A FÁBRICA

Maio 06 2009

O escritor Cormac McCarthy é o segundo norte-americano a ser galardoado com o prémio de carreira PEN/Saul Bellow ,depois de em 2007 Philip Roth ter ganho este prémio bienal.
O júri composto por Claudia Roth Pierpont, Philip Roth, e Benjamin Taylor, distinguiu "um notável autor norte-americano de ficção vivo cuja obra possui qualidades de excelência, ambição e êxito ao longo de uma carreira uniforme que o colocam no mais alto lugar da literatura norte-americana", atribuindo-lhe o prémio PEN/Saul Bellow no valor de 25.000 dólares.
Cormac McCarthy junta este prémio ao Pulitzer de 2007 pelo romance apocalíptico “A Estrada” e ao National Book Award por “Belos Cavalos”.
O seu livro “Estes País Não é Para Velhos” foi adaptado ao cinema pelos irmãos Coen, tendo ganho o Óscar de Melhor Filme do ano 2007.
Cormac McCarthy nasceu em Rhode Island, a 20 de Julho de 1933. Na juventude foi viver para Knoxville, no Tennessee que virá a ser o pano de fundo dos seus primeiros romances. Estudou Artes na Universidade do Tennessee e por incompatibilidades com a família, alistou-se na Força Aérea dos Estados Unidos onde serviu quatro anos. Em 1976 mudou-se para El Paso, Texas e actualmente vive em Santa Fé, Novo México, com a mulher e o filho.
Em 40 anos de carreira literária, editou nove romances, estando editados em Portugal, os seguintes livros: O Guarda do Pomar, Filho de Deus, Belos Cavalos, Meridiano de Sangue, Este País Não é Para Velhos, A Estrada e Suttree.
O escritor é considerado um dos grandes nomes do romance contemporâneo norte-americano, ao lado de nomes, como Don DeLillo, Philip Roth e Thomas Pynchon.
publicado por armando ésse às 15:58

Maio 06 2009

Segundo o jornal inglês The Guardian, numa votação levada a cabo pela empresa One Poll, o livro “Por Favor Não Matem a Cotovia” da norte-americana Harper Lee foi considerado o livro mais inspirado de todos os tempos, tendo a Bíblia ficado em segundo lugar.
O clássico dos anos 60, escrito por Harper Lee já vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo. A história passa-se nos anos da Grande Depressão, onde Atticus Finch, um advogado de uma pequena cidade, Maycomb, situada no sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância. Com esta obra a autora foi galardoada com o Prémio Pulitzer.
O livro foi passado a filme pelo realizador norte-americano Robert Mulligan, pelo qual foi nomeado para o Óscar de melhor realizador em 1962, perdendo para David Lean. Apesar de ter perdido, o actor Gregory Peck, dirigido por si, no papel de Atticus Finch, ganhou o Óscar de Melhor Actor.
Da Bíblia quase tudo foi dito, traduzido em 2454 línguas, é considerado pelos cristãos o seu livro sagrado e acreditam que os homens que a escreveram foram inspirados por Deus. Estima-se que tenha vendido mais de 2 mil e 500 milhões de cópias.
O terceiro lugar foi para o “best-seller”, "Uma Criança Chamada “Coisa”", de Dave Pelzer.
Uma história real vivida pelo autor, que num testemunho impressionante relata os primeiros anos da sua terrível infância. A transformação de uma progenitora carinhosa, através do álcool, num monstro frio e cruel que altera totalmente a vida de uma criança e toda a família.Um best-seller não só nos Estados Unidos como nos principais países europeus.
Em quarto lugar aparece o livro de auto-ajuda do canadiano John Gray, “Os Homens São de Marte e as Mulheres são de Vénus”. John Gray, especialista em aconselhamento de familiar, explica as diferenças entre os sexos usando uma metáfora para ilustrar os conflitos que ocorrem frequentemente entre homens e mulheres. O top cinco é fechado com o famoso “Diário de Anne Frank”, que comoveu o mundo, como um documento pungente do Holocausto. De 12 de Junho de 1942, dia do seu 13.º aniversário, a 4 de Agosto de 1944, quando a família Frank foi mandada para o campo de concentração de Auschwitz, Anne escreveu diariamente no seu diário. O livro foi lançado em 1947 e está traduzido em 58 idiomas e vendeu mais de 30 milhões cópias.
Em sexto lugar aparece a sátira política de George Orwell, “1984”, seguido da autobiografia de Nelson Mandela, “ Longo Caminha para a Liberdade”. A autobiografia daquele que foi um dos maiores exemplos da história da Humanidade, escrita secretamente, durante os 27 anos que este encarcerado nas prisões sul-africanas, durante o regime do apartheid.. Uma personalidade incomparável, um grande defensor da igualdade e da luta pelos direitos humanos e cívicos.
Em oitavo lugar aparece o livro de Alex Garland, “A Praia” e em nono, o livro de Audrey Niffenegger’s, “ A Mulher do Viajante no Tempo”.
A lista é fechada com o clássico dos anos 50 de JD Salinger, que revolucionou a literatura norte americana: “Uma Agulha no Palheiro”. O livro conta as aventuras de Holden Caulfield, um rapaz de 16 anos, que ao ter de deixar o colégio interno que frequenta, mas receoso de enfrentar a fúria dos pais, decide passar uns dias em Nova Iorque até começarem as férias de Natal e poder voltar para casa.
Confuso, inseguro, incapaz de reconhecer a sua própria sensibilidade e fragilidade, Holden percorre nesses dias um intrincado labirinto de emoções e experiências, encontrando as mais diversas pessoas, como taxistas, freiras e prostitutas, e envolvendo-se em situações para as quais não está preparado.
Nesta lista, apenas não li os livros de Alex Garland e Audrey Niffenegger, e apesar de razões diferentes terem inspirado os autores, qualquer um destes livros “agarra-nos” até à última página, notando-se implicitamente uma grande dose de inspiração.
publicado por armando ésse às 10:40
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