O realizador, produtor e actor Sydney Pollack morreu ontem na sua casa de Pacific Palisades, em Los Angeles, Califórnia. O realizador de “África Minha” e “Tootsie” tinha 73 anos e lutava há dez meses contra o cancro.
Sydney Pollack que era considerado por muitos o último grande realizador romântico de Hollywood, nasceu a 1 de Julho de 1934, em Lafayette no estado norte-americano do Indiana, era o mais velho de três filhos de David Pollack, um ex-pugilista profissional que depois se tornou farmacêutico, e Rebecca Miller, uma dona de casa, que morreu aos 37 anos, quando Pollack tinha apenas 16 anos. Contra a vontade do pai, que queria que ele fosse dentista, Pollack mudou-se para Nova Iorque, após terminar o liceu, para se tornar actor. De 1952 a 1954, estudou com Sanford Meisner, na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, tornando-se de seguida, o assistente do professor.Depois de dois anos na tropa, voltou para Neighborhood Playhouse e continuou a dar aulas. Em 1958, casou-se Claire Griswold. Sydney Pollack começou a sua carreira no teatro, e ganhou fama como realizador de Televisão na década de 60. A sua estreia como actor aconteceu em 1962 no filme "Obsessão de Matar", ao lado de Robert Redforfd.
Apesar de ter começado como actor, foi na realização que Sydney Pollack mais se destacou. Para os amantes de cinema, Sydney Pollack ficará para sempre, ligado à adaptação para cinema do romance de Karen Blixen, África Minha, filme que fez contracenar Robert Redford e Meryl Streep e que em 1986, de 11 nomeações para as estatuetas douradas, arrebataria sete Óscares, entre os quais os de Melhor Realizador e de Melhor Filme.
Três anos antes, em 1983, já havia sido indicado para a estatueta de melhor realizador com o inesquecível “Tootsie”, filme superiormente protagonizado por Dustin Hoffman. “The Way We Were” (1973), com Robert Redford e Barbra Streisand é outro dos seus grandes sucessos comerciais.
Com o realizador britânico Anthony Minghella, que desapareceu em Março passado, Sydney Pollack mantinha a produtora Mirage Enterprises, etiqueta com que saiu o seu último trabalho, o documentário “Sketches of Frank Gehry”, de 2007. Em Agosto do ano passado, o realizador apresentou os primeiros sinais de que tinha cancro, abandonando o projecto de um documentário sobre as presidenciais americanas, mais particularmente sobre o caso da recontagem de votos na Flórida, que estava a filmar para a televisão HBO. Até, sempre.
publicado por armando ésse às 11:44
O realizador, produtor e actor Sydney Pollack morreu ontem na sua casa de Pacific Palisades, em Los Angeles, Califórnia. O realizador de “África Minha” e “Tootsie” tinha 73 anos e lutava há dez meses contra o cancro.
Sydney Pollack que era considerado por muitos o último grande realizador romântico de Hollywood, nasceu a 1 de Julho de 1934, em Lafayette no estado norte-americano do Indiana, era o mais velho de três filhos de David Pollack, um ex-pugilista profissional que depois se tornou farmacêutico, e Rebecca Miller, uma dona de casa, que morreu aos 37 anos, quando Pollack tinha apenas 16 anos. Contra a vontade do pai, que queria que ele fosse dentista, Pollack mudou-se para Nova Iorque, após terminar o liceu, para se tornar actor. De 1952 a 1954, estudou com Sanford Meisner, na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, tornando-se de seguida, o assistente do professor.Depois de dois anos na tropa, voltou para Neighborhood Playhouse e continuou a dar aulas. Em 1958, casou-se Claire Griswold. Sydney Pollack começou a sua carreira no teatro, e ganhou fama como realizador de Televisão na década de 60. A sua estreia como actor aconteceu em 1962 no filme "Obsessão de Matar", ao lado de Robert Redforfd.
Apesar de ter começado como actor, foi na realização que Sydney Pollack mais se destacou. Para os amantes de cinema, Sydney Pollack ficará para sempre, ligado à adaptação para cinema do romance de Karen Blixen, África Minha, filme que fez contracenar Robert Redford e Meryl Streep e que em 1986, de 11 nomeações para as estatuetas douradas, arrebataria sete Óscares, entre os quais os de Melhor Realizador e de Melhor Filme.
Três anos antes, em 1983, já havia sido indicado para a estatueta de melhor realizador com o inesquecível “Tootsie”, filme superiormente protagonizado por Dustin Hoffman. “The Way We Were” (1973), com Robert Redford e Barbra Streisand é outro dos seus grandes sucessos comerciais.
Com o realizador britânico Anthony Minghella, que desapareceu em Março passado, Sydney Pollack mantinha a produtora Mirage Enterprises, etiqueta com que saiu o seu último trabalho, o documentário “Sketches of Frank Gehry”, de 2007. Em Agosto do ano passado, o realizador apresentou os primeiros sinais de que tinha cancro, abandonando o projecto de um documentário sobre as presidenciais americanas, mais particularmente sobre o caso da recontagem de votos na Flórida, que estava a filmar para a televisão HBO. Até, sempre.
publicado por armando ésse às 11:44
Albert Hofman, o herói dos “hippies” e da “flower power generation”, morreu ontem de ataque cardíaco em sua casa, contava 102 anos de idade, noticia a agência Lusa.
A sua morte foi hoje confirmada à agência Associated Press por Doris Stuker, um residente da aldeia de Burg im Leimental, aldeia dos montes Jura para onde Hofman se retirou quando se reformou em 1971. Como noticiado aqui, Hofman, tornou-se mundialmente famoso com a descoberta da droga alucinogénia LSD (dietilamida do ácido lisérgico). Aparentemente, os laboratórios não encontraram qualquer utilidade prática para o composto, que teria caído no esquecimento se o próprio Hofman não o tivesse tomado involuntariamente durante uma experiência laboratorial a 16 de Abril de 1943.
"Tive de interromper o trabalho e ir para casa porque senti subitamente uma sensação de desassossego e de ligeira tontura", escreveu posteriormente num relatório aos seus chefes na Sandoz.
"Tudo o que via estava distorcido como num espelho deformado", lê-se na descrição da sua viagem de bicicleta do laboratório até casa, onde se sentou num divã e começou a sentir aquilo a que chamou uma "visão". "O que estava a pensar aparecia-me em cores e imagens", afirmou numa entrevista à televisão suíça SF DRS quando fez 100 anos: "Durou duas horas e depois desapareceu". Três dias depois, Hofman repetiu a experiência com uma dose maior: o resultado foi uma viagem de terror. "A substância que queria experimentar tomou conta de mim. Fui acometido por um medo avassalador que me enlouquecia. Fui transportado para um mundo diferente, um tempo diferente", escreveu.
O LSD alcançou fama internacional no final dos anos 50 e 60 graças ao professor de Harvard Timothy Leary, que defendeu o seu uso, e a numerosos músicos pop e até estrelas de cinema como Cary Grant que viram nela um meio de autodescoberta e auto-esclarecimento.
Mas à parte as "viagens" psicadélicas da geração hippy dos anos 60, sucederam-se histórias de terror de crimes e de pessoas que se atiravam de janelas sob o efeito de alucinações, bem como casos de danos psicológicos permanentes em grandes consumidores.
O governo norte-americano proibiu o LSD em 1966, uma decisão seguida depois pelos outros países.Hofman discordou, alegando que a droga não causa habituação.
Além disso, insistiu repetidas vezes que o LSD poderia dar uma importante contribuição para a investigação psiquiátrica.
publicado por armando ésse às 08:46
Albert Hofman, o herói dos “hippies” e da “flower power generation”, morreu ontem de ataque cardíaco em sua casa, contava 102 anos de idade, noticia a agência Lusa.
A sua morte foi hoje confirmada à agência Associated Press por Doris Stuker, um residente da aldeia de Burg im Leimental, aldeia dos montes Jura para onde Hofman se retirou quando se reformou em 1971. Como noticiado aqui, Hofman, tornou-se mundialmente famoso com a descoberta da droga alucinogénia LSD (dietilamida do ácido lisérgico). Aparentemente, os laboratórios não encontraram qualquer utilidade prática para o composto, que teria caído no esquecimento se o próprio Hofman não o tivesse tomado involuntariamente durante uma experiência laboratorial a 16 de Abril de 1943.
"Tive de interromper o trabalho e ir para casa porque senti subitamente uma sensação de desassossego e de ligeira tontura", escreveu posteriormente num relatório aos seus chefes na Sandoz.
"Tudo o que via estava distorcido como num espelho deformado", lê-se na descrição da sua viagem de bicicleta do laboratório até casa, onde se sentou num divã e começou a sentir aquilo a que chamou uma "visão". "O que estava a pensar aparecia-me em cores e imagens", afirmou numa entrevista à televisão suíça SF DRS quando fez 100 anos: "Durou duas horas e depois desapareceu". Três dias depois, Hofman repetiu a experiência com uma dose maior: o resultado foi uma viagem de terror. "A substância que queria experimentar tomou conta de mim. Fui acometido por um medo avassalador que me enlouquecia. Fui transportado para um mundo diferente, um tempo diferente", escreveu.
O LSD alcançou fama internacional no final dos anos 50 e 60 graças ao professor de Harvard Timothy Leary, que defendeu o seu uso, e a numerosos músicos pop e até estrelas de cinema como Cary Grant que viram nela um meio de autodescoberta e auto-esclarecimento.
Mas à parte as "viagens" psicadélicas da geração hippy dos anos 60, sucederam-se histórias de terror de crimes e de pessoas que se atiravam de janelas sob o efeito de alucinações, bem como casos de danos psicológicos permanentes em grandes consumidores.
O governo norte-americano proibiu o LSD em 1966, uma decisão seguida depois pelos outros países.Hofman discordou, alegando que a droga não causa habituação.
Além disso, insistiu repetidas vezes que o LSD poderia dar uma importante contribuição para a investigação psiquiátrica.
publicado por armando ésse às 08:46