A FÁBRICA

Maio 13 2008

Muitos comentadores, devem pensar que a única razão de eu ter um blog, são os comentários. Por isso, não perdem a oportunidade de gastar o seu precioso tempo, a escrever não-importa-o-quê, na caixa de comentários.
Sou incapaz de conceber um blog sem comentários e no dia em que um texto meu, tiver menos de vinte comentários, este blog acaba. É melhor esquecerem a piada dos vinte comentários.
Ler os comentários é um exercício intelectual incomparável e são resmas deles, contando-se às dúzias, os exemplos de excelentes comentários, que serviriam para ilustrar o post, por isso vou citar, apenas, alguns:
-LOL...
-Bom post!
-Continua o excelente trabalho!
-Comunistas!!!
-Parabéns, excelente blogue!
-Blogue de merda!!!!
-Fascista!!!...
-Gostei de te ler...!
-Não escreves um C....!
Depois há os comentários mais elaborados, culturalmente mais relevantes e mais ridículos , com um total desconhecimento de quem sou:
-Se fosse com o teu FC Porto, não falavas assim!
-Um beijo com sabor a pêssego acabado de colher...
-Se fosse com o Paulo Portas, não escrevias isto...
-Portista reles!...
-Pois, pois...Um poster com o pinto da costa é que era bão!
Este último comentário, foi a gota que fez transbordar o tanque e que me deu a motivação para, finalmente, escrever este post.
Que dizer de um comentário destes?
Uma das coisas que têm em comum estes comentários, é que acabam sempre ou com reticências ou com um ponto de exclamação e são assinados por uma cáfila que prolifera na blogosfera de nome Anonymous.
Contudo, estes dromedários, são conscientes no ponto, de considerar ultrajante para eles, assinar aquilo que escrevem. Têm razão e deviam ter vergonha. Quanto às reticências, pode-se compreender a sua utilização, pois como normalmente não dizem nada no seu comentário, eventualmente quererão dizer, que vão continuar a nada dizer, num-outro-blog-qualquer. Agora, o ponto de exclamação faz-me espécie: será que ficam admirados com a qualidade do seu comentário ou será que ficam espantados com a parvoíce do que escrevem?
Meus amigos, se não são capazes de no mínimo estruturar uma ideia, por favor, não poluam a caixa de comentários.
Um dia destes, escrevi um comentário, num blog em que sou visita frequente, e como ele têm muito a ver com aquilo que eu vos quero transmitir, fica mais ou menos aqui, o que lá escrevi.
Antes de fazer, qualquer comentário, a maioria das pessoas, deveria conhecer o principal ensinamento de Wittgenstein, que é, se não sabe falar de uma coisa, cale-se, que é como quem diz, se não sabe escrever, não se dê ao trabalho de o fazer.
Hoje é frequente dizer-se, e por isso a qualidade da crítica e dos comentários é cada vez pior, que todas as opiniões são respeitáveis. Sobre isso li há um ou dois anos atrás, o livro “Os Dez Mandamentos do Século XXI”, do filósofo espanhol Fernando Savater, no qual ele escrevia, as palavras são minhas, que é um absoluto disparate, dizer-se que todas as opiniões são respeitáveis. São as pessoas e não as crenças, que são respeitáveis, porque senão, a humanidade não teria podido dar um único passo em frente. Isto como é óbvio, deve-se aplicar, neste caso, aos comentários.
Mas a falta de qualidade da crítica e dos comentários pode também ser devido ao facto, como escreveu Pino Aprile de “o homem moderno viver para estupidificar”. Este jornalista italiano, depois de ter feito uma entrevista a Konrad Lorenz, teve a ideia de escrever um livro, a que chamou, “O Elogio do Imbecil”.
Conclui Pino Aprile no seu livro, que os inteligentes construíram o mundo, mas quem desfruta dele são os imbecis.
Pelos muitos comentários que li ao longo destes quase quatro anos de blogger, estou inclinado a dar razão a Pino Aprile.
publicado por armando ésse às 09:48
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Maio 13 2008

Muitos comentadores, devem pensar que a única razão de eu ter um blog, são os comentários. Por isso, não perdem a oportunidade de gastar o seu precioso tempo, a escrever não-importa-o-quê, na caixa de comentários.
Sou incapaz de conceber um blog sem comentários e no dia em que um texto meu, tiver menos de vinte comentários, este blog acaba. É melhor esquecerem a piada dos vinte comentários.
Ler os comentários é um exercício intelectual incomparável e são resmas deles, contando-se às dúzias, os exemplos de excelentes comentários, que serviriam para ilustrar o post, por isso vou citar, apenas, alguns:
-LOL...
-Bom post!
-Continua o excelente trabalho!
-Comunistas!!!
-Parabéns, excelente blogue!
-Blogue de merda!!!!
-Fascista!!!...
-Gostei de te ler...!
-Não escreves um C....!
Depois há os comentários mais elaborados, culturalmente mais relevantes e mais ridículos , com um total desconhecimento de quem sou:
-Se fosse com o teu FC Porto, não falavas assim!
-Um beijo com sabor a pêssego acabado de colher...
-Se fosse com o Paulo Portas, não escrevias isto...
-Portista reles!...
-Pois, pois...Um poster com o pinto da costa é que era bão!
Este último comentário, foi a gota que fez transbordar o tanque e que me deu a motivação para, finalmente, escrever este post.
Que dizer de um comentário destes?
Uma das coisas que têm em comum estes comentários, é que acabam sempre ou com reticências ou com um ponto de exclamação e são assinados por uma cáfila que prolifera na blogosfera de nome Anonymous.
Contudo, estes dromedários, são conscientes no ponto, de considerar ultrajante para eles, assinar aquilo que escrevem. Têm razão e deviam ter vergonha. Quanto às reticências, pode-se compreender a sua utilização, pois como normalmente não dizem nada no seu comentário, eventualmente quererão dizer, que vão continuar a nada dizer, num-outro-blog-qualquer. Agora, o ponto de exclamação faz-me espécie: será que ficam admirados com a qualidade do seu comentário ou será que ficam espantados com a parvoíce do que escrevem?
Meus amigos, se não são capazes de no mínimo estruturar uma ideia, por favor, não poluam a caixa de comentários.
Um dia destes, escrevi um comentário, num blog em que sou visita frequente, e como ele têm muito a ver com aquilo que eu vos quero transmitir, fica mais ou menos aqui, o que lá escrevi.
Antes de fazer, qualquer comentário, a maioria das pessoas, deveria conhecer o principal ensinamento de Wittgenstein, que é, se não sabe falar de uma coisa, cale-se, que é como quem diz, se não sabe escrever, não se dê ao trabalho de o fazer.
Hoje é frequente dizer-se, e por isso a qualidade da crítica e dos comentários é cada vez pior, que todas as opiniões são respeitáveis. Sobre isso li há um ou dois anos atrás, o livro “Os Dez Mandamentos do Século XXI”, do filósofo espanhol Fernando Savater, no qual ele escrevia, as palavras são minhas, que é um absoluto disparate, dizer-se que todas as opiniões são respeitáveis. São as pessoas e não as crenças, que são respeitáveis, porque senão, a humanidade não teria podido dar um único passo em frente. Isto como é óbvio, deve-se aplicar, neste caso, aos comentários.
Mas a falta de qualidade da crítica e dos comentários pode também ser devido ao facto, como escreveu Pino Aprile de “o homem moderno viver para estupidificar”. Este jornalista italiano, depois de ter feito uma entrevista a Konrad Lorenz, teve a ideia de escrever um livro, a que chamou, “O Elogio do Imbecil”.
Conclui Pino Aprile no seu livro, que os inteligentes construíram o mundo, mas quem desfruta dele são os imbecis.
Pelos muitos comentários que li ao longo destes quase quatro anos de blogger, estou inclinado a dar razão a Pino Aprile.
publicado por armando ésse às 09:48
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Maio 13 2008

A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, foi distinguida com o Prémio Internacional Catalunha, que distingue personalidades que contribuíram para o desenvolvimento de valores culturais, artísticos, científicos e humanos.
Partilha o prémio com Suu Kyi a médica birmanesa Cynthia Maung, que dirige um hospital na fronteira tailandesa, de onde saem as equipas médicas que atendem pacientes no interior de Birmânia.
Eram também candidatos ao galardão, este ano na sua vigésima edição e com uma dotação de 100 mil euros, os escritores José Saramago, Haruki Murakami e Tahar Ben Jelloun e o arquitecto Óscar Niemeyer.
Suu Kyi dirige a oposicionista Liga Nacional para a Democracia, partido que, em 1990, ganhou as eleições por maioria absoluta. O governo militar birmanês nunca reconheceu esta vitória e mantém uma apertada vigilância sobre Suu Kyi, que nunca aceitou o exílio proposto pelos militares em troca do seu silêncio.
O presidente do Governo catalão, José Montilla, entregará o galardão, uma escultura (“A chave e a letra”) de António Tàpies, numa cerimónia a realizar em Novembro.Lusa.
publicado por armando ésse às 09:44

Maio 13 2008

A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, foi distinguida com o Prémio Internacional Catalunha, que distingue personalidades que contribuíram para o desenvolvimento de valores culturais, artísticos, científicos e humanos.
Partilha o prémio com Suu Kyi a médica birmanesa Cynthia Maung, que dirige um hospital na fronteira tailandesa, de onde saem as equipas médicas que atendem pacientes no interior de Birmânia.
Eram também candidatos ao galardão, este ano na sua vigésima edição e com uma dotação de 100 mil euros, os escritores José Saramago, Haruki Murakami e Tahar Ben Jelloun e o arquitecto Óscar Niemeyer.
Suu Kyi dirige a oposicionista Liga Nacional para a Democracia, partido que, em 1990, ganhou as eleições por maioria absoluta. O governo militar birmanês nunca reconheceu esta vitória e mantém uma apertada vigilância sobre Suu Kyi, que nunca aceitou o exílio proposto pelos militares em troca do seu silêncio.
O presidente do Governo catalão, José Montilla, entregará o galardão, uma escultura (“A chave e a letra”) de António Tàpies, numa cerimónia a realizar em Novembro.Lusa.
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