A FÁBRICA

Abril 02 2005

Chegou o fim de uma época.
Como todas as épocas, teve os seus momentos altos e bons e os seus momentos baixos e maus. Teve os seus pontos altos e bons, especialmente no inicio do seu Pontificado, reconhecendo com humildade e tolerância todas as crenças e religiões, e os erros praticados no passado pelo catolicismo.
Demonstrou humanidade e uma capacidade invulgar para julgar as fraquezas humanas, ao ter a coragem e capacidade para perdoar Ali Agca, que atentou contra a sua vida em Maio de 1981.
Deu um contributo decisivo para a queda do comunismo na sua Polónia natal, ao apoiar directamente Lech Walesa e o Solidariedade, e por consequência fazer desmoronar toda a “cortina de ferro”.
Foi um mensageiro da paz e um combatente dos Direitos do Homem, contra a violência e a intolerância, e um fervoroso defensor dos mais pobres e dos oprimidos.
Ousou condenar George Bush e Tony Blair pela invasão no Iraque.
Também teve alguns pontos mais controversos, ao não adaptar a Igreja Católica aos novos "ventos da História": as ordenações continuam vedadas às mulheres, o celibato dos padres é obrigatório, não teve abertura para a utilização de métodos anti-concepcionais, banais como o preservativo, fazendo disparar os números da SIDA.
Foi um Papa humanista, e principalmente, um homem extraordinário e fora do comum.

Que João Paulo II descanse finalmente em paz depois de todo este sofrimento e alarido promovido mediaticamente, especialmente nestes últimos momentos de agonia.

Paz à sua alma.
publicado por armando ésse às 16:37

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