A FÁBRICA

Abril 07 2008

(Fotografias e montagem minhas. No sentido dos ponteiros do relógio, a situação que se encontava, desde de sexta-feira e até ontem de manhã, as emissões da BBC e da CNN (entretanto, no Sábado a CNN, ficou sem nenhum sinal).
A terceira fotografia é o título da notícia do South China Morning Post (de Hong Kong) que dá conta do corte do acesso à Wikipédia. A quarta foto, é o "destaque" dado à notícia de prisão de Hu Jia, pelo jornal China Daily)
.
É irónico que a Nomenklatura chinesa acuse os media ocidentais, de terem dois pesos e duas medidas, na cobertura dos dramáticos acontecimentos no Tibete e no périplo da Tocha Olímpica à volta do mundo. Essa ironia advém do simples facto, de a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão serem na China, um imenso buraco negro. Quando, as manifestações de Março começaram no Tibete, o único jornalista ocidental presente no Tibete, era James Miles, do The Economist, o qual fez um relato imparcial, que agradou às autoridades chinesas e satisfez a necessidade ocidental de ser informado. Apesar de James Miles, viver em Lassa, e por isso precisar das autoridades de Pequim, para a obtenção do visto de residência, a cobertura noticiosa, estava feita correctamente.
Agora, a cada dia que passa, após os acontecimentos do Tibete e com a Tocha Olímpica a visitar países passíveis de aumentarem a contestação à China, pelo não respeito dos direitos humanos, pela falta de liberdade de imprensa e pela falta de liberdade de expressão, o governo chinês aumenta a sua ansiedade e a sua fúria contra a imprensa estrangeira, revelando-se incapaz de abrir o mais pequeno diálogo contraditório.
Isso passou-se justamente na sexta-feira passada, quando a BBC World fez um directo de Pequim sobre a prisão de Hu Jia, ficando imediatamente sem sinal de transmissão, após terminar o directo.
Recorde-se que Hu Jia, um proeminente activista dos direitos humanos na China, foi acusado de subversão pela justiça chinesa e condenado a três anos e meio de prisão, e mais um ano de privação dos seus direitos políticos.
E o que fez este perigoso subversivo?
Escreveu dois artigos na Internet, onde num deles critica o conceito “Um país, dois sistemas”, dizendo que a China não precisa de dois sistemas, basta a democracia. Pura e simplesmente, o exercício da sua liberdade de expressão.
A imprensa estatal chinesa, nomeadamente o China Daily, o único jornal inglês que tinha acesso, durante a minha estadia na China, escreve eufemismos com o maior à vontade para justificar o injustificável. Entretanto, o governo chinês, desliga o acesso à Wikipédia, na sua versão inglesa, por não gostar do que lá está escrito sobre o Tibete, limitando, ao mesmo tempo, o acesso à versão chinesa, e corta o sinal de transmissão à CNN, num recrudescimento na luta contra uma informação livre, no interior da China.
A única lição que a China deve aprender da cobertura noticiosa - por parte dos media ocidentais – dos acontecimentos do Tibete e da viagem da Tocha Olímpica, é que é melhor confiar na imprensa livre para dar uma imagem justa dos factos, do que usar os “media fantoche” controlados pelo Estado, para tentar convencer o Mundo que a razão esta do lado dela. A imprensa livre, apesar de haver manipulações, tem uma credibilidade, que não é possível comparar, coma imprensa controlada por qualquer Estado.
publicado por armando ésse às 12:28

Abril 07 2008

(Fotografias e montagem minhas. No sentido dos ponteiros do relógio, a situação que se encontava, desde de sexta-feira e até ontem de manhã, as emissões da BBC e da CNN (entretanto, no Sábado a CNN, ficou sem nenhum sinal).
A terceira fotografia é o título da notícia do South China Morning Post (de Hong Kong) que dá conta do corte do acesso à Wikipédia. A quarta foto, é o "destaque" dado à notícia de prisão de Hu Jia, pelo jornal China Daily)
.
É irónico que a Nomenklatura chinesa acuse os media ocidentais, de terem dois pesos e duas medidas, na cobertura dos dramáticos acontecimentos no Tibete e no périplo da Tocha Olímpica à volta do mundo. Essa ironia advém do simples facto, de a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão serem na China, um imenso buraco negro. Quando, as manifestações de Março começaram no Tibete, o único jornalista ocidental presente no Tibete, era James Miles, do The Economist, o qual fez um relato imparcial, que agradou às autoridades chinesas e satisfez a necessidade ocidental de ser informado. Apesar de James Miles, viver em Lassa, e por isso precisar das autoridades de Pequim, para a obtenção do visto de residência, a cobertura noticiosa, estava feita correctamente.
Agora, a cada dia que passa, após os acontecimentos do Tibete e com a Tocha Olímpica a visitar países passíveis de aumentarem a contestação à China, pelo não respeito dos direitos humanos, pela falta de liberdade de imprensa e pela falta de liberdade de expressão, o governo chinês aumenta a sua ansiedade e a sua fúria contra a imprensa estrangeira, revelando-se incapaz de abrir o mais pequeno diálogo contraditório.
Isso passou-se justamente na sexta-feira passada, quando a BBC World fez um directo de Pequim sobre a prisão de Hu Jia, ficando imediatamente sem sinal de transmissão, após terminar o directo.
Recorde-se que Hu Jia, um proeminente activista dos direitos humanos na China, foi acusado de subversão pela justiça chinesa e condenado a três anos e meio de prisão, e mais um ano de privação dos seus direitos políticos.
E o que fez este perigoso subversivo?
Escreveu dois artigos na Internet, onde num deles critica o conceito “Um país, dois sistemas”, dizendo que a China não precisa de dois sistemas, basta a democracia. Pura e simplesmente, o exercício da sua liberdade de expressão.
A imprensa estatal chinesa, nomeadamente o China Daily, o único jornal inglês que tinha acesso, durante a minha estadia na China, escreve eufemismos com o maior à vontade para justificar o injustificável. Entretanto, o governo chinês, desliga o acesso à Wikipédia, na sua versão inglesa, por não gostar do que lá está escrito sobre o Tibete, limitando, ao mesmo tempo, o acesso à versão chinesa, e corta o sinal de transmissão à CNN, num recrudescimento na luta contra uma informação livre, no interior da China.
A única lição que a China deve aprender da cobertura noticiosa - por parte dos media ocidentais – dos acontecimentos do Tibete e da viagem da Tocha Olímpica, é que é melhor confiar na imprensa livre para dar uma imagem justa dos factos, do que usar os “media fantoche” controlados pelo Estado, para tentar convencer o Mundo que a razão esta do lado dela. A imprensa livre, apesar de haver manipulações, tem uma credibilidade, que não é possível comparar, coma imprensa controlada por qualquer Estado.
publicado por armando ésse às 12:28

Abril 07 2008

Faz hoje 50 anos que um dos ícones da cultura popular, foi criado: o símbolo da paz.
No início do ano 1958, formou-se um grupo chamado, Campanha pelo Desarmamento Nuclear, que pôs em acção uma extensa campanha contra o uso de armas nucleares e incumbiu Gerald Holtom, um desenhador da área dos têxteis, de criar um símbolo, para dar mais colorido aos protestos.
O símbolo criado por Holtom era bastante simples mas sugestivo. As linhas direitas, representam o corpo humano, o círculo representa o planeta Terra. O importante era que cada pessoa pudesse fazer o seu próprio cartaz.
Com efeito, a 7 de Abril de 1958, 15 mil pacifistas britânicos, exibindo milhares de cartazes com o símbolo criado por Holtom, apesar do frio que se fazia sentir, fizeram uma marcha de 84 quilómetros, entre Londres e Aldermaston (o centro de pesquisas nucleares inglês) para protestaram contra o planeamento, a construção e o emprego de armas nucleares. As revindicações dos manifestantes eram bastante impopulares para a época, devido a por um lado, a Guerra Fria ir a caminho do seu clímax e por outro lado, ser uma época de pujança económica. Ironicamente, a Exposição Mundial de Bruxelas, cujo símbolo era o Atomium, seria inaugurada dois dias depois.
A marcha contra as armas nucleares e a favor da paz, foi um tremendo sucesso, inaugurando-se a tradição, mais popular nos países do Norte da Europa, de se fazer durante o período pascal - “As Marchas da Páscoa”- apelos a favor da paz.
As marchas atingiram o seu apogeu, durante a década de sessenta do século passado, enfraquecendo nos primeiros anos da década de 70. O movimento voltou a ser impulsionado em 1979, com a instalação dos mísseis nucleares americanos na Europa. Apesar de terem sofrido um pequeno incremento durante a primeira Guerra do Golfo, as “Marchas da Páscoa” estão em perda de força nos últimos anos, mas não o símbolo criado por Holtom.
Depois de ter sido o símbolo da “flower power generation” o símbolo criado por Holtom, foi adoptado pela organização Greenpeace, para as suas campanha de defesa do ambiente.
Com esta exposição toda, o símbolo acabou também por se tornar um chamariz comercial, e hoje, é por vezes utilizado, em acessórios na alta-costura, sendo mesmo, a imagem de marca da “Moschino”.
publicado por armando ésse às 09:44

Abril 07 2008

Faz hoje 50 anos que um dos ícones da cultura popular, foi criado: o símbolo da paz.
No início do ano 1958, formou-se um grupo chamado, Campanha pelo Desarmamento Nuclear, que pôs em acção uma extensa campanha contra o uso de armas nucleares e incumbiu Gerald Holtom, um desenhador da área dos têxteis, de criar um símbolo, para dar mais colorido aos protestos.
O símbolo criado por Holtom era bastante simples mas sugestivo. As linhas direitas, representam o corpo humano, o círculo representa o planeta Terra. O importante era que cada pessoa pudesse fazer o seu próprio cartaz.
Com efeito, a 7 de Abril de 1958, 15 mil pacifistas britânicos, exibindo milhares de cartazes com o símbolo criado por Holtom, apesar do frio que se fazia sentir, fizeram uma marcha de 84 quilómetros, entre Londres e Aldermaston (o centro de pesquisas nucleares inglês) para protestaram contra o planeamento, a construção e o emprego de armas nucleares. As revindicações dos manifestantes eram bastante impopulares para a época, devido a por um lado, a Guerra Fria ir a caminho do seu clímax e por outro lado, ser uma época de pujança económica. Ironicamente, a Exposição Mundial de Bruxelas, cujo símbolo era o Atomium, seria inaugurada dois dias depois.
A marcha contra as armas nucleares e a favor da paz, foi um tremendo sucesso, inaugurando-se a tradição, mais popular nos países do Norte da Europa, de se fazer durante o período pascal - “As Marchas da Páscoa”- apelos a favor da paz.
As marchas atingiram o seu apogeu, durante a década de sessenta do século passado, enfraquecendo nos primeiros anos da década de 70. O movimento voltou a ser impulsionado em 1979, com a instalação dos mísseis nucleares americanos na Europa. Apesar de terem sofrido um pequeno incremento durante a primeira Guerra do Golfo, as “Marchas da Páscoa” estão em perda de força nos últimos anos, mas não o símbolo criado por Holtom.
Depois de ter sido o símbolo da “flower power generation” o símbolo criado por Holtom, foi adoptado pela organização Greenpeace, para as suas campanha de defesa do ambiente.
Com esta exposição toda, o símbolo acabou também por se tornar um chamariz comercial, e hoje, é por vezes utilizado, em acessórios na alta-costura, sendo mesmo, a imagem de marca da “Moschino”.
publicado por armando ésse às 09:44

Abril 07 2008

Dare To Think
Advertising Agency: Saatchi & Saatchi Brussels, Belgium
Creative Director: Jan Teulingkx
Art Director: Ilse Pierard
Copywriter: Raf de Smet
Photographers: Michael Meyersfeld, Evert Thiry, Kris van Beek
.
O uso dos anéis olímpicos, nesta campanha da Universidade de Gent, foi numa primeira fase autorizado, pelo Comité Olímpico Internacional (COI). Actualmente, o COI, está a fazer pressão para que a campanha termine.
A Universidade de Gent, tem como único objectivo, como é implícito, "Provocar, para Pensar", isto é, utilizar uma imagem visual agressiva, para levar as pessoas a pensarem seriamente nos problemas.
publicado por armando ésse às 08:01

Abril 07 2008

Dare To Think
Advertising Agency: Saatchi & Saatchi Brussels, Belgium
Creative Director: Jan Teulingkx
Art Director: Ilse Pierard
Copywriter: Raf de Smet
Photographers: Michael Meyersfeld, Evert Thiry, Kris van Beek
.
O uso dos anéis olímpicos, nesta campanha da Universidade de Gent, foi numa primeira fase autorizado, pelo Comité Olímpico Internacional (COI). Actualmente, o COI, está a fazer pressão para que a campanha termine.
A Universidade de Gent, tem como único objectivo, como é implícito, "Provocar, para Pensar", isto é, utilizar uma imagem visual agressiva, para levar as pessoas a pensarem seriamente nos problemas.
publicado por armando ésse às 08:01

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