A FÁBRICA

Junho 25 2008

"Maravilhado, o pequeno homem percorre rapidamente a praia. Dirige-se sem hesitação para o mar que vê pela primeira vez. De repente pára estupefacto: uma primeira vaga acaba de rebentar a seus pés com um barulho suave. Os seus olhos fixam a distância à procura do que se esconderá no horizonte. A primeira vaga do mar parou a corrida da criança mas transportou-a para longe. O meio onde viveu os seus primeiros meses de vida está diante dele, imenso, simultaneamente carinhoso e ameaçador. Digo a mim próprio que já tinha experimentado esta revelação do infinito e que sem ter conhecimento motiva a minha vida. Lancei-me sem olhar para trás numa vida consagrada a desposar o mar. Os meus companheiros, que partilharam as aventuras tumultuosas dos primeiros mergulhos com escafandro autónomo, as missões do Calypso e os combates para a protecção do mar e da água em geral do nosso frágil planeta, experimentaram o mesmo entusiasmo e dúvidas. Juntos aprendemos que a realidade dos oceanos, do universo e da vida era uma fonte de inesgotáveis maravilhas. Constatámos que os animais marinhos estão sujeitos às mesmas leis que as criaturas que povoam as selvas terrestres, o que vem confirmar a unidade da vida. Para compreendermos os laços que nos ligam a todos os seres vivos e de modo a melhor apreciar o milagre da vida, deixemo-nos tocar pela primeira vaga do mar." (Jacques-Yves Costeau).
.
O Comandante Jacques-Yves Cousteau nasceu a 11 de Junho de 1910, em St. André de Cubzac (Gironde), França. Em 1930, entra para a Escola Naval onde chega a Oficial. Entre 1933 e 1935, é destacado para o extremo Oriente, a bordo dos cruzadores “Primauguet” e “Shangha”. Enquanto seguia a formação para piloto sofre um grave acidente de viação que lhe põe fim à carreira de aviador. Em 1936, em Mourillon, perto de Toulon, experimenta pela primeira vez uma “máscara” submarina: foi a revelação. Com o Eng.º. Emile Gagnan, conclui o escafandro autónomo em 1943, e o mundo submarino revela-se à humanidade.
Após a guerra, o Comandante juntamente com Frédéric Dumas, criou o Grupo de Pesquisa Submarina afim de efectuar experiências de mergulho e trabalho em laboratório. Em 1950 recupera o Calypso, um antigo draga-minas. Modificado aos poucos e dotado de instrumentos de mergulho e pesquisa científica, o Calypso transforma-se em navio oceanográfico e a aventura começa. Durante quatro décadas as equipas de Cousteau exploraram os mares e os grandes rios do mundo inteiro.
Com o Eng.º. Jean Mollard, constrói o SP-350 colocado ao serviço em 1959. Este primeiro “disco voador” mergulhador de dois lugares pode ser usado até 350 mts de profundidade. Em 1965, dois discos mergulhadores são construídos simultaneamente para descer a 500 metros de profundidade tendo sido baptizados como “Pulgas-do-mar”. Cousteau dirige duas experiências de habitação no fundo do mar: “Précontinent 1”, ao largo de Marselha, “Précontinent II”, na região de Nice.
Em conjunto com o Prof. Lucien Malavard e o Eng.º. Bertrand Charrier, Jacques Cousteau, conclui o estudo de um novo sistema complementar de propulsão eólica, chamado Turbovoile e lançam em 1983 um catamaran equipado com este sistema, o “Moulin à Vent”.
O sistema é aperfeiçoado no navio experimental Alcyone, que é utilizado hoje em dia em filmes e explorações. O Calypso II, navio ecológico que irá manter o espírito do seu homónimo, foi também equipado com Turbovoile.
Após 1944, o Comandante Cousteau realiza mais de 70 filmes para televisão.Realiza também 3 longas-metragens: “O Mundo do Silêncio” (Palma de Ouro no Festival de Cannes), “O Mundo sem Sol” (Óscar e Grande Prémio do Cinema Francês para a Juventude) e “Viagem ao Fim do Mundo”.
Jacques Cousteau colaborou com vários autores para escrever mais de 50 livros, editados em uma dúzia de línguas. Sendo os mais recentes: “As Baleias” (1988), “Madagáscar, Ilha dos Espíritos” (1995), “O Mundo dos Golfinhos” (1995), e “Namíbia” (1996).
Cavaleiro da Legião de Honra pelos serviços prestados na resistência francesa, o Comandante Cousteau é promovido a Oficial Comandante pelos seus feitos científicos. Um dos raros membros estrangeiros da Academia de Ciências dos Estados Unidos, o Comandante foi ainda, durante 3 décadas, director do Museu Oceanográfico do Mónaco.
Em 1977, as Nações Unidas concederam-lhe o Prémio Internacional para o Ambiente, juntamente com Sir Peter Scott. Recebeu do Presidente dos Estados Unidos a Medalha da Liberdade em 1985.
Em 1987, o Comandante recebe o Prémio do Conselho Internacional da Academia Nacional das Artes e Ciências de Televisão, em Nova York. Em 1988 faz parte da tabela de honra dos indivíduos que foram distinguidos pela protecção do ambiente e recebe o Prémio da National Geographic.
Em 1989, é eleito para a Academia Francesa. O Instituto Catalão de Estudos Mediterrâneos, em Barcelona, distingue-o com o Prémio Catalão Internacional em 1991 e em 1996 aceita a homenagem do Smithsonian Institution e a Medalha do Bicentenário James Smithson.
O presidente Francês François Mitterrand nomeia-o, em 1991, para presidente do “Conselho para os direitos das gerações futuras”. Em 1993, dois anos mais tarde, endereça a sua demissão ao presidente, em protesto contra os testes nucleares no Oceano Pacífico.
Em 1992, o Comandante Cousteau é convidado oficial na Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. No ano seguinte é nomeado para o Comité Consultivo das Nações Unidas e aceita o papel de conselheiro para o desenvolvimento do Banco Mundial.
Fundou a Sociedade Cousteau em 1974 e a Equipa Cousteau em 1981, continuando sempre os seus projectos para protecção e melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.O Comandante Jacques-Ives Cousteau faleceu aos 87 anos no dia 25 de Junho de 1997. (Adaptado da Página Oficial da Cousteau Society).
publicado por armando ésse às 09:25
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Junho 25 2008

"Maravilhado, o pequeno homem percorre rapidamente a praia. Dirige-se sem hesitação para o mar que vê pela primeira vez. De repente pára estupefacto: uma primeira vaga acaba de rebentar a seus pés com um barulho suave. Os seus olhos fixam a distância à procura do que se esconderá no horizonte. A primeira vaga do mar parou a corrida da criança mas transportou-a para longe. O meio onde viveu os seus primeiros meses de vida está diante dele, imenso, simultaneamente carinhoso e ameaçador. Digo a mim próprio que já tinha experimentado esta revelação do infinito e que sem ter conhecimento motiva a minha vida. Lancei-me sem olhar para trás numa vida consagrada a desposar o mar. Os meus companheiros, que partilharam as aventuras tumultuosas dos primeiros mergulhos com escafandro autónomo, as missões do Calypso e os combates para a protecção do mar e da água em geral do nosso frágil planeta, experimentaram o mesmo entusiasmo e dúvidas. Juntos aprendemos que a realidade dos oceanos, do universo e da vida era uma fonte de inesgotáveis maravilhas. Constatámos que os animais marinhos estão sujeitos às mesmas leis que as criaturas que povoam as selvas terrestres, o que vem confirmar a unidade da vida. Para compreendermos os laços que nos ligam a todos os seres vivos e de modo a melhor apreciar o milagre da vida, deixemo-nos tocar pela primeira vaga do mar." (Jacques-Yves Costeau).
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O Comandante Jacques-Yves Cousteau nasceu a 11 de Junho de 1910, em St. André de Cubzac (Gironde), França. Em 1930, entra para a Escola Naval onde chega a Oficial. Entre 1933 e 1935, é destacado para o extremo Oriente, a bordo dos cruzadores “Primauguet” e “Shangha”. Enquanto seguia a formação para piloto sofre um grave acidente de viação que lhe põe fim à carreira de aviador. Em 1936, em Mourillon, perto de Toulon, experimenta pela primeira vez uma “máscara” submarina: foi a revelação. Com o Eng.º. Emile Gagnan, conclui o escafandro autónomo em 1943, e o mundo submarino revela-se à humanidade.
Após a guerra, o Comandante juntamente com Frédéric Dumas, criou o Grupo de Pesquisa Submarina afim de efectuar experiências de mergulho e trabalho em laboratório. Em 1950 recupera o Calypso, um antigo draga-minas. Modificado aos poucos e dotado de instrumentos de mergulho e pesquisa científica, o Calypso transforma-se em navio oceanográfico e a aventura começa. Durante quatro décadas as equipas de Cousteau exploraram os mares e os grandes rios do mundo inteiro.
Com o Eng.º. Jean Mollard, constrói o SP-350 colocado ao serviço em 1959. Este primeiro “disco voador” mergulhador de dois lugares pode ser usado até 350 mts de profundidade. Em 1965, dois discos mergulhadores são construídos simultaneamente para descer a 500 metros de profundidade tendo sido baptizados como “Pulgas-do-mar”. Cousteau dirige duas experiências de habitação no fundo do mar: “Précontinent 1”, ao largo de Marselha, “Précontinent II”, na região de Nice.
Em conjunto com o Prof. Lucien Malavard e o Eng.º. Bertrand Charrier, Jacques Cousteau, conclui o estudo de um novo sistema complementar de propulsão eólica, chamado Turbovoile e lançam em 1983 um catamaran equipado com este sistema, o “Moulin à Vent”.
O sistema é aperfeiçoado no navio experimental Alcyone, que é utilizado hoje em dia em filmes e explorações. O Calypso II, navio ecológico que irá manter o espírito do seu homónimo, foi também equipado com Turbovoile.
Após 1944, o Comandante Cousteau realiza mais de 70 filmes para televisão.Realiza também 3 longas-metragens: “O Mundo do Silêncio” (Palma de Ouro no Festival de Cannes), “O Mundo sem Sol” (Óscar e Grande Prémio do Cinema Francês para a Juventude) e “Viagem ao Fim do Mundo”.
Jacques Cousteau colaborou com vários autores para escrever mais de 50 livros, editados em uma dúzia de línguas. Sendo os mais recentes: “As Baleias” (1988), “Madagáscar, Ilha dos Espíritos” (1995), “O Mundo dos Golfinhos” (1995), e “Namíbia” (1996).
Cavaleiro da Legião de Honra pelos serviços prestados na resistência francesa, o Comandante Cousteau é promovido a Oficial Comandante pelos seus feitos científicos. Um dos raros membros estrangeiros da Academia de Ciências dos Estados Unidos, o Comandante foi ainda, durante 3 décadas, director do Museu Oceanográfico do Mónaco.
Em 1977, as Nações Unidas concederam-lhe o Prémio Internacional para o Ambiente, juntamente com Sir Peter Scott. Recebeu do Presidente dos Estados Unidos a Medalha da Liberdade em 1985.
Em 1987, o Comandante recebe o Prémio do Conselho Internacional da Academia Nacional das Artes e Ciências de Televisão, em Nova York. Em 1988 faz parte da tabela de honra dos indivíduos que foram distinguidos pela protecção do ambiente e recebe o Prémio da National Geographic.
Em 1989, é eleito para a Academia Francesa. O Instituto Catalão de Estudos Mediterrâneos, em Barcelona, distingue-o com o Prémio Catalão Internacional em 1991 e em 1996 aceita a homenagem do Smithsonian Institution e a Medalha do Bicentenário James Smithson.
O presidente Francês François Mitterrand nomeia-o, em 1991, para presidente do “Conselho para os direitos das gerações futuras”. Em 1993, dois anos mais tarde, endereça a sua demissão ao presidente, em protesto contra os testes nucleares no Oceano Pacífico.
Em 1992, o Comandante Cousteau é convidado oficial na Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro. No ano seguinte é nomeado para o Comité Consultivo das Nações Unidas e aceita o papel de conselheiro para o desenvolvimento do Banco Mundial.
Fundou a Sociedade Cousteau em 1974 e a Equipa Cousteau em 1981, continuando sempre os seus projectos para protecção e melhoria da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.O Comandante Jacques-Ives Cousteau faleceu aos 87 anos no dia 25 de Junho de 1997. (Adaptado da Página Oficial da Cousteau Society).
publicado por armando ésse às 09:25
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Junho 25 2008

Total Ozone Mapping Spectrometer
Fotografia da NASA GSFC.
A camada de ozono da atmosfera terrestre fornece um véu protector contra a os raios ultra-violetas que causam cancros e danifica o fitoplâncton essencial à vida dos mares. Os cientistas observavam alterações na camada há décadas, mas ficaram chocados em 1985, quando Joe Forman, verificou uma diminuição na espessura da camada sobre a Antárctica. O chamado buraco do ozono, é provocado pela utilização excessiva de certos produtos químicos, conhecidos pelo palavrão de clorofluorcabonos (CFCs). Em 1987, a maioria dos países assinou um acordo para a eliminação dos CFCs. Desde do ano 2000, que o buraco do ozono está a diminuir, à medida da menor utilização dos clorofluorcarbonos.
publicado por armando ésse às 09:08

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Total Ozone Mapping Spectrometer
Fotografia da NASA GSFC.
A camada de ozono da atmosfera terrestre fornece um véu protector contra a os raios ultra-violetas que causam cancros e danifica o fitoplâncton essencial à vida dos mares. Os cientistas observavam alterações na camada há décadas, mas ficaram chocados em 1985, quando Joe Forman, verificou uma diminuição na espessura da camada sobre a Antárctica. O chamado buraco do ozono, é provocado pela utilização excessiva de certos produtos químicos, conhecidos pelo palavrão de clorofluorcabonos (CFCs). Em 1987, a maioria dos países assinou um acordo para a eliminação dos CFCs. Desde do ano 2000, que o buraco do ozono está a diminuir, à medida da menor utilização dos clorofluorcarbonos.
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