A FÁBRICA

Abril 24 2008

Não raras vezes somos confrontados com comentários sobre a situação do país que invariavelmente terminam com expressões do género: - Para por isto direito, só com outro Salazar.
Quem faz este tipo de afirmações, e isto é o mais intrigante, tanto são os que viveram na ditadura como quem não a viveu. As suas opiniões resultam da redutora visão que têm do mundo. Exactamente por isto, qualquer tentativa de dialogar com pessoas assim, revela-se sistematicamente impossível.
A enorme ignorância demonstrada condiciona quer a capacidade para entender qualquer raciocínio que se tente estabelecer, quer a capacidade de argumentação de sentido contrário.
Existem ainda os saudosistas. Mas estes conhecem o significado pessoal do regresso ao passado e, por isso mesmo, não se assumem publicamente. A todos estes é importante lembrar que, a não ser uma qualquer patologia, não há nada que justifique a preferência por viver em países em que se torturam ou matam seres humanos apenas porque discordam do regime vigente.
Certamente, esta maioria saudosista eram os chamados “bufos” do antigo regime ou estavam instalados na entourage governamental e nunca foram incomodados durante a noite, para irem para os calabouços da PIDE, dizerem debaixo de tortura, aquilo que sabiam e não sabiam, aquilo que tinham dito e não dito. A verdade era relativa, na verdade, era aquilo o que os verdugos entendessem por verdade.
Normalmente estas barbaridades são proferidas na sequência de acontecimentos graves do ponto de vista criminal, com a justificação de que naqueles tempos nada disto acontecia, o que configura uma avaliação manifestamente errada da história. Sempre existiram todo o tipo de crimes e os maiores, eram mesmo perpetrados pelo Estado e pela sua polícia política. A diferença, com o que se passa hoje em dia, residia na censura, que não permitia a sua divulgação, na controlada imprensa portuguesa.
Em relação aos que nunca viveram ou viveram por tempo insuficiente sobre o jugo de um estado totalitário, embora não possam expressar na primeira pessoa os sentimentos que estão associados, bastaria conhecer os regimes ditatoriais ainda vigentes no nosso planeta, as experiências dos seus dissidentes, as denúncias dos defensores dos direitos humanos, os filmes e os livros, para perceberem o que é viver privado de Liberdade e deste modo, enaltecer este valor como o mais importante para a Humanidade.
O 25 de Abril não foi uma revolução perfeita e apesar de não haver muito mais a comemorar em relação aos ideais de Abril, ficou acima de tudo, esse valor maior que é a Liberdade. (com Filipe Pinto).
publicado por armando ésse às 08:30

Abril 24 2008

Não raras vezes somos confrontados com comentários sobre a situação do país que invariavelmente terminam com expressões do género: - Para por isto direito, só com outro Salazar.
Quem faz este tipo de afirmações, e isto é o mais intrigante, tanto são os que viveram na ditadura como quem não a viveu. As suas opiniões resultam da redutora visão que têm do mundo. Exactamente por isto, qualquer tentativa de dialogar com pessoas assim, revela-se sistematicamente impossível.
A enorme ignorância demonstrada condiciona quer a capacidade para entender qualquer raciocínio que se tente estabelecer, quer a capacidade de argumentação de sentido contrário.
Existem ainda os saudosistas. Mas estes conhecem o significado pessoal do regresso ao passado e, por isso mesmo, não se assumem publicamente. A todos estes é importante lembrar que, a não ser uma qualquer patologia, não há nada que justifique a preferência por viver em países em que se torturam ou matam seres humanos apenas porque discordam do regime vigente.
Certamente, esta maioria saudosista eram os chamados “bufos” do antigo regime ou estavam instalados na entourage governamental e nunca foram incomodados durante a noite, para irem para os calabouços da PIDE, dizerem debaixo de tortura, aquilo que sabiam e não sabiam, aquilo que tinham dito e não dito. A verdade era relativa, na verdade, era aquilo o que os verdugos entendessem por verdade.
Normalmente estas barbaridades são proferidas na sequência de acontecimentos graves do ponto de vista criminal, com a justificação de que naqueles tempos nada disto acontecia, o que configura uma avaliação manifestamente errada da história. Sempre existiram todo o tipo de crimes e os maiores, eram mesmo perpetrados pelo Estado e pela sua polícia política. A diferença, com o que se passa hoje em dia, residia na censura, que não permitia a sua divulgação, na controlada imprensa portuguesa.
Em relação aos que nunca viveram ou viveram por tempo insuficiente sobre o jugo de um estado totalitário, embora não possam expressar na primeira pessoa os sentimentos que estão associados, bastaria conhecer os regimes ditatoriais ainda vigentes no nosso planeta, as experiências dos seus dissidentes, as denúncias dos defensores dos direitos humanos, os filmes e os livros, para perceberem o que é viver privado de Liberdade e deste modo, enaltecer este valor como o mais importante para a Humanidade.
O 25 de Abril não foi uma revolução perfeita e apesar de não haver muito mais a comemorar em relação aos ideais de Abril, ficou acima de tudo, esse valor maior que é a Liberdade. (com Filipe Pinto).
publicado por armando ésse às 08:30

Abril 24 2008
Love that kills.
The Cowards Show.
.
Advertising Agency: Wunderman, Chile
Creative Director: Eduardo Ibarra
Art Director / Illustrator: Pato Valenzuela
Copywriter: Mauro Garcia
Photographer: Rodrigo Barrionuevo
Published: April 2008
.
Amor que mata.
O show dos cobardes.
publicado por armando ésse às 08:17

Abril 24 2008
Love that kills.
The Cowards Show.
.
Advertising Agency: Wunderman, Chile
Creative Director: Eduardo Ibarra
Art Director / Illustrator: Pato Valenzuela
Copywriter: Mauro Garcia
Photographer: Rodrigo Barrionuevo
Published: April 2008
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Amor que mata.
O show dos cobardes.
publicado por armando ésse às 08:17

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