A FÁBRICA

Junho 06 2008

O velho von Rundstedt, na sua sagacidade, nunca confiara nas defesas fixas. Tinha dirigido o cerco magistral da linha Maginot, que levara à derrota da França em 1940. Para ele, a Muralha do Atlântico não passava dum monumental bluff destinado mais ao povo alemão do que ao inimigo… e o inimigo, graças aos seus agentes de informação, sabe mais do que nós sobre a Muralha”. As fortificações “aborreciam temporariamente” os Aliados, mas não dominariam a ofensiva. Nada, na opinião de von Rundstedt, poderia impedir o sucesso dos primeiros desembarques. O seu plano, a sua contra-ofensiva, consistia em juntar o maior número possível de tropas em pontos relativamente afastados da costa e em atacar depois do desembarque. Era nesse momento que seria preciso assestar o golpe – na altura em que o inimigo estava ainda fraco, em que o seu abastecimento não estava organizado e em que não tinha tido tempo para consolidar a sua testa-de-ponte.
Rommel combatia energicamente esta teoria. Para ele, só existia um processo de repelir o assalto: de frente, cabeça baixa. Não teriam tempo para mandar vir reforços maciços da retaguarda. Os comboios, estava certo, seriam destruídos pelos incessantes ataques aéreos e pelos bombardeamentos navais. Na sua opinião tudo deveria estar a postos, no local, desde as tropas de infantaria até às divisões blindadas. O ajudante de campo de Rommel lembrava-se bem do dia em que o marechal lhe expusera a sua estratégia. Estavam numa praia deserta e Rommel, silhueta maciça e atarracada, dentro do pesado capote, com um lenço ao pescoço, andava para trás e para diante agitando o bastão de marechal “oficioso”, um chicote negro de botão de prata donde pendia uma borla de seda preta, branca e vermelha. Mostrava o areal com a ponta do chicote.
- A guerra será ganha ou perdida nestas praias – disse. – Só temos uma possibilidade de repelir o inimigo, e é quando estiver na água, chafurdando e lutando para chegar a terra. Os nossos reforços nunca chegarão aos locais de ataque e seria loucura esperar por eles. A Hauptkampflinie (a principal linha da resistência) estará aqui. Todas as nossas forças devem encontrar-se ao longo destas praias, Acredite-me, Lang, as primeiras vinte e quatro horas da invasão serão decisivas…Tanto para os Aliados como para a Alemanha, esse será o dia mais longo.
Excerto do livro, O Dia Mais Longo, de Cornelius Ryan, Livraria Bertrand, 3º edição, sem data da edição.
publicado por armando ésse às 11:56

Junho 06 2008

O velho von Rundstedt, na sua sagacidade, nunca confiara nas defesas fixas. Tinha dirigido o cerco magistral da linha Maginot, que levara à derrota da França em 1940. Para ele, a Muralha do Atlântico não passava dum monumental bluff destinado mais ao povo alemão do que ao inimigo… e o inimigo, graças aos seus agentes de informação, sabe mais do que nós sobre a Muralha”. As fortificações “aborreciam temporariamente” os Aliados, mas não dominariam a ofensiva. Nada, na opinião de von Rundstedt, poderia impedir o sucesso dos primeiros desembarques. O seu plano, a sua contra-ofensiva, consistia em juntar o maior número possível de tropas em pontos relativamente afastados da costa e em atacar depois do desembarque. Era nesse momento que seria preciso assestar o golpe – na altura em que o inimigo estava ainda fraco, em que o seu abastecimento não estava organizado e em que não tinha tido tempo para consolidar a sua testa-de-ponte.
Rommel combatia energicamente esta teoria. Para ele, só existia um processo de repelir o assalto: de frente, cabeça baixa. Não teriam tempo para mandar vir reforços maciços da retaguarda. Os comboios, estava certo, seriam destruídos pelos incessantes ataques aéreos e pelos bombardeamentos navais. Na sua opinião tudo deveria estar a postos, no local, desde as tropas de infantaria até às divisões blindadas. O ajudante de campo de Rommel lembrava-se bem do dia em que o marechal lhe expusera a sua estratégia. Estavam numa praia deserta e Rommel, silhueta maciça e atarracada, dentro do pesado capote, com um lenço ao pescoço, andava para trás e para diante agitando o bastão de marechal “oficioso”, um chicote negro de botão de prata donde pendia uma borla de seda preta, branca e vermelha. Mostrava o areal com a ponta do chicote.
- A guerra será ganha ou perdida nestas praias – disse. – Só temos uma possibilidade de repelir o inimigo, e é quando estiver na água, chafurdando e lutando para chegar a terra. Os nossos reforços nunca chegarão aos locais de ataque e seria loucura esperar por eles. A Hauptkampflinie (a principal linha da resistência) estará aqui. Todas as nossas forças devem encontrar-se ao longo destas praias, Acredite-me, Lang, as primeiras vinte e quatro horas da invasão serão decisivas…Tanto para os Aliados como para a Alemanha, esse será o dia mais longo.
Excerto do livro, O Dia Mais Longo, de Cornelius Ryan, Livraria Bertrand, 3º edição, sem data da edição.
publicado por armando ésse às 11:56

Junho 06 2008

O dia 6 de Junho de 1944 entrou para a história como o Dia D. Neste dia, os Aliados iniciaram a ofensiva contra as tropas nazistas no Canal da Mancha. A operação conhecida pelo nome de código – Operação Overlord, foi a maior operação aeronaval da história militar.
Nos meses anteriores ao desembarque, mais de três milhões de soldados norte-americanos, britânicos e canadianos concentraram-se no sul da Inglaterra para atacar os alemães na costa norte da França. Além disso, dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques anfíbios e outros veículos especiais de guerra foram preparados para a operação.
A 6 de Junho de 1944, foi anunciado pela rádio o começo da Operação Overlord, depois de ter sido adiada por 24 horas, devido ao mau tempo no Canal da Mancha. Antes do amanhecer, pára-quedistas e caças dos Aliados tinham bombardeado trincheiras alemãs e destruído vias de comunicação. Graças à supremacia aérea dos Aliados, foi possível romper a Muralha do Atlântico de Hitler e estabelecer as primeiras testas- de- pontes.
As perdas humanas – 12 mil mortos e feridos – foram menores do que esperadas, visto que o comando militar alemão fora surpreendido pelo ataque. No final do primeiro dia da invasão, mais de 150 mil soldados e centenas de tanques haviam desembarcado com sucesso.
O Dia D, comandado pelo general norte-americano Dwight D. Eisenhower, foi o ataque estratégico que daria o golpe mortal no regime nazista.
publicado por armando ésse às 09:25

Junho 06 2008

O dia 6 de Junho de 1944 entrou para a história como o Dia D. Neste dia, os Aliados iniciaram a ofensiva contra as tropas nazistas no Canal da Mancha. A operação conhecida pelo nome de código – Operação Overlord, foi a maior operação aeronaval da história militar.
Nos meses anteriores ao desembarque, mais de três milhões de soldados norte-americanos, britânicos e canadianos concentraram-se no sul da Inglaterra para atacar os alemães na costa norte da França. Além disso, dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques anfíbios e outros veículos especiais de guerra foram preparados para a operação.
A 6 de Junho de 1944, foi anunciado pela rádio o começo da Operação Overlord, depois de ter sido adiada por 24 horas, devido ao mau tempo no Canal da Mancha. Antes do amanhecer, pára-quedistas e caças dos Aliados tinham bombardeado trincheiras alemãs e destruído vias de comunicação. Graças à supremacia aérea dos Aliados, foi possível romper a Muralha do Atlântico de Hitler e estabelecer as primeiras testas- de- pontes.
As perdas humanas – 12 mil mortos e feridos – foram menores do que esperadas, visto que o comando militar alemão fora surpreendido pelo ataque. No final do primeiro dia da invasão, mais de 150 mil soldados e centenas de tanques haviam desembarcado com sucesso.
O Dia D, comandado pelo general norte-americano Dwight D. Eisenhower, foi o ataque estratégico que daria o golpe mortal no regime nazista.
publicado por armando ésse às 09:25

Junho 06 2008

Fotografia de Robert Capa /Magnum Photos
A foto é a hora H, em Omaha Beach, onde se vê as tropas de assalto aliadas a chafurdarem nas ondas e entre obstáculos, debaixo do fogo do inimigo. Esta foto de Bob Capa é provavelmente a fotografia mais reproduzida do Dia D.
Robert Capa, estava na praia de Omaha, Normandia, na primeira onda do Dia D, a trabalhar para a LIFE. Nadou no mar gelado, escapou das balas alemãs e atingiu a praia. A sua reportagem, feita debaixo de fogo cerrado alemão, durou noventa minutos. No fim, foi tomado pelo pânico e apanhou um barco de regresso para um navio de guerra.
Em Londres, um assistente de fotografia estragou as películas e apenas se aproveitaram onze fotos, não muito nítidas. A revista LIFE tem outra versão, segundo escreveu “devido à extrema tensão do momento, Capa tremeu, e daí a falta de nitidez da fotografia”.
É possível, que o assistente tenha sido incompetente ou que Capa tivesse tremido, no entanto é bom lembrar a célebre frase do fotógrafo: “se as tuas fotografias não forem bastante boas é porque não estavas suficientemente perto”.
publicado por armando ésse às 08:41

Junho 06 2008

Fotografia de Robert Capa /Magnum Photos
A foto é a hora H, em Omaha Beach, onde se vê as tropas de assalto aliadas a chafurdarem nas ondas e entre obstáculos, debaixo do fogo do inimigo. Esta foto de Bob Capa é provavelmente a fotografia mais reproduzida do Dia D.
Robert Capa, estava na praia de Omaha, Normandia, na primeira onda do Dia D, a trabalhar para a LIFE. Nadou no mar gelado, escapou das balas alemãs e atingiu a praia. A sua reportagem, feita debaixo de fogo cerrado alemão, durou noventa minutos. No fim, foi tomado pelo pânico e apanhou um barco de regresso para um navio de guerra.
Em Londres, um assistente de fotografia estragou as películas e apenas se aproveitaram onze fotos, não muito nítidas. A revista LIFE tem outra versão, segundo escreveu “devido à extrema tensão do momento, Capa tremeu, e daí a falta de nitidez da fotografia”.
É possível, que o assistente tenha sido incompetente ou que Capa tivesse tremido, no entanto é bom lembrar a célebre frase do fotógrafo: “se as tuas fotografias não forem bastante boas é porque não estavas suficientemente perto”.
publicado por armando ésse às 08:41

Junho 06 2008
André Friedmann nasceu em Budapeste, na Hungria, em 22 de Outubro de 1913. Ainda adolescente, foi acusado de ser comunista pela polícia secreta húngara e acabou por ser expulso do seu país. Refugia-se em Berlim, em 1930. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências Políticas e arranjou emprego no laboratório de uma agência fotográfica: a Dephot, a mais importante na época. A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, quando consegue ser o único fotojornalista a fotografar o famoso discurso do ex-líder soviético, Leon Trotski, que se encontrava exilado em Copenhaga. Mas a calma e a fama na vida de André Friedmann ainda estava distante. O aparecimento do nazismo faz com que em 1932, tenha que deixar Berlim dirigindo-se para Viena e depois para Paris. E foi na capital francesa que ele encontrou o lugar propício para desenvolver o seu olhar de fotojornalista. Naquela época a imprensa estava em desenvolvimento e os jornais abriam grande espaço para a fotografia. Foi em Paris também que conheceu a sua primeira mulher, e também fotojornalista, Gerda Taro. Foi em Paris, também que “nasceu” Robert Capa, mais precisamente em 1935. André, contratou uma secretária ( a sua própria mulher) e um agente (ele mesmo) que vendia fotos de um tal de Robert Capa. O seu trabalho chamou a atenção de Lucien Vogel, fundador de uma das mais importantes revistas da época, “Vue”. A partir daí a carreira de Robert Capa foi sempre em ascensão. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde, em 1937, Gerda Taro encontra a morte, ao ser atropelada por um tanque. Em 1938, Capa dirige-se para a China para fotografar o conflito sino-japonês. Com o começo da Segunda Guerra Mundial e o avanço nazista sobre Paris, em 1940, Capa que era judeu, refugia-se nos Estados Unidos onde, além de encontrar a mãe e o irmão, assinou um contrato com a revista Life. Nesta altura, o nome de Robert Capa já estava definitivamente associado à fotografia de guerra. Com 27 anos, Robert Capa foi enviado ao México pela revista Life para cobrir os meses da sangrenta campanha das eleições presidenciais de 1940 e, no ano seguinte, embarcou com os soldados americanos para a Europa a fim de registar o avanço dos Aliados. Fotografou a vitória aliada no Norte de África. Em Julho e Agosto de 1943, documentou a tomada da Sicília e nos meses seguintes, os esforços aliados na reocupação do território italiano, incluindo a libertação de Nápoles. Junto com as primeiras tropas americanas, desembarcou nas areias de Omaha, na Normandia, em 6 de Junho de 1944, que mais tarde seria consagrado como o Dia D. No dia 25 de Agosto do mesmo ano, entre soldados franceses e americanos, retornou à Paris libertada, pelos Aliados. No ano seguinte, acompanhou o último ataque de pára-quedistas americanos à Alemanha, registando a captura de Leipzig, Nuremberga e, finalmente, Berlim, encerrando a sua participação na Segunda Guerra Mundial. Já naturalizado americano e de volta aos EUA, enquanto vivia um romance com a actriz Ingrid Bergman, interessou-se pelo cinema e dedicou uns bons meses a escrever as suas memórias sobre as quais pensava fazer um filme. Aos 34 anos, em 1947, com Henri Cartier-Bresson, David Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência Magnum, com sede em Paris e Nova Iorque. Apaixonado por fotografia, Robert Capa sempre defendeu a sua liberdade de produzir imagens. Ao fundar a agência queria garantir a posse dos negativos. A Magnum acabou por tornar-se referência para os fotojornalistas.
Entre 1950 e 1953, Capa estabeleceu novamente residência em Paris, dedicando o seu tempo a actividades burocráticas como presidente da Magnum e ao recrutamento e promoção de jovens talentos fotográficos. Novamente sob suspeita de actividades comunistas, teve o seu passaporte apreendido por alguns meses, em 1953 e foi impedido de viajar pelo governo norte-americano. Em 1954, escalado pela Life para cobrir a Guerra da Indochina Francesa, embarcou para a sua última missão. Em 25 de Maio quando Capa, acompanhava um destacamento francês constantemente paralisado por ataques vietnamitas, resolveu continuar a pé e sozinho o caminho entre Hanói e Thai Binh. Meia hora depois de deixar o acampamento, um soldado francês voltou para avisar os oficiais de que Capa tinha morrido ao pisar uma mina à beira da estrada.
Morreu a fazer aquilo que mais gostava: fotografar.
(Originalmente, editado em 22 de Outubro de 2005).
publicado por armando ésse às 07:14
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Junho 06 2008
André Friedmann nasceu em Budapeste, na Hungria, em 22 de Outubro de 1913. Ainda adolescente, foi acusado de ser comunista pela polícia secreta húngara e acabou por ser expulso do seu país. Refugia-se em Berlim, em 1930. Inscreveu-se na Faculdade de Ciências Políticas e arranjou emprego no laboratório de uma agência fotográfica: a Dephot, a mais importante na época. A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, quando consegue ser o único fotojornalista a fotografar o famoso discurso do ex-líder soviético, Leon Trotski, que se encontrava exilado em Copenhaga. Mas a calma e a fama na vida de André Friedmann ainda estava distante. O aparecimento do nazismo faz com que em 1932, tenha que deixar Berlim dirigindo-se para Viena e depois para Paris. E foi na capital francesa que ele encontrou o lugar propício para desenvolver o seu olhar de fotojornalista. Naquela época a imprensa estava em desenvolvimento e os jornais abriam grande espaço para a fotografia. Foi em Paris também que conheceu a sua primeira mulher, e também fotojornalista, Gerda Taro. Foi em Paris, também que “nasceu” Robert Capa, mais precisamente em 1935. André, contratou uma secretária ( a sua própria mulher) e um agente (ele mesmo) que vendia fotos de um tal de Robert Capa. O seu trabalho chamou a atenção de Lucien Vogel, fundador de uma das mais importantes revistas da época, “Vue”. A partir daí a carreira de Robert Capa foi sempre em ascensão. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde, em 1937, Gerda Taro encontra a morte, ao ser atropelada por um tanque. Em 1938, Capa dirige-se para a China para fotografar o conflito sino-japonês. Com o começo da Segunda Guerra Mundial e o avanço nazista sobre Paris, em 1940, Capa que era judeu, refugia-se nos Estados Unidos onde, além de encontrar a mãe e o irmão, assinou um contrato com a revista Life. Nesta altura, o nome de Robert Capa já estava definitivamente associado à fotografia de guerra. Com 27 anos, Robert Capa foi enviado ao México pela revista Life para cobrir os meses da sangrenta campanha das eleições presidenciais de 1940 e, no ano seguinte, embarcou com os soldados americanos para a Europa a fim de registar o avanço dos Aliados. Fotografou a vitória aliada no Norte de África. Em Julho e Agosto de 1943, documentou a tomada da Sicília e nos meses seguintes, os esforços aliados na reocupação do território italiano, incluindo a libertação de Nápoles. Junto com as primeiras tropas americanas, desembarcou nas areias de Omaha, na Normandia, em 6 de Junho de 1944, que mais tarde seria consagrado como o Dia D. No dia 25 de Agosto do mesmo ano, entre soldados franceses e americanos, retornou à Paris libertada, pelos Aliados. No ano seguinte, acompanhou o último ataque de pára-quedistas americanos à Alemanha, registando a captura de Leipzig, Nuremberga e, finalmente, Berlim, encerrando a sua participação na Segunda Guerra Mundial. Já naturalizado americano e de volta aos EUA, enquanto vivia um romance com a actriz Ingrid Bergman, interessou-se pelo cinema e dedicou uns bons meses a escrever as suas memórias sobre as quais pensava fazer um filme. Aos 34 anos, em 1947, com Henri Cartier-Bresson, David Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência Magnum, com sede em Paris e Nova Iorque. Apaixonado por fotografia, Robert Capa sempre defendeu a sua liberdade de produzir imagens. Ao fundar a agência queria garantir a posse dos negativos. A Magnum acabou por tornar-se referência para os fotojornalistas.
Entre 1950 e 1953, Capa estabeleceu novamente residência em Paris, dedicando o seu tempo a actividades burocráticas como presidente da Magnum e ao recrutamento e promoção de jovens talentos fotográficos. Novamente sob suspeita de actividades comunistas, teve o seu passaporte apreendido por alguns meses, em 1953 e foi impedido de viajar pelo governo norte-americano. Em 1954, escalado pela Life para cobrir a Guerra da Indochina Francesa, embarcou para a sua última missão. Em 25 de Maio quando Capa, acompanhava um destacamento francês constantemente paralisado por ataques vietnamitas, resolveu continuar a pé e sozinho o caminho entre Hanói e Thai Binh. Meia hora depois de deixar o acampamento, um soldado francês voltou para avisar os oficiais de que Capa tinha morrido ao pisar uma mina à beira da estrada.
Morreu a fazer aquilo que mais gostava: fotografar.
(Originalmente, editado em 22 de Outubro de 2005).
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