A FÁBRICA

Março 19 2008

O governo chinês mostrou hoje a sua indignação pela cobertura "escandalosa e hostil" dos distúrbios em Lassa efectuada pela imprensa estrangeira que tem acesso proibido ao Tibete, e cujas informações são censuradas na China.
"Alguns meios ocidentais deformaram intencionalmente os factos e descreveram graves crimes como protestos pacíficos, para caluniar os nossos esforços legítimos para manter a estabilidade social", disse hoje Ragdi, funcionário do governo tibetano, citado pela agência oficial de notícias Nova China.
As declarações do antigo presidente do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (Legislativo), nascido na região tibetana, foram proferidas enquanto
Pequim extrema a censura de todos os meios estrangeiros que informam sobre os protestos em Lassa.
Abrir hoje o serviço de notícias do Yahoo ou Google resulta uma árdua missão, um caso similar ao que sucede com o popular site Youtube, que permanece inacessível desde há dias depois de ter exibido vídeos sobre as manifestações.
A censura férrea também afectou os canais de televisão como a CNN, da qual se perde misteriosamente o sinal de cada vez que informa sobre o sucedido em Lassa
,que nos últimos dias também se estenderam às províncias vizinhas de Sichuan, Gansu, e Qinghai.
Sem fazer qualquer menção a estas restrições, a imprensa estatal chinesa continua a publicar a versão oficial, segundo a qual 13 "civis inocentes" morreram às mãos da turba violenta incitada pela "camarilha" do Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos.
Esta
versão nega também que exista repressão da parte das forças de segurança chinesas, como denunciaram as organizações de direitos humanos e o governo tibetano no exílio.
O funcionário chinês assegurou também que os distúrbios na região estavam condenados a produzir-se "antes ou depois», tendo em conta as erupções de violência ocorridas desde que em 1959 fracassou a rebelião tibetana para "separar o Tibete da mãe pátria".
À região tibetana, a que só se pode aceder da China com a correspondente autorização (muito difícil de conseguir para jornalistas), está literalmente fechada por Pequim após as manifestações de protesto, com a evacuação de centenas de turistas e a proibição de entrada a todos os jornalistas estrangeiros. LUSA
publicado por armando ésse às 08:36

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