 22 - Estudantes liderados por Daniel Cohn-Bendit ocupam a universidade de Nanterre, na França. A ocupação, que marca o início da revolta estudantil no país, ficou conhecida como “Movimento de 22 de Março”.
Dia 28 – O reitor da Faculdade de Letras de Nanterre suspende os cursos por um período de 4 dias.
Abril 25 – Moção de censura ao Governo francês recusada na Assembleia.
Maio 2 – Novos incidentes em Nanterre.O reitor da Faculdade de Letras volta a suspender os cursos.
Dia 3 – A pedido do reitor a polícia evacua a Sorbonne durante a execução de um plenário de estudantes. Primeiros confrontos entre a polícia e os estudantes, dos quais resultam diversas prisões.
Dia 5 – Condenação de 13 manifestantes.
Dia 6 – Confronto entre a polícia e estudantes no Quartier Latin, durante os quais mais de 600 estudantes e 300 polícias ficam feridos. A polícia procede a numerosas detenções.
Dia 7 – Mais de 30000 estudantes atravessam Paris cantando a Internacional como protesto contra os acontecimentos do dia anterior.
Dia 10 - Aparece, em Paris, o grafite “É Proibido Proibir - Lei de 10/5/1968”, em oposição à inscrição oficial “É Proibido Colar Cartazes - lei de 29/07/1881”, afixada nos muros da cidade. Acontece a Noite das Barricadas, quando 20 mil estudantes enfrentam a polícia. Mais de 60 veículos são incendiados. Novos confrontos entre a polícia e os estudantes.
O Festival de Cannes é aberto oficialmente, com a exibição do filme “...E tudo o Vento Levou” (1939).
Dia 11 – Regresso de Georges Pompidou a Paris que anuncia a reabertura da Sorbonne no dia 13.
Dia 13 – É decretada, por estudantes e trabalhadores franceses, greve geral de 24 horas em Paris, em protesto contra as políticas trabalhista e educacional do governo. Ocupação da Sorbonne.
Dia 14 – De Gaulle abandona a França e parte para a Roménia. Ocupação da fábrica Sud-Aviation Express.
Dia 15 – Ocupação do Ódeon e da fábrica da Renault em Cléon.
Dia 17 – Fábricas na França são ocupadas por cerca de 100 mil grevistas. As operações do aeroporto de Orly e da Rádio e Televisão da França são afectadas pela greve. Em Paris, as ruas são vigiadas por cerca de 60 mil polícias armados.
Dia 18 – Os cineastas Louis Malle, François Truffaut, Roman Polanski, Alain Resnais e Milos Forman retiram os seus filmes da competição oficial do Festival de Cannes, em apoio ao movimento estudantil. O Festival acaba por ser suspenso após a invasão de directores, actores e técnicos na sala de projecção. Regresso De Gaulle.
Dia 20 – Paris amanhece sem metro, transportes públicos, telefones e outros serviços. Seis milhões de grevistas ocupam 300 fábricas na França.
Dia 21 – Trabalhadores ocupam as centrais de energia eléctrica, gás e luz em Paris.
Dia 22 – Derrota da moção de censura na Assembleia.
Dia 23 – Novos confrontos no Quartier Latin.
Dia 24 – Discurso de De Gaulle anunciando a realização de um referendo.
Dia 25 – O primeiro-ministro francês, Georges Pompidou, inicia negociações com as centrais sindicais francesas. Os trabalhadores em greve chegam a 10 milhões em todo o país. Início de incêndio na Bolsa de Paris. ORTF adere ao movimento grevista.
Dia 29 – O cineasta Jean-Luc Godard filma os confrontos entre estudantes e polícias no Quartier Latin. No mesmo dia acontece, em Paris, grande manifestação da CGT com cerca de 200 mil pessoas.
Dia 30 – O presidente francês Charles De Gaulle dissolve a Assembleia Nacional, com o apoio das Forças Armadas, e convoca eleições gerais. Manifestação gaullista em Paris.
Dia 31 – Remodelação governamental. Eleições marcadas para 23 e 30 de Junho.
Junho 4 – Recomeço do trabalho em algumas empresas.
Dia 10 – Abertura da campanha para as eleições legislativas.
Dia 11 – Manifestação em Paris. Confrontos violentos em Sochaux. Fim das greves nos liceus.
Dia 12 – O Governo interdita a realização de manifestações em todo território francês. Dissolução de diferentes organizações políticas.
Dia 16 – Evacuação da Sorbonne.
Dia 23 – Primeira volta das eleições legislativas: forte votação gaullista.
Dia 30 – Segunda volta das eleições: gaullistas com votação massiva.
Julho 10 – Demissão de Georges Pompidou. Maurice Couve de Murville nomeado primeiro – ministro.
Dia 12 – Fim da greve dos jornalistas da ORTF.
Dia 31 – Reorganização da ORTF: mais de 1000 jornalistas são despedidos.
publicado por armando ésse às 09:22

Março 22 2008

Em 22 de Março de 1968, surgia o levantamento dos estudantes da Universidade de Nanterre, que ficou conhecido pelo “Movimento 22 de Março” e foi o acontecimento embrionário do Maio de 68. Neste dia, há 40 anos atrás, uma centena e meia de estudantes, liderados por Daniel Cohn-Bendit, ocuparam os serviços administrativos da Faculdade de Letras, em protesto contra a prisão de 6 estudantes que, dias antes, se tinham manifestado contra a guerra do Vietname.Com o aumento dos protestos estudantis, o Governo francês encerra a Universidade de Nanterre no dia 2 de Maio, na tentativa de acabar com os protestos dos estudantes. Estes não contentes com a situação, ocupam no dia seguinte a Sorbonne, dando início à revolução, conhecida por Maio de 68.
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CRONOLOGIA DE UMA UTOPIA

Março 22 - Estudantes liderados por Daniel Cohn-Bendit ocupam a universidade de Nanterre, na França. A ocupação, que marca o início da revolta estudantil no país, ficou conhecida como “Movimento de 22 de Março”.
Dia 28 – O reitor da Faculdade de Letras de Nanterre suspende os cursos por um período de 4 dias.
Abril 25 – Moção de censura ao Governo francês recusada na Assembleia.
Maio 2 – Novos incidentes em Nanterre.O reitor da Faculdade de Letras volta a suspender os cursos.
Dia 3 – A pedido do reitor a polícia evacua a Sorbonne durante a execução de um plenário de estudantes. Primeiros confrontos entre a polícia e os estudantes, dos quais resultam diversas prisões.
Dia 5 – Condenação de 13 manifestantes.
Dia 6 – Confronto entre a polícia e estudantes no Quartier Latin, durante os quais mais de 600 estudantes e 300 polícias ficam feridos. A polícia procede a numerosas detenções.
Dia 7 – Mais de 30000 estudantes atravessam Paris cantando a Internacional como protesto contra os acontecimentos do dia anterior.
Dia 10 - Aparece, em Paris, o grafite “É Proibido Proibir - Lei de 10/5/1968”, em oposição à inscrição oficial “É Proibido Colar Cartazes - lei de 29/07/1881”, afixada nos muros da cidade. Acontece a Noite das Barricadas, quando 20 mil estudantes enfrentam a polícia. Mais de 60 veículos são incendiados. Novos confrontos entre a polícia e os estudantes.
O Festival de Cannes é aberto oficialmente, com a exibição do filme “...E tudo o Vento Levou” (1939).
Dia 11 – Regresso de Georges Pompidou a Paris que anuncia a reabertura da Sorbonne no dia 13.
Dia 13 – É decretada, por estudantes e trabalhadores franceses, greve geral de 24 horas em Paris, em protesto contra as políticas trabalhista e educacional do governo. Ocupação da Sorbonne.
Dia 14 – De Gaulle abandona a França e parte para a Roménia. Ocupação da fábrica Sud-Aviation Express.
Dia 15 – Ocupação do Ódeon e da fábrica da Renault em Cléon.
Dia 17 – Fábricas na França são ocupadas por cerca de 100 mil grevistas. As operações do aeroporto de Orly e da Rádio e Televisão da França são afectadas pela greve. Em Paris, as ruas são vigiadas por cerca de 60 mil polícias armados.
Dia 18 – Os cineastas Louis Malle, François Truffaut, Roman Polanski, Alain Resnais e Milos Forman retiram os seus filmes da competição oficial do Festival de Cannes, em apoio ao movimento estudantil. O Festival acaba por ser suspenso após a invasão de directores, actores e técnicos na sala de projecção. Regresso De Gaulle.
Dia 20 – Paris amanhece sem metro, transportes públicos, telefones e outros serviços. Seis milhões de grevistas ocupam 300 fábricas na França.
Dia 21 – Trabalhadores ocupam as centrais de energia eléctrica, gás e luz em Paris.
Dia 22 – Derrota da moção de censura na Assembleia.
Dia 23 – Novos confrontos no Quartier Latin.
Dia 24 – Discurso de De Gaulle anunciando a realização de um referendo.
Dia 25 – O primeiro-ministro francês, Georges Pompidou, inicia negociações com as centrais sindicais francesas. Os trabalhadores em greve chegam a 10 milhões em todo o país. Início de incêndio na Bolsa de Paris. ORTF adere ao movimento grevista.
Dia 29 – O cineasta Jean-Luc Godard filma os confrontos entre estudantes e polícias no Quartier Latin. No mesmo dia acontece, em Paris, grande manifestação da CGT com cerca de 200 mil pessoas.
Dia 30 – O presidente francês Charles De Gaulle dissolve a Assembleia Nacional, com o apoio das Forças Armadas, e convoca eleições gerais. Manifestação gaullista em Paris.
Dia 31 – Remodelação governamental. Eleições marcadas para 23 e 30 de Junho.
Junho 4 – Recomeço do trabalho em algumas empresas.
Dia 10 – Abertura da campanha para as eleições legislativas.
Dia 11 – Manifestação em Paris. Confrontos violentos em Sochaux. Fim das greves nos liceus.
Dia 12 – O Governo interdita a realização de manifestações em todo território francês. Dissolução de diferentes organizações políticas.
Dia 16 – Evacuação da Sorbonne.
Dia 23 – Primeira volta das eleições legislativas: forte votação gaullista.
Dia 30 – Segunda volta das eleições: gaullistas com votação massiva.
Julho 10 – Demissão de Georges Pompidou. Maurice Couve de Murville nomeado primeiro – ministro.
Dia 12 – Fim da greve dos jornalistas da ORTF.
Dia 31 – Reorganização da ORTF: mais de 1000 jornalistas são despedidos.
publicado por armando ésse às 09:22

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