A FÁBRICA

Maio 18 2009

 

O escritor uruguaio Mario Benedetti morreu hoje na sua casa de Montevideu, informou a família. Deixa mais de 80 obras: entre romances, poesia e contos. No ano passado publicou "Testemunha de um mesmo" e em Setembro disse aos jornalistas que estava a terminar um livro de poesia chamado "Biografia  Para Encontrar-se", escreve o site da televisão brasileira Globo.

Tinha 88 anos(n. em Paso de los Toros em 20 de Setembro de 1920) e estava doente – a última hospitalização devera-se a problemas nos intestinos. Mas, descreve o jornal espanhol “El País”,“tinha começado a morrer muito antes; há três anos faleceu a sua mulher, Luz, com que viveu toda a vida, na liberdade e no desterro”.

Benedetti dizia que o prémio mais importante era ter leitores, conta o diário  “El Mundo”. Mas o uruguaio foi reconhecido com vários, incluindo Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, em 1999, em Espanha, ou  Iberoamericano José Martí, em 2001. 
O romance que o tornou conhecido em todo o mundo, "A Trégua", foi  publicado em 1960, mas só em 2007 seria traduzido para português, pela Cavalo de Ferro. Soma mais de uma centena de edições em 19 línguas e foi adaptado ao cinema, televisão, teatro e rádio. É uma história de amor: um homem que ao chegar à reforma descobre um amor louco com uma mulher com  metade da sua idade. Mario Benedetti nasceu no Uruguai em 1920. Começaria a publicar 29 anos depois e a sua obra é uma das mais importantes da literatura sul-americana. Forçado ao exílio pela ditadura militar, viveu na Argentina, no Peru, em Cuba e em Espanha.
 “Era afinal (e esta expressão cunhou-a ele) um desexilado. Mas a sua alma sofreu as feridas de todos os exílios”, escreve Juan Cruz num artigo  publicado no site do “El País”. E face às feridas da doença e do exílio,continua Cruz, manteve-se sempre “na defesa da alegria”.(Público).
publicado por armando ésse às 02:20

Maio 04 2009

Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.
Autodidacta e com múltiplos interesses culturais ao longo da sua vida, Vasco Granja nasceu em Campo de Ourique (Lisboa) a 10 de Julho de 1925.
Começou a trabalhar, ainda muito novo, nos antigos Grandes Armazéns do Chiado, e depois ao balcão da Tabacaria Travassos, na baixa lisboeta, que consideraria, anos mais tarde, a sua universidade. O seu interesse pelo cinema surge na adolescência e aos 16 anos chegaria a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme “A Noiva do Brasil”, de Santos Neves.
No início da década de 50 envolve-se no movimento cineclubista, tendo desempenhado funções directivas no Cine-Clube Imagem.
Granja foi preso pela primeira vez pela polícia política do Estado Novo em Novembro de 1954, quando militava clandestinamente no PCP. Esteve preso sem julgamento seis meses e quando foi libertado voltou às suas actividades cineclubísticas e à divulgação cultural na imprensa.
Datam de 1958 os seus primeiros artigos sobre o cinema de animação, nomeadamente na sequência da descoberta dos filmes experimentais do canadiano Norman McLaren.
No início da década de 60 arranja trabalho na Livraria Bertrand, onde se manteve até à reforma.É preso de novo em 1963, julgado e condenado a 18 meses de prisão. Quando foi libertado, em 1965, Vasco Granja retoma a sua actividade cultural, com artigos nos media sobre cinema e literatura.O seu nome é habitualmente associado à divulgação da banda desenhada em Portugal.
O termo “banda desenhada” é, aliás, utilizado pela primeira vez por Granja num artigo publicado pelo Diário Popular em 19 de Novembro de 1966.
Integra a equipa fundadora da revista francesa de crítica e ensaio de banda desenhada Phénix, nos anos 60 e participa regularmente no Salone Internazionale dei Comics, em Lucca (Itália), o mais importante encontro do género nos anos 70.
Em Portugal, a sua actividade de divulgação da banda desenhada intensifica-se a partir do aparecimento da edição portuguesa da revista Tintin, em Junho de 1968, onde escrevia e traduzia artigo, além de ter a responsabilidade da secção de cartas aos leitores.
Em 1974 e 1975 integra o júri do Salão Internacional de BD de Angoulême. Depois de 25 de Abril de 1974, Vasco Granja mantém um programa regular sobre cinema de animação na RTP, que teve mais de 1000 emissões e divulgou sistematicamente as grandes escolas internacionais do género. Estava reformado desde 1990.(Público).
Vasco Granja marcou profundamente a minha geração; foi ele que me inculcou, a mim e a muitos milhares de portugueses, o "bichinho" da banda desenhada e dos desenhos animados. É com muita tristeza que leio esta notícia no Público. Fica a recordação e o reconhecimento de todo um basto trabalho realizado em prol da banda desenhada e do cinema de animação em Portugal.
Até sempre.
Link Uma Vida Cheia de Animação
publicado por armando ésse às 14:36

Abril 27 2009
O poeta angolano Tomaz Jorge morreu aos 81 anos em Lisboa, onde residia há vários anos, vítima de doença prolongada, disse hoje à Agência Lusa fonte da família.
Nascido em Luanda, em 1928, integrou em 1950 o movimento literário nacionalista "Vamos Descobrir Angola", ao lado de outros intelectuais como Agostinho Neto, António Jacinto e Viriato da Cruz, motivo que o levou á cadeia várias vezes.
Era membro fundador da União de Escritores Angolanos - UEA e publicou o seu primeiro livro de poesia em 1963 "Canção da Esperança", estreia literária, que arrematou em 1995 com uma antologia da sua obra completa, "Talamungongo - 50 Anos de Poesia", a sua herança poética.
Era filho do poeta português Tomaz Vieira da Cruz, que viveu a maior parte da sua vida em Angola e foi autor de várias obras em que se destacam "Quissange, Saudade Negra" (1932) e "Cazumbi (1950). Dividindo a sua vida nos últimos tempos entre Angola e Portugal, por razões familiares, Tomaz Jorge foi sempre um defensor da cultura e do nacionalismo angolano.
publicado por armando ésse às 09:28

Abril 20 2009

O escrito J. G. Ballard morreu ontem, aos 78 anos (15 November 1930 – 19 April 2009) , vítima de doença prolongada. A notícia foi dada pela agente Margaret Hanbury, que disse que o autor de “Crash” e “Império do Sol” estava doente há já “vários anos”, adiantou a BBC.
Filho de um executivo britânico, James Graham Ballard nasceu em Xangai, na China, e cresceu na comunidade de expatriados da cidade.
Ballard era apresentado como escritor de ficção científica, mas costumava dizer que os seus livros eram “uma imagem da psicologia do futuro”. “Império do Sol”, o seu livro mais aclamado, baseava-se na sua infância passada num campo de prisioneiros japoneses, na China, durante a II Guerra Mundial. Publicado pela primeira vez em 1984, “Império do Sol” ganhou o Guardian Fiction Prize e o James Tait Black Memorial Prize, tendo sido finalista do Booker Prize; foi adaptada a cinema pelo realizado Steven Spielberg.
Também “Miracles of Life” começa e termina em Xangai, a cidade onde nasceu e onde passou a maior parte da guerra. Nele faz um relato de como passou do campo de Lunghua para uma Inglaterra traumatizada pela guerra, e como este país se transformou ao longo das décadas seguintes.
Entre os seus 15 romances, está o polémico "Crash", que conta a história de um grupo de pessoas com fascínio sexual por acidentes de carro, e que foi levado ao cinema pelo também controverso realizador David Cronenberg em 1996.
Ballard tirou o curso de Medicina em Cambridge e foi porteiro do Covent Garden, antes de partir para o Canadá. Publicou o seu primeiro romance em 1961, “The Drowned World”. Continuou a escrever artigos científicos a acompanhar a sua carreira literária. (Com o Público)
publicado por armando ésse às 07:29

Abril 11 2009

Corín Tellado viveu a sua carreira à sombra numérica de um homem: Miguel de Cervantes, o único autor de língua castelhana que vendia mais do que ela. Mas a escritora, que morreu hoje em Gijón aos 82 anos, bateu o autor de Dom Quixote noutros números: Corín Tellado publicou mais de quatro mil obras, novelas e romances de cordel que marcaram várias gerações, e entrou no Guiness por ter vendido mais de 400 milhões de exemplares dos seus escritos.
“A vasta produção de Corín Tellado ficará como exemplo de um fenómeno sociocultural”, comentou um dia o escritor Mario Vargas Llosa. Ontem, a conselheira asturiana da Cultura e Turismo, Mercedes Alvarez, elogiou os “rasgos de modernidade” da obra de Tellado, “uma mulher muito avançada em relação ao seu tempo”.
Mas Corín, de seu nome María del Socorro Tellado López, não se considerava tão progressista. “Um dia a mulher terá o mesmo peso que o homem, mas ainda lhe falta andar muito”, disse numa entrevista publicada no seu site. Nascida em 1926 em Viavélez, na costa asturiana, viveu, casou e teve os dois filhos em Gijón. Mas o casamento da autora de novelas românticas mais lida do mundo castelhano não durou mais do que três anos. Em 1962, quando se divorciou, assinou contrato exclusivo com a editora Bruguera, a mesma em que publicou a seu primeira novela, Atrevida Apuesta (1946), pouco antes de fazer 20 anos.
A sua carreira fez-se então de novelas de cordel, fotonovelas e romances mais extensos, como Lucha Oculta (1991), que disse ser a sua obra favorita. Muitos foram publicados em Portugal, nomeadamente pela Agência Portuguesa de Revistas, tanto em pequeno formato como no de fotonovela, indica a Lusa.
Defensora do asturiano como língua co-oficial das Astúrias e distinguida pela UNESCO pela quantidade de leitores conseguidos em vida, não gostava de livros que não fossem de fácil compreensão. Defendia as suas obras como “entretenimento” e preferia as ideias que tinha à noite. Considerava ter “muita sorte” com a sua imaginação — “Alinhavo um argumento em cinco minutos”. Inspirava-se na vida quotidiana e juntava-lhe os ingredientes base: amor, ciúme e infidelidade.
As histórias de Corín Tellado atravessaram meios: foram adaptadas para a rádio (Lorena, em 1977), para o cinema (Tengo Que Abandonarte, 1970) e para a televisão de vários países. Em 2000 publicou a sua primeira obra na Internet, Milagro en el Camino. Paralelamente, e de acordo com o diário asturiano La Nueva España, também escreveu contos infantis e juvenis e assinou, sob o pseudónimo Ada Miller, uma colecção de novelas eróticas.
A sua última história, ditada à nora (já não usava a máquina de escrever), foi terminada quarta-feira. O seu destino é a revista cubana Variedades, com a qual colaborava desde 1951, altura em que, graças à presença dos seus escritos, aumentou a tiragem de 16 mil para 68 mil exemplares, como recorda o diário ABC. Corín Tellado, que terá morrido na sequência de um acidente vascular cerebral, será sepultada segunda em Gijón, onde há uma rua com o seu nome.(Público)
publicado por armando ésse às 07:47

Janeiro 28 2009

O escritor norte-americano John Updike, um dos mais prolíficos autores da literatura norte-americana, faleceu ontem, aos 76 anos, vítima de cancro pulmonar.
Considerado pela crítica um dos mais acutilantes analistas da sociedade norte-americana, Updike identificou o sexo, a arte e a religião como "as três grandes coisas secretas" da experiência humana.
John Updike nasceu na Pensilvânia em 18 de Março de 1932. Na adolescência era gago e acreditava que a capacidade de escrita lhe vinha dessa dificuldade em falar. Foi a mãe, aspirante a escritora, que o incentivou a escrever e a desenhar. O pai era professor de matemática. Depois de estudar Artes plásticas em Oxford, Inglaterra, John Updike viria a licenciar-se em Língua inglesa na Universidade de Harvard.
A sua carreira de escritor começou em 1954, quando a revista "The New Yorker" publicou um dos seus contos e um dos seus poemas, acabando por aceitar, no ano seguinte, um convite para fazer parte da equipa da revista "The New Yorker", ficando aí até 1957. Por esta altura mudou-se para o Massachusetts, onde decidiu ser escritor a tempo inteiro. Sobretudo conhecido como romancista, John Updike escreveu também poemas e contos, fez crítica literária e escreveu um livro de memórias e um famoso ensaio sobre o jogador norte-americano de basebol Ted Williams.
John Updike escreveu mais de 50 livros, muitos deles traduzidos em Portugal, como "A Feira", "A Escola de Música" (contos), "Casais Trocados", "O Centauro", "As Bruxas de Eastwick", "Corre Coelho", "Coelho Enriquece", "Brasil", e "O Terrorista".
Pelos romances "Coelho Enriquece" (1982) e "Rabbit at Rest" (1991) da famosa pentalogia Coelho, John Updike recebeu dois Pulitzer e ao longo da vida nunca lhe faltaram prémios, recebendo, entre outros prémios, o National Book Award in Fiction, o American Book Award e o National Book Critics Circle Award For Fiction.
As suas obras, além de ser distinguidas com alguns dos mais prestigiosos prémios literários, estiveram muitas vezes nas listas dos "best-sellers" nos Estados Unidos.
Membro da American Academy of Arts and Letters desde 1976, recebeu em 2003 a National Medal for Humanities, na Casa Branca, juntando-se a um grupo restrito de notáveis que foram contemplados com a medalha.
Sempre gostei do estilo do John Updike, apesar de conhecer mal a sua obra, conhecimento que se resume à saga do "Coelho" editada em Portugal e aos livros "O Terrorista" e "Procurai A Minha Face". Não obstante, é com tristeza que vejo partir um dos mais aclamados escritores norte-americanos da sua geração. Descansa em Paz, "Coelho".(Com Lusa).
publicado por armando ésse às 08:30

Agosto 04 2008
O escritor russo Alexandre Soljenitsin, de 89 anos, prémio Nobel da Literatura em 1970, morreu ontem no seu domicílio em Moscovo, anunciou o seu filho à agência Itar-Tass.
Alexandre Soljenitsin faleceu às 23 horas de domingo de “insuficiência cardíaca aguda”, segundo declarou o filho do escritor.
Soljenitsin é mais conhecido por ter revelado ao mundo a realidade do sistema soviético em livros como “Arquipélago de Gulag”, “Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch”, ou “O Primeiro Círculo”.
Galardoado com o Nobel da Literatura em 1970, foi privado da cidadania russa em 1974 e expulso do país tendo vivido depois na Alemanha, Suíça e Estados Unidos tendo regressado à Rússia em 1994, após a implosão da União Soviética.
Alexandre Soljenitsin foi quem mostrou ao mundo o universo inumano dos campos de concentração soviéticos no seu clássico "Arquipélago de Gulag".
Patriota com uma determinação comparável, segundo os críticos, à de Fedor Dostoievski, não foi capaz de vencer o cancro de que padecia e acabou por falecer de insuficiência cardíaca aguda na sua residência em Moscovo.
Nascido a 11 de Dezembro de 1918 no Cáucaso, aderiu aos ideais revolucionário bolcheviques daquele tempo, estudou Matemática e tomou parte como artilheiro na II Guerra Mundial, contra o III Reich.
Dos campos de batalha, em 1941, aos campos de concentração, em 1945, foi um passo. Uma simples carta, escrita a um amigo em Janeiro de 1945, provocou a prisão do capitão de artilharia do Exército Vermelho Alexandre Soljenitsin. Naquela carta estavam escritas algumas palavras amargas contra os privilégios existentes no seio do Exército e contra a conduta de Estaline em relação à guerra. Estaline não admitia, no entanto, qualquer espécie de crítica à sua actuação como político e como homem.
Por isso, Soljenitsin vê-se condenado, sem qualquer julgamento, a oito anos de prisão e quatro anos de exílio. Assim começou a dura vida de um jovem físico e matemático, que acabou por abandonar as ciências puras, passando a dedicar-se apenas às lides literárias.
Libertado em 1953, foi exilado para a Ásia Central, onde começou a escrever, viajando depois para Riazan, a duas centenas de quilómetros de Moscovo, para ser professor.
O sucessor de Estaline, Nikita Krushtchev, deu "luz verde" à publicação - na revista Novy Mir - de "Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch", relato do quotidiano de um recluso nos "gulag", editado a 18 de Novembro de 1962.
Uma onda de choque sacudiu a Rússia e em especial os meios soviético mas, sobretudo, o mundo, que abriu os olhos para uma realidade até então desconhecida.
Krushtchev, que continuava com a sua política de desanuviamento permitiu que este livro fosse publicado, uma vez que ele iria aprofundar muitas das críticas contra Estaline.
No entanto, as estrondosas vendas deste livro impressionaram vivamente as autoridaes soviéticas, que, terminado o degelo político de Krushtchev, proibiram a divulgação de todos os seus livros.
Começou então a fase de literatura clandestina. Os livros "O Pavilhão dos Cancerosos", "O Primeiro Círculo" e "Agosto de 1914", tiveram de ser publicados no Ocidente e difundidos na União Soviética clandestinamente.
O Nobel da Literatura foi-lhe atribuído em 1970, mas declinou ir recebê-lo a Estocolmo com receio de não poder regressar à mãe Rússia, então com Leónidas Brejnev, à frente da União Soviética.
O seu primeiro casamento terminou em divórcio quando estava a ponto de concluir a sua obra magna, o "Arquipélago de Gulag".
Entretanto, em Setembro de 1973, as forças de segurança "levaram" Elizavieta Voronianskaia, a amiga de Soljenitsin que lhe tinha dactilografado secretamente o manuscrito do "Arquipélago de Gulag", a confessar onde se encontrava o original. Tal confissão conduziu Elizavieta ao suicídio. Perante tal situação, e em homenagem a tão grande amiga, Soljenitsin dá ordens de imediata publicação. Se as primeiras edições clandestinas lhe tinham provocado a irradiação do Sindicato dos Escritores, impedindo-o portanto de ganhar a vida como escritor, a difusão do livro, em 1974, culminou com a expulsão Soljenitsin para o Ocidente, primeiro para a Alemanha e Suíça, e depois para os Estados Unidos e a consequente retirada de cidadania soviética.
Os ocidentais reparam entretanto que Soljenitsin era um conservador ortodoxo e defensor acérrimo da cultura eslava, muito duro para com a sociedade de consumo.
Em 1994 voltou à Rússia e espantou toda a gente ao aprovar a guerra na Tchetchénia desencadeada por Ieltsine , pedindo a pena de morte para os independentistas.
Aproximando-se a seguir do então Presidente Vladimir Putin, louvando publicamente as suas qualidades, Soljenitsin atacou ainda os hebreus, ao ponto de o Congresso Judaico Russo o ter acusado de anti-semitismo. (Fontes Lusa/Bertrand).
publicado por armando ésse às 07:01

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