A FÁBRICA

Maio 08 2008

Pelas três horas subiam ao céu negro umas bolas luminosas, submergindo a testa-de.ponte de Kustrin numa luz vermelho-brilhante. Após um momento de sufocante silêncio, começou o estrondo dos canhões, fazendo tremer as planícies do rio Oder muito além de Frankfurt. Como que movidas por uma mão fantasma, as sirenes começaram a entoar, ouvindo-se nalguns sítios até Berlim, os telefones gritavam e os livros caíam das prateleiras. Com vinte exércitos e dois milhões e meio de soldados, mais de quarenta mil lançadores de granadas e peças de campanha, como também centenas de lança-foguetes do tipo Katyusha, com trezentos projécteis por quilómetro, o Exército Vermelho abria a batalha naquele dia 16 de Abril de 1945…
1ª Página do livro, A Queda, Hitler E O Fim do Terceiro Reich, de Joachim Fest, Guerra e Paz Editores, 1ª edição 2007.
Nota: Na realidade não é a primeira página do livro, é apenas meia-página. Mas como repararam o livro não é ficção e tem tudo a ver com a fotografia abaixo publicada.
Esta obra do jornalista e historiador Joachim Fest, serviu de inspiração ao filme homónimo, estreado em 2004.
Joachim Fest ganhou notoriedade em 1973, quando lançou a biografia sobre Hitler, “Hitler. Eine Biografie” (“Hitler. Uma biografia”), considerada ainda hoje a principal obra de referência sobre o ditador.
Um mês antes de morrer (11 de Setembro de 2006) Joachim Fest, não poupou críticas a Gunter Grass, a quem classificou de uma "estridente mentira de vida" e de falso moralista, pela revelação que este fez no seu livro autobiográfico “Descascando a Cebola”, (que seria editado já depois da morte do historiador), de que teria pertencido à força nazista Waffen- SS. "A confissão chega tarde, sobretudo vinda de alguém que durante décadas se apresentou como a instância moral do país" sublinha Joachim Fest. "Grass sempre foi impiedoso quando se tratava de erros da juventude. Eu e muitos camaradas de escola fomos voluntários para a Wehrmacht porque sabíamos que assim evitaríamos acabar nas Waffen-SS", declarou.
publicado por armando ésse às 16:06

Maio 08 2008

Pelas três horas subiam ao céu negro umas bolas luminosas, submergindo a testa-de.ponte de Kustrin numa luz vermelho-brilhante. Após um momento de sufocante silêncio, começou o estrondo dos canhões, fazendo tremer as planícies do rio Oder muito além de Frankfurt. Como que movidas por uma mão fantasma, as sirenes começaram a entoar, ouvindo-se nalguns sítios até Berlim, os telefones gritavam e os livros caíam das prateleiras. Com vinte exércitos e dois milhões e meio de soldados, mais de quarenta mil lançadores de granadas e peças de campanha, como também centenas de lança-foguetes do tipo Katyusha, com trezentos projécteis por quilómetro, o Exército Vermelho abria a batalha naquele dia 16 de Abril de 1945…
1ª Página do livro, A Queda, Hitler E O Fim do Terceiro Reich, de Joachim Fest, Guerra e Paz Editores, 1ª edição 2007.
Nota: Na realidade não é a primeira página do livro, é apenas meia-página. Mas como repararam o livro não é ficção e tem tudo a ver com a fotografia abaixo publicada.
Esta obra do jornalista e historiador Joachim Fest, serviu de inspiração ao filme homónimo, estreado em 2004.
Joachim Fest ganhou notoriedade em 1973, quando lançou a biografia sobre Hitler, “Hitler. Eine Biografie” (“Hitler. Uma biografia”), considerada ainda hoje a principal obra de referência sobre o ditador.
Um mês antes de morrer (11 de Setembro de 2006) Joachim Fest, não poupou críticas a Gunter Grass, a quem classificou de uma "estridente mentira de vida" e de falso moralista, pela revelação que este fez no seu livro autobiográfico “Descascando a Cebola”, (que seria editado já depois da morte do historiador), de que teria pertencido à força nazista Waffen- SS. "A confissão chega tarde, sobretudo vinda de alguém que durante décadas se apresentou como a instância moral do país" sublinha Joachim Fest. "Grass sempre foi impiedoso quando se tratava de erros da juventude. Eu e muitos camaradas de escola fomos voluntários para a Wehrmacht porque sabíamos que assim evitaríamos acabar nas Waffen-SS", declarou.
publicado por armando ésse às 16:06

Maio 08 2008

“Angola é gerida por criminosos”, a afirmação é do ex. músico e activista Bob Geldof , proferida, anteontem, numa conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, em Lisboa.
Para sustentar a sua afirmação Bob Geldof disse que “as casas mais ricas do Mundo estão na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane”, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa.
O Grupo Espírito Santo, que co-organizou a conferência com o jornal Expresso, reagiu prontamente, demarcando-se das afirmações do músico. É natural as instituições financeiras serem esquivas. As instituições políticas, também.
Na realidade, as afirmações não são disparatadas*, por isso, impõe-se uma pergunta: Qual foi a parte que não compreenderam das afirmações de Geldof?
*A única actividade de José Eduardo dos Santos, nos últimos 28 anos, foi ser Presidente de Angola (este facto por si só, quase diz tudo), com esta actividade, tornou-se no homem mais rico de Angola e frequentemente apontado, como um dos 20 homens mais ricos do mundo, apesar de ser difícil, quantificar uma fortuna ilegítima. Como é isso possível?
A explicação, para o enriquecimento ilícito do presidente angolano, talvez esteja no facto de Angola ser considerada em 2003 " como um dos cinco países mais corruptos a nível mundial", no relatório da Transparência Internacional; Madagáscar, o Paraguai, a Nigéria e o Bangladesh são os outros quatro países que disputam com o Estado angolano o triste lugar de nação mais corrupta.
Como disse, Lord Acton, na sua carta ao Bispo M.Creighton, “quando se tem uma concentração de poder em poucas mãos, frequentemente homens com mentalidade de gangsters detêm o controle. A história provou isso. Todo o poder corrompe: o poder absoluto, corrompe absolutamente.”
publicado por armando ésse às 09:47
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Maio 08 2008

“Angola é gerida por criminosos”, a afirmação é do ex. músico e activista Bob Geldof , proferida, anteontem, numa conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, em Lisboa.
Para sustentar a sua afirmação Bob Geldof disse que “as casas mais ricas do Mundo estão na baía de Luanda, são mais caras do que em Chelsea e Park Lane”, estabelecendo como comparação estes dois bairros luxuosos da capital inglesa.
O Grupo Espírito Santo, que co-organizou a conferência com o jornal Expresso, reagiu prontamente, demarcando-se das afirmações do músico. É natural as instituições financeiras serem esquivas. As instituições políticas, também.
Na realidade, as afirmações não são disparatadas*, por isso, impõe-se uma pergunta: Qual foi a parte que não compreenderam das afirmações de Geldof?
*A única actividade de José Eduardo dos Santos, nos últimos 28 anos, foi ser Presidente de Angola (este facto por si só, quase diz tudo), com esta actividade, tornou-se no homem mais rico de Angola e frequentemente apontado, como um dos 20 homens mais ricos do mundo, apesar de ser difícil, quantificar uma fortuna ilegítima. Como é isso possível?
A explicação, para o enriquecimento ilícito do presidente angolano, talvez esteja no facto de Angola ser considerada em 2003 " como um dos cinco países mais corruptos a nível mundial", no relatório da Transparência Internacional; Madagáscar, o Paraguai, a Nigéria e o Bangladesh são os outros quatro países que disputam com o Estado angolano o triste lugar de nação mais corrupta.
Como disse, Lord Acton, na sua carta ao Bispo M.Creighton, “quando se tem uma concentração de poder em poucas mãos, frequentemente homens com mentalidade de gangsters detêm o controle. A história provou isso. Todo o poder corrompe: o poder absoluto, corrompe absolutamente.”
publicado por armando ésse às 09:47
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Maio 08 2008

Fotografia de Yevgeny Khaldei/ITAR/TASS
O fotógrafo Yevgeny Khaldei acompanhou as tropas soviéticas na ocupação de Berlim, transportando uma bandeira vermelha atada à cintura.
Sobre os escombros da capital do Reich, entregou-a aos soldados que a ergueram no cimo do Reichstag, no dia 2 de Maio de 1945.
A bandeira soviética a esvoaçar no topo do destruído Parlamento alemão foi apenas o culminar da longa batalha de duas longas semanas, de 16 de Abril a 2 de Maio, pela capital do III Reich. Estima-se que mais de 300 mil russos tenham perdido a vida nesta batalha, assim como mais de 100 mil civis alemães.
A Segunda Guerra Mundial acabaria na Europa, dias depois, a 8 de Maio de 1945, quando o marechal Wilhelm Keitel assinou a rendição incondicional da Wehrmacht.
Berlim seria definitivamente libertada, 44 anos depois com a queda do Muro de Berlim.
publicado por armando ésse às 09:34

Maio 08 2008

Fotografia de Yevgeny Khaldei/ITAR/TASS
O fotógrafo Yevgeny Khaldei acompanhou as tropas soviéticas na ocupação de Berlim, transportando uma bandeira vermelha atada à cintura.
Sobre os escombros da capital do Reich, entregou-a aos soldados que a ergueram no cimo do Reichstag, no dia 2 de Maio de 1945.
A bandeira soviética a esvoaçar no topo do destruído Parlamento alemão foi apenas o culminar da longa batalha de duas longas semanas, de 16 de Abril a 2 de Maio, pela capital do III Reich. Estima-se que mais de 300 mil russos tenham perdido a vida nesta batalha, assim como mais de 100 mil civis alemães.
A Segunda Guerra Mundial acabaria na Europa, dias depois, a 8 de Maio de 1945, quando o marechal Wilhelm Keitel assinou a rendição incondicional da Wehrmacht.
Berlim seria definitivamente libertada, 44 anos depois com a queda do Muro de Berlim.
publicado por armando ésse às 09:34

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