O registo histórico de acordos não cumpridos entre israelitas e palestinianos, deixa-nos uma ténue esperança, para os resultados conseguidos na cimeira Sharm el-Sheikh, realizado no passado dia 8 de Fevereiro, se cumpram. Ariel Sharon e Mahmoud Abbas, com o alto patrocínio de Hosni Mubarak, do Egipto e do rei Abdallah II da Jordânia, declararam um cessar fogo mútuo e total, pondo assim fim à segunda Intifada. Durante os quatros anos de violência que durou a Intifada, morrerram mais de 4000 pessoas, (3350 palestinianos e 970 israelitas).Neste acordo Israel abandona todas as operações militares nos territórios ocupados e pôe fim aos assassínios selectivos, enquanto que os palestinianos suspendem todos os ataques contra israelitas. Serão libertados 900 prisioneiros palestinianos e a desocupação de cinco cidades cisjordanas. Foi um primeiro passo, que espero leve à criação de um estado independente para os palestinianos, mas pela frente tanto o lado israelita como o lado palestiniano, têm um árduo trabalho. Da parte palestiniana, Mahmoud Abbas terá que controlar os grupos armados, principalmente o Hamas e a Jihad Islâmica, do lado israelita Ariel Sharon terá que ter pulso para controlar a extrema direita que se opôe a qualquer acordo com os palestinianos. Nas eleições para presidente da autoridade palestiniana todos queriam Mahmoud Abbas, agora, espera-se que Israel, Ariel Sharon, EUA, George W. Bush e Condoleezza Rice se capacitem que têm neste interlocutor a última oportunidade para a paz.