A FÁBRICA

Janeiro 28 2009

Chega hoje às bancas a milésima edição do Jornal de Letras, Artes e Ideias (JL). Criado por José Carlos Vasconcelos, o JL foi publicado pela primeira vez a 3 de Março de 1981.
Parabéns a toda a equipa do JL.
publicado por armando ésse às 14:33

Janeiro 28 2009

O escritor norte-americano John Updike, um dos mais prolíficos autores da literatura norte-americana, faleceu ontem, aos 76 anos, vítima de cancro pulmonar.
Considerado pela crítica um dos mais acutilantes analistas da sociedade norte-americana, Updike identificou o sexo, a arte e a religião como "as três grandes coisas secretas" da experiência humana.
John Updike nasceu na Pensilvânia em 18 de Março de 1932. Na adolescência era gago e acreditava que a capacidade de escrita lhe vinha dessa dificuldade em falar. Foi a mãe, aspirante a escritora, que o incentivou a escrever e a desenhar. O pai era professor de matemática. Depois de estudar Artes plásticas em Oxford, Inglaterra, John Updike viria a licenciar-se em Língua inglesa na Universidade de Harvard.
A sua carreira de escritor começou em 1954, quando a revista "The New Yorker" publicou um dos seus contos e um dos seus poemas, acabando por aceitar, no ano seguinte, um convite para fazer parte da equipa da revista "The New Yorker", ficando aí até 1957. Por esta altura mudou-se para o Massachusetts, onde decidiu ser escritor a tempo inteiro. Sobretudo conhecido como romancista, John Updike escreveu também poemas e contos, fez crítica literária e escreveu um livro de memórias e um famoso ensaio sobre o jogador norte-americano de basebol Ted Williams.
John Updike escreveu mais de 50 livros, muitos deles traduzidos em Portugal, como "A Feira", "A Escola de Música" (contos), "Casais Trocados", "O Centauro", "As Bruxas de Eastwick", "Corre Coelho", "Coelho Enriquece", "Brasil", e "O Terrorista".
Pelos romances "Coelho Enriquece" (1982) e "Rabbit at Rest" (1991) da famosa pentalogia Coelho, John Updike recebeu dois Pulitzer e ao longo da vida nunca lhe faltaram prémios, recebendo, entre outros prémios, o National Book Award in Fiction, o American Book Award e o National Book Critics Circle Award For Fiction.
As suas obras, além de ser distinguidas com alguns dos mais prestigiosos prémios literários, estiveram muitas vezes nas listas dos "best-sellers" nos Estados Unidos.
Membro da American Academy of Arts and Letters desde 1976, recebeu em 2003 a National Medal for Humanities, na Casa Branca, juntando-se a um grupo restrito de notáveis que foram contemplados com a medalha.
Sempre gostei do estilo do John Updike, apesar de conhecer mal a sua obra, conhecimento que se resume à saga do "Coelho" editada em Portugal e aos livros "O Terrorista" e "Procurai A Minha Face". Não obstante, é com tristeza que vejo partir um dos mais aclamados escritores norte-americanos da sua geração. Descansa em Paz, "Coelho".(Com Lusa).
publicado por armando ésse às 08:30

Janeiro 22 2009

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou esta quinta-feira o decreto que ordena o encerramento da prisão de Guantánamo no prazo de um ano marcando assim a ruptura com a política controversa de luta contra o terrorismo de George W. Bush.
Obama assinou o decreto na Sala Oval, cercado de militares reformados com quem esteve reunido momentos antes para debater a política de interrogatório e de detenção de pessoas suspeitas de terrorismo.
O presidente também impôs que os Estados Unidos se adaptem à Convenção de Genebra sobre as prisões.
O novo presidente comprometeu-se a fechar o polémico campo de detenção ainda durante a campanha eleitoral.
"O centro de detenção de Guantánamo objecto desta ordem será fechado o mais rápido possível e, no mais tardar, no prazo de um ano a partir da data da ordem", afirma o rascunho da ordem executiva, divulgado no site da associação American Civil Liberties Union e confirmado pela fonte da Casa Branca.
Acrescenta, também, que serão usados "meios legais" para tratar os detidos que não possam ser transferidos para outros países ou julgados em tribunais americanos.
A notícia do projecto foi revelada um dia depois de Barack Obama pedir a suspensão, durante 120 dias, dos julgamentos que acontecem em Guantánamo, com o objectivo de permitir a revisão das políticas e condições de detenção na prisão.
A prisão de Guantánamo, actualmente com um total de 245 detidos, foi aberta em 2002 como parte da "guerra contra o terrorismo" iniciada pelo governo de George W. Bush depois dos atentados de Nova York e Washington a 11 de Setembro.
Os tribunais de excepção para julgar alguns de seus prisioneiros foram criados em 2006.
As novas medidas estabelecidas pelo presidente "modificam as regras de detenção e de interrogatório da CIA”, definidas no Manual de Terreno do Exército.
publicado por armando ésse às 16:22

Janeiro 22 2009

A corrida aos Óscares começou hoje com o anúncio à breves momentos pelo presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, Sid Ganis e pelo actor Forest Whitaker, dos finalistas da 81ª cerimónia de entrega dos prémios da Academia.
O grande nomeado pela Academia para os Óscares 2009 é o filme de David Fincher, "O Estranho Caso de Benjamin Button", com 13 nomeações.
"Quem Quer Ser Bilionário?", concorre em dez categorias para os Óscares, seguida de "O Cavaleiro das Trevas" e "Milk" com oito nomeações cada.
Entre outras nomeações, confirma-se a nomeação póstuma para Heath Ledger pelo papel de Joker em "O Cavaleiro das Trevas", e a curiosidade do casal Pitt/Jolie estar nomeado na principal categoria de actuação: Melhor Actor para Brad Pitt por "O Estranho Caso de Benjamin Button" e Angelina Jolie como Melhor Actriz por "A Troca". Meryl Streep recebeu a sua 15ª nomeação para os Óscares, pelo seu papel de freira vingativa no filme a "Dúvida".

OS NOMEADOS SÃO:

Melhor Filme:
"O Estranho Caso Benjamin Button”, “Frost/Nixon”, “Milk", “The Reader”, “Quem Quer Ser Bilionário?”.


Melhor Actriz:
Anne Hathaway por “Rachel Getting Married”, Angelina Jolie por “A Troca”, Melissa Leo por “Frozen River”, Meryl Streep por “Dúvida” e Kate Winslet por “The Reader” .

Melhor Actor:
Frank Langella por “Frost/Nixon”, Sean Penn por “Milk”, Brad Pitt por “O Estranho Caso de Benjamin Button”, Mickey Rourke por “The Wrestler” e Richard Jenkins por “The Visitor” .


Melhor Actriz Secundária:
Amy Adams por “Dúvida”, Penelope Cruz por “Vicky Cristina Barcelona”, Viola Davis por “Dúvida”, Taraji P. Henson por “O Estranho Caso de Benjamin Button” e Marisa Tomei por “The Wrestler”.


Melhor Actor Secundário:
Josh Brolin por “Milk”, Robert Downey Jr. por “Tempestade Tropical”, Philip Seymour Hoffman por “Dúvida”, Heath Ledger por “O Cavaleiro das Trevas” e Michael Shannon por “Revolutionary Road” .

Melhor Realizador:
Danny Boyle por “Quem quer ser Bilionário?”, Stephen Daldry por “The Reader”, David Fincher por “O Estranho Caso de Benjamin Button”, Ron Howard por “Frost/Nixon” e Gus Van Sant, “Milk”.

Melhor Filme de Animação:"
Bolt" da Walt Disney, "WALL.E", da Pixar, e "Kung Fu Panda" da Dreamworks.

Melhor Filme Língua Estrangeira:
O Complexo de Baader-Meinhof” (Alemanha), “A Turma” (França), “Departures” (Japão), “Revanche” Áustria), e “A Valsa com Bashir” (Israel).

A 81ª cerimónia dos Óscares decorrerá no dia 22 de Fevereiro de 2009 em Hollywood, no Teatro Kodak, em pleno coração do bairro histórico do cinema no noroeste de Los Angeles.
publicado por armando ésse às 13:53
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Janeiro 22 2009

O actor canadiano Mike Myers recebeu sete nomeações para os Golden Raspberry Awards, os Razzies, os prémios que, ao contrário dos Óscares, elegem o pior do cinema nos Estados Unidos, informou a organização, que também nomeou Paris Hilton em várias categorias.
Algo surpreendentemente, Al Pacino também é nomeado para o prémio de Pior Actor pela sua participação em "88 minutes".
Mas "Love Guru", filme escrito, produzido e protagonizado por Myers no início de 2008, ultrapassa tudo e todos, tendo sido nomeado para as principais categorias: Pior Filme, Pior Realizador, Pior Actor e Pior Argumento.
Para a 29ª edição do prémio criado pelo jornalista e escritor John Wilson, que acontece no dia 21 de Fevereiro, Paris Hilton também foi uma das mais nomeadas, principalmente pela sua participação no filme "The Hottie & the Nottie", que entrou para a história como um dos maiores fracassos de bilheteira.
Pela sua participação neste filme, a herdeira da rede de hotéis foi nomeada para Pior Filme, Pior Casal (juntamente com Christine Lakin) e Pior Actriz Secundária por "Repo: The Genetic Opera".
A academia, formada por cerca de 700 cinéfilos de todo o mundo, também nomeou para Pior Filme o "thriller" de M. Night Shyamalan "The Happening", produção considerada "desastrosa", que "apresenta a visão mais divertida do apocalipse".
Na categoria Pior Actor, Myers competirá com Eddie Murphy ("Meet Dave"), Al Pacino ("88 minutes"), Mark Wahlberg ("The Happening" e "Max Payne") e o comediante Larry the Cable Guy ("Witless Protection").
Na categoria Pior Actriz, disputarão o troféu de plástico dourado Jessica Alba (pelo mesmo filme de Myers e "The Eye"), Cameron Diaz ("Fear And Loathing In Las Vegas"), Kate Hudson ("My Best Friend`s Girl" e "Fool`s Gold"), além de todo o elenco de "The Women" - Annette Bening, Eva Mendes, Debra Messing, Jada Pinkett-Smith e Meg Ryan.
John Wilson, que criou os "Razzies" em 1980, disse que Myers foi o mais nomeado por "ter feito tudo, menos fazer o público rir" com sua pretensa comédia. Lusa.
publicado por armando ésse às 12:40
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Janeiro 09 2009

Amnistia Internacional (AI) pediu hoje ao presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que fixe a data de encerramento da prisão de Guantánamo, onde estão detidos suspeitos de ligações ao terrorismo.
Num comunicado emitido a propósito do sétimo aniversário da chegada dos primeiros presos a Guantánamo (11 de Janeiro de 2002), a Amnistia Internacional apela a Barack Obama para que cumpra o seu compromisso de pôr fim às violações dos Direitos Humanos que marcaram as políticas e práticas anti-terroristas dos Estados Unidos nos últimos sete anos.
A organização também pede a Obama que apoie a criação de uma comissão independente de investigação das alegadas violações dos Direitos Humanos cometidas pelos Estados Unidos ou em nome dos norte-americanos na "guerra contra o terrorismo", a fim de garantir a prestação de contas e como sinal da mudança da política anti-terrorista dos EUA.
"Não pedimos o impossível. Barack Obama já manifestou a sua determinação de remediar alguns dos males que o último governo norte-americano autorizou em nome da segurança nacional e pedimos-lhe que torne realidade esse compromisso", afirma a secretária-geral da AI, Irene Khan, no comunicado.
Na nota, a dirigente da AI manifesta "satisfação" pela prioridade que está a ser dada ao problema de Guantánamo.
"A questão de Guantánamo pode ser o início de uma clara ruptura com as políticas de detenção do passado, que só pode ser feita se os Estados Unidos cumprirem plenamente as obrigações internacionais que contraiu", adianta Irene Khan.
O comunicado sublinha que s secretário de Estado da Defesa norte-americano, Robert Gates, pediu à sua equipa que elabore planos para fechar Guantánamo, um encerramento que considera de alta prioridade para o novo governo dos EUA.
"Isto deve incluir um plano detalhado para o futuro dos detidos", vincou a dirigente da AI. O documento destaca que todo o plano de encerramento de Guantánamo deve incluir o abandono imediato dos julgamentos por comissões militares e que qualquer julgamento futuro deve decorrer nos tribunais civis comuns.
De acordo com a Amnistia, outros países devem facilitar o fecho da prisão de Guantánamo oferecendo protecção humanitária aos detidos cuja libertação tenha sido autorizada mas que estejam impedidos de regressar ao seu país por receio de perseguições ou tortura.
Alguns países comunitários, entre os quais Portugal e a Alemanha, manifestaram o seu apoio à ideia de aceitar detidos de Guantánamo e a própria União Europeia está a debater a adopção de um enfoque comum, destaca a Amnistia Internacional.
"Guantánamo fez parte de uma estratégia de detenção com a qual os Estádios Unidos perpetraram uma agressão sistemática durante sete anos contra os Direitos Humanos fundamentais - como o direito a um julgamento justo a receber um tratamento humano - em nome da luta contra o terrorismo", acentua a secretária-geral da AI.
A AI pede a Barack Obama que durante os seus primeiros 100 dias no cargo empreenda reformas concretas em matéria de Direitos Humanos, como, por exemplo, o anúncio dos pormenores do plano de encerramento do centro de detenção da baía de Guantánamo, em Cuba, num período relativamente breve.
A organização pede também um decreto presidencial que proíba a tortura e outros maus-tratos, como define o Direito Internacional, e a criação de uma comissão independente que investigue os alegados abusos cometidos pelo governo norte-americano na sua "guerra contra o terrorismo".
A Amnistia Internacional recorda que ainda permanecem 250 pessoas presas em Guantánamo e acrescenta que, no dia 11 de Janeiro, activistas da AI em mais de 35 países pedirão de novo aos Estados Unidos que modifiquem a sua política de detenção no contexto da luta contra o terrorismo. Lusa.
publicado por armando ésse às 08:49

Janeiro 09 2009

Um retrato de Barak Obama, feito pelo designer gráfico Shepard Fairey durante a campanha do então candidato democrata norte-americano, vai integrar a colecção permanente da National Portrait Gallery dos Estados Unidos.
De acordo com a BBC, a galeria, sediada em Washington, adquiriu o retrato e poderá exibi-lo no a 20 de Janeiro, dia da tomada de posse de Barak Obama como presidente dos Estados Unidos.
O retrato de Obama, feito em stencil com os tons da bandeira dos Estados Unidos, foi um dos mais divulgados em 2008 por ocasião da campanha do candidato democrata à Casa Branca.
Shepard Fairey desenhou vários cartazes com o rosto do candidato e com palavras como “Hope”, “Change” e “Vote” e acabou por ser convidado pela revista Time a desenhar a capa da edição da figura do ano, dedicada a Barak Obama. A icónica imagem acabou ainda estampada em dezenas de camisolas e autocolantes durante a campanha eleitoral.
Shepard Fairey, 38 anos, vive em Los Angeles, é um artista de rua, ilustrador, disc-jockey e designer gráfico.
Em 2004, juntamente com os artistas Robbie Conal e Mear One, assinou uma campanha de rua com cartazes anti-Bush e contra a guerra. São da sua autoria as capas dos álbuns “Monkey Business”, dos Black Eyed Peas, “Zietgeist”, dos Smashing Pumpkins, e “Mothership”, dos Led Zeppelin, e o cartaz do filme “Walk the Line”.
Tem trabalhos nas colecções do Museu de Arte Moderna em Nova Iorque, Museu de Arte de Los Angeles e Victoria e Albert Museum de Londres.
publicado por armando ésse às 07:10
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