A FÁBRICA

Junho 28 2005

Rue Moufetarde, Paris, 1954

Henri Cartier-Bresson nasceu a 22 de Agosto de 1908, em Chanteloup, França, no seio de uma família abastada da indústria têxtil. Contrariando a pressão dos pais que ansiavam por ver o filho à frente dos negócios da família, Bresson optou por seguir o rumo do seu espírito aventureiro e artístico. Durante a juventude frequentou aulas particulares de pintura com o mestre cubista Andre Lhote. Esta experiência foi essencial para desenvolver em Bresson os conceitos visuais que serviram mais tarde de referência para a sua carreira como fotógrafo.
Cartier-Bresson foi crescendo no seio de uma elite cultural que o expôs às correntes intelectuais do seu tempo. Através dos seus mestres conheceu artistas, escritores, poetas e pintores como Salvador Dali, Jean Cocteau e Max Ernest.Estudou pintura e filosofia na Universidade de Cambridge, onde sofreu a influencia da Escola Surrealista. Sentiu-se desde sempre marcado não só pela pintura Surrealista, mas também pelos conceitos de André Breton que admirava pelo modo de «expressão espontâneo, pela intuição e, sobretudo, pela atitude de revolta».
Influenciado por estas correntes culturais que surgiram após a I Guerra Mundial, Bresson «aprendeu» a desdenhar o espírito pequeno -burguês e os preconceitos tradicionais de moral. Henri Cartier-Bresson começa a sua carreira como fotógrafo em 1931, aos vinte e dois anos, após ter participado numa expedição etnográfica ao México, onde começa a trabalhar como fotógrafo independente. Em 1932 faz a sua primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy. Em 1935 familiarizou-se com a fotografia cinematográfica, trabalhando como assistente de câmara, tendo realizado filmes documentários em Espanha.
Quando a II Guerra Mundial começou, Cartier-Bresson alistou-se no exército. Contudo, pouco tempo depois, foi capturado pelos alemães. Durante os dois anos e meio que esteve preso, tentou fugir três vezes mas só há terceira alcançou a liberdade e regressou a França. De regresso a Paris colaborou com a Resistência Francesa até ao fim da Guerra, só voltando à fotografia em 1945, altura em que produz muitos livros ilustrados com as suas fotografias, contando entre eles “O momento decisivo”, “China em mudança” e “ O mundo de Cartier-Bresson”.
Em 1946 partiu para os EUA e percorreu a América do Norte enquanto exibia as suas obras no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque. Mas a pouco e pouco a América tornou-se pequena e Bresson voltou a vagabundar pela Ásia. Índia, Birmânia, China e Indonésia foram algumas das paragens que, ao longo de duas décadas, couberam na sua máquina. Este fotógrafo trabalhou para quase todos os grandes jornais e revistas internacionais. Juntamente com Robert Capa, David “Chim” Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência “Magnum”. Em 1970, casa-se com a fotógrafa Martine Franck.
Em 1973 o fotojornalista pôs de lado a Leica e abraçou o gosto pela pintura que tantos anos tinha ficado adormecido. Morreu em Paris, aos 95 anos no dia 3 de Agosto de 2004.
publicado por armando ésse às 12:36

Junho 28 2005

Rue Moufetarde, Paris, 1954

Henri Cartier-Bresson nasceu a 22 de Agosto de 1908, em Chanteloup, França, no seio de uma família abastada da indústria têxtil. Contrariando a pressão dos pais que ansiavam por ver o filho à frente dos negócios da família, Bresson optou por seguir o rumo do seu espírito aventureiro e artístico. Durante a juventude frequentou aulas particulares de pintura com o mestre cubista Andre Lhote. Esta experiência foi essencial para desenvolver em Bresson os conceitos visuais que serviram mais tarde de referência para a sua carreira como fotógrafo.
Cartier-Bresson foi crescendo no seio de uma elite cultural que o expôs às correntes intelectuais do seu tempo. Através dos seus mestres conheceu artistas, escritores, poetas e pintores como Salvador Dali, Jean Cocteau e Max Ernest.Estudou pintura e filosofia na Universidade de Cambridge, onde sofreu a influencia da Escola Surrealista. Sentiu-se desde sempre marcado não só pela pintura Surrealista, mas também pelos conceitos de André Breton que admirava pelo modo de «expressão espontâneo, pela intuição e, sobretudo, pela atitude de revolta».
Influenciado por estas correntes culturais que surgiram após a I Guerra Mundial, Bresson «aprendeu» a desdenhar o espírito pequeno -burguês e os preconceitos tradicionais de moral. Henri Cartier-Bresson começa a sua carreira como fotógrafo em 1931, aos vinte e dois anos, após ter participado numa expedição etnográfica ao México, onde começa a trabalhar como fotógrafo independente. Em 1932 faz a sua primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy. Em 1935 familiarizou-se com a fotografia cinematográfica, trabalhando como assistente de câmara, tendo realizado filmes documentários em Espanha.
Quando a II Guerra Mundial começou, Cartier-Bresson alistou-se no exército. Contudo, pouco tempo depois, foi capturado pelos alemães. Durante os dois anos e meio que esteve preso, tentou fugir três vezes mas só há terceira alcançou a liberdade e regressou a França. De regresso a Paris colaborou com a Resistência Francesa até ao fim da Guerra, só voltando à fotografia em 1945, altura em que produz muitos livros ilustrados com as suas fotografias, contando entre eles “O momento decisivo”, “China em mudança” e “ O mundo de Cartier-Bresson”.
Em 1946 partiu para os EUA e percorreu a América do Norte enquanto exibia as suas obras no Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque. Mas a pouco e pouco a América tornou-se pequena e Bresson voltou a vagabundar pela Ásia. Índia, Birmânia, China e Indonésia foram algumas das paragens que, ao longo de duas décadas, couberam na sua máquina. Este fotógrafo trabalhou para quase todos os grandes jornais e revistas internacionais. Juntamente com Robert Capa, David “Chim” Seymour e George Rodger, fundou a famosa agência “Magnum”. Em 1970, casa-se com a fotógrafa Martine Franck.
Em 1973 o fotojornalista pôs de lado a Leica e abraçou o gosto pela pintura que tantos anos tinha ficado adormecido. Morreu em Paris, aos 95 anos no dia 3 de Agosto de 2004.
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